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Via Campesina condemns the murder of Suleiman Hammad, Palestinian farmer

La Vía Campesina strongly condemns the brutal and intentional murder of our comrade Suleiman Hammad, an 85-year-old Palestinian farmer who on February 8th, 2017 was run over by an Israeli settler, while walking to work on his land near Al-Khader Village, south of Bethlehem.

We send our condolences and solidarity to his family and our sister organization, the Union of Agricultural Work Committees (UAWC) of Palestine.

We urge all people, social movements, and governments to pressure international institutions to help stop the systematic violation of the Right to Life of Palestinian farmers and bring an end to the Israeli Occupation of Palestine.

What you can do?

  • Write a statement against the constant violation of the Right to Life of Palestinian farmers.
  • Break the international community’s silence and act immediately to protect the Palestinian farmers and put pressure to end the Israeli Occupation.
  • Organize protests in front of the Israeli Embassies to stop the Israeli violation against our farmers’ rights.

Primer encuentro de comunicadores de Sudamérica de la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo

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La ciudad de Quito fue sede del primer encuentro de comunicadores de Sudamérica de la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo, CLOC-Vía Campesina. Y por tanto también de esta quinta entrega de Voz Campesina. Mujeres comunicadoras de Bolivia, Chile y Colombia reflexionan en este programa -que fuera ratificado junto a otros instrumentos como una herramienta clave en los procesos de confluencia comunicacional desde el movimiento campesino- sobre las experiencias intercambiadas y los desafíos asumidos.

También reflexionamos juntos sobre los principales temas en cada uno de dichos países: la criminalización de la protesta en Colombia, la nefasta ley chilena de obtentores de semillas y sus consecuencias sobre la producción campesina y la participación del movimiento indígena en la construcción del Estado Plurinacional en Bolivia.

Participan:

Yeannet Villegas Oblitas (Vía Campesina, Bolivia) Viviana Catrileo (Anamuri, Chile) Liliana Ortega (Coordinador Nacional Agrario, Colombia) Ignacio Cirio (Radio Mundo Real)

Controles: Danilo (Radioagencia NP, Brasil) Edición: Edgardo Matiolli (Radio Mundo Real) Tema musical: Semente da Liberdade, Fabio Carvalho (Brigada de audiovisuales-MST) Latinoamrecia, Calle 13.

Contacto: lavoz.campesina@gmail.com

Voz Campesina puede ser difundida por Radios Comunitarias y sitios web. Solamente pedimos nos informen a través de mensaje electrónico.

Disponible aquí

Próximo programa: 2 de junio de 2011.

Marcha dos camponeses e camponesas da Via Campesina em Porto Alegre

No dia 19 de maio de 2011, mais de 3 mil trabalhadores e trabalhadoras da Via Campesina realizaram uma marcha pelas ruas de Porto Alegre (RS). Eles e elas partiram do Ministério da Fazenda, onde estavam acompados desde a manhã anterior, em direção ao Palácio Piratini. Os/as militantes exigem a renegociação das dívidas da agricultura familiar.

Mulheres da Via Campesina promovem ações em seis estados contra agrotóxicos

Em todo o Brasil, as mulheres da Via Campesina deflagraram a Jornada de Lutas das Mulheres para denunciar a utilização excessiva de agrotóxicos nas lavouras brasileiras, responsabilidade do modelo de produção do agronegócio. A informação é do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) via IHU.

O Brasil ocupa o primeiro lugar na lista de países consumidores de agrotóxicos desde 2009. Mais de um bilhão de litros de venenos são jogados nas lavouras, de acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola.

Até o momento, são seis estados mobilizados para a denúncia da crise política, econômica, social e ambiental, criada pelas elites que controlam o Estado brasileiro: o capital financeiro internacional e as empresas transnacionais.

Segundo Ana Hanauer, integrante da coordenação nacional do MST, as ações iniciais já movimentam cerca de 5 mil mulheres de todo o Brasil.

“Nossa luta é para defender a Reforma Agrária, a agroecologia, a produção de alimentos saudáveis. Estamos mobilizadas para dar visibilidade aos problemas causados pelo agronegócio. Um dos principais é o uso indiscriminado dos agrotóxicos. O mercado de venenos é um problema para a nossa soberania, para nossa saúde e para o meio ambiente”, disse.

