Trabalhadores da Fiocruz mantêm greve após propostas insuficientes do governo; em respeito à sociedade, serviços essenciais serão mantidos

Fiocruz: luta por direitos. Foto: Asfoc-SN
Fiocruz: luta por direitos. Foto: Asfoc-SN

Os trabalhadores da Fiocruz, em Assembleia Geral na última quinta-feira (23), deliberaram pela continuidade da greve. A decisão de permanecer com as atividades paralisadas se deu após nova rodada de negociação com o governo na semana passada, quando voltou a apresentar propostas insuficientes nas pautas específica e geral do funcionalismo público federal.

Uma nova Assembleia, para decidir o rumo do movimento, será convocada 24 horas após a próxima reunião com a Secretaria de Relações do Trabalho (SRT) do Ministério do Planejamento (MPOG), ainda sem data definida.

Em respeito à sociedade, a paralisação na Fiocruz não afetará o compromisso dos trabalhadores com as atividades assistenciais, de emergência dos hospitais e de produção de vacinas e medicamentos que possam gerar perdas nas linhas já iniciadas. O atendimento nas Unidades de Assistência é considerado como atividade de greve e uma oportunidade de troca e esclarecimento àqueles que por direito são os nossos empregadores: a população.

A proposta de reajuste apresentada pelo governo é de 21,3%, parcelado em quatro anos. A categoria reivindica um índice de reposição de 27,3% em 2016, referente a perdas inflacionárias dos últimos anos.

Além da política salarial permanente com correção das distorções e reposição das perdas inflacionárias, a categoria cobra do governo em sua pauta geral a data-base em 1º de maio; direito de negociação coletiva (convenção 151 da OIT); paridade salarial entre ativos e aposentados; retirada dos projetos do Congresso Nacional que atacam os direitos dos servidores; aprovação imediata dos projetos de interesse dos trabalhadores; e isonomia salarial e de todos os benefícios entre os Poderes.

A Fiocruz é uma das mais respeitadas instituições do mundo, produzindo uma grande quantidade de medicamentos e vacinas e fornecendo outros serviços essenciais de saúde não só para os cidadãos vivendo no Brasil, mas para uma grande quantidade de países menos desenvolvidos.

Como se chegou ao índice pedido pelos trabalhadores: inflação de 2010 até o 1º semestre de 2016 com 2% de ganho real; cálculo chega a 48%; retira-se os 15,8% do acordo de 2012. Dados da Comissão formada pelo Dieese, Condsef e Sinal.

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