Campanha do Ministério da Saúde faz postais que avisam parceiro

Uma pesquisa divulgada pelo Departamento de DST e Aids do Ministério da Saúde (MS) revela que aproximadamente 10,3 milhões de brasileiros já tiveram algum sinal ou sintoma de doenças sexualmente transmissíveis. Deles, 6,6 milhões seriam homens e 3,7 milhões, mulheres.

Elas (99%) procuram médicos mais que eles (75%), mesmo assim, apesar de todos os esforços em esclarecer a população nos últimos anos, a pesquisa também revela que 18% dos homens e 11,4% das mulheres não trataram a doença.

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Uma constatação da pesquisa é o fato de que os pacientes com indícios de DST nem sempre recebem as orientações adequadas. Apenas 30% dos homens e 31,7% das mulheres tiveram a recomendação de fazer o teste de HIV. A solicitação de exame de sífilis é ainda menor: 24,3% e 22,5%, respectivamente.

Cerca de 40% também não são informados sobre a necessidade de usar preservativo e comunicar aos parceiros. “Nesse sentido, a pesquisa nos mostra que os profissionais de saúde devem estar mais atentos na hora de dar orientações durante a consulta”, acredita a diretora do Departamento, Mariângela Simão.

Os homens, heterossexuais ou homossexuais, ainda procuram menos os serviços de saúde e recorrem a farmácias para o tratamento. Esses dados levaram o MS a elaborar a campanha “Muito Prazer, Sexo sem DST”, voltada à população em geral, mas principalmente aos homens, que têm 31,2% mais chance de ter algum sinal ou sintoma de DST do que mulheres, de acordo com o MS.

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Por isso, milhares de bottoms, flyers, cartazes e preservativos serão distribuídos em todo o Brasil. O MS ainda elaborou um chapéu para a Festa do Peão em Barretos (SP), e um jingle com duplas sertanejas que será veiculado, também em todo o País. Com isso, claro, perde-se o foco na parcela masculina homossexual. Bem que podia ter a lady Gaga, neam? Mesmo assim, a campanha é válida, claro.

Outro pronto da campanha é a distribuição de 60 mil cartões-postais e virtuais com a finalidade de contar ao parceiro a descoberta da infecção por alguma DST, sem necessidade de se identificar. Resta saber como o Departamento de DST e Aids e o MS vão elaborar esse mecanismo, que pode ser polêmico e constrangedor, se alguém resolver agir de má fé.

(Com informações da Assessoria de Comunicação do Departamento de DST e Aids)

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