O lema da jornada é “Mulheres contra a violência do agronegócio e dos agrotóxicos: por reforma agrária e soberania alimentar”.

Confira o que aconteceu estado por estado:

Na Bahia, 1500 mulheres ocuparam a fazenda Cedro pertencente à multinacional Veracel, no município de Eunápolis no dia 28/2. As trabalhadoras denunciam a ação do agronegócio no extremo sul da Bahia, com a produção da monocultura de eucaliptos praticada pela Veracel na região de maneira irregular, pois ocupa terras devolutas. Encontros para discutir a agricultura camponesa e sementes crioulas também estão previstos para os dias 05 a 10 de março, envolvendo os municípios de Pindaí, Caetité, Riacho do Santana, Rio do Antônio, Caculé, Brumado.

Em Pernambuco, 800 trabalhadoras rurais ligadas ao MST, ao Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), ao Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) e à Comissão Pastoral da Terra (CPT) marcharam na manhã desta terça-feira (1/3) de Petrolina a Juazeiro, trancando a ponte que liga os dois municípios, denunciando a inoperância do Incra da região. Ontem, mais 500 mulheres ocuparam o Incra da cidade de Recife como forma de chamar a atenção para a Reforma Agrária.

No Rio Grande do Sul, cerca de 1.000 mulheres da Via Campesina, Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), Levante da Juventude e Intersindical protestaram hoje em frente ao Palácio da Justiça, na Praça da Matriz em Porto Alegre. Elas saíram em marcha do Mercado Público de Porto Alegre até o local. Integrantes vestidas de preto estiveram paradas em frente ao prédio, em silêncio, para lembrar que as mulheres têm sido silenciadas por várias formas de violência. Na mesma cidade, cerca de 1.000 mulheres ocupam o pátio da empresa Braskem, do grupo Odebrecht, no Pólo Petroquímico de Triunfo, região metropolitana de Porto Alegre. A manifestação tem o objetivo de denunciar que o plástico verde, produzido à base de cana-de-açúcar, é tão nocivo e poluidor quanto o plástico fabricado à base de petróleo.

Já em Passo Fundo (RS), 500 mulheres realizaram uma manifestação pública no centro, com atividades de formação no Seminário Nossa Senhora Aparecida.

No Sergipe, cerca de 1000 trabalhadoras rurais do estado estão acampadas na Praça da Bandeira de Aracaju. De 1 a 3 de março, elas participarão de atividades que denunciam os agrotóxicos, o agronegócio, a criminalização dos movimentos sociais e a violência da mulher.

Em Minas Gerais, o Fórum Regional por Reforma Agrária do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba ocupou a sede da Fazenda Inhumas, em Uberaba, no sábado (26/2), em ação que envolveu 200 famílias. O evento marca as atividades do 8 de março e discutirá com cerca de 500 mulheres a violência causada pelo agronegócio, as consequências do uso de agrotóxicos e as alternativas para transformação do modelo discriminatório estabelecido no campo e na cidade.

Em São Paulo, desde o início desta sexta-feira (25/2), várias mulheres do MST, realizam ato de denúncia e reivindicação na frente da Prefeitura de Limeira, próximo da Campinas. No último dia 24/2, cerca de 70 mulheres do MST e da Via Campesina realizaram a ocupação da prefeitura do município de Apiaí, localizado na região Sudoeste de São Paulo para reivindicar o acesso aos direitos básicos como: saúde, educação, moradia, transporte e saneamento básico, que vendo sendo negados pelo município às famílias acampadas.

Caravana à Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) do MST

A Casa da América Latina convida a todos a participar da Caravana de Solidariedade a Escola Nacional Florestan Fernandes (SP). A visita tem como objetivo conhecer, cooperar e principalmente divulgar os trabalhos desenvolvidos pela ENFF – entre eles uma parceria de intercâmbio com 76 jovens do Haiti, por meio da Via Campesina.

