A minh’alma está quarando
No lajedo da mudança
Para ser enxaguada
Na festa da pajalença
No dia 1 de janeiro
O brasil tira o argueiro
Do olho da esperança
Vou perfumar minha alma
Vesti-la toda de linho
Inebriá-la talvez
Com uma taça de vinho
Um de janeiro merece
Pois nele se reconhece
Que a rosa venceu o espinho
Feliz, de alma lavada
Eu correrei para a festa
Lá dançarei como fosse
O último dia que resta
Visto a história não ter
Apeado do poder
Pessoa assim, tão funesta
Martim Assueros
16/12/2022
Sociólogo e Educador Ambiental, 67. É coautor do livro “Brejos de Altitude em Pernambuco e Paraíba: História Natural, Ecologia e Conservação” (disponível aqui) e de cartilhas didáticas de educação ambiental (disponíveis aqui: série Joca Descobre…).
O seu poema reflete, amigo Assueros, uma aguda sensibilidade, capaz de expressar em poucas e bem esolhidas palavras, o sentir de um povo e uma nação.