Carta aberta à Convenção Batista Paraibana

Nestas ultimas semanas venho recebendo alguns e-mails, onde seus autores vêm demonstrando preocupação com a saúde espiritual da caminhada eclesiástica batista em nosso Estado. Tenho entendido e, portanto, esta é a leitura que faço, a convenção sofre uma crise de liderança, identidade e “amnésia doutrinária” onde as pessoas que conduzem a CBP-Convenção Batista Paraibana desejam resgatar o significado do “cristão batista” recorrendo a subterfúgios–determinados princípios que segundo eles, por serem históricos–, devem permanecer firmes na caminhada de todas as igrejas batistas presentes a esta convenção. A questão é que os atuais líderes desconhecem aqueles que (de fato) são os principais (e históricos) princípios batistas, dos quais cito aqui alguns para sua recordação e (quem sabe) dos demais “colegas de ministério”:

Primeiro, a Igreja é essencialmente separada do Estado, muito embora, alguns pastores não tenham qualquer dificuldade de promoverem-se e angariar votos em troca de determinados favores. Almoços, jantares, encontros … com que intenção ambos (políticos e pastores) se reúnem? Para saborear as iguarias do rei? Lembro-me do profeta que ao ser convidado para participar da mesa e saborear as manjares de Nabucodonosor, simplesmente recusou. Transcrevo aqui o texto bíblico: E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar. Dn. 1:8. A decisão do profeta foi drástica, como pode alguém recusar sentar à mesa do imperador? Certamente não foi o medo de morrer envenenado, a questão é que sentar à mesa naquele contexto significava submissão e lealdade ao dono da mesa, aquele que destruiu Jerusalém, além é claro, de compactuar com sua política interna e externa de conquista e subjugação das nações.

Um segundo principio de extrema importância fala sobre a liberdade, tema esse difícil, complexo, mas, necessário! A liberdade do indivíduo para ler e interpretar as Escrituras, guiado pelo espírito de Deus na família da fé, em diálogo com a compreensão histórica da igreja e os métodos acadêmicos contemporâneos de investigação do texto bíblico. Bem, ele pode não estar literalmente desta forma nos anais, mas, certamente os senhores que fazem a convenção batista paraibana lembram da expressão teológica “livre-arbítrio”! Pois é exatamente sobre isto que versa este principio. Como já afirmei, essa coisa de dar liberdade para os outros é complicado, o sujeito começa a pensar numa teologia contextual, começa a pregar uma mensagem chamando os cristãos para uma vida de militância em prol do estabelecimento do Reino de Deus centrado na justiça, igualdade, diretos humanos, etc; e aí, sai do “padrão de homem de Deus” pois passa a ser visto como o arruaceiro, o sem princípios, o deselegante, o desviado, o sem noção, o “fora da lei”, o liberal na teologia, etc, etc. O texto bíblico é assertivo: “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão. Gl.5:1.

Não desejo aqui fazer uma exegese do versículo, o que seria um erro, não se faz exegese de versículo e, sim, do texto inteiro, uma vez que a divisão de versículos e capitulo é bem posterior à escrita do texto sagrado (os calvinistas comentem tal equivoco constantemente).

Contudo, tendo em vista que a palavra chave desta epístola é liberdade, diria que a liberdade referida no texto diz respeito à libertação da lei veterotestamentária que exigia a observação (legalista) rigorosa, coisas da religião! Alias, a religião é assim, ela tenta o tempo todo aprisionar seu fieis em seu “espaço sagrado”, quando deveriam celebrar a diversidade, promover a oportunidade de relacionamentos dentro e fora deste “espaço sagrado”, reconhecer a dinamicidade da vida, viabilizar vivencias com o diferente sem medo de correr o risco de perder os fieis para outros pastos…

Que pastor em sã consciência permitiria suas ovelhas viverem suas respectivas vidas com tal projeto de liberdade? Conheço alguns poucos, dos quais nenhum deles fazem parte da presente liderança batista na Paraíba. Nunca consegui entender o porquê do medo da liberdade, o senhor ou o atual presidente da CBP ou mesmo o presidente da ordem dos pastores poderia me ajudar? Às vezes penso que se faz uma confusão entre liberdade e inconstância. Um amigo pessoal certa vez me disse que uma Humanidade livre é uma humanidade que se deixa interpelar por todas as pessoas que não lhe oferecem nenhum interesse, nenhum valor, que não oferecem nenhum poder novo, nenhuma garantia, mas apenas riscos e ameaças de perturbação. A partir dessa prática iniciada por Jesus, o Espírito inventou e suscitou uma história de liberdade da qual conhecemos apenas a aurora e que será o tecido do desenvolvimento do reino de Deus neste mundo.