A saída será dia 4 de fevereiro, às 23h, na Cinelândia. Chegada à ENFF dia 5. Retorno ao Rio de Janeiro no mesmo dia, às 21h, também na Cinelândia. O custo por pessoa é de R$70, já incluindo café da manhã e almoço na ENFF. Os interessados em compor a caravana devem entrar em contato com Valmiria Guida, tel. (21) 8678-7934 ou Carmen Diniz, tel. ( 21) 8480-1284, até dia 26 de janeiro.

“Mais do que uma visita, estaremos efetivando uma bela ação de solidariedade”, afirmam os organizadores.

Intercâmbio entre ENFF e Haiti

Exatamente há um ano, em 12 de janeiro, o Haiti sofreu o pior terremoto da sua história, matando cerca de 220 mil pessoas. Os tremores deixaram mais de 1,5 milhão de desabrigados. Além dessa catástrofe, hoje os haitianos lutam contra a epidemia de cólera, contabilizando um número superior de 4.000 de mortes, com várias pessoas contaminadas.

O Movimento dos Sem Terra (MST), que tem uma comissão de militantes na região, trabalhando na cooperação da reconstrução do País, especialmente na área rural, articulou o intercâmbio Brasil/Haiti, pela Via Campesina.

No dia 27 de setembro de 2010, 76 jovens haitianos desembarcam em São Paulo e foram acolhidos pela ENFF/Via Campesina. O objetivo dessa estada de um ano é a aplicação de noções básicas de português, geografia, entre outras disciplinas. Posteriormente irão para diversas regiões, onde terão contato com as cooperativas, bancos de sementes, produção agroecológica, técnica de captação e armazenamento de água, entre outras técnicas, que utilizarão quando retornarem ao seu País.

Para conhecer de perto a história desses 76 jovens haitianos, que se encontram no Brasil, convidamos a todos a integrar a Caravana de Solidariedade à ENFF, Via Campesina e ao Haiti.

Com este intercâmbio, a Via Campesina Brasil e os movimentos camponeses haitianos resgatam o exemplo de Dessalines, Pétion, Miranda e Bolívar, dando continuidade à trajetória de solidariedade entre os povos do Caribe e da América Latina, que não necessitam de exércitos de ocupação e promessas de lucro para se efetivar.

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Acesse a página da Associação dos Amigos da ENFF.

Via Campesina realiza campanha contra agrotóxicos

“Precisamos conscientizar a população sobre os efeitos dos agrotóxicos”. Texto base de artigo de Vanessa Ramos na pagina do MST.

Os prejuízos causados à saúde com a utilização exagerada de agrotóxicos ainda são desconhecidos pela maioria da população e pouco discutidos pela sociedade. Por isso, mais de 20 entidades lançaram a Campanha Nacional contra o uso dos agrotóxicos.

A iniciativa teve como início o seminário contra o uso dos agrotóxicos, organizado pela Via Campesina, em parceria com a Fiocruz e a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, realizado em setembro, na ENFF. Na atividade os participantes fizeram um estudo sobre os impactos dos agrotóxicos na economia agrícola nacional, na saúde pública e no ambiente.

A partir dessas discussões, a campanha tirou como eixos de atuação informar a sociedade sobre os efeitos da utilização desse “agroveneno” e apresentar uma nova proposta para a agricultura.

Roseli de Sousa, da direção nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e da Via Campesina, afirma que a meta da campanha é “denunciar esse modelo de produção agrícola, as causas desse veneno e alertar sobre quantas pessoas hoje estão doentes, sobretudo, com câncer, em função do uso desses venenos”.

A seguir, leia a entrevista concedida à Pagina do MST.

Como você avalia o seminário contra o uso dos agrotóxicos?

O seminário dos agrotóxicos foi um grande passo contra o uso exagerado de venenos na agricultura brasileira. O Brasil já é campeão em consumo de venenos, em consumo de agrotóxicos. Isso gera grandes danos à saúde da população. Nesse momento, em que há grandes avanços do agronegócio, o seminário foi de extrema importância, já que o veneno é parte desse modelo de desenvolvimento de agricultura. Além disso, conseguimos reunir quase 30 entidades e organizações de diversos setores da sociedade. Isso é um grande avanço na tentativa de conscientização contra esse modelo agrícola.

Quem são os maiores prejudicados pelo o uso do agrotóxico na agricultura brasileira?

