
Uma carta de José Celso Martinez Corrêa, o Zé Celso, notável criador do Teatro Oficina e artista premiado nacionalmente internacionalmente, denuncia que a diretora de vídeo do grupo, Elaine César, perdeu a guarda do filho, acusada de participar de um “teatro pornográfico”.
Uma fonte afirmou que o ato foi tão violento que ela foi parar na UTI, a poucos dias da estreia da peça “As Dionísicas”. A peça estreia hoje, com uma dedicatória a Elaine.
“Casos violentos como este só se comparam à censura durante o regime militar e mostram que os juízes e os procedimentos das Varas de Infância são da idade média”, afirmou a fonte.
José Celso Martinez denuncia, em um dos trechos: “Porque um ex-marido ciumento, totalmente perturbado, teve acolhidos por autoridades da Vara da Família, para esta praticar uma ação absolutamente anti-democrática, para não dizer nazista, todos seus pedidos mais absurdos de ex-marido ególatra, doente, de arrancar o filho do convívio da Mãe, acusando Elaine de trabalhar num “Teatro Pornográfico” e para lá levar o filho: o Teatro Oficina. Fez oficiais de justiça sequestrarem os HD’s deste Teatro, com um texto de uma obscenidade rara, para procurar cenas de pedofilia e práticas obscenas que Elaine e seu atual marido, o ator Fred Stefen, do Teatro Oficina, teriam cometido com o filho de Elaine, o menino Theo.”
Leia abaixo carta do autor sobre o caso e, em seguida, cartas de Zé Celso ao desembargador responsável pelo caso.
* * *
PELOS DIREITOS HUMANOS DE ELAINE CESAR, SEU FILHO E O TEATRO OFICINA
14/12/2010
AS DIONIZÍACAS DE 17 a 20 no TEATRO DE ESTÁDIO do ex-ESTACIONAMENTO do BAÚ da FELICIDADE serão dedicadas à luta pelos DIREITOS HUMANOS DE ELAINE CESAR E À LIBERDADE ARTÍSTICA VIOLADA PELA VARA DE FAMÍLIA DE SÃO PAULO
São 06:16. Acordei, apesar de estar exausto por excesso de trabalho pelos trabalhos de realizar meu maior desejo em 30 anos, de apresentar a partir de 6ª feira as DIONIZÍACAS no Teatro de Estádio que levantamos no Ex-Estacionamento do Baú da Felicidade mas não consigo dormir porque não estou mais suportando a ENORME INJUSTIÇA que a SOCIEDADE BRASILEIRA está cometendo com ELAINE CESAR, que neste momento está na UTI, correndo risco de vida.
Este caso não é diferente do de Sakineh no Irã, do de Lu Xiaobo na China e de Assange na Inglaterra. Vim pro computador porque até agora não conseguí fazer chegar nossas vozes de defesa aos DIREITOS HUMANOS desta Mãe Artista, Diretora de Video do Teatro Oficina Uzyna Uzona, que na semana passada, perdeu em duas jogadas:
1º, a guarda de seu filho THEO, de 3 anos de idade.
2º, seus instrumentos de trabalho confiscados, seus HD’s, que também são do Oficina, com todo material gravado de pelo menos 30 anos de Oficina Uzyna Uzona, e de outros trabalhos seus, e de artistas como Tadeu Jungle.
É um atentado à liberdade de produção artística, um sequestro só comparável à invasão do CCC em 1968 a “Roda Viva”.
E agora esta mulher está incapacitada de estar à frente do trabalho que adora, de comandar a direção de Video e das filmagens das Dionizíacas esta semana, e tem de ver a sociedade, a Mídia sempre tão escandalosa, impassível com este fato.
Porque tudo isso ?
Porque um ex-marido ciumento, totalmente perturbado, teve acolhidos por autoridades da Vara da Família, para esta praticar uma ação absolutamente anti-democrática, para não dizer nazista, todos seus pedidos mais absurdos de ex-marido ególatra, doente, de arrancar o filho do convívio da Mãe, acusando Elaine de trabalhar num “Teatro Pornográfico” e para lá levar o filho: o Teatro Oficina. Fez oficiais de justiça sequestrarem os HD’s deste Teatro, com um texto de uma obscenidade rara, para procurar cenas de pedofilia e práticas obscenas que Elaine e seu atual marido, o ator Fred Stefen, do Teatro Oficina, teriam cometido com o filho de Elaine, o menino Theo.
Quase todas as 90 pessoas que trabalham na Associação Oficina Uzyna Uzona têm se manifestado por escrito, pois tiveram contato permanente com Theo, Elaine e Fred dentro do teatro e fora dele e não se conformam com a falta de eco de seus protestos.
Porque tudo isso ?
A revolução cultural da liberdade que uma grande parte dos seres humanos vem conquistando determina uma reação absolutamente inquisitorial, fascista, como é o caso dos homofóbicos da Av. Paulista e no caso, não do Estado Brasileiro, mas da própria Sociedade Reacionária incorformada, querendo novamente impor censura à Arte, aos costumes, e pior à vida dos que escolheram viver livremente o Amor.
E é incrível aqui, a liberdade de imprensa tão fervorosa em escândalos moralistas, se cala totalmente diante de um atentado a dois seres humanos, Elaine, a Mãe, e Theo seu filho, e a um teatro de 52 anos como o Oficina, e não toca no assunto, como se fosse o Partido Comunista Chinês, os Republicanos dos EEUU e os fundamentalistas islâmicos do Irã.
Tenho feito inúmeras reportagens sobre as DIONIZÍACAS, e falado no assunto, mas a divisão ainda tayloriana de trabalho impede que os jornalistas levem a sério o que estou dizendo, por não estar no limite das matérias que estão fazendo comigo.
Enquanto isso uma mulher, ELAINE CESAR, praticamente corre risco de vida na UTI e o Teatro Oficina censurado estreia as DIONIZÍACAS tendo por exemplo de fazer sua propaganda para a TV com material ainda filmadas no edifício do Teatro Oficina, pois as imagens do Teatro de Estádio erguido pelo Brasil em 2010 estão sequestradas pela Vara da Família.
O moralismo desta instiuição, que parece odiar os Artistas como criminosos, dá proteção a um macho ciumento, invejoso, doente, mordido de ciúmes, que está tendo delírios sexuais, projetando em ações discricionárias como as que tem praticado, e pior com apoio da injustiça.
Fazendo um ensaio corrido de BACANTES, que conta a história de Dionisios e da luta de seu adversário moralista, que quer impedir o culto do Teatro em sua cidade, percebi o óbvio. Tudo que Penteu acusa nas BACANTES e em DIONISIOS é projeção de coisas que seu ciúme provocou em sua cabeça.
Elaine, muito tempo depois que se separou deste ex-marido, teve o privilégio de encontrar um novo amor no ator Fred, que é homem muito bonito e muito livre. O macho, ex-Hare Krishna, ciumento, invejoso, então endoidou e começou a imaginar em sua cabeça cenas de pedofilia, sexo de Elaine e de seu novo maravilhoso amor com seu filho, repressão ao TEATRO OFICINA. Elementar, Freud diria.
Os desejos de pedofilia, até de pederastia em relação ao atual marido de Elaine estão nele. Por isso o menino de 3 anos Theo, corre perigo nas mãos deste irreponsável. Uma tia procuradora aposentada, de Brasília, rica, e um deputado devem estar auxiliando o rapaz com seus contatos reacionários aqui na Vara de Família.