Um último princípio que me vem à memória é o do desapego às coisas materiais, aos status eclesiásticos e aos privilégios oferecidos por políticos (corrompidos ou não) e pela sociedade em geral. Alguém pode me perguntar: de onde você tirou isto? Que livro registrou tal princípio? Quem criou ou que pastor batista dentro da “nossa historia” falou sobre este principio? Parto do pressuposto de que todos os princípios não apenas batistas, mas, cristãos em geral são baseados ou pretensamente baseados nos textos bíblicos. A atual crise que passam os batistas paraibanos diz respeito, em meu entendimento, a uma questão chave: independência ou manutenção de privilégios? Aqui, realmente não posso me estender muito! Sou alguém que vê as coisas como quem está de fora.

No entanto, varias contradições são viscerais! Batistas e não batistas reconhecem perfeitamente que “nossas” crises extrapolaram os muros da denominação. A caçada aos pastores infiéis e as igrejas que não enviam o famoso “plano cooperativo”, a condenação aberta sem quaisquer respeito e escrúpulos a pastores idôneos que fizeram e fazem historia desde o sertão, a exclusão de igrejas inteiras do rol dos “verdadeiros batistas”, a manutenção ou troca articulada de pastores que “amam” a denominação e querem o melhor para a mesma, em cargos importantes… e o pior, um retorno em pleno século XXI a uma postura fundamentalista ou “melhor” xiita no que diz respeito a moral, espiritualidade e interpretação da bíblia é o próprio prenuncio do TELOS da comunhão Batista Paraibana!
Asseguro-lhe que minha labuta por uma espiritualidade peregrina e perambulante se manterá independente da crise ou das crises da convenção.

Asseguro-lhe de todo o meu coração que permanecerei firme na caminhada da fé, de maneira livre/liberta do julgo da lei denominacional imposta dia-a-dia por aqueles que, desconhecendo a historia e os princípios batistas, imprimem nas atas, palavras de ordem contra a liberdade de expressão, princípio singular não apenas dos batistas, mas, do mundo inteiro!

Asseguro-lhe sensatamente que continuarei na periferia, nos guetos, nos buracos da existencialidade, nas vilas, nos mocambos ainda existentes, muito embora, desconhecidos por parte daqueles que preocupados com a manutenção de seus status e posição eclesiástica, esquecem dos explorados e excluídos.

Asseguro-lhe que permanecerei “pastor” apesar de todas as minhas limitações, pecados, deslizes, mesmo sem um púlpito. Aliás, é um erro achar que pastor é aquele que está pastoreando uma determinada igreja/templo. Wesley já havia ensinado: minha paróquia é o mundo! E aqui na UFPB é um enorme campo missionário onde milhares de oportunidades me são dadas pelo Criador para despertar e desalienar cristãos evangélicos que enganados pela pregação da teologia da prosperidade, entram em crise quando a “bênção não vem”. Por outro lado, é um enorme desafio tentar revelar/falar acerca de Deus para os que querendo crer, duvidam! Ai, só me resta tentar viver o evangelho e silenciar.

Asseguro-lhe que continuarei firme na caminhada aberta, desimpedida, livre, simples, centrada no amor e no dialogo… que aprendi com irmãos de outras denominações, igrejas e religiões. É impressionante como me respeitam como pastor! Suas vidas me tocam profundamente! Pessoas transparentes, saradas da/na alma, cristãs sinceras, amantes da vida, abertas para o próximo, pessoas caminhantes… vivem uma comunhão da/na qual jamais presenciei em qualquer igreja batista, e olha, que sou pastor batista.

Há ainda algumas coisas que também EU NÃO ENTENDO, por exemplo:

Não entendo como alguém pode passar tantos anos num cargo “vitalício” privatizando-o e desta maneira, excluindo outros e outras de crescerem dentro da denominação e conseqüentemente aprender a valorizá-las. Será “cargo de confiança”? Se for então isso significa que alguns poucos pastores são “capacitados” e “fieis” para exercerem tal função!

Não entendo por que ocorrem articulações para que pessoas/pastores ligadas ao “meu grupo” precisa se manter no “poder” para que a vaca não vá para o brejo!

