A pergunta que dá título a esse texto é uma indagação, quase um clamor, que passei a ouvir desde que, muito atrevidamente, resolvi escrever uma biografia do eterno bispo do Araguaia, falecido no último sábado, dia 08 de agosto, aos 92 anos. Como respondê-la é algo que me angustia.
Autor: Ana Helena Ribeiro Tavares
Goianenses relataram que não é difícil ver o bispo participar de manifestações importantes em sua cidade e Brasil afora. O “Quem tem medo da democracia?”, que o entrevistou com exclusividade dentro do Convento, não tem dúvidas deste vigor para a luta ao lado do povo. O uso do anel de tucum, feito de uma Palmeira nativa da Amazônia, simbolizando o compromisso com os oprimidos, não nos deixa mentir…
Militar de formação legalista, Fernando de Santa Rosa vive hoje de sua reforma, mas não recebe reparação financeira por ter sido cassado e preso em 64. Não foi torturado (fisicamente), mas, como advogado, defende os direitos de quem foi e acredita que os ministros que defenderam a anistia aos torturadores no STF devem se envergonhar disso
“Meu nome é Modesto, mas a minha origem é muito mais modesta”. Assim, o grande jurista e ex-deputado, Antonio Modesto da Silveira, deu início à entrevista exclusiva. “Um mundo que está neste pé não é um mundo de grande evolução democrática. Temos muito a caminhar”, concluiu….
Estudantes encurralados em um prédio, envoltos por fumaça e com fuzis militares apontados para suas cabeças. Foi esta a cena que Ivan Cavalcanti Proença, então Capitão do Regimento Presidencial de João Goulart, encontrou no Largo do Caco, na manhã do dia 1º de Abril de 1964…
Celso Lungaretti é paulistano, neto de italianos, e trabalhou durante 34 anos como jornalista profissional, atuando no grupo encabeçado pelo jornal “O Estado S. Paulo. Ele diz que a Lei de Anistia foi “irrestrita no mau sentido. O termo oportunista cai melhor”…
Mais do que um dos maiores juristas do Brasil, Hélio Pereira Bicudo é uma lenda viva na luta pelos direitos humanos. Nesta entrevista exclusiva sobre a recente decisão do STF de manter impunes os torturadores da ditadura, ele afirma que trata-se de uma decisão absolutamente equivocada, que estimula a continuidade das sevícias contra prisioneiros comuns e pode abrir caminho, em outras condições, para a própria volta da tortura contra adversários políticos…