Quem produz como os camponeses, os agricultores, os assentados sofrem um efeito maior porque está em contato direto com o veneno. Mas também a população em geral, que consome um produto que não é de boa qualidade, é o maior prejudicado. Assim, as doenças aumentam e aparecem cada vez mais. E quem lucra com isso tudo, sem dúvida, são as empresas.

Quais os objetivos da campanha?

O grande objetivo da nossa articulação contra o agrotóxico e do seminário em si é conseguir traçar um plano, uma estratégia de combate a esse modelo agrícola e ao grande uso de veneno no Brasil. A partir disso, essas articulação vai resultar na campanha nacional contra o agrotóxico no Brasil.

Como será realizada?

A nossa campanha terá dois eixos. O primeiro tem como meta denunciar esse modelo de produção agrícola, as causas desse veneno e alertar sobre quantas pessoas hoje estão doentes, sobretudo, com câncer, em função do uso desses venenos, além de como é que esse veneno tem sido uma das formas do agronegócio ganhar dinheiro. O que as empresas lucram vendendo o veneno é muito grande. Dessa forma, um dos eixos da campanha será a denúncia desse modelo.

E o segundo eixo da campanha?

Vamos anunciar o que queremos para a sociedade, dentro de um outro projeto de desenvolvimento para a agricultura. Assim, devemos almejar um desenvolvimento baseado na agroecologia, na agricultura saudável, na produção de alimentos para toda a população. Baseado também numa outra sociedade com outros tipos de valores, que valorize uma educação e uma saúde diferente. Certamente, a nossa campanha terá esses dois eixos: denúncia contra o modelo agronegócio e anúncio de qual sociedade nós queremos para o futuro.

Quais setores da sociedade podem se somar nessa luta?

Nós já temos engajados nessa luta os movimentos sociais da Via Campesina, centrais sindicais, setores das universidades, médicos, organizações não governamentais (ONGs). Tivemos também a presença muito importante da atriz Priscila Camargo no seminário. Ela representou os artistas e se colocou à disposição para ajudar a fazer esse grande debate no meio dos artistas.

Temos também o apoio da Fiocruz, sobretudo da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fiocruz. Passaram pelo seminário diversos pensadores e professores, que nos ajudaram e que estão se engajando nesse debate. Nós queremos convidar não só esses, mas todos os setores da sociedade para fazer parte desse grande debate, dessa grande conscientização para de fato darmos um outro rumo para a nossa agricultura brasileira.

Como a sociedade pode se informar sobre o tema dos agrotóxicos e participar da campanha?

Em breve, nós teremos um site e um blog no ar. Os interessados também podem procurar nossos veículos de comunicação de apoio, como o Brasil de Fato, que vai elaborar matérias específicas sobre o tema, além dos movimentos sociais ligados à Via Campesina. Nos seus espaços de trabalho, de militância e de atuação, devem procurar informações sobre as causas dos venenos e ajudar nessa grande conscientização.

O dia 16 de outubro é o Dia Internacional dos Alimentos. É um dia também em que a gente quer fazer debates e ações contra esse modelo e a favor da produção saudável. Certamente, terão outros meios que, logo assim que a gente estruturar melhor a campanha, vai estar à disposição de toda a sociedade a fim de se somar a esse grande debate.

Quais serão as ações a serem realizadas no Dia Internacional dos Alimentos?

É tradição da Via Campesina Brasil e Internacional fazer grandes debates em torno dos alimentos saudáveis no dia 16 de outubro. Os estados e os movimentos nas suas regiões devem promover debates e ações. Vamos fazer também 5º Congresso da Coordenação Latino Americana de Organizações do Campo (CLOC), no Equador. Por isso, o dia 16 vai ser um dia de grande debate em toda a América Latina.

Qual a nossa tarefa para o próximo período?

Fica a grande tarefa de entender de fato quem são os grandes prejudicados com o uso de agrotóxico. Enquanto as empresas como a Bayer, a Monsanto, a Syngenta, além de outras, ganham tanto dinheiro, a população está condenada a morrer por doenças adquiridas em função do uso dos agrotóxicos. Neste contexto, o seminário representou passos que devem ser continuados.