Nem sei os nomes das pessoas porque os autos não estão na minha mão. Elaine não tem pai nem mãe, estão mortos. Fred está sem dormir há dias, agora preocupado acima de tudo com a sobrevivência de Elaine. Segunda feira havia uma audiência com o Juiz de família, para copiarmos o absurdo de mais de 400 horas de vídeo dos HD’s. Nenhum de nós nem pôde aparecer, pois estávamos preocupados com a vida de Elaine, hospitalizada na UTI. Fred doi buscá-la no aereoporto, onde voltava de Brasília, para onde tinha ido ver o filho, sob a vigilância de uma babá contratada pela tia. Na despedida Theo o menino chorava, querendo voltar para os braços da mãe em São Paulo, segundo relato de Elaine, que do aeroporto, passando muito mal, teve de ser hospitalizada, e em estado grave o hospital resolveu colocá-la na UTI.
Não sei o que fazer para acordar a mídia, esta Justiça Injusta que, querendo defender a Família, destreoi a vida de uma Mãe, de uma Criança e atormenta todo nosso trabalho maravilhoso neste momento vitorioso do Oficina Uzyna Uzona. Este “taylorismo”, (divisão de trabalho e competências do século 19) da vida contemporânea, esta insensibilidade aos direitos humanos que me é revelada agora neste momento, me faz dedicar as DIONIZÍACAS á todos que lutaram em 30 anos por este momento, mas sobretudo a ELAINE CESAR E THEO.
Que esse filho volte imediatamente para os braços da MÃE antes que aconteça o PIOR.
E que o material apreendido retorne imediatamente ao Oficina Uzyna Uzona.
É uma Obra de Arte sequestrada em nome de uma atitude mesquinha provocada pelo Ciúme de um Ególatra, de uma Justiça cega e de uma Sociedade, Mídia, conivente como a de São Paulo.
Por favor acordem os trabalhadores da difusão do que acontece de bom e de mau no Mundo e revelem isso a todos. Peço a todos, seja quem for, que façam esse favor de amor aos direitos humanos e batam seus tambores.
Me dirijo especialmente a Ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire. Médica, Professora da UFRJ, Nilcéa ocupa o Ministério há quase 8 anos. Tem feito um excelente trabalho. O endereço da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República é: Esplanada dos Ministérios, Bloco L, Edifício Sede, 2º andar – Brasília/DF. CEP: 70047-900. Fones: (61) 2104 – 9377 e 2104 – 9381. Faxes: (61) 2104 – 9362 e 2104 – 0355.
A OTAVIO FRIAS, na FOLHA, aos diretores do ESTADÃO, do GLOBO, das TV’S, Rádios, que apurem os fatos. Nós estamos envolvidos nos trabalhos de estrear dia 17 as DIONIZÍACAS, um marco na história do TEATRO MUNDIAL, e nos sentimos impotentes diante da gravidade do assunto, de uma VIDA HUMANA CORRENDO O RISCO, POR SEUS SENTIMENTOS DE DIREITOS HUMANOS TEREM SIDO AGREDIDOS.
Colaborem conosco, estamos sobrecarregados dos trabalhos das DIONIZÍACAS, mas não podemos parar pois é a ARTE somente que temos para dar Vida a Elaine nestes dias.
José Celso Martinez Corrêa
14 de dezembro de 2010, 07:40
* * *
MULTIDÃO! JUSTIÇA E ADORAÇÃO!
Cartas de Zé Celso ao desembargador responsável pelo caso
10/12/2010
Eu, José Celso Martinez Corrêa, advogado, e sobretudo, se humano entregue inteiramente à Paixão ao Teatro, 73 anos, identidade 1986056-0 SSPSP, CPF 059.314.428-71, residente à Rua Achiles Masetti 138, ap 63 – CEP 04006-020, diretor teatral há 52 anos do Teatro Oficina tombado pelo IPHAN, como PATRIMÔNIO ARTÍSTICO E CULTURAL DO BRASIL, situado na Rua Jaceguay 520, CEP 01315-010 São Paulo, Bixiga, venho através deste documento, reivindicar a devolução imediata de todo material de vídeo, apreendido na tarde de hoje, dia 9 de dezembro de 2010, na residência da diretora de vídeo do Teatro Oficina. Houve no caso um “embargo de terceiros em que o Teatro Oficina é o senhor possuidor dos bens apreendidos”. Mas nem vou requerer a esta medida, pois sou advogado e conheço a morosidade da justiça. Em nossos tempos como artista tenho de testemunhar publicamente esta injustiça. E a Multidão que quer ver as DIONIZÍACAS fará JUSTIÇA com ADORAÇÃO.
Este material não tem caráter privado, pertence ao Teatro Oficina, mais especificamente à Associação Teatro Oficina Uzyna Uzona. No apartamento da diretora de Vídeo do Teatro, tem seu Estúdio onde, em equipe, montavam as partituras Ggavadas para as peças, inclusive as que estão sendo ensaiadas, divulgadas, e que serão apresentadas para o público do dia 17 ao dia 20 de Dezembro, no entorno do Teatro Oficina. No Ex Estacionamento do Baú da Felicidade.
Assim há peças de publicidade que estão sendo realizadas para serem divulgadas na Internet, na Televisão, no Site do Teatro, para este evento.
Os HDs, câmeras, todo material apreendido por oficiais de Justiça, estão em pleno uso, para a preparação na Estrutura de Teatro de Estádio no entorno do Teatro, da apresentação de “AS DIONIZÍACAS”: 4 peças de Teatro Total Multimídia em que grande parte deste material apreendido constitui a Partitura Visual da Encenação.
E desde já este material é utilizado nos ensaios diários destas peças realizadas no Teatro Oficina esta semana e na que vem, na Estrutura já montadas do Teatro de Estádio de São Paulo.
AS DIONIZÍACAS foram apresentadas em 7 capitais do Brasil, em estruturas para 2.000 pessoas, em bairros populares como é o BIXIGA, para onde se dirigia também a elite das capitais para juntamente com o povo do local participarem deste grande evento, dado de graça à população em troca de 1 kilo de alimento não perecível. O evento é patrocinado pelo MINISTÉRIO DA CULTURA DO BRASIL.
Em São Paulo, acontecerão as últimas DIONIZÍACAS e o evento reveste-se de uma característica especial, vem comemorar o término de uma luta de 30 anos entre a Cultura, a defesa do Crescimento do Bairro do Bixiga, o TEATRO OFICINA X GRUPO SILVIO SANTOS.
Como gesto de Paz, Sílvio Santos pessoalmente nos emprestou o espaço, num acordo de cavalheiros. Assim vamos mostrar para as multidões, que estarão presentes os espetáculos, que serão também assistidos nas suas transmissões diretas via internet.
Há 30 anos lutamos para a complementação de um Projeto Urbano de uma das maiores “arquitetos” do século XX, Lina Bo Bardi: a realização do “AnhangaBaú da Feliz Cidade”: um Complexo Cultural, que envolve a construção de um “Teatro de Estádio” definitivo. Uma “Universidade Popular”, a trazida do Verde para o Bixiga, que chamamos “Oficina de Florestas”.