Não entendo o porquê de permitimos o legalismo e falso moralismo continuarem permeando as relações batistas quando inúmeros textos bíblicos nos revelam Jesus Cristo combatendo a hipocrisia dos lideres religiosos de sua época!

Não entendo porque obreiros do sertão ganham “esmolas missionárias” quando pastores da capital têm salários inescrupulosos.

Não entendo o como “homens de deuses” podem agir tão sem misericórdia para com “homens de Deus”, expondo-os e excluindo-os do “livro da vida batista”, suas palavras são quase divinas! Agem em nome de Deus, mas seus corações não estão no altar pois um coração que esta no altar é um coração quebrantado!

Não entendo porque pastores precisam agir rispidamente com colegas e ovelhas nas assembléias tentando silenciá-los e silenciá-las a fim de “manter a ordem”.

Há também coisas que entendo e gostaria de partilhar:

Eu entendo o porque pastores não aceitarem a soberania de Deus! O fato é que a soberania de Deus é uma coisa e a soberania dos lideres da religião é outra bem diferente e por vezes diverge da vontade soberana de Deus. Entre a soberania de Deus e a dos lideres da religião, preciso a Divina.

Também entendo que Deus usa os simples a fim de engrandecer seu nome, foi assim com Madre Tereza de Calcutá, Mahatma Gandhi, Jeremias, Isaias, Francisco de Assis, João XXIII, Martin Luther King, as Beguinas do século XII… O problema é que alguns querem aparecer a todo custo. Esquecem da exortação bíblica: “é necessário que Ele (Jesus) cresça e que eu diminua”. João 3:30.

Também entendo que neste mundo todos deveríamos ser mordomos de todos, inclua-se nossa casa comum, o planeta terra. Lamentavelmente o capitalismo desenfreado que aí está e que adentrou nas religiões, suprime este cuidado e nos faz enxergar apenas do que é nosso.

Diante de tudo isso, tenho dois simples conselhos, são tão simples que podem ser considerados simplórios. Primeiro, já que várias igrejas foram afastadas da CBP sugiro que as mesmas procurem se filiar a “Aliança Batista” cuja página na internet é a seguinte: http://www.aliancadebatistas.com.br E, segundo, meditemos nas palavras de Agostinho e deixemos nossas consciências livremente (sem os dogmas que aprisionam) serem cativas e transformadas pelos sábios conselhos de um velho mestre…

“Se você acredita no que lhe agrada nos evangelhos e rejeita o que não gosta, não é nos evangelhos que você crê, mas em você.”

“A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las”.

“Ama, e faça o que quiseres.”

“Prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me adulam, porque me corrompem”.

“A medida do amor é amar sem medida”

Fraternalmente,

Luciano Batista de Souza (pastor sem igreja, mas não sem rebanho, e educador popular)

13 comentários em “Carta aberta à Convenção Batista Paraibana”

  1. Meu querido Luciano,

    Por acaso, navegando na rede, descobri esta página e seu artigo. Eu tambem estou na luta em prol dos bons princípios batistas. Você é bem-vindo ao blog de nossa igreja (http://wwwibfagundes.blogspot.com), onde você encontrará o artigo que escrevi sobre os batistas brasileiros e a autonomia da igreja local.
    Abraço do amigo,

    Pr. Humberto de Lima
    IBF – Igreja Batista de Fagundes

  2. Carta ao Conselho da Convenção Batista Brasileira sobre o Gerente de Missões Nacionais no Nordeste brasileiro, Pr.Cirino Refosco

    Amados Irmãos Conselheiros,

    No ano de 2009, a Assembléia Geral da Convenção Batista Paraibana, tomou a decisão de eleger um Grupo de Trabalho com objetivo específico de promover um inventário patrimonial da Convenção Batista da Paraíba. Para tanto, foi eleito como Relator daquele Grupo, o Pastor que ora subscreve a presente Carta, Francimar Gomes Moura.
    Após 01(um) ano de árduo trabalho, comprovou-se a prática, entre os anos de 1989 e 2005, de inúmeros crimes. Tais como: estelionato, falsidade ideológica, apropriação indébita, entre outros.

    Para lamento de todos, verificou-se que o principal mentor e executor de tais crimes, juntamente com outros Pastores, havia sido o Pastor Cirino Refosco, atualmente, Gerente de Missões Nacionais, na Região Nordeste.

