As Contradições de Janot

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Na sexta-feira(10), Rodrigo Janot, em encontro com Procuradores Eleitorais, em Brasília, negou estar por trás dos vazamentos de pedidos de prisão da cúpula do PMDB. O chefe do Ministério Público afirmou que fará todos os esforços para descobrir e punir quem executou os vazamentos. Janot, de forma enfática, classificou os atos como crime. Os pedidos de prisão apresentados pela PGR foram divulgados em reportagens do Jornal O Globo e da TV Globo.
Tudo isso seria ótimo se no mesmo dia de sua declaração o ex-presidente Lula não tivesse sido vítima, mais uma vez, de tais práticas. No mesmo dia da incisiva declaração, vazou, pela mesma emissora, mais um documento sigiloso assinado por Janot.
Vale lembrar que os vazamentos relacionados à Lula vêm ocorrendo de forma sistemática. Mais isso, segundo o roteiro judicial brasileiro, não vem ao caso.
Montando o quebra-cabeça de ações e declarações, nota-se que a intenção é macular a imagem do ex-presidente, através da grande mídia. Para isso, não é necessário que haja provas. Se no meio do disse me disse surgir o nome de Lula, de forma simultânea, tudo chega a grande mídia que, naturalmente, faz uma cobertura inescrupulosa e leviana para os telespectadores.
O show de trapalhadas e más intenções das instituições brasileiras não tem fim. Ou melhor, terá quando o caminho para o próximo pleito presidencial estiver livre, sem Lula na disputa. Enquanto o arcabouço vai sendo montado, a expectativa é saber quem será o Silvio Berlusconi brasileiro, em 2018.
Foto(*): ebc.com.br

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