A relatora do Tombamento do Teatro Oficina pelo IPHAN, Jurema Machado, conselheira do órgão e também da UNESCO, recomendou neste documento a compra ou desapropriação do entorno do Oficina para a realização deste Projeto.
Negociações já foram iniciadas pelo Ministro da Cultura com o Grupo Silvio Santos para se chegar a Compra ou Desapropriação do entorno para a finalidade de Construção desta Grande Obra Urbanística que fará o BIXIGA retornar aos seus dias de Centro Popular e Cosmopolita de São Paulo.
O acontecimento das DIONIZIACAS em São Paulo em terreno em que será completado o Projeto de Lina Bo Bardi, é portanto de caráter Histórico e está tendo uma repercussão enorme na Mídia. Não pode portanto ser obstado neste momento por uma questão de ordem privada, pois seu caráter de Arte Pública é evidente.
Acresce que foi apreendido um HD que foi batizado pela Diretora de Vídeo do Oficina de “ETHERNIDADE” com material de todos os 50 anos passados do Teatro Oficina, que em parte foi apresentado em 2009, na Exposição no ITAÚ CULTURAL DA PAULISTA com o nome de “OCUPAÇÃO ZÉ CELSO”. Se este material sofre uma avaria, se perde toda a memória desta importantíssima história do Teatro Brasileiro e Mundial, o que pode vir a se constituir num Crime.
PRECISAMOS DA DEVOLUÇÃOO IMEDIATA DESTE MATERIAL PARA OS ENSAIOS GERAIS TÉCNICOS DAS 4 PEÇAS Q JÁ ESTAMOS FAZENDO, PREPARANDO-NOS PARA A RECEPÇÃO DO PÚBLICO DO DIA 17 AO DIA 20.
Esse material faz parte das peças com 90 atuadores.
Trabalhamos com Teatro de Estádio Multimídia e estas imagens são como textos iconográficos da ação cênica. Considero este fato uma grave violência à Cultura, a Arte, especificamente ao Teatro. Que seja devolvido imediatamente para evitar um prejuízo enorme à cia e que desde já fere meu coração como a agressão em 1968 à peça “RODA VIVA” de Chico Buarque de Holanda, realizada pelo CCC.
A repercussão nacional e mundial desta agressão determinará um capítulo escabroso da história da justiça brasileira.
Nestes HD’s está também um filme que Elaine Cesar faz sobre minha pessoa, juntamente com Tadeu Jungle diretor da conceituadíssima Produtora “Academia de Filmes“, produzido pelo ITAÚ CULTURAL.
Por estas razões que além do prejuízo mais que financeiro, impede-nos de realizar o que está contratado com o MINC, com a população de São Paulo, de todos amantes da Cultura do Teatro no Mundo, pedimos deferimento imediato.
É um atentado à Cultura, vindo de uma ação impregnada de machismo de um E ex-marido ciumento.
Uma Novela diante do trabalho seríssimo deste retorno à época mais esplendorosa do Teatro Mundial, a Tragédia Grega, que reinventamos com nossas Óperas de Carnaval da TragyComédiOrgya.
Que retorne para as mãos o material intensamente Cultural apreendido ao seu possuidor: O Teatro Oficina
Não consigo nem pensar em prejuízo econômico por tal apreensão, pois não concebo não serem encenadas, nas datas marcadas, com as imagens necessárias, as DIONIZÍACAS.
Elas serão realizadas e vamos botar a boca no mundo para que tal aconteça.
São Paulo, 9 de dezembro de 2010
José Celso Martinez Corrêa
diretor há 52 anos do Teatro Oficina
JUSTIÇA JUSTA DE XANGÔ
SEJA FEITA
JUSTIÇA E ADORAÇÃO!
ILUSTRE DESEMBARGADOR LUIZ ANTONIO COSTA,
Eu José Celso Martinez Corrêa, Identidade 1986 056-0 CPF- 059 314-428 -71 domiciliado na Rua Achiles Mazetti 138,ap 63, CEP-04006-020 tendo como local de Trabalho o Teatro Oficina, na Rua Jaceguay 520 no Bairro do Bixiga,venho através deste documento, pedir JUSTIÇA e ADORAÇÃO AOS ARTISTAS BRASILEIROS QUE PENSAM DIFERENTEMENTE DE VOSSA EXCIA, pois estamos em plena vigência de uma DEMOCRACÍA E SOBRETUDO PEDIR QUE DEVOLVA PARA OS CUIDADOS DESTA MARAVILHOSA MÃE EXTREMAMENTE CULTA SEU FILHO THEO.QUANDO ESCREVO CULTA , refiro-me a esta palavra como a do saber viver a vida, cuidar dela,como da INFRA ESTRUTURA DA VIDA. Sou Artista e Advogado,participei da fundação , crescimento do Teatro Oficina na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco em 1958. Me formei e dediquei –me até hoje 52 anos á esta profissão –religião, minha PAIXÃO :O TEATRO.
Mas muitas vezes como agora, tenho praticado mais que o Direito a Justiça, que aprendi na Faculdade, para defender o Teatro Brasileiro e a vida das pessoas com quem tenho o previlégio de criar, trabalhar.
Elaine Cesar faz parte desta Companhia de Criação Coletiva que trabalha sobretudo a da Arte de Amar, no TEATRO OFICINA.Sou o remanescente dos que criaram essa Cia, e hoje dirijo a Cia.Oficina Uzyna Uzona ,com 90 Artistas Multimídia de todas as idades: Atores, Atrizes, Dançarinos,Poetas, Escritores, Músicos,Contra-Regras, Maquinistas, Produtores, Crianças do Movimento BIXIGÃO- um trabalho Social da Maior relevância, que tem recebido Artistas vindos da condição de Sem Teto, Crianças de Rua, hoje artistas talentosos, encaminhados para a vida profissional digna, viajados, conhecedores do Brasil nas excursões q fazemos e do Mundo .
Temos a Glória ter recebido da Revolução Digital, este presente, a GRANDE ARTISTA CRIADORA CYBER ,ELAINE CESAR .Como ela grandes Artistas Cibernéticos conseguiram que nossas obras fossem imortalizadas no Cinema, no DVD, nas transmissões diretas dos nossos “Espetáculos-Ritos Culturais” pela Internet.Melhor que fossem transmitidas a muito mais pessoas do que as milhares que vem nos ver diretamente nos TEATROS.
Conheci ELAINE CESAR quando TADEU JUNGLE, um os mais talentosos CYBER ARTISTAS brasileiros, veio filmar nossos primeiros DVDs Profissionais em 2001, hoje distribuídos pela conceituada distribuidora TRAMA.
Justamente hoje, 2 de dezembro de 2010, o livro , “OS SERTÕES” de Euclides da Cunha faz 108 anos que foi editado e vai ser entregue ao Publico do Mundo e do Brasil neste fim de Ano em forma de DVD e FILME. ELAINE é Diretora de “A LUTA I” e desde então passou a ser a DIRETORA DE TODA CRIAÇÃO VIRTUAL DA CIA OFICINA UZYNA UZONA.
