Venho à poesia e à literatura

Uma e outra vez

Como as ondas do mar

Recorrentemente como o sol e as estrelas

Venho à poesia e à literatura

Volto à beleza e à cor

Me alimento do que é eterno

Recarrego as minhas baterias

Nesse manancial contíguo e interno

Ali me nutro, me aquieto, me fortaleço.

Não apenas percorro novamente

Incessantemente

O lugar a que pertenço

Sumo nessas paragens

Me interno nessas paisagens

Tenho o meu ser profundo de volta

Inteiro e integrado

Invencível e imóvel

No meio às flutuações do tempo.

Aquilo que não me pertence, desaparece

Se desvanece o que não é meu.

E fica apenas o meu ser inteiro

Contínuo e fugaz

Eterno e invencível

Na terra sem tempo

A que pertenço.

Aqui resplandeço

Apareço

Me enraízo e me tranquilizo.

Não preciso carregar o mundo nas costas

Descanso

Me trato melhor.

Meu lado maior está aqui

Ou tende a vir para cá.

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