Mensagem do Papa Francisco

“Ângelus”, dia 12/12/2001

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho da Liturgia de hoje, terceiro domingo do Advento, apresenta-nos vários grupos de pessoas – a multidão, os publicanos e os soldados – que se emocionam com a pregação de João Batista e lhe perguntam: “O que devemos fazer? ( Lc. 3.10) O que devemos fazer? Esta é a pergunta que eles fazem, vamos parar por um momento nesta questão.

Não começa com um senso de dever. Antes, é o coração tocado pelo Senhor, é o entusiasmo pela sua vinda que nos leva a dizer: o que devemos fazer? Então João diz: “O Senhor está perto. O que devemos fazer?” Vejamos um exemplo: acreditamos que um ente querido vem nos visitar. Esperamos por isso com alegria, até com impaciência. Para recebê-lo como deve ser, vamos limpar a casa, preparar a melhor comida possível, quem sabe um presente … Enfim, vamos trabalhar. Assim é com o Senhor, a alegria da sua vinda nos faz dizer: o que devemos fazer? Mas Deus levanta esta questão a um nível mais alto: O que fazer da minha vida? Para que sou chamado? O que é isso que me preenche?

Ao nos fazermos esta pergunta, o Evangelho nos lembra algo importante: a vida tem uma tarefa para nós. A vida não é sem sentido, não é deixada ao acaso. Não! É um presente que o Senhor nos dá, dizendo-nos: descubra quem você é, e trabalhe para realizar o sonho que é a sua vida! Cada um de nós – não nos esqueçamos – é uma missão a cumprir. Portanto, não tenhamos medo de perguntar ao Senhor: o que devo fazer? Repitamos con frecuencia esta pregunta a Él. También aparece en la Biblia: en los Hechos de los Apóstoles, algunas personas, al escuchar a Pedro anunciar la resurrección de Jesús, “sintieron que se les atravesaba el corazón y dijeron a Pedro ya los demás apóstoles : “Que devemos fazer?” (2,37).

Perguntemo-nos também: o que é bom fazer por mim e pelos irmãos? Como posso contribuir para isso? Como posso contribuir para o bem da Igreja, para o bem da sociedade? É para isso que serve o Advento: parar e nos perguntar como nos preparar para o Natal. Estamos ocupados com tantos preparativos, presentes e coisas que acontecem, mas vamos nos perguntar o que fazer por Jesus e pelos outros! Que devemos fazer?

A pergunta “O que devemos fazer?” É seguida no Evangelho pelas respostas de João Batista, que são diferentes para cada grupo. Com efeito, Juan recomenda que aqueles que têm duas túnicas as compartilhem com aqueles que não têm nenhuma; aos publicanos, que arrecadam impostos, diz: “Não exijam mais do que o estipulado” (Lc 3,13); e aos soldados: “Não maltratem nem extorquem ninguém” (v. 14). Ele dirige uma palavra específica a cada um, relativa à situação real de sua vida. Isso nos oferece uma lição valiosa: a fé se materializa na vida concreta. Não é uma teoria abstrata. A fé não é uma teoria abstrata, uma teoria generalizada, não! -, a fé toca a carne e transforma a vida de cada um. Vamos pensar sobre a realização de nossa fé. Eu, minha fé: é algo abstrato ou é concreto? Devo levá-lo adiante em serviço aos outros,

E então, para concluir, vamos nos perguntar: o que posso fazer de concreto? Naqueles dias que antecederam o Natal.

Como posso fazer minha parte? Vamos fazer um compromisso concreto, mesmo pequeno, que se adapte à nossa situação de vida, e vamos levá-lo adiante para nos prepararmos para este Natal. Por exemplo: eu posso chamar aquela pessoa que está sozinha, visitar aquele velho ou aquele doente, fazer alguma coisa para servir os pobres, os necessitados. Mais ainda: talvez você tenha um perdão a pedir, um perdão a dar, uma situação a esclarecer, uma dívida a pagar. Talvez eu tenha negligenciado a oração e depois de muito tempo é hora de me aproximar do perdão do Senhor. Irmãos e irmãs, vamos encontrar uma coisa concreta e fazê-la! Ajude-nos a Virgem, em cujo seio Deus se fez carne.

Fonte: Vatican News

 

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