Participou da uma excursão gloriosa da esta CIA,.por Sete Capitais do BRASIL, com as DIONIZÍACAS, patrocinadas pelo MINISTÉRIO DA CULTURA ,onde foi criando uma Vida Virtual cada vez mais Intensa, para 4 pecas Consagradas do Teatro Mundial:TANIKO-um Nô Japonês, feito especialmente para as crianças de todas as idades, “ESTRÊLA BRAZYLEIRA A VAGAR CACILDA !! “peça sobre CACILDA BECKER aos vinte anos de idade, a maior Atriz brasileira de todos os tempos, que também passou pelos sofrimento que ELAINE CESAR passa hoje,mas vou escrever sobre isto daqui a pouco.Mas continuemos .Fez as duas Obras Primas fundadoras da Cultura Grega e Ocidental ”BACANTES” Tragédia Clássica de Eurípedes sobre a vida do deus do Teatro DIONISIOS e “O BANQUETE” de PLATÃO.
Nessas Viagens no apresentamos em Estruturas de TEATRO DE ESTÁDIO, onde ELAINE conseguiu LEDS para que as atuações dos jogadores artistas chegassem á toda Multidão como no Futebol.Nossas apresentações s eram feitas em Bairros Populares onde a Elite das Capitais vinha de carro misturar-se ao Povo para ver nossos espetáculos. Os Ingressos eram gratuitos.
Foi um trabalho de Cultura-Educação exemplar para milhares de brasileiros .Seu efeito foi multiplicado porque os espetáculos eram transmitidos pela Internet ao vivo.
A chamada AGRAVADA é antes de tudo uma ARTISTA BRASILEIRA EXTRAORDINÁRIA , das mais criativas neste UNIVERSO NOVO que é a contribuição da TECNOLOGIA CYBER para um TEATRO DE MULTIDÕES . É uma Heroína, uma Precursora, um Gigante de ARTISTA e mais ainda, de MÃE! Traz com ela as tradições mais Arcaicas e Belas vindas da Antiguidade, do Circo, das mulheres Indígenas do Brasil , da America Latina, do Mundo ,que Trabalham levando seus filhos em seu Corpo. Filha das tradições do próprio Teatro Brasileiro, que não tinha antes a possibilidade de permanecer muitos dias em temporadas grandes nas Capitais como agora e tinham de Mambembar.,com todas as famílias que criavam suas Cias. AConstituição Brasileira, tem uma lei de permite aos filhos de Artistas de Circo cursar escolas nas cidades onde as Cias de suas Mães e Pais , chegam. Procópio Ferreira, o Grande Ator Mítico do Brasil, apresentou sua filha Bibi Ferreira com 4 meses numa peça. Bibi criada no ambiente cultural de arte e amor nômade das Coxias do Teatro Mambembe Brasileiro, sempre Viajante para os mais distantes do Brasil. Levando sempre Cultura, atitude artística e criadora diante da Vida até para povoados . Foi descriminada adulta por um Colégio que tinha preconceito com Atrizes.Mas lutou, venceu e conseguiu estudar nas melhores escolas do Brasil e da Inglaterra.
DESEMBARGADOR LUIS ANTONIO, se precisa de informações TÉCNICAS, vá buscá-las com BIBI FERREIREA, A MAIOR ATRIZ VIVA BRASILEIRA .Ela cultua a educação fantástica que a vida na Cia. de seu famoso Pai lhe proporcionou.
Nas cias de Teatro, todos cuidamos dos filhos uns dos outros ,como se fossem nossos, numa solidariedade que vai mais alem da dos primeiros anos do cristianismo.É a solidarienadade não na Dor, mas na Alegria que a Vida de Artista proporciona.
Vá buscá-las junto á MARÍLIA PERA nascida também nas coxias do Teatro e criada Mambembando. Vá buscar junto á JULIA LEMERTZ que fazia a RAINHA GERTRUDES em HAM-LET em 1993 com minha Direção e atuação como seu Marido, o Rei Hamlet pai de HAM-LET,no Teatro Oficina .JULIA deixava a menina LUIZA LEMERTZ que hoje é uma das Grandes Atrizes do Oficina Uzyna Uzona, ,dormindo nos CAMARINS , no chão, na manta de veludo da RAINHA DE SHAKESPEARE PARA FAZER SUAS CENAS. Vá buscar junto á CIBELE FORJAZ, uma da MAIORES ILUMINADORAS E DIRETORAS DE TEATRO DO BRASIL , que levava seu filho JORGE ainda bebê nas costas num “saco-ventre” como as Índias ,para iluminar os nossos espetaculos dos anos 90.JORGE cresceu conosco , participando de nossa “Vida de Artista”.Tão difamada, mas como cantamos em Cacilda : “NÃO HÁ MELHOR Q EXISTA”Hoje é um menino absolutamente sadio,física, mentalmente.Um Intelctual aos 13 ou 14 anos não sei exatamente, é um grande leitor da melhor literatura mundial!
Me escandalisa como pessoa criado na Vida de Artista como no BRASIL , onde a democracia trouxe o fim da Censura Teatral, assim como V EXCIA escandalisa-se com o Teatro que fazemos , nós Artistas nos ESCANDALIZAMOS que o Senhor queira CENSURAR O TEATRO BRASILEIRO ATUAL,proibindo que os FILHOS DOS ARTISTAS, participem da VIDA CULTURAL, SAGRADA, das MÃES ARTISTA. Desculpe se sou rude, mas senhor DESEMBARGADOR LUIZ ANTONIO que tem o nome de meu irmão GRANDE ARTISTA de TEATRO, assassinado no NATAL de 1987 no RIO DE JANEIRO NUM CRIME DE HOMOFOBÍA,se intromenta num ambiente de muita CULTURA , que significa pra nós não eruditismo, mas AMOR Á VID, que o senhor desconhece.
A CIA DE TEATRO OFICINA UZYNA UZONA é considerado mundial e nacionalmente mente uma das maiores transmissoras da CULTURA CONTEMPORÂNEA AOS POVOS DO MUNDO.E Repito, não estou falando em erudição mas CULTURA COMO CULTIVO DO AMOR Á LIBERDADE DO AMOR E DA VIDA. Se for o caso posso enviar um CURRULO onde se verá os inúmeros Prêmios, Trabalhos, contribuições desta Cia. para o Mundo.
CACILDA BECKER, teve o mesmo problema. Quando separou-se de seu marido Tito Fleury que quis ser ator mas não tinha talento para isso e foi viver com o grande diretor vindo da Itália Adolfo Celi levantando com este novo Amor o TBC, PAI gerador de todo o Teatro Moderno Brasileiro,do qual CACILDA é a GRANDE MÃE.Este a processou a atriz , argumentando que uma ATRIZ DE TEATRO não tinha direito á Guarda de um filho, no caso era do Bebê CUCA, filho de ambos. Acusava a mesma de fazer uma peça imoral, Condenada pela Igreja e pelo Partido Comunista “ ENTRE QUATRO PAREDES” de Jean Paul Sartre onde Cacilda fazia o papel de INÊS :uma LÉSBICA! Oh q HORROR!!!!!!