    Constatados tais fatos e comprovados mediante farta documentação, acompanhada de confissões do Pr. Cirino Refosco, registradas nas Atas de Reuniões em, pelo menos, 03(três) oportunidades, o Grupo de Trabalho, comunicou aos Líderes da Convenção Batista Paraibana a ocorrência de tais crimes, além daqueles que dirigem a Junta de Missões Nacionais, na pessoa de Pr. Fernando Brandão.

    Para surpresa e indignação de todos aqueles que, com tristeza, constataram tais fatos e dos batistas paraibanos, viu-se, até a presente data, que os que dirigem a Junta de Missões Nacionais não pretendem tomar providências proporcionais à gravidade dos fatos.

    Ante a inércia dos dirigentes da Junta de Missões Nacionais, Pr.Cirino Refosco sentiu-se à vontade o bastante para dizer a todos que quisessem ouvir que, após a constatação dos fatos e mesmo tendo sido exibidas as provas, sua mudança de João Pessoa, Capital da Paraíba, para o vizinho Estado de Pernambuco, cidade de Recife, tratava-se de uma promoção da Junta de Missões Nacionais e não de uma punição/reação aos crimes por ele cometidos.

    Pr.Cirino Refosco foi punido pela Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, Secção Paraíba, com o afastamento daquela Ordem, pelo prazo de 04(quatro) anos. Na oportundiade em que tal decisão foi tomada, estava presente o Secretário Executivo da Convenção Batista Brasileira, Pr.Sócrates Oliveira.

    Sentindo-se protegido pela omissão da Junta de Missões Nacionais, Pr. Cirino Refosco, em Maio de 2010, orquestrou, fomentou e dirigiu a saída de 22(vinte e duas) Igrejas da Convenção Batista Paraibana. A Primeira Igreja Batista do João Agripino – PIBJA, Igreja fundada pelo Pr.Cirino Refosco no bairro do João Agripino, em João Pessoa/PB, foi uma das primeiras a liderar o levante das Igrejas.

    Como se não fossem suficientemente graves os crimes cometidos e a omissão dos dirigentes da Junta de Missões Nacionais, ainda vimos e ouvimos, nestes últimos dias, falas que deram conta da criação de uma outra Convenção Batista Paraibana, denominada de “Missionária”, cujo presidente eleito foi o Pastor Roberto Manoel, co-autor dos crimes acima mencionados, igualmente punido com Pr.Cirino Refosco com o afastamento da Ordem dos Pastores Batistas da Paraíba, pelo mesmo prazo, 04(quatro anos).
    O que o Grupo de Trabalho eleito em Assembléia da Convenção Batista Paraibana descobriu não é crime que se possa abonar, posto que estar-se tratando da perda de um patrimônio de 23(vinte e três imóveis), cuja avaliação é superior a R$ 5.000.000,00(cinco milhões de reais).

    É cediço que o prejuízo patrimonial, embora relevante e pertinente, não traduz com precisão infalível o real prejuízo que a Convenção Batista Paraibana experimentou e experimenta, isto é, os abalos moral e ético.

    Todos os fatos aqui mencionados, sem exceção, podem ser perfeitamente comprovados pelo acervo documental digitalizado, que acompanha o presente E-mail, como: Atas de Reuniões onde houve cada confissão; Procurações que Pr.Cirino Refosco assinou como Presidente/Representante legal da Convenção Batista Paraibana, quando não o era, onde outorgou poderes a seus comparsas para alienar(vender) o patrimônio da Convenção; Contratos de Compra-e-Venda e Escrituras Públicas de bens da Convenção que Pr.Cirino Refosco vendeu e informou, em Assembléias anuais, que teriam sido objeto de doação; Relatórios Financeiros intencionalmente adulterados; Outras Escrituras Públicas que demonstram que Pr.Cirino Refosco transferiu bens, sem autorização da Assembléia Geral, para sua então Igreja, a PIB de Itaporanga. Houve ainda a venda de uma indústria de cerâmica, de máquinas e implementos agrícolas, tratores, e de hectares de terras sem autorização ou conhecimento do povo batista paraibano.

    Há inúmeros outros fatos que aqui não são mencionados, que estão sob investigação, cuja prova documental ainda está sendo providenciada, e que serão trazidos à tona, oportunamente.

