Queria entender os idólatras do Bolsonaro

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Reprodução da internet.

“ Não deis aos cães as coisas santas, nem lanceis aos porcos as vossas pérolas, para que não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem”
Evangelho de Mateus: Capítulo 7;Versículo 6
Não fico perdendo tempo em ouvir ou conversar com pessoas que não têm nada a acrescentar na minha vida. Não que eu seja melhor, longe disso, mas tenho uma longa caminhada para ser percorrida.
Outra ação que pratico é não misturar pensamentos políticos ideológicos com o pessoal. Minhas relações sociais sempre serão pautadas nas divergências de ideias e políticas. Em tempos de polarização, as pessoas têm misturado o pessoal e a política partidária no mesmo patamar. É lamentável.
O fenômeno político caricato de extrema direita no Brasil é o deputado federal Jair Bolsonaro. Um ex-militar do exército brasileiro, que nos últimos vinte anos tem deixado sua marca na política não com propostas para o debate ou mesmo pensamentos para reflexão. Simplesmente, o deputado lança suas polêmicas ao ar e nós que absorvemos corremos o sério risco de ficarmos com a mente lesada. Não há nada de proveitoso a ser tirado de suas falas.
Dentre milhares de “pérolas” do deputado, estão palavras que incitam a violência contra as mulheres, o estupro, torturas, xenofobia, racismo e homofobia. Há quem concorde com as suas falas, inclusive grupos que são alvos preferidos dessas ofensas.
A última “pérola” do deputado sem noção foi afirmar que os Quilombolas são inúteis em todos os sentidos. O mais contraditório foi ele dar essas e outras declarações no Clube Hebraico do Rio de Janeiro, local frequentado por descendentes de judeus. Foi l[a que ele vomitou mais uma vez o seu ódio. O mais contraditório foi ouvir risadas dos presentes ao debate, quando o deputado afirmou sua infeliz opinião. Logo num local simbólico, onde seus membros sentiram na carne o que é a intolerância e o ódio. Muito estranho.
Passa na minha cabeça aquela que é chamada Síndrome de Estocolmo. O que é esta síndrome? Em linhas gerais é quando o oprimido passa a ter afeição pelo opressor, criando laços de amizade e simpatia.
É amargoso ver que há grupos que se submetem a este tipo de sujeição a personalidades como o do deputado. Incômodo maior ainda foram as risadas dos presentes.
Estamos banalizando a violência e a intolerância?
Perder tempo ouvindo o deputado é querer maltratar a mente e ser sadomasoquista.
Trocar ideia com os diferentes é bom, não há nada mais saudável que estimular o exercício do debate. No entanto, há regras quando o debate começa a desviar para sentidos bestiais e o sentido passa a não fazer diferença.
A palavra do evangelho de Mateus afirma tudo que penso. As palavras são como pérolas e precisam ser bem lapidadas para terem mais valor. Valorize teu cérebro. Pensar é bom e gratuito.
Não quero entender a cabeça do Bolsonaro, quero entender a cabeça daqueles que acreditam nos pensamentos dele, que é ódio puro.

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