O filho ficou sob a guarda por uns tempos da mãe de CACILDA , Dona Alzira que ia levar a criança escondida da Polícia, nos ensaios desta peça no TBC, para CACILDA dar de mamar á CUCA. Obvio que a moral burguesa tradicional fundamentalista não tem nada a ver com a Ética Teatral .Muito mais no caso dos artistas do TEATRO OFICINA que desde a montagem de “ O REI DA VELA ” do grande OSWALD DE ANDRADE e de “RODA VIVA” do POETA Maximo CHICO BUARQUE DE HOLANDA, libertaram-se do Palco Italiano Branco, de Teatro Dramático “Pequeno Burguês” suicidaram-se como classe e foram buscar suas origens nos Ritos Indígenas, Africanos, Carnavalescos, Populares .Assim como toda CULTURA DO BRASIL no CINEMA, NAS ARTES PLASTICAS, NA MUSICA, NAS ARTES PLASTICAS, NA ATITUDE DESCOLONIZADA , LIBERTÁRIA DIANTE DA VIDA no ano 1967, onde surgiu o movimento da TROPICALIA, no BRASIL.Um dos movimentos culturaius mais importantes do SECELO XX.
Estes Artistas e Nossa Cia. lutou pela LIBERDADE diante da Ditadura Militar , e por isso teve pessoas como eu , Presas, Torturadas e Exiladas.
Quando começou a Abertura –retornamos ao BRASIL e descobrimos ss Origens do TEATRO q praticávamos, ligados ao Ritos Indígenas, Africanos e carnavalescos, na Grécia Arcaica, no RITO ORIGINAL DO DEUS DO TEATRO E DO DO VINHO: DIONISIOS.
Não é possível que em nossos tempos maravilhosamente revolucionário,em que temos a DEMOCRACÍA potencialisada pela revolução digital os VALORES DEMOCRÁTICOS DAS DIFERENÇAS CRIANDO ENTRE SÍ NOVOS VALORES, venha V.EXCIA
Pingback: Tweets that mention Agência ConsciênciaNet » Blog Archive » Mulher perde guarda do filho por trabalhar no Teatro Oficina, classificado como “pornográfico” -- Topsy.com
Caros e Caras do Teatro Oficina,
Caros e Caras do Teatro Oficina,
Indignação, raiva, nojo e repulsa é o que se reacende nas nossas almas a cada história de represaria, crueldade, ilegalidade e imposição de poder patriarcal e machista praticada pela maioria dos “fazedores de “justiça”, deste pais.
E o que não é, a muito, o espaço de “fazer justiça” no Brasil para as mulheres????
Uma fabrica de punição em base ao endrocentrismo machista, de falsos moralista.
Por Elaine César e por todas as mulheres vitimas das injustiças praticadas pelo Judiciário brasileiro, EXIGIMOS JUSTIÇA!
Encaminharei as cartas do José Celso Martinez Corrêa, a representantes do movimento feminista no Conselho Nacional de Política para as Mulheres, afim de faze-la chegar a Ministra Nilcéia, e a Corte Interamericana de Direitos Humanos através dos Movimento de Mulheres e Feministas de São Paulo. TÁ PASSANDO DA HORA DE SE DENUNCIAR PARA O MUNDO OS INUMEROS CASOS PROTAGONIZADO NESTE INFELIZ MOMENTO POR Elaine César.
Um grande abraço a todos/as, vamos nos juntar por TODAS AS ELAINES DESTE SOFRIDO BRASIL DE FAZ DE CONTA.
Sinceramente falando,
Quando assisti a peça “O Banquete”, quase saí antes do final. Não que eu sofra de homofobia mas, senti certa repugnância ao ver aqueles homens se beijando em cena, ou descendo à platéia para beijar os outros. O sexo ali virou uma coisa banal, sem romantismo, uma coisa animalesca e os próprios integrantes do grupo de oficina já sabiam que durante o espetáculo, metade do público ia embora. Até aí tudo bem, nada contra, quem vai assistir esta peça sabe o que vai ver, como foi o meu caso. Entretanto, deixar uma criança viver num ambiente de atores desse é uma verdadeira insanidade! Um ambiente artístico onde a criança vai crescer com a impressão de que o sexo é uma coisa banal? Ora! Sem mais comentários!
Marcelo, vc é um idiota! E tenho dito!
Marcelo vc é um mega idiota! E tenho dito!
vou divulgar esse absurdo aqui no facebook! tenho uma filha de dez anos e posso imaginar o que essa mãe deve estar passando! vamos acreditar (e agir) para que theo volte prá elaine!
Nao sei quem eh esse Marcelo mas eh um IDIOTA.
Se o que voce, Marcelo viu foi somente “sexo banal” eh por que banal eh seu jeito de pensar e de ver o mundo. Narrow minded TOTAL.
Eliane o Theo vai voltar pois eh assim que tem que ser, eh o que eh certo. Acredita.
Espalho, encaminho, divulgo, grito! Mas essa ignorancia tem que ter fim. Valeu Ze Celso! Eh por ai mesmo, nao podemos ficar quietos e aceitar essa maldade fantasiada de justica.
Vocês sabem que têm que falar um pouco mais do que “idiota” e “cabeça fechada” para ir contra o argumento do Marcelo, não é?
Não dizendo que eu concordo com ele, muito pelo contrário. Mas ele pelo menos não saiu xingando ninguém. Disse o que acredita colocou seu ponto.
Cabe a quem defende explicar por que seria ou não o sexo banal, ou mesmo se, ser banal, seria um problema e por aí vai.
Agora chamar o cara de “idiota”, “mega-idiota” e sei lá o que mais, não ajuda em nada.
Aproveitando a deixa da noticia:
“Casos violentos como este só se comparam à censura durante o regime militar e mostram que os juízes e os procedimentos das Varas de Infância são da idade média”, afirmou a fonte.”
Tomara que as pessoas comecem finalmente a perceber que isso aqui está voltando a ser uma ditadura mesmo, esse caso não é a única prova disso.. Pode esperar que vai piorar!
O próximo passo é a ‘democratização’ dos meios de comunicação, isto é, a boa e velha censura!! Só porque colocaram a palavra democratização no nome não quer dizer que tenha rigorosamente nada a ver com democracia, é apenas uma censura com um nome ‘bonitinho’. É só vcs pensarem que vão perceber que não tem nada de democrático em controlar o que os meios de comunicação veiculam!
Não se esqueçam que o nome do partido nazista era nacional-socialismo, pode pesquisar em qualquer livro de história..
Absurdo pensar que em plena modernidade alguns homens ainda pensam, vivem e “amam” como na Idade Média, onde a mulher é apenas servente de seus desejos, e quando a isso se opoe precisa ser destruida, aniquilada, nem que seja emocionalmente.
Pior ainda é saber que nossa justiça está nas mãos desses mesmos homens, que agem como se precisassem honrar o seu “bando”.
Que Elaine possa ter saúde e forças para se recuperar e ensinar a Théo que homens podem sim viver emocionalmente em outra época que não a medieval.
JUSTIÇA!
Keila (Atriz de Teatro com muito orgulho e honra!)
Pessoal,
Vocês estão perdendo o rumo da discussão, ninguém aqui tem “moral” pra falar de Idade Média, ou seja lá o que for, o fato é que juiz nenhum pode tirar um filho(a) de sua Mãe!
Foda-se este sistema de merda, com inteligência podemos driblar e viver com o respeito pelo próximo, o qual se perdeu, a vida não tem mais o mesmo valor. Banal é a nossa atitude diária, estamos cheios de idéias na cabeça, mas, por outro lado não fazemos porra nenhuma, todo mundo tem um discurso pronto do que seria melhor e blá, blá, blá…
Força Elaine, que você saia logo desta UTI e corra para o seu filhinho!
