Os vizinhos da rua Edvaldo B. Pinho, no bairro de Cabo Branco, em João Pessoa, PB, não tem sossego. De dia, as prostitutas tomam conta do pedaço, com a sua gritaria e freqüentes discussões com fregueses ou entre elas. De noite, e muitas vezes também em pleno dia, ladrões invadem as residências e assaltam os passantes, ao ponto de alguns pontos de ônibus terem sido desativados pelas empresas.
O sono e a tranqüilidade dos moradores vivem em constante ameaça, e as autoridades não atendem reclamações no sentido de ser reparada a cerca de arame farpado que deveria proteger a mata e na verdade, destruída, serve de esconderijo para os marginais, ou de ser providenciado um policiamento ostensivo.
Os impostos dos cidadãos não servem para lhes garantizar a paz e o sossego. O poder público se omite e os vizinhos da rua Edvaldo B Pinho, entregues à própria sorte, apelam para a imprensa para tentar mobilizar a cidadania em favor do direito que lhes cabe. Uma cidade sem lei é o preanuncio de um tempo indesejável, desde qualquer ponto de vista.
Sabemos que este apelo não sensibilizará a quem deveria, por obrigação, cuidar dos cidadãos. Esperamos, contudo, que possa chamar a atenção de pessoas de bem que queiram intervir no sentido de proteger as mulheres prostituídas que são exploradas em condições vergonhosas e incomodando a vizinhança, e os próprios vizinhos, amedrontados ao ponto de muitos temerem sair à rua ainda em pleno dia por causa do clima de terra de ninguém que impera na área. Apelamos para a colaboração da imprensa na divulgação deste apelo.
Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/
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