Uma ação militar de curta duração contra o Iraque tem um impacto menor na economia mundial e, inclusive, poderia ter um efeito positivo, ao eliminar a incerteza que paira no mercado financeiro internacional, suscitada pela atual situação.
Sabe de quem é este pensamento?
Este trecho acima não é de nenhum site de extrema direita europeu, nem de algum grupo republicano fundamentalista dos Estados Unidos. Era a opinião oficial do Fundo Monetário Internacional (FMI) em setembro de 2002, reproduzida na matéria “FMI acha guerra positiva” do dia 21 do mesmo mês e ano, no Jornal do Brasil.
“Se a ação durar pouco tempo e se limitar ao Iraque, creio que o efeito será menor na economia e ainda poderá trazer algum efeito positivo, porque esclareceria a atual situação do mercado”, disse o diretor-gerente do FMI à época, Horst Koehler, em entrevista publicada dia 20/09/2002 no jornal Herald Tribune.
Além de reconhecimento pelo “bom senso” de sempre, estes dirigentes deveriam ganhar algum tipo de prêmio neonazista de bizarrices sociológicas. Atualmente, Koehler é o presidente alemão, o que por lá não quer dizer muita coisa.
Jornalista, 40, com mestrado (2011) e doutorado (2015) em Comunicação e Cultura pela UFRJ. É autor de três livros: o primeiro sobre cidadania, direitos humanos e internet, e os dois demais sobre a história da imigração na imprensa brasileira (todos disponíveis em https://amzn.to/3ce8Y6h). Acesse o currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/0384762289295308.
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