Temos mantido uma linha. Escolhido um lado, o lado da luta pela justiça, contra a exclusão social. A favor da integração social e da libertação da pessoa.
O fortalecimento das comunidades, diante do poder que se impõe desde as esferas da concentração de privilégios.
Isto têm nos feito agir em prol da defesa do estado de direito, nestes longos e árduos anos em que a delinquência política, econômica, midiática e social assumiram ares de monopólio exclusivo da cena pública e privada.
A impunidade diante das gravíssimas violações dos Direitos Humanos cometidas durante o desgoverno que acabou de se retirar da cena, embora o seu veneno e perversidade continuem a machucar um país seriamente golpeado.
A quebra do tecido social pela mentira, a calúnia e a difamação. Os ataques aos direitos sociais pelo golpe de estado de 2016 e pela gestão neonazista agora finda.
Tudo isto têm nos mantido numa trincheira alinhada com os movimentos sociais, as instituições que zelam pela vida, a imprensa éticamente correta.
E agora?
É outro tempo. Tempo de colher e de seguir semeando. Semeando confiança nas pessoas e na cidadania que sabe do valor do trabalho.
Refazer a arte de viver. Que seja mais do que mera sobrevivência. Paciência e perseverança. Estamos aí.
Junte-se a nós. Toda colaboração é bem-vinda. Faça ouvir a sua voz. Some com a humanização que renasce.
Desde o começo, temos nos focalizado e mantido este centramento, esta prioridade, no humano. O que é o humano?
Este direcionamento da nossa parte, têm demandado esforços no sentido da redemocratização do país.
No breve lapso destes meses de respiro, a partir da posse de Lula-Alckmin em janeiro deste ano, muita coisa aconteceu.
A necessidade de mantermos as condições de vida em um modo aceitável, obriga a uma atenção ao que é mais valioso.
A preservação da vida. O amor como sustentação do existir. O cuidado com as pessoas, especialmente as mais vulneráveis.
A perspectiva do tempo nos situa naquilo que não morre. Aquilo que permanece e dá sentido ao dia a dia.
Um olhar retrospectivo repõe a unidade do viver. A costura da sequência da existência desde a nascença até hoje, apontando para um amanhã que agora nos parece de novo venturoso.
A restauração da esperança, a força do trabalho como única fonte legítima da riqueza, a comunidade como espaço da felicidade.
Estas simples anotações pretendem apenas restabelecer o eixo do fundamental, constantemente desafiado pelas forças que se opõem ao amor.
Burrice paga-se caro. Ignorância também. Burrice e ignorância poderiam vir a ser considerados como sinônimos, mas não são. Não senhor ou senhora. Burro é um ignorante que não sabe que é burro. Ignorante é apenas alguém que não sabe, mas pode vir a aprender.
Nesta revista temos como lema uma frase de Simón Bolívar que diz assim: “Um povo ignorante é instrumento cego da sua própria destruição”. Conhecer história é preciso. Precisamos saber que o mundo é um lugar que já existia antes da nossa chegada. Quando ignoramos tudo sobre todas as coisas, levam-nos para qualquer lugar. Por isso é que todo governo antidemocrático, terrorista e oligárquico, investe pesado na ignorância.
Desinformação, abestalhamento. Os vários nomes da idiotice gerada, mantida e promovida para melhor dominar o rebanho. Todo regime neonazista ataca a educação, a ciência e a cultura. A universidade abre caminhos. Não apenas no campo profissional e científico, no mercado de trabalho, mas ainda mais, humaniza. Ou poderia vir a humanizar. Na universidade você aprende que tudo poderia ser diferente. Você conhece pessoas de distintas partes do país, que pensam e agem diferente de você. Você cresce e aparece.
Trabalha em conjunto. Supera o individualismo, ou pode vir a superá-lo. Os governos de Lula investiram pesadamente na educação universitária. Interiorizaram a universidade. Enraizaram as pessoas na sua região de origem. Isto têm um significado e impacto profundo. A pessoa não se via obrigada a sair do seu lugar para ir para uma cidade grande ou distante. Por que os ataques à democracia brasileira, que está tentando se recuperar? Por que os ataques aos prédios que simbolizam os três poderes da República?
Um pouco de história, outra vez. Há algo que quer destruir a república, e o vem fazendo. São as pessoas e grupos que vivem apenas do dinheiro e para o dinheiro. Dinheiro todo mundo precisa. Mas há algo que não pode e não deve ser comprado nem vendido. Dignidade. Decência. Respeito. Isto se consegue trabalhando. Lula e Alckmin representam todo um pais, um povo em movimento. Isto não vai ser detido. Ao contrário, estes ataques de domingo passado, consolidam ainda mais a certeza de que educar é preciso. Em todos os níveis. Em casa e na rua.
Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/
Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/
Nos braços dos trabalhadores, onde tudo começou, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu a largada na campanha, nesta terça-feira (16/08). Na porta da fábrica da Volkswagen do Brasil, em São Bernardo do Campo (SP), Lula garantiu que vai voltar a ser presidente para recuperar o país. “Nós vamos ganhar a eleição porque esse país precisa de nós”, disse aos trabalhadores. “Se preparem porque nós vamos trabalhar e fazer a maior transformação que esse país já viu. Com a volta do emprego, do salário e do respeito”, afirmou.
“A nossa história vai mudar. Vocês não vão ver mais criança pedindo esmola. Não vão ver mais companheiro nosso dormindo na sarjeta. Esse país precisa ter vergonha na cara. Não é por falta de dinheiro, é por falta de vergonha das pessoas que estão governando. Eles não têm sentimento, não sabem o que é fome, o que um cidadão mendigar um prato de comida”, discursou, emocionado.
Diante dos trabalhadores, o ex-presidente anunciou que o reajuste da tabela do imposto de renda será a primeira medida a ser tomada em seu governo. E que retornará ao chão da fábrica para informar pessoalmente. “Eu não vou mandar recado, eu vou vir pessoalmente dentro da Volks conversar com vocês”, prometeu.
Lula lamentou que o país está numa situação pior hoje do quando assumiu o governo pela primeira vez, em 2003. “Esse governo (Bolsonaro) não se preocupou em criar empregos”, reclamou ele, ao comparar o número de empregados daquela fábrica nos anos de 2003 (13.857), 2012 (14.164) e 2022 (7.931).
Consciência política
O ex-presidente disse que escolheu estar na porta de fábrica para encontrar antigos e novos companheiros de luta, além dos filhos dos trabalhadores que estão estudando para se posicionar no mercado de trabalho. “Eu devo tudo que eu vivi, que aprendi na política, eu devo a essa categoria extraordinária chamada ‘metalúrgicos do ABC’. Eu venho na porta da Volks desde 1969. Naquele tempo em que a fábrica tinha mais de 40 mil trabalhadores”, lembrou.
Lula relatou a época em que o berço do sindicalismo paulista chacoalhou o país ao se posicionar contra o regime militar. “Foi na porta da Volks, da Ford e da Mercedes que nós conseguimos fazer com que a classe trabalhadora brasileira se politizasse, fosse pra rua fazer as greves de 78, 79 e 80, para que nós conseguíssemos derrubar o regime militar e conquistar a democracia”, declarou.
O evento contou ainda com a presença de Fernando Haddad (PT), candidato ao governo de São Paulo, Márcio França (PSB), que disputa uma vaga no Senado pelo mesmo estado, Gleisi Hoffman, presidenta nacional do PT e candidata a deputada federal pelo estado do Paraná, além dos sindicalistas Wellington Damasceno, diretor administrativo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, e Moisés Selerges, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.