Arquivo da tag: Sociologia

Padre Júlio Lancellotti sendo entrevistado por Miolodepod

Padre Júlio Lancellotti sendo entrevistado por Paulo Wescley, do Miolodepod no instagram, dia 30/6/2020.
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Crédito: Reprodução / Facebook – Padre Júlio Lancellotti abriu abaixo-assinado para proteger moradores de rua durante a pandemia

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Live Cristãos também gritam: “FORA BOLSONARO e todo e desgoverno federal!"

Live Cristãos também gritam: “FORA BOLSONARO e todo e desgoverno federal!” – Por Frei Gilvander, Pastor Daniel, Renata, Sara e Paulo – 28/6/2020.

Live CRISTÃOS TAMBÉM GRITAM: “FORA BOLSONARO”!!! – Frei Gilvander Moreira, Pastor Daniel Elias(Frente de Evangélicos/PT), Renata Miranda (Frente de Evangélicos/MG), Sara Suzan (PJ) e Paulo Amaral. “Felizes os que têm fome e sede de justiça, pois serão saciados” (Mateus 5,6).
Dia 28/6/2020, aconteceu a Live CRISTÃOS TAMBÉM GRITAM: “FORA BOