Um bando de marginal
invadiu lá no DF,
o Planalto, STF,
e o Congresso Nacional.
O bem patrimonial
foi um a um depredado,
o que era vidro, quebrado,
o que era arte, ferida.
A horda, enfim, foi despida
e seu rosto escancarado.
Lá dos Estados Unidos
o Bolsonaro acenava,
e o tropel se inflamava
num longo e feliz mugido.
E enquanto era tangido,
tal qual uma marionete,
empunhou um canivete
e feriu Di Cavalcanti.
E mais na frente, adiante,
defecou sobre o carpete.
Martim Assueros
8/1/2023
Sociólogo e Educador Ambiental, 67. É coautor do livro “Brejos de Altitude em Pernambuco e Paraíba: História Natural, Ecologia e Conservação” (disponível aqui) e de cartilhas didáticas de educação ambiental (disponíveis aqui: série Joca Descobre…).
Tocante descrição. A arte agredida. Talvez seja esta a maior ferida. A que mais dói e ao mesmo tempo revela o tamanho da agresão sofrida por este povo, este país e esta cultura