    Documentos que foram conseguidos e fatos que já foram comprovados:

    1. Venda de terras da “Fazenda Pão e Vida”, usando procuração fria, onde o Pastor Cirino Refosco assina como representante legal da CBPB, quando não era o Presidente;

    2. Simulação de doação de 10hc(dez hectares) para Sr.Reginaldo, à título de indenização de verbas trabalhistas, quando, na verdade, tratou-se de mais uma venda. Temos em mãos uma Escritura que comprova que o Sr.Reginaldo comprou as terras, e que não as recebeu à título de doação. O quantum apurado nas venda jamais chegou à CBPB;

    3. Pr. Cirino vendeu para Sr. Luiz Carnaúba, uma parte das terras da Fazenda “Pão da Vida”, assinando uma Procuração, mediante o cometimento de crime de falsidade ideológica, para o Pr. Roberto Manoel de Andrade escriturar as terras que ambos não poderiam vender. Este, de posse da Procuração acima mencionada, também vendeu uma fatia das terras, além da que fora “autorizada” na Procuração, e, incorrendo em falsidade, informou à Convenção que se tratava de ocupação por posseiros;

    4. Pr. Cirino Refosco vendeu máquinas e equipamentos como tratores, sem conhecimento da Assembléia Geral e apresentou Relatório de doação para mesma.

    5. A Escritura original da Fazenda “Pão da Vida” menciona um total de 134 hc(cento e trinta e quatro hectares). Porém, em 2009, Pr. Roberto Manoel, parceiro de Pr.Cirino Refosco, só tinha sob sua administração um total de 63 hc.(sessenta e três hectares);

    6. Procuração de Pr. Cirino outorgando poderes para Pr. Roberto, sem que o primeiro detivesse poderes da CBPB para outorgá-los. No ano da lavratura da Escritura, em 2003, Pr. Cirino não era representante legal da Convenção;

    7. Mediante Procuração, que, juridicamente falando, é nula de pleno direito, Pr. Roberto vendeu terras da CBPB para Sr. Marcone Costa, em 13 de outubro de 2005;

    8. Doação de um terreno para construção na cidade de Aguiar, realizada pelo Pr. Cirino Refosco para a 1ª Igreja Batista em Itaporanga, em 20 de setembro de 2000. Sem autorização da Assembléia. É pertinente registrar que a Igreja de Itaporanga, tinha, à época, como seu Pr. Presidente, o próprio Pr. Cirino. Motivo pelo qual a doação é passível de nulidade;

    9. Doação de 03(três) imóveis para construções na cidade de Boa Ventura, conforme demonstram os documentos de número 11, 12 e 13, em anexo, realizadas pelo Pr. Cirino Refosco para a 1ª Igreja Batista de Boa Ventura, em 30 de novembro de 2000. Sem autorização da Assembléia. É pertinente registrar que a Igreja de Itaporanga, tinha, à época dos fatos, como seu Pr. Presidente, o próprio Pr. Cirino, motivo pelo qual a doação é passível de nulidade;

    10. Doação de um prédio residencial, em terreno foreiro do Patrimônio de Nossa Senhora da Conceição, na cidade de Conceição – PB, realizada pelo Pr. Cirino para 1ª Batista em Conceição, em 30 de novembro de 200. Doação realizada sem anuência da Assembléia Geral;

    11. Doação de um imóvel, onde está construído o Templo Batista, realizada pelo Pr. Cirino para a 1ª Batista de Piancó/PB, em 20 de setembro de 2000, sem anuência da Assembléia Geral;

    12. Doação de 02(duas) casas em Coremas/PB, realizada pelo Pr. Cirino para a 1ª Igreja Batista de Coremas, em 20 de setembro de 2000, sem anuência da Assembléia Geral;

    13. Doação de um terreno foreiro do Patrimônio de Nossa Senhora da Conceição, realizada pelo Pr. Cirino para a 1ª. Igreja Batista de Conceição, sem anuência da Assembléia Geral;

    14. Doação de imóvel urbano localizado na cidade de Boqueirão dos Cochos, hoje denominada Igaracy – PB, realizada pelo Pr. Cirino para 1ª Igreja Batista de Itaporanga/PB, em 20 de setembro de 2000, sem anuência da Assembléia Geral. Quando a Igreja de Itaporanga/PB, tinha à época, como seu Pr. Presidente, o próprio Pr. Cirino, motivo pelo qual a doação é passível de nulidade;

    15. Doação de uma casa de alvenaria para construção na cidade de Diamante/PB, realizada pelo Pr. Cirino Refosco para a 1ª Igreja Batista em Itaporanga, em 20 de setembro de 2000. Sem autorização da Assembléia. É pertinente registrar que a Igreja de Itaporanga, tinha, à época, como seu Pr. Presidente, o próprio Pr. Cirino. Motivo pelo qual a doação é passível de nulidade;

