Que tipo de jornalismo doentio formula uma frase como “Romário foi flagrado/visto com uma travesti”.
Usariam esta formulação se fosse Romário e uma mulher? Se fosse Romário e um parente? Se fosse uma mulher famosa e um homem desconhecido? E daí?
Um alerta aos que ainda não se deram conta: pessoas trans são humanos, gente como qualquer outra, que sai, fica em casa e tem amigos, ficantes, namorados, casos e companheiros.
Romário pode não ser o político perfeito, porque este não existe, mas de uma coisa eu tenho certeza: ele incomoda muito “peixe” grande. E neguinho não perdoa.
As pessoas trans também incomodam, pela subversão que fazem do ideal de dois gêneros bem distintos, falsos que são. E aí é que neguinho não perdoa mesmo — aqui estamos falando do único casamento que não tem divórcio: a ignorância com a prepotência.
Leia o posicionamento do “baixinho” clicando aqui.
Jornalista, 41, com mestrado (2011) e doutorado (2015) em Comunicação e Cultura pela UFRJ. É autor de três livros: o primeiro sobre cidadania, direitos humanos e internet, e os dois demais sobre a história da imigração na imprensa brasileira (todos disponíveis em https://amzn.to/3ce8Y6h). Acesse o currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0384762289295308.