Movimento sindical acorda para a comunicação

Movimento sindical acorda para a comunicaçãoHá anos, no Brasil, em São Paulo, homens de nome Raimundo, Julio, Vito, Bernardo, como Quixotes urbanos, sempre de lança em punho, combatiam moinhos pela comunicação. Uma comunicação alternativa, sindical, política, de esquerda, comprometida com os interesses dos trabalhadores. Enfatizavam a importância da comunicação para a disputa da sociedade a ser construída. Suas ideias foram absorvidas por outros desbravadores: Klebers, Rosângelas, Laus, Najlas, Biras, Kátias.

Ventos sopraram forte nos últimos anos contra os direitos dos trabalhadores, as economias e as culturas locais. Mas estes não são eternos. Ao Sul da fronteira do México, outros ventos despertaram vontades de resistência e mudança. Assim tem sido em Venezuela, Uruguai, Bolívia, Argentina, Equador e Brasil. Mudanças acompanhadas por outras na estrutura arcaica da comunicação.

Aqui já falei do Encontro dos Blogueiros, da TV dos Trabalhadores e, agora, convido aos quixotes que me leem, que venham ao Rio, onde de 24 a 28/11, no 16º Curso Anual do NPC, a centralidade da mídia na disputa de mundo estará em debate.

Para cá vão convergir sindicalistas de todo o País, dispostos a compreender as mudanças que ocorrem na comunicação e no mundo e a melhorar aquela que fala com o trabalhador em seu local de trabalho: a comunicação sindical. Estarão no Curso personalidades com o escritor paquistanês Tariq Ali, o jornalista espanhol Ignacio Ramonet e intelectuais brasileiros do porte de Teotônio dos Santos, Vânia Bambirra e José Arbex Jr, além de especialistas em comunicação como Venício Lima, Dênis de Moraes, Hamilton de Souza dentre outros tantos.

______________________________________
(*) Claudia Santiago coordena o Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC).

Deixe uma resposta