Haiti: arquivo 2005

“Situação é explosiva”, alerta ONG

PORTO PRÍNCIPE. A situação no Haiti, principalmente na capital Porto Príncipe, é explosiva e é preciso redefinir a missão dos capacetes azuis da ONU – comandados pelo Brasil – para que se possa cumprir a lei no país, afirma um estudo do organismo independente International Crisis Group. Publicado esta semana, o informe destaca que a força de estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah), com seus 7.400 soldados de paz e policiais civis, conseguiu conter a violência, mesmo que o país ainda esteja submerso numa ”profunda crise política, econômica e social”. Do Jornal do Brasil, 2/6/2005..[+]

ONG ataca missão do Brasil

A missão de paz das Nações Unidas no Haiti (Minustah), liderada pelo Brasil, foi avaliada como ineficiente na promoção da estabilidade política e social no país, em relatório divulgado ontem pela organização não governamental Justiça Global e pelo Programa de Direitos Humanos da Faculdade de Direito de Harvard. Do Jornal do Brasil, 24/3..[+]

Polícia Nacional Haitiana tem histórico de violência, diz Nilmário Miranda

O ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, afirmou que a Polícia Nacional do Haiti (PNH) possui um histórico de violência no país. A resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que autorizou o envio da Minustah ao Haiti permite o poder de polícia apenas à PNH, enquanto os “capacetes azuis” devem exercer apoio logístico e operacional à polícia. “Na sua reestruturação, é uma polícia que tem uma história de violência”, disse o ministro após encontro com representantes da ONG Centro de Justiça Global. Da Agência Brasil, 24/3..[+]

Relatório da ONG Justiça Global faz 12 recomendações à missão da ONU no Haiti

A ONG Centro de Justiça Global lançou um relatório sobre a atuação da missão de paz das Nações Unidas no Haiti. No documento, a entidade faz críticas de supostas violações de direitos humanos e sugere 12 medidas para a Minustah implantar no país. Da Agência Brasil, 24/3..[+]

Soldados da ONU estupram haitiana

A ONU está investigando acusações de que três policiais paquistaneses teriam estuprado uma mulher no Haiti, enquanto participavam de uma missão no país. A investigação foi lançada pouco depois que as Nações Unidas divulgaram abusos contra mulheres por soldados da força de paz da organização no Congo. DoJornal do Brasil, 24/2..[+]

Camponês quase escravo, quase livre

Sedwàn Louis acordou às 3h30 e começou a se preparar para a lavoura. Pôs a roupa, procurou as ferramentas. Voltou a si: não trabalhava mais. Após 26 anos cortando cana de açúcar em Batahona, República Dominicana, o camponês, nascido no Haiti, não consegue se desprender da rotina do campo. Não consegue dormir até mais tarde. “Na República Dominicana, era quase escravo, quase livre”. É assim que Louis explica sua rotina de 15 horas de trabalho por dia, recebendo, em média, 40 pesos (cerca de dois dólares) pela jornada. Às vezes, nada recebia. Dormia em um casebre, com outros trinta camponeses. Deitavam-se no chão, pois não havia cama. Eram acordados, todas as madrugadas, por chicotadas e baldes de água gelada. “Os capangas dos fazendeiros mudavam os horários em que vinham nos acordar. Então, não tínhamos como estar prontos”. Do Brasil de Fato, 24/2..[+]

Na República Dominicana, exploração

Fugindo da seca e da miséria, centenas de milhares de camponeses e jovens abandonam o Haiti todos os anos. Vão em busca de comida, emprego, dinheiro. A maioria toma o caminho da vizinha República Dominicana. Vão trabalhar como braceros, cortadores de cana-de-açúcar, aceitando salários mais baixos dos que os trabalhadores locais. Segundo estudo do Grupo de Apoio aos Repatriados e Refugiados (GARR), os haitianos representam 83,4% da mão-de-obra das lavouras dominicanas. Do Brasil de Fato, 24/2..[+]

No Haiti, em meio à miséria, o povo resiste

De dentro do Haiti, nasce um novo país. Não está a ponto de se impor à atual estrutura política e social vigente no território, mas na boca do povo, em sussurros. É um reflexo da experiência de clandestinidade e repressão sofrida pelos que criticaram os governos anteriores – ditaduras como as de François e Jean-Claude Duvalier, de 1957 a 1986, e regimes autoritários como os de Emmanuel Nerette, de 1991 a 1992, e Jean-Bertrand Aristide, de 2001 a 2003. Fala-se de um novo país, livre e soberano, sempre em crioulo, língua do povo, em contraposição ao francês, idioma oficial do governo e da imprensa, absolutamente incompreensível para 90% da população. É o Ayiti popular contra o Haiti dominante. Do Brasil de Fato, 17/2..[+]

Praia e sol para soldados da ONU

Diante do quadro de catástrofe social, em jeeps com tração nas quatro rodas, impecavelmente limpos, blindados, passam oficiais e soldados da Organização das Nações Unidas (ONU), principalmente brasileiros, que ocupam o país desde junho de 2004. Os veículos parecem baratas tontas: dão voltas em rotatórias, fazem idas e voltas nas grandes avenidas, ficam parados por alguns instantes. E se vão. Talvez em gasolina tenham gasto os 25 milhões de dólares enviados todo mês. “Vieram para a estabilização democrática do Haiti, dizem, mas parecem estar a passeio, como se estivessem de férias”, denuncia o economista Camille Chalmers, da entidade Plataforma Haitiana pela Defesa do Desenvolvimento Alternativo (Papda). Do Brasil de Fato, 17/2..[+]

Unificação é desafio

“Gostaria muito de ver o Brasil fora dessa ocupação militar”, diz ativista haitiano

A convite da Rede Jubileu Sul, o ativista haitiano Camile Chalmers esteve em diversos eventos e seminários no FSM 2005. Segundo Camile, a Força de Paz da ONU no Haiti, comandada pelo Brasil, não está ajudando a conquistar a efetiva democracia em seu país. “O que vivemos em 2004 fez parte de uma manobra financiada pelos Estados Unidos para tentar influenciar o quadro político; foi uma tentativa de chantagear a população haitiana”, afirma. Por Iracema Dantas e Thais Zimbwe, do IBase, jan/2005..[+]

Haitianos que vieram ao Fórum querem Brasil fora do país

Ato organizado durante o Fórum mostra as grandes divergências entre os haitianos sobre a situação no país. Mas uma reivindicação é comum: o fim da ocupação pelas tropas das Nações Unidas, encabeçadas pelo Brasil. Da Agência Carta Maior, 3/2..[+]

Amorim: Haiti enfrenta tsunami socioeconômica

BRASÍLIA. Um dia antes da reunião do Conselho de Segurança da ONU para discutir a situação do Haiti, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, pediu que a comunidade internacional não abandone o país. Para o ministro, o Haiti sofre uma tsunami socioeconômica há 200 anos, numa referência à tragédia que atingiu áreas costeiras do Oceano Índico. (…) Ele destacou que a crise no Haiti não pode deixar as preocupações internacionais. O ministro lembrou que por doenças ou outras razões morrem muitas crianças no Haiti: “São 30 mil crianças mortas por ano no Haiti. Portanto, não é exagero nem uma figura de linguagem comparar a situação haitiana com a das vítimas nos países atingidos pelo maremoto”, afirmou o ministro. Do jornal O Globo, 12/1..[+]

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