    16. Venda de 02(dois) imóveis da Convenção Batista Paraibana para Junta de Promoção Social. Aqui, em verdade, tratou-se venda da Convenção para a Convenção, já que a Junta de Promoção Social era um Órgão da própria Convenção. Como poderia ser feito?;

    17. Doação de casa de alvenaria para construção na cidade de Diamante/PB, realizada pelo Pr. Cirino Refosco para a 1ª Igreja Batista em Itaporanga, em 20 de setembro de 2000. Sem autorização da Assembléia. É pertinente registrar que a Igreja de Itaporanga, tinha, à época, como seu Pr. Presidente, o próprio Pr. Cirino. Motivo pelo qual a doação é passível de nulidade;

    18. Doação do Templo de Itaporanga/PB, que pertencia à Convenção Batista Paraibana, para a PIB de Itaporanga/PB, na época em que Pr.Cirino Refosco, tendo feito uso da pessoa da Vice-moderadora da mesma Igreja para simular a venda da Convenção para ela e, em seguida, transferir o patrimônio para a Igreja.

    Assim dispõe, in limine o art. 36 do Estatuto da Convenção Batista Paraibana:
    Art. 36.
    Parágrafo Único – Qualquer ato que importe em alienação, venda, hipoteca ou oneração de bens imóveis da convenção, dependerá de autorização prévia da assembléia Geral.

    Das provas coletadas, dos depoimentos ouvidos, chegou-se à conclusão de que os atos apontados, e indiscutivelmente repudiados, foram realizados pelo Pr. Cirino Refosco e Pr. Roberto Manoel.

    DECISÃO

    Face às constatações realizadas, concluiu-se que houve irregularidades insanáveis nas vendas de imóveis da Convenção, desvio dos valores recebidos a tais títulos, doações eivadas de nulidade, da ausência de prévia autorização da Assembléia, da existência de prática de incontáveis ilícitos penais. Foi decidido, na última reunião do Conselho da CBPB, fazer uso das medidas judiciais cabíveis, onde serão buscadas as indenizações pertinentes, bem como a retomada dos bens vendidos irregularmente a terceiros e a reitegração de posse do patrimônio desviado de forma fraudulenta.

    Pr. Francimar Gomes Moura
    Conselheiro da CBB
    1° Vice presidente da CBPB

    I Pedro 4: 17,18
    “Pois o tempo de começar o julgamento já chegou, e os que pertencem ao povo de Deus serão os primeiros a serem julgados. Se esse julgamento vai começar conosco, qual será o fim daqueles que não crêem no evangelho de Deus? Como dizem as Escrituras Sagradas: Se é difícil os bons serem salvos, o que será daqueles pecadores que não querem saber de Deus?” ”

  3. Parabens irmão. Também sou pastor batista e não coaduno com essa picaretagem dos figurões da denominação. Devemos denunciar (o juizo deve começar pala casa de Deus). Fiquei sabendo que o secretário executivo da CBF (Convenção Batista Fluminense) recebe um pequeno salário de R$ 15.000,00 por mes. Isso é escandaloso. Se for verdade, devemos deixar de contribuir para o plano cooperativo para não estarmos sustentando parasitas.
    pr. Edmar Ornelas de Azevedo.

  4. Para o Pr.Edmar:
    Você como homem sábio não deveria generalizar isso é perigoso pra vc – lembre-se que Deus é justo e ninguém escapa da sua justiça. (entendo que é complicado pois coisas desse tipo tem acontecido direto por aí..mas..meu conselho é que não generalize).

    Para incrementar deixo aqui dois links:

    http://www.farolgospel.com/carta_aos_batistas.html

    Já que falaram da PIBJA, segue também o link com o Comunicado Oficial da igreja:
    http://www.pibja.org/2010/06/14/comunicado-oficial-pibja-se-desliga-da-convencao-batista-paraibana/

    No tempo certo Deus – o justo juiz – trará a verdade à tona. Na Paraíba já estamos vendo!

  5. Infelizmente o diabo tomou conta da mente e dos corações dos que acusam o Pr. Cirino. Vê-se ódio nas palavras dos que o acusam. A bem da verdade, os seus algozes nunca fizeram pelo Reino de Deus nada nem de longe comparável ao que este homem fez em 25 anos de missões no sertão.

