Quando vim morar em São Paulo, em 1977, vi esta mensagem escrita em uns folhetos que continham o percurso das linhas de ônibus da cidade.
Hoje, muito tempo depois, volto a me orientar pelas cores. Agora as cores internas. As cores que vejo quando me calo, quando escuto o mundo e a mim mesmo, em silêncio.
Então vejo. Vejo as cores e sei como me orientar. Amarelo, azul, azul claro, vermelho, verde, vão me mostrando o caminho. O que devo fazer.
Este ver-sentir é imediato; não é argumentativo ou lógico, embora venha também uma compreensão. Mas é uma compreensão integrada.
Poderia dizer que se trata de uma imagem-sentimento em que o entendimento está implícito, está contido no que vejo e sinto.

Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/