No oficina, o nu é afirmação dionisíaca, riso, vida… várias crianças passaram por lá, algumas tornaram-se grandes artistas. Triste judiciário…
eu só gostaria de entender um pouco mais, não adianta sair falando sem ter a visão real dos fatos. Não sou contra o oficina…aliás admiro demais o trabalho realizado naquele espaço e também não tenha nada contra a nudez e nem beijos na boca, seja lá de quem for. Mas o que penso é que é muito difícil tirar a guarda do filho de uma mãe e se isso aconteceu será que é somente pelo oficina? uma criança de 3 anos ficava qto tempo naquele espaço? penso que uma criança de 3 anos precisa ficar em casa, brincar, comer e dormir nas horas certas! nem estou criticando a mãe…mas talvez ela tenha (sem intenção) descuidado um pouco dessas coisas. Não a conheço e nem estou julgando ninguém, mas as vezes fazemos coisas sem perceber e só cai a ficha qdo uma coisa grave dessa acontece. Vou torcer pra que tudo se resolva e o filho volte para a mãe…que é isso que tem que acontecer!
Numa das partes de O Sertões, estava na plateia uma mãe com um a criança de cerca de seis anos.
Convidada a participar das cenas, a criança nao se intimidou. Se misturou aos atores, às cenas, ao espetáculo.
Totalmente integrada e alegre, em nenhum momento a criança passou a perceber o espetaculo de outra forma, que nao fosse uma diversão, uma experiencia.
Adimiro aquela mae, ate hoje. (Ainda mais depois que virei pai.)
Assisti a isso e minha obrigaçao é dar esse depoimento aqui.
Se o juiz nao conhece, nem vive arte, paciência….
… não é o unico.
Senhor marcelo, você é algum representante do papa, da igreja católica, ou de alguma porra de partido integralista?
Ou leu demais “O cortiço” meu caro, eu desde criança, vivi no ambiente teatral, convivi com homosexuais, vi gente usando drogas e bebendo.
E não é por isso que virei um “sociopata homosexual” como deve passar pela sua mente.
Olha, Marcelo, queria dizer algumas coisas… Primeiro, você pode julgar o sexo no Oficina como banal.
Eu o vejo mais banalizado na mídia e seus produtos de mulheres frutas-frugais, na qual os símbolos em relação são apenas o falo-macho nos buracos-fêmea, realimentando um círculo vicioso que se extende ao cotidiano, às ruas e em toda situação em que uma mulher não tem a escolha de evitar ser chulamente abordada (a qualquer momento) por qualquer macho (ou grupo deles) convicto desse seu “direito”. E, na maioria dos casos, a defesa mais segura é se retrair.
Uma violência, não?
Bem, o sexo no Oficina é um elemento de uma reconstrução que se pretende libertadora (ou, ao menos, confrontadora) e nunca se apresenta isolado, mas relacionado a tantos outros elementos com os quais forma seu sentido/fala/canto/arte. Acho que uma explicação para se ignorar essas relações existentes – levando a um julgamento que decrete a banalidade – reside no adestramento de nossos sentidos estéticos para encarar uma “carnavalização” como simples “putaria”, seja sob a perspectiva de paraíso do falo-macho ou a da “moral e costumes” de uma elite horrorizada com a plebe-bárbara, um segundo paraíso de falos-machos pseudo-domesticados (dentro de ceroulas de seda) sobre o qual constroem suas figuras públicas – cuja decência aparente servirá para adquirir, legitimar e execer poder na sociedade.
Vou arriscar uma afirmação imprudente. Pra mim, Momo é o Marx do Oficina. Que viagem! Mas veja como eles colocam tantos elementos opostos em relação (incluindo aí o que é mítico com o que é histórico ou contemporâneo) que se sintetizam através da sexualização…
Vamos deixar isso de lado, pois nem é o principal. E o principal, neste caso horrendo noticiado, é simples: fale o que achar do Oficina, mas ele não é violento. Nem em relação ao sexo, nem a nada… A plateia pode abandonar o teat(r)o no meio da peça que escolheu assistir. Em toda apresentação deles que já vi, uma pessoa do público que era convocada para participar e realmente não aceitasse, nunca foi forçada a isso. A liberdade que propagam não é a de ficar nu ou da libetinagem, é uma liberdade que reconhece outras liberdades e as respeita.
Francamente, e digo isso como pai, uma criança de três anos não tem pudor para ser psicologicamente violentada por “presenciar” homens se beijando. E se estiver sendo socializada num meio com pudores para isso, vai, no máximo, estranhar tal “cena” curiosa. O Oficina é constítuido por adultos responsáveis, sim, e portadores da autoridade que seres já constituídos têm frente a uma criança recém-chegada a um mundo desconhecido. E a “adulto” mais responsável e comprometida com a formação e bem-estar do Theo é a Elaine. (Questionar isso é prepotência das grandes.) E o que devemos aceitar é que é ela quem deve educar seu filho de acordo com seu discernimento e postura frente às coisas do mundo. É ela quem decide sobre esta educação, se deve ser voltada para o respeito às liberdades alheias ou se deve estigmatizar “monstros” ou “anormais”, se seu filho vai se constituir em sujeito com ou sem recalques tão comuns aos falos-homens… Mas, enfim, ele será o sujeito que irá se decidir e viver. Talvez para, quem sabe, se tornar um grande desembargador que preze pelos direitos humanos e liberdades individuais, ou então, como o que é observável em inúmeros reveses revolucionários/reacionários entre gerações, um Penteu.
Enquanto não se prove uma violência à criança, o constragimento à “moral” própria de determinados adultos pode legitimar, mas não justifica ações realmente violentas ao bem-estar infantil e tão pesadas como separá-la de sua mãe (um pesadelo aos três anos de idade!) e envolvê-la
em tal situação de tal maneira num assunto de adultos. Isso seria muito mais um “trauma” com consequências severas do que presenciar qualquer pessoa beijando outra – um “problema” que a explicação educativa materna ou paterna poderia resolver da forma que fosse, já que não envolve carências ou necessidades da criança, apesar de influir na sua constituição como sujeito e seu discernimento sobre as atitudes dos adultos, suas escolhas e posturas.
Digo isso tudo sem conhecimento total do caso, claro. Mas o discurso do pai no vídeo é revelador de muita coisa. A principal dentre elas, a sua dor. Outra, é como caracteriza o relacionamento da criança com a “equipe”, de unificação, em suas palavras, como uma estrela que envolve todos dessa “equipe”. Disso, eu presumo uma familiaridade anterior do pai com o Oficina. Pois é difícil acreditar que um companheiro não tivesse conhecimento de como é o grupo teatral em que se envolve a sua mulher. Os dispendiosos processos de criação, treinamento e ensaio, parecem exigir e dar espaço para que ela também seja mãe e consequentemente agregue o grupo (amigos) nos cuidados da criança. Visto isso, é também difícil acreditar que um pai que realmente encarasse tal meio como nocivo ao filho se submetesse à situação de realizar a declaração do vídeo ou, ao menos, não se abstivesse em reconhecer a relação do filho com os adultos que compõem o “meio nocivo” de tal forma. Ao menos, é claro, que estivesse empenhado em tirar o filho da mãe custasse o que custasse, para vingar uma dor da qual não consegue se livrar ou não admite ter sofrido.