Cada indivíduo desse país precisa fazer a sua parte. Cada um de nós precisa ajudar a desconstruir esse modelo de produção agrícola e construir outro modelo de sociedade, baseado na agroecologia, baseado na vida humana. Nós queremos uma agricultura camponesa que preserve os recursos naturais e que resgate as práticas camponesas de cultivo, que está comprometida hoje com o bem estar de quem produz e de quem consome o alimento. Nós só vamos ter um outro modelo de sociedade se conseguirmos fazer a Reforma Agrária.

Via Campesina Brasil pede manutenção do atual Código Florestal Brasileiro

Organizações e movimentos sociais da Via Campesina Brasil também rechaçam proposta de alteração no Código Florestal Brasileiro e condenam tentativa da bancada ruralista de aumentar as áreas de desmatamento de acordo com seus interesses.

“A Via Campesina Brasil reafirma a sua posição pela manutenção do atual Código Florestal Brasileiro.

Rechaçamos a proposta de alteração apresentada pelo deputado Aldo Rebelo, que incorpora as grandes pautas dos ruralistas, como redução da Área de Preservação Permanente e a anistia das multas por desmatamentos.

O Código Florestal é uma legislação inovadora, que está pautada pela utilização sustentável da floresta. Ao contrário do que dizem os ruralistas e seus aliados, o Código Florestal não cria áreas improdutivas, intocadas.

Ele apenas define que, acima dos interesses privados e do lucro, está o interesse de toda a sociedade brasileira para que a floresta seja usada de forma sustentável.

A Via Campesina defende um amplo pacote de políticas públicas e programas que possibilitem a utilização sustentável das áreas de preservação permanente e de reserva legal.

Desde 2009, apresentamos como propostas assistência técnica capacitada para o manejo florestal comunitário; crédito e fomento para desenvolvimento produtivo diversificado; recuperação das áreas degradadas com sistemas agroflorestais; planos de manejo madeireiro e não-madeireiro simplificados; canais de comercialização institucional que viabilizem a produção oriunda das florestas.

Para quem produz alimento, que são os agricultores camponeses, quilombolas e indígenas, o Código Florestal não é um problema, mas sim a ausência do Estado em sua correta implementação.

Para o latifúndio do agronegócio, que se utiliza da monocultura, de quantidades gigantescas de agrotóxicos e de trabalho escravo, o Código Florestal é um empecilho, que deve ser destruído assim como as florestas da Amazônia, da Caatinga e do Cerrado.

É fundamental lembrarmos que a proposta apresentada pelo deputado Aldo Rebelo é apoiada somente pelos ruralistas.

Além da oposição de partidos como PT, PV e PSol, o relatório do deputado foi rechaçado por todos os grandes movimentos sociais do campo brasileiro, pelas principais entidades de pesquisa acadêmica do país e por inúmeras organizações e intelectuais.

Em mais um esforço para a destruição do Código Florestal, deputado Aldo está pressionando os líderes dos partidos a dar caráter de urgência ao seu relatório, colocando-o para votação imediata.

É evidente a manobra do deputado e da bancada ruralista, que visa apenas evitar o debate aprofundado da sociedade. Querem no apagar das luzes de seus mandatos imprimir um golpe fatal contra o meio ambiente e toda a sociedade brasileira, em uma atitude totalmente antidemocrática.

Conclamamos toda a sociedade e, em especial, às organizações aliadas da luta da Via Campesina, a enviarem correios eletrônicos para todos os deputados federais, exigindo que haja mais tempo para o debate desse tema tão importante e tão polêmico.

A mobilização social é fundamental, pois com o encerramento do ano essa votação pode acontecer a qualquer momento, a partir desta terça-feira, dia 14 de dezembro.

Digamos não ao pedido de urgência para o relatório do deputado Aldo Rebelo!

Via Campesina Brasil
Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal – ABEEF
Conselho Indigenista Missionário – CIMI
Comissão Pastoral da Terra – CPT
Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil – FEAB
Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB
Movimento das Mulheres Camponesas – MMC
Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA
Movimentos dos Pescadores e Pescadoras Artesanais
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
Pastoral da Juventude Rural – PJR