Fundação da OMS visa ampliar base de recursos para investimentos globais em saúde

Uma nova fundação lançada na quarta-feira (27) irá gerar financiamento para a Organização Mundial da Saúde (OMS) e parceiros, utilizando fontes não tradicionais de recursos, incluindo o público em geral.
A Fundação da OMS, que é independente, será parte integrante da estratégia de mobilização de fundos da agência das Nações Unidas para ampliar sua base de doadores.
O chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que a ideia veio de um membro da equipe em resposta a uma chamada feita há quase três anos para sugestões de transformação da organização.
“Está bem documentado que uma das maiores ameaças ao sucesso da OMS é o fato de que menos de 20% de nosso orçamento vêm de contribuições flexíveis estimadas dos Estados-membros, enquanto mais de 80% são contribuições voluntárias, de Estados-membros e outros doadores, que costumam ser destinadas de forma rígida a programas específicos”, explicou.
“De fato, isso significa que a OMS tem pouco poder discricionário sobre a maneira como gasta seus recursos, ou sobre quase 80% de seus fundos.”
A Fundação da OMS, legalmente separada da agência de saúde da ONU, facilitará as contribuições do público, dos principais doadores individuais e dos parceiros corporativos.
Ela fará doações que apoiam os esforços da OMS para enfrentar os desafios globais de saúde, que incluem a extensão da cobertura universal de saúde a 1 bilhão de pessoas.
Tedros acrescentou que o estabelecimento da Fundação da OMS “não tem nada a ver com as recentes questões de financiamento”. No mês passado, os Estados Unidos anunciaram que estavam suspendendo as contribuições à OMS enquanto aguardavam uma análise de sua resposta ao surto inicial de COVID-19.
“Isso é algo que começou com a transformação que pode ajudar a organização a melhorar a qualidade do financiamento, aumentar a quantidade de financiamento, servir as pessoas de uma maneira melhor”, afirmou.

Construir um mundo melhor após a COVID-19

Um manifesto da OMS publicado esta semana estabelece um plano para um futuro mais verde após a pandemia de COVID-19.
“Quando alguns países começam a reabrir suas sociedades e economias, a questão que devemos responder é se voltaremos ao modo como as coisas eram ou se aprenderemos as lições que a pandemia está nos ensinando sobre nosso relacionamento com nosso planeta, disse.
“Reconstruir melhor significa reconstruir mais verde.”
O manifesto faz seis recomendações, começando com a proteção da natureza como fonte de tudo de que depende a vida humana, a saber, ar, comida e água.
Também recomenda garantir o acesso à água e ao saneamento, assim como investir em energia limpa e promover sistemas alimentares saudáveis ​​e sustentáveis.
A OMS também prevê que a saúde seja integrada a todos os aspectos do planejamento urbano, dos sistemas de transporte à habitação, e que as autoridades parem de subsidiar os combustíveis fósseis, que provocam poluição e mudanças climáticas.
Fonte: Nações Unidas – Brasil

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