Enfim, tal argumento soa como pura retórica estratégica frente a um juíz. Fato tão comum e fácil de se discernir para um magistrado…
O que impressiona e causa estranheza é a irrelevância de tais evidências e a pactuação com o interesse de uma das partes a ponto de ferir outras liberdades com o uso do poder público da forma que se demonstra, quando uma decisão como essa deveria ser imparcial, respeitando, antes de tudo, direitos constitucionais ou prezando a prudência que se espera de qualquer autoridade poderosa em determinar aquele uso frente a estes direitos sem antes comprovações mais concretas e menos valorativas. A mim, só resta acreditar que a fundamentação de que a arte cinquentenária e histórica do Oficina como “pornográfico” e a implicação disso numa *suposta* pedofilia para tal mobilização legal só encontraria eco nos valores restritos de indivíduos e grupos específicos e, infelizmente, a fragilidade que a garantia de direitos e bem-estar tem frente àqueles no sistema judiciário deste país.
Resta apenas apelar para que qualquer autoridade ainda comprometida com o princípio da liberdade de um estado moderno, no sentido histórico-político do termo, e com a crença na importancia de direitos para uma democracia, deixe de lado o coorporativismo, julgue o julgamento e tome providências na tentativa de sanar um mal de tal dimensão causado pelo uso do poder no qual se integra. Seria uma bela tentativa de se assegurar a tão abalada confiança da sociedade no Estado através da preservação de duas palavras que permeiam os discursos de poderosos há séculos e que os brasileiros tão raras vezes experimentaram concretamente: justiça e democracia.
Está aí também a manifestação sobre o fato de uma experiente personalidade como a de Zé Celso, que já encarou e sofreu, na sua vida pública e particular, com tantas arbitrariedades políticas e morais, para ser julgada como irrelevante ou plausível.
“Ah, Maria”! Se soubesses o quanto a justiça foge de palavras como pobre, preto, bicha, sapatão e mulher, pelo simples fato de ser feita por homens e seus poderes, não acharia certas coisas tão difíceis assim…
Marcelo, talvez o “Manifesto Antropofágico” de Oswald de Andrade lhe explique porque o corpo (e só o corpo) é importante nas montagens do Teatro Oficina. Reza um dos trechos do Manifesto: “O que atropelava a verdade era a roupa, o impermeável entre o mundo interior e o mundo exterior.” A nudez em “As bacantes” não é pornografia: é liberdade.
Ah, sim, outro trecho do Manifesto: “Estamos fatigados de todos os maridos católicos suspeitosos postos em drama. Freud acabou com o enigma mulher e com outros sustos da psicologia impressa.” Menos nas Varas de Família, que ainda pensam que artista é igual a puta, como na República Velha. Ou pior: como na Idade Média.
Este caso é digno de ser encaminhado ao CNJ, pelo abuso de autoridade. Quem se habilita?
Enquanto os homens
Exercem seus podres poderes
Morrer e matar de fome
De raiva e de sede
São tantas vezes
Gestos naturais
Eu quero aproximar
O meu cantar vagabundo
Daqueles que velam
Pela alegria do mundo…
o pai tem os mesmo direitos…alias se fosse a mãe que
tivesse feito isso tava todo mundo do lado dela.
PAI E HOMEM NÃO TEM DIREITO NEHUM,QUANDO GANHAM É MACHISTA.
O que falta nesta sociedade é a libertação do corpo de todos os castigos físicos, emocionais e morais. Principalmente morais. Estes juizes, senhores do Estado, conservadores em todas as camadas sociais não passam de criaturas oprimidas por este cristianismo ocidentalizado. E são atrocidades como estas, de uma mãe correr o risco de perder o seu filho por simples conservadorismo ególatra, como bem definiu José Celso, que não podemos deixar passar impune. Elaine César é do teatro e o teatro também sofre com isso porque ele propõe a liberdade do corpo e da liberação da moral. Não é coincidência que as duas questões estão interligadas.
Agora, Marcelo: entendo a sua posição e respeito por você assumir isso. Coisa de poucos. Mas coisas não são tão simples assim. O preto e o branco. O bem e o mal não cabem mais neste século. Cristo está morto.
Marcelo,
Você pode ter a impressão que quiser sobre a peça, sobre sexualidade, sobre arte, enfim… inclusive… nem sei se me sentiria bem assistindo, sendo bem verdadeira. E com certeza você deve ter suas verdades sobre o que é melhor pra os seus filhos. Direito seu.
Porém, existe praticamente um abismo na tentativa de usar esse argumento para justificar o que foi feito com essa mãe e com essa criança. E o que interessa os doc do Teatro…não entendo. Provar o quê? O garoto parace sentir falta da mãe…criança não gosta de desestrutura.
Criança precisa é de rotina e de afeto, de atenção, de amor. Muito mais que uma educação convencional.
Conheço inúmeros amigos que cresceram achando a coisa mais normal do mundo andar pelado em casa, e isso,nunca, nem se podia imainar na minha casa… e esses amigos nem são mais, nem menos, ‘normais’ que eu!!! Enfim, o que quero dizer com isso é que cada família cria seus filhos como acha que deve contanto que, ensine-se a esse serzinho a respeitar os limites do social, e não do privado. O privado é determinado por regras de acitação mútua interna, dentro do núcleo íntimo.
Espero que tenha ajudado a compreender o outro lado.
Espero sinceramente que esse caso tenha um final feliz e que a justiça seja feita.
Acredito!
Larissa
Pingback: Links de domingo, 19 de dezembro « Observatório da Repressão
Pingback: Tweets that mention Agência ConsciênciaNet » Blog Archive » Mulher perde guarda do filho por trabalhar no Teatro Oficina, classificado como “pornográfico” -- Topsy.com
Pingback: carta urgente de Zé Celso « movimento nova cena
Não julgo este caso, pois só ouvi um lado da história.
Questiono a todas estas pessoas de cabeça fechada, narrow-minded, sobre a incapacidade de um pai educar seus filhos.
Vocês estão com a cabeça na antiguidade, nas sociedades machistas, acreditando que o macho serve somente para prover. Vocês querem exemplos de filhos educados por pais homens que cresceram saudáveis em todos os sentidos, a exemplo do Ivan Stamato?
Portanto, senhores, parem de xingar os outros e ampliem as suas cabeças.
Não é a arte que representa a evolução da sociedade, é o que vocês pensam e nós pensamos!
A Elaine Cesar e seu filho Théo, ao Fred, desejo-lhes muita força e esperança, e saúde para lutar. Elaine , querida, fique forte e firme, apesar da dor que você está sentindo, você vai conseguir ter deu filho devolta. Eu não posso acreditar no que aconteceu, com certeza um caso clássico de abuso de poder e de atentado aos direitos humanos, e também um atentado à liberdade artística e à cultura brasileira.
NÃO EXISTE NADA MAIS IMPORTANTE AQUI DO QUE A VOLTA DE THÉO E A SAÚDE DE ELAINE.
A JUSTIÇA ESTÁ ERRADA E AGE IRRESPONSAVELMENTE.
Quanto ao infeliz comentário de Marcelo, com apoio de Thiago, só me resta achar que são vítimas de uma educação imbecil e banal, que limita seus olhares. O Teatro Oficina e suas montagens vão muito além de sexo e homossexualismo, é muito mais profundo que isso.É puro romantismo, pura poesia, é ARTE!!