    Disseminar inverdades é coisa fácil, principalmente em um ambiente que estimula a covardia, como o é a internet. Mas Deus saberá retribuir a cada um conforme sua obra. E isto não tardará.

  6. A Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira divulgou, no dia 01 de Setembro/2010, uma NOTA DE ESCLARECIMENTO sobre o caso.

    Acesse: http://www.missoesnacionais.org.br/noticias.asp?codNoticia=1737&codCanal=38

    Ou se preferir leia a nota abaixo:

    JMN divulga esclarecimento sobre acusações contra pr. Cirino Refosco

    Quarta-feira, 1º de setembro de 2010

    A JUNTA DE MISSÕES NACIONAIS DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA, frente às acusações levantadas contra o missionário Pr. Cirino Refosco, vem a público esclarecer que:

    1. O Pr. Cirino Refosco trabalhou por 25 anos plantando igrejas batistas em todo o Estado da Paraíba e, por 11 anos também exerceu a liderança da Junta de Promoção Social da Convenção Batista Paraibana, para administrar o projeto Água Viva, cujo objetivo era prestar assistência social ao povo carente do sertão;

    2. Nesse período algumas propriedades foram adquiridas para as igrejas que estavam sendo plantadas no sertão, com ofertas dos irmãos sertanejos, International Mission Board, batistas brasileiros e do próprio missionário Pr. Cirino Refosco. Tendo em vista que as igrejas ainda não tinham personalidade jurídica, os imóveis adquiridos foram registrados em nome da Convenção Batista Paraibana. Anos depois, o Pr. Cirino Refosco, como presidente da Convenção Batista Paraibana, transferiu os imóveis às igrejas então organizadas. Porém, sem dolo ou má fé, deixou de observar o processo de transferência de imóveis nos termos do Estatuto da Convenção Batista Paraibana. No entanto, o patrimônio nunca deixou de pertencer aos batistas paraibanos;

    3. Quanto à fazenda Pão da Vida, foi adquirida pela International Mission Board para o bem da comunidade carente do sertão. O projeto funcionou enquanto recebeu investimentos financeiros da International Mission Board. Com a saída dos irmãos norte-americanos do projeto, o Pr. Cirino Refosco passou a administrar a fazenda sem nenhum investimento externo para manter a estrutura. Para regularizar as pendências trabalhistas e realizar manutenções, foi necessário fazer um acordo com um empregado que trabalhou por 12 anos na fazenda, entregando-lhe dez hectares de terra, e recebendo R$ 3.800,00 correspondentes à diferença do acerto, que foram investidos na manutenção do imóvel. Também foram vendidos três hectares de terra para realização de benfeitorias e manutenção da fazenda. É necessário ressaltar, conforme testemunho de muitos pastores daquela época, que foi extremamente difícil gerir centros comunitários e pequenas indústrias falidas do projeto Água Viva, sem qualquer fonte de receita ou ajuda externa;

    4. Tanto na transferência dos imóveis para as igrejas batistas locais, quanto na administração do patrimônio da Fazenda Pão da Vida, nunca houve qualquer benefício em favor do Pr. Cirino Refosco e sua família;
    5. A análise de qualquer documento sobre este assunto precisa ser feita à luz do contexto da época e, principalmente, ouvindo as pessoas que estiveram envolvidas em todo o processo. Portanto, entendemos precipitadas e equivocadas as afirmações e conclusões do Pr. Francimar Gomes Moura sobre a matéria, tendo em vista estar recém chegado à denominação batista, sem conhecer a história missionária do vale do Piancó e dos batistas paraibanos;

    6. Lamentamos profundamente a divulgação de e-mail com acusações equivocadas sobre o missionário de Missões Nacionais, Pr. Cirino Refosco;

    7. Missões Nacionais tem trabalhado, na dependência do Senhor, desde que tomou conhecimento do assunto, visando à união dos batistas paraibanos;

    8. Destarte, Missões Nacionais reitera sua confiança e apreciação pelo Pr. Cirino Refosco, ressaltando sua integridade e caráter, como servo do Senhor que tem dedicado sua vida, juntamente com sua família, à conquista da Pátria para Cristo;

    9. Estamos à disposição dos batistas brasileiros para qualquer esclarecimento sobre o assunto.

    Pr. Fernando Macedo Brandão
    Diretor Executivo da Junta de Missões Nacionais

    Pr. Sócrates Oliveira de Souza
    Diretor Executivo da Convenção Batista Brasileira

