Contra os factóides, trabalho. De qualidade

factoidesO que podemos fazer diante dos factóides, das mentiras, da picaretagem do esgoto? Mostrar serviço.
É por isso que convido vocês a verem esta noite a revista Nova África, na TV Brasil, às 22 horas.
Vocês vão entender melhor porque uma TV pública de qualidade assusta tanto. Para além da inveja de quem não sabe fazer, o fato é que uma TV assim abre os olhos dos telespectadores para a realidade de que é possível fazer televisão que eduque, que suscite debate, que traga informação e que sirva também de entretenimento. Destruir a TV pública é, portanto, o objetivo daqueles que não querem nem mesmo que exista um parâmetro pelo qual o público possa medir a qualidade da programação das TVs comerciais.
Mais do que isso, destruir a produção independente é essencial para quem pretende ter controle absoluto e verticalizado do mercado: em uma ponta, da produção editorial; na outra, da disseminação do conteúdo. Os monopolistas buscam controle editorial que lhes aumente o poder de barganha diante da classe política e lhes dê controle sobre os preços e salários do setor.
No episódio desta noite, a equipe da Baboon vai até a Etiópia explicar como o cristianismo sobreviveu em uma região de muçulmanos. E visita uma incrível catedral de Lalibela, a cidade sagrada dos etíopes, toda escavada em um único bloco de pedra.
As imagens são de Henry Ajl, a reportagem de Aline Midlej, a produção de Tatiana Barbosa, o roteiro de Aldo Quiroga, a edição de Augusto Simões, a consultoria histórica de Conceição Oliveira, a narração de Sérgio Roberto Ribeiro, a mixagem de Rafael Gallo e a finalização gráfica de Fernando Clauzet.
Diante da grande demanda de professores por episódios da série para uso em sala-de-aula, a TV Brasil está preparando o lançamento da revista Nova África em dvd.
Friso, mais uma vez, que a Baboon Filmes ganhou uma concorrência pública para fazer a série e que minha relação com a produtora é de assalariado, ainda que a turma do esgoto fale em cifras milionárias com o único intuito de confundir e destruir. Prefiro mostrar serviço.
(*) Texto publicado originalmente no sítio Vi o mundo.

Um comentário sobre “Contra os factóides, trabalho. De qualidade”

  1. Tudo bem, também defendo uma tv pública.
    Mas a TV Brasil está muito longe de ser uma tv pública e menos ainda, de ser uma tv de qualidade e includente.
    É uma tv infantilizada, com uma programaçao muito superficial em todos os temas (execto os infantis).
    A cobertura jornalistica é insuficiente, superficial e de tendencia direitista.
    Nao ha debates sobre os principais temas do país, sao rarissimos e também superficiais.
    Entre muitas outras deficiencias que acabam tornando a tv brasil tao ruim ou pior que as horríveis tvs abertas brasileiras.
    É muito lamentável, mas é a realidade que vejo, alias, já nem vejo.
    O povo trabalhador, em todos os setores, precisa se fazer representar na TV Brasil e na EBC.
    Pois o que há hoje na direçao e no conselho da EBC sao as velhas raposas da famíglia marinho (teresa cruvinel) e uma maioria de oligarcas demo-tucanos no comando da emissora que deveria ser do povo/Estado …

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