A lei é dura para quem é duro

Foto do acidente com morte envolvendo Thor Batista neste sábado (17/3), próximo a Duque de Caxias. Foto do portal R7.

O filho de Eike Batista matou neste sábado (17/3) um ciclista de 30 anos, qualificado pela polícia como homicídio culposo (sem intenção de matar), provocado por atropelamento, na altura de Duque de Caxias.

O fato de o autor e seu amigo no carro terem passado no teste do bafômetro não elimina a hipótese de imprudência, imperícia ou negligência.

Agora se prepara porque esse procedimento policial é só pra quem tem muito dinheiro e poder:

“O veículo, no entanto, não passou por perícia. De acordo com os policiais, o advogado do rapaz recolheu o carro com o compromisso de não alterar a estrutura do automóvel.” Mas por que? Porque “não havia medida administrativa para apreender o veículo e não houve recomendação por parte da perícia para que isso fosse feito.” [http://glo.bo/FTItM0 e http://bit.ly/zINi3R]

A perícia achou normal liberar o seguinte carro da foto acima, que alguns meios acharam melhor não expor, mesmo que aparentemente não faça sentido não periciar um carro com a frente destruída. (Fotos do portal R7: http://bit.ly/yJYiH2)

O ciclista era ajudante de caminhão, tinha 30 anos e se chamava Wanderson Pereira dos Santos. O atropelador (o advogado confirmou que ele dirigia o carro) é filho do sétimo homem mais rico do mundo e se chama Thor Batista.

Habilmente, o advogado de Thor conseguiu uma das coisas mais importantes, se você quiser acabar com uma investigação: retirar uma das mais importantes evidências do homicídio e dificultar as iniciais do procedimento investigatório.

“Dura lex, sed lex”, que em outros lugares do mundo é traduzido como “a lei [é] dura, porém [é] a lei”, aqui no Brasil é mais conhecido como “A lei é dura para quem é duro.”

Um comentário sobre “A lei é dura para quem é duro”

Deixe uma resposta