  7. Sou pastor batista, a maioria dos pastores q estão no campo paraibano, foram meus alunos, ou melhor meus amigos de aprendizado. Hoje ainda com muita garra para trabalhar na obra de Deus, alguns lideres me castram por não concordar com muitas injustiças e safadezas , falta de amor. Tenho até passado gfome, necessidades , visto q mknha querida mãe faleceu e a minha aposentadoria precoce do INSSS é R$1550,00(Hum mil Quinhentos e Cinquenta Reais), para pagar aluguel de casa, plano de saúde me manter. As dividas com despesdas médicas nao pude pagar, medicosq a atenderam visto q o plano de saude não cobria. No sepultamento dela, um dos pastores presentes afirmoiu em publico q iria pagar ou ajudar quanto ao pagamento das dividas devido a enfermidade. A ONDE ESTÁ O AMOR? O AJUDAR AO PROXIMO/? No nosso meio Batista, alguns PASTORES POSSUEM DUAS BÍBLIAS. UMA PARA BENEFICIAR A SI MESMO OUTRA PARA AQUELES Q PRECISAM DE AJUDA. NÃO SOU ZAGALO, MAS SOU PROFETA DE DEUS, VCS VÃO TER Q ME INGULIR. DEUS ABENÇÕE

  8. Pastor Cirino Filho. Poupe suas palavras. Não me venha com discurso de vítima. Àquele que gere recursos alheio não deve ser dado o benefício da dúvida. O corporativismo da liderança denominacional é vergonhoso. O dinheiro do Plano Cooperativo é fruto de trabalho honesto de milhares de batistas que, em sua inocência, confia-o a homens nem sempre confiáveis. O pastor Francimar não faz acusações levianas, mas apresenta indícios que devem ser apurados em nome da transparência de nossa democracia.

  9. Prezados irmãos em Cristo
    Li esses artigos e me sentir na obrigação de dar meu testemunho por conhecer um dos pastores citados. Não sou Batista, sou presbítero da Igreja Presbiteriana de Torrelândia e trabalhei durante cinco anos no Projeto Agua Viva a convite do Pastor Eduard Bruce Trott, como engenheiro de implantação daquele Projeto Holistico, lá conheci o Pastor Cirino e sua família, ajudei na construção de alguma igrejas implantadas por esse homem de Deus, vi de perto como trabalha um verdadeiro plantador de igrejas, que ao todo fora treze entre igrejas e pontos de pregação, na minha época de 1985 à 1989. O pastor Cirino Foi verdadeiramente um enviado de Deus no vale do Piancó, homem integro respeitado pelo povo e pelas autoridades daquela região. Eu não posso acreditar em dolo algum de suas ações, acho que deve estar havendo um grande equivoco. Espero e vou orar para que tudo possa ser esclarecido. Que Deus dê sabedoria a todos na solução destas questões.

  10. Apesar do tempo e, das diretrizes atuais, senti o desejo de registrar algumas palavras. Vim da região sudeste , totalmente neutro e isento de qualquer partido, ala, grupo, em fim, e, em minha formação acadêmica (contador, auditor, administrador, etc) tive acesso em 2012 aos documentos contábeis dos quais foram “apresentados e aprovados” em suas respectivas reuniões de assembleias durante estes períodos mencionados . Observem que foram “aprovados” > pude constatar inúmeros documentos e lançamentos feitos em duplicidade. Embora meu trabalho tenha sido oficioso, contra fatos não existem argumentos. Não entro do mérito do proposital e do beneficio próprio, porém, houveram muitos lançamentos de pagamentos e despesas em duplicidade., que no mínimo, deveriam ser ressarcidos ao erário da Convenção, caso não o já tenham sidos.

    Como Cristãos, antes mesmos de termos sido consagrados a algum ministério específico no Corpo, devemos VIVER aquilo que aprendemos, sabemos e ensinamos, ou seja, a Bíblia é a nossa única regra de fé e prática. Nada mais e nada menos. Somos peregrinos errantes sim, entretanto, a graça bendita do Senhor em nossas vidas, nos permite, arrependidos e confessos, receber o Seu perdão.

    Nós que assistimos este episódio triste e lamentável e, estando do lado de “fora”, só temos algo a registrar concluindo assim nossas palavras: “O nome do Senhor foi envergonhado e, quem aplaudiu a isto tudo foi o Diabo, porém, haveremos de contemplar o Diabo sendo humilhado e o Senhor Jesus exaltado por estes mesmos personagens, partícipes deste triste episódio.

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