Quando assisti o Teatro Oficina pela primeira vez , foi em 2004, numa montagem dos Sertões, ainda ensaiavam a parte do Homem, e assisti ao ensaio maravilhada, a nudez e as cenas de sexo entre mulheres e homens em momento algum me chocaram, ou foram desnecessárias, ao contrário, tudo que era dito e encenado era de extrema coerência com o texto. Eu fiquei ali por 8 horas sem ver o tempo passar, estava completamente fascinada, dominada pelo texto, pela encenação e pelo teatro. Na minha cabeça não tinha espaço para esse tipo de olhar que o Marcelo aponta, e digo mais, após o ensaio houve uma roda com todos os atores e visitantes e o clima era de alegria e respeito total. Fim do expediente todos ali concentrados no trabalho, focados no ensaio do dia seguinte, o clima era de total respeito.
Anos depois tive a oportunidade de trabalhar no Teatro Oficina, dentro de um projeto muito bacana com a comunidade do Bixiga – O Bixigão, e o que vi foram adolescentes inteligentes e cultos, aprendendo o ofício de uma profissão. Portanto, Marcelo e Thiago, aproveitem os comentários dos que ainda tiveram a paciência de querer esclarecer alguma coisa para vocês e cresçam para além de vossa ignorância.
Achei o comentário de Marcelo descabido, vazio e hipócrita. Só posso crer que é a opinião de um ignorante, ainda mais diante de uma situação onde uma criança está sendo usada pelo Pai, para castigar a Mãe.
Ou não viu a cena anexo ao e-mail de José Celso?? Onde o Pai de Théo invade a cena do Teatro Oficina … Você viu?? O que ele foi fazer ali, reivindicar o quê?? Tome mais cuidado e se informe melhor antes de sair falando bobagem por aí…
O Teatro Oficina deve ser respeitado e valorizado à altura de sua ARTE, que é potente e exuberante, a história de José Celso e dessa família teatral, que sabe muito bem acolher pessoas vindas de fora é de puro amor ao próximo, respeito, entrega e paixão ao teatro.
Eu estou indignada e vou fazer o que puder para ajudar..
abraços a todos,
Raquel Coutinho, 35, cantora, compositora, percussionista e fonoaudióloga.
Curiosamente, isso, dentre outros fatos, ocorre justamente num momento em que a direita brasileira sofreu uma derrota que, pra eles, foi imperdoável. A direita escrota e pérfida, mascarada como “defensora” da “moral” saiu da sombra e se une para querer “mostrar quem é que manda”. Por outro lado, a repercussão do fato trará a publicidade (inclusive internacional) ao Teatro Oficina. Esse criminoso travestido de pai é reponsável por vários delitos, incluindo o de destruir patrimônio da humanidade. A sociedade pede providência.
Esse marido é o caso típico do “Zé Ninguém”, denunciado por W. Reich como o frustrado que vê nas expressões livres do amor dos outros um ato de obscenidade. Ele deve ser um consumidor de pornografia, machista e provinciano, que por temer suas própria fantasias as repudia em quem as vive livremente. Os verdadeiros obscenos são esses doentes que se recolhem em suas limitações, são os fascistas de ontem e de hoje e serão os de sempre. Respeite sua mulher e filho, seu canalha moralista. Mate sua mulher e deixe seu filho sofrer esse dano e prove de vez que você é que é perigoso para a sociedade. Quanto à justiça brasileira, dá medo de pensar que estes trogloditas não consigam refletir para além dos preconceitos do marido ciumento. No festival de Woodstock as crianças andavam nuas, viam as pessoas nuas, dançavam nuas e eram felizes numa familia livre e feliz. Traumatizar é impedir a livre-expressão da vida. Seu filho vai te cobrar isso mais tarde e o verá como um ser humano lamentável. Guarde seu rancor e infelicidade para você, não o distribua para toda a sociedade.
Senhores(as),
Só ouvi um lado desse acontecimento e aparentemente me parece um absurdo afastar uma criança do convívio com a mãe.
Para não ser subjetivo, alguém poderia me dizer qual é a recomendação de idade (censura) para assistir a peça? 14 anos? 16 anos? É livre?
No meu ponto de vista, caso haja a recomendação de idade para a entrada na peça a mesma recomendação se estenderia aos ensaios.
Se o único motivo é o “conteúdo inadequado” para a criança, me parece razoável recomendar à mãe um afastamento da criança dos ensaios/peças.
Texto escrito por Silvia Badim num blog bastante respeitado e acessado por mães, sobre este assunto:
http://www.blogmamiferas.com.br/2010/12/arte-e-liberdade-para-maes-e-filhos.html#comment-3291
Não sei da historia completamente. Mas se o vídeo que está no meio do texto do for do ex-marido da Elaine querendo reconquistá-la, fica óbvio que ele só está querendo, por ter sido rejeitado, feri-la com a faca mais afiada que encontrou: o filho. E, se está USANDO o filho como instrumento de tortura, é sinal de que bom pai não é.
Pingback: Elocubrações sobre violência sexista «
Pingback: Reflexos de uma indignação pessoal | o pão indigesto.
Sério…
Foi um macaco que escreveu este texto? Eu não entendi nada da história.
Pelo amor de deus, aulas de português urgentes pra quem escreveu este texto!
Força para Elaine nesse momento!! Estamos divulgando orkut afora, em várias comunidades, esse manifesto!!
tenho dois filhos, 7 e 9 anos, quando via o banquete pela internet pensava só em como seria bacana meus filhos tomarem conhecimento de um teatro como esse. a vida pode mais. viva o teatro vivo uzina uzona! saúde elina!
esse mundo está todo errado, o teatro do zé celso nos conta isso…
Pingback: Elocubrações sobre violência sexista « BiDê Brasil
Caros,
O Judiciário cometer um absurdo desses é revoltante, mas não se trata de um caso isolado.
Uma amiga minha, a jornalista Rosiane Rodrigues, colega de faculdade, perdeu a guarda do filho, então com dois anos, POR SER PRATICANTE DO CANDOMBLÉ. O pai da criança alegou que a religião era inadequada à criação do menino. Uma assistente social do Tribunal assinou embaixo e o juiz mandou a mulher entregar o filho ao pai biológico.
Quando a polícia — sim, uma viatura da PM — foi buscar a criança, a mãe se recusou a entregá-lo a um policial, sem nenhum outro tipo de acompanhamento. Resistiu à ordem e FOI PRESA!
Dois dias depois o pai devolveu a criança à mãe e ainda teve a cara de pau de admitir: ele nunca quis ficar com o menino, pediu a guarda somente para não ter que pagar a pensão alimentícia.
Vai ver o ex-marido de Elaine César, além de ciumento e rancoroso, também está com a intenção de economizar uns cobres assumindo a guarda do filho.
Quem duvidar do relato acima pode procurar a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro. O caso citado foi um dos primeiros atendidos pela Comissão. Vejam no link o relato de um segundo caso, também registrado no Rio de Janeiro, com menção ao episódio envolvendo minha amiga.
O problema não é só os homens usarem argumentos machistas para tirar os filhos de suas mães, mas o Judiciário acatar estes pedidos, desrespeitando os direitos constitucionais das mulheres.
Pingback: Zé Celso sobre Elaine Cesar | Revista ConsciênciaNet: acesse a sua.
Pingback: Arte e liberdade para mães e filhos - Mamíferas