Moradores da Favela da Telerj fazem protestos em frente à Prefeitura do Rio

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Por Celso Junior

Diante de um povo sofrido, cansado, muitos com hematomas da violência cometida pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, na desocupação do prédio da União, antiga TELERJ, concessionada a Empresa Telemar, atualmente conhecida como Oi essas pessoas são vítimas de um projeto de cidade – mercado engendrado pelo Governo PMDB/PT (na administração Sérgio Cabral/Pezão/Eduardo Paes) nas esferas Estadual e Municipal, onde tudo é vendido ou alugado a preços altíssimos, visto os grandes eventos que sediarão como Copa do Mundo e Olimpíadas.

A área de moradia não foge a regra imposta para a cidade. Aluguéis caros e o sonho da casa própria inflacionada mesmo com toda facilidade de crédito oferecida pelos bancos. E desde quando pobres tem direito a crédito?!

No início da ocupação em frente à prefeitura, o prefeito e seu vice Adilson Pires segundo os desabrigados pediram que 10 mulheres que estiveram na ocupação do prédio da Oi no Engenho Novo atuassem com “líderes” para negociação como governo. Essas mulheres chegaram a se reunir com representantes do governo, entretanto, conforme relatos a tática do governo era enfraquecer a resistência das pessoas. Possivelmente essas dez mulheres foram subornadas, pois, essas mesmo desapareceram da ocupação, provavelmente por algum tipo de benefício.

O que conseguiram foi apenas um simples cadastro para o Programa: Minha Casa, minha vida; fora das dependências da prefeitura, com profissionais identificados e sem identificação de que eram funcionários do Município do Rio de Janeiro em ONGs como o Lar de Julia e Casa de Ruth no bairro de Del Castilho. O programa é avaliado de cadastro a cadastro o que demanda muito tempo, além de exigirem renda para que as pessoas possam pagar o parcelamento das casas e apartamentos concedidos o que de longe se encontram viável para a realidade material dessas famílias, conforme pode ser lido nas diretrizes do site da Caixa Econômica Federal para o programa social. [http://zip.net/bsghL]

Homens e mulheres que lá se encontram exigem solução imediata e estão muito preocupados com a estafa e o descaso que cairão sobre eles devido ao longo feriadão de semana santa, Tiradentes e São Jorge, porém, a força e a garra dessa galera é tão imensa que determinados para alcançar seu objetivo imediato que é o recebimento do Aluguel Social de R$ 400,00 para auxiliar no pagamento de um teto, dizem que rodarão todo o Centro da Cidade do Rio de Janeiro fazendo barulho e chamando atenção para que não sejam esquecidos.

A solidariedade dos ativistas e população carioca com esse povo sofrido é imensa durante o tempo que permaneci com eles. Doações para diversos tipos de necessidades chegavam. Água, quentinhas (comida), cobertores, roupas de frio. Eles fazem o pedido para que essas doações não cessem porque são muitas as famílias e esse apoio os dá força para resistirem.

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