Agir pleno

Evitar o agir meramente mecânico, a ação que por tão repetida é praticamente inconsciente. É um intento, uma aproximação provisória e parcial, como tudo que é humano. Mas nessa busca de um agir consciente, integrado e integrador, a existência se torna um espaço de presença, não um mero transcorrer.
Trato de ver como o que faço se insere na minha história de vida, como se relaciona com os meus valores, o que têm a ver com meus projetos e finalidades. Desta maneira cada pequeno ato, bem como também os momentos de espera, os intervalos e os momentos de ócio, adquirem a consistência da unicidade.
Toda a minha história em cada ato. Esta maneira de viver me alegra e me tranquiliza, uma vez que até as perdas e dores ocupam seu lugar, me potenciando para a plenitude. Sinto ter chegado aonde devia chegar. Já não há quase dissociação, típica do agir aleatório, sem rumo nem direção.
A experiência volta para mim como um presente. A segurança está no andar, na atenção, na compreensão e na apertura para o mundo em volta, que me sustenta e consolida. Recordo momentos plenos vividos no âmbito pessoal, familiar e comunitário.
Ao invés de solidão ha uma sensação de fazer parte de uma caminhada humana rica e poderosa. Nada mais poderoso do que a busca por memória, identidade e consciência. Quem sou? Quê quero? Para onde vou? Qual é a minha rede de pertencimento?

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