Jovens de favelas e periferias de Rio e SP buscam soluções para desafios criados pela pandemia

Uma parceria entre Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Fundação Abertis e empresa de concessão rodoviária Arteris está incentivando jovens da zona norte do Rio de Janeiro (RJ) e dos bairros de Grajaú e Jardim Ângela, em São Paulo (SP), a debater soluções para os desafios criados pela COVID-19.
O projeto Geração que Move conta ainda com a parceria técnica da Agência de Redes para Juventude e a ONG Viração.
A ideia é fazer com que os adolescentes compartilhem anseios, preocupações, inspirações e motivações, em especial sobre as condições de acesso a serviços básicos, mostrando de que forma essa geração busca alternativas em momentos adversos. O objetivo é conhecer a geração que está se movendo para o enfrentamento da pandemia.
O Geração que Move tem como proposta discutir e refletir sobre temáticas que circundam a pandemia, como fake news, prevenção, discriminação, desigualdade social, bem como acesso a serviços de saúde, educação, proteção, cultura, esporte e lazer.
Neste ano, o projeto começa com debates online com 30 jovens, sendo dez de São Paulo e 20 do Rio de Janeiro, que vão atuar como produtores de conteúdo de suas comunidades, a fim de retratar suas realidades e mobilizar mais jovens e adolescentes.
Os adolescentes estão passando por percursos formativos online e oficinas de produção de conteúdo audiovisual, discutindo linguagens e formatos para mídias digitais.
Após o fim do isolamento social, o projeto passará para a fase presencial. Nessa etapa, os jovens terão oficinas temáticas de direitos humanos, adolescência e juventude, mobilidade segura e igualitária, desigualdades de gênero, raça e classe, empreendedorismo social, design thinking e temas correlatos, além de participarem de jornadas de campo para conhecer os equipamentos públicos.
O objetivo é que eles vivenciem esses desafios e sejam estimulados a criar soluções para garantir a mobilidade mais segura e igualitária de crianças e adolescentes nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. As ideias serão apresentadas a gestores públicos para o aperfeiçoamento de políticas públicas.
“Nossa prioridade é contribuir para garantir a segurança no trânsito para todos os grupos, especialmente para os mais vulneráveis, como crianças e jovens. Graças à nossa aliança global com o UNICEF, estamos trabalhando juntos para melhorar a situação em diferentes países, em todo o mundo. Estamos muito satisfeitos em desenvolver este projeto agora em São Paulo e no Rio de Janeiro, em conjunto com a Arteris e o UNICEF”, afirma Georgina Flamme, diretora da Fundação Abertis.
Para o presidente da Arteris, Andre Dorf, o projeto é fundamental para o desenvolvimento social de regiões com alto índice de vulnerabilidade. “Temos o compromisso de criar e oferecer novas soluções de mobilidade em diversas regiões do país. Neste projeto, trabalhamos em conjunto com as comunidades locais para estimular a inovação e protagonismo dos jovens no desenvolvimento de ideias para resolver os desafios impostos pela pandemia e além dela”, destaca o executivo.
“Promover a discussão sobre o direito à cidade e às políticas públicas entre os jovens e adolescentes e ter soluções indicadas por eles é de extrema importância para enfrentarmos as desigualdades existentes dentro das cidades, especialmente com o impacto crítico da pandemia em sua vida”, afirma Luciana Phebo, coordenadora da Região Sudeste no UNICEF Brasil.
Sobre o Geração que Move
O Geração que Move, uma parceria do UNICEF, com a Arteris e a Fundação Abertis, e implementação pela Viração (São Paulo) e Agência de Redes para Juventude (Rio de Janeiro), visa promover a mobilidade segura e igualitária de crianças e adolescentes de áreas vulneráveis em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Alinhado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 11, o projeto tem como objetivo fomentar o acesso seguro a serviços de educação, saúde, proteção, cultura, esporte, lazer, por meio de estratégias sustentáveis, projetadas e lideradas por adolescentes.
Sobre a aliança global
Presente em mais de 190 países, o UNICEF atua no Brasil há 70 anos. Por sua vez, a Abertis é uma empresa multinacional de operação viária, presente em 15 países da Europa, da Ásia e das Américas.
Desde 2017, UNICEF e Abertis têm uma aliança estratégica com objetivo de fortalecer e ampliar a atuação do UNICEF e de seus parceiros para proteger crianças e adolescentes pelas rodovias do mundo e garantir um acesso mais seguro à escola.
Sobre a Agência de Redes para Juventude
A Agência de Redes para Juventude é uma metodologia em ação desde 2011 pela organização da sociedade civil Avenida Brasil. Promove a possibilidade de criação de um novo espaço-tempo para os jovens que vivem em comunidades populares do Rio de Janeiro, estimulando-os a inventar um novo lugar na cidade, onde esses jovens sejam potentes e sujeitos criadores.
Sobre a Viração
A Viração é uma organização da sociedade civil que atua com comunicação, educação e mobilização social entre adolescentes, jovens e educadores, compreendidos como sujeitos de direitos, considerando suas potencialidades e vulnerabilidades específicas, levando em conta suas diversidades culturais, sociais e étnico e raciais.
Sobre a Arteris
A Arteris, uma das principais empresas de concessões de rodovias do Brasil, administra cerca de 3.200 km de vias nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná, ligando importantes eixos econômicos do país.
É responsável pela operação de cinco concessões federais: Fernão Dias, Régis Bittencourt, Litoral Sul, Planalto Sul e Fluminense. Também detém as concessionárias estaduais Intervias e ViaPaulista, no interior de São Paulo.
O compromisso da empresa, que é controlada pela espanhola Abertis e pela canadense Brookfield, é com a valorização do ser humano, seja na segurança da rodovia, nos impactos socioeconômicos positivos na sociedade e na conservação ambiental.
A Arteris também desenvolve projetos educacionais em comunidades próximas à área de atuação da empresa, que já beneficiaram mais de 300 mil alunos e formaram cerca de 18 mil educadores em mais de 660 escolas da rede pública de ensino municipal e estadual. Saiba mais: www.arteris.com.br
Fonte: Nações Unidas – Brasil
(13-07-2020)

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