No dia de ontem participei de uma reunião sobre assuntos jurídicos na sede da ADUFPB-JP (Associação dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba) em João Pessoa, Paraíba.
Não posso deixar de expressar a minha profunda indignação frente ao descaso com que a categoria docente vem sendo tratada.
Estão nos devendo 28 % que não foram concedidos à categoria docente, há mais de 28 anos. O nosso salário e aposentadoria estão, consequentemente, totalmente defasados.
A nossa função educativa é fundamental, como o é a de educadores e educadoras de todos nos níveis de ensino.
Não podemos ficar em silêncio diante de mais esta agressão a nossa categoria. As alegações para não nos pagar o que nos é devido, devem ser repudiadas como manobras que escondem o menosprezo pelo nosso trabalho e pela nossa função.
Educar é preciso. E preciso dizer ainda, que me alegrou escutar, no fim da reunião, da parte de uma colega aposentada, o espírito que nos anima.
O trabalho docente não para quando nos aposentamos. Segue, como a vida. A vocação de educar faz parte da condição humana.
É lamentável que os governos não apenas desconheçam isto, mas ainda tentem nos enganar com palavras vazias.
O preço que se paga destratando os e as docentes, é um país emburrecido, cada vez mais alienado, cada vez mais nas mãos da dominação classista.

Doutor em sociologia (Universidade de São Paulo). Mestre em sociologia (IUPERJ). Licenciado em sociologia (Universidad Nacional de Cuyo, Mendoza, Argentina). Professor aposentado da UFPB. Terapeuta Comunitário Formador. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/