Uma breve reflexão sobre Segurança Pública

favela-da-maré
São 15h20 min, passei todo meu dia entre favelas e a Avenida Brasil. Estou na Maré agora, onde trabalho. Nessa cidade que hoje vivi, e que vivo regularmente, faz pouquíssima diferença ter ou não PM na rua. Tudo se resolve por outros meios: outras sociabilidades e outros agentes armados (milicianos, traficantes, “justiceiros”, seguranças privados). Aliás, aqui na Maré, quanto mais próxima está a PM, mais inseguras ficam as pessoas. Isso é um fato, goste você ou não.
Esse é um bom debate para tempos de crise como este: o que é segurança pública? Segurança pública se resolve apenas com forças policiais? Qual é e qual deveria ser o papel de uma instituição policial numa cidade como o Rio? A violência, truculência, as estratégias de guerra da PM são eficazes (custo social x benefícios sociais) para minimizar o crime e maximizar a sensação pública de segurança? O policial se sente satisfeito na instituição e localidades onde trabalha? A sociedade está satisfeita com as ações policiais? Seria possível termos outro tipo de polícia? É preciso uma polícia militarizada (modelo arcaico, brutalizado, com treinamento que afasta o policial da cidadania, pouco flexível, de hierarquias extremamente estáticas e agressivas)? É possível diminuirmos os tiroteios e prisões (que custam muito à sociedade) ligados ao tráfico de drogas ilícitas (que só são ilícitas pela força da lei, mas facilmente encontradas e consumidas)?
Vamos parar de engolir a seco o que vem pelos grupos de Whatsapp e vamos pensar, gente!
Foto(*) diariocentrodomundo.com.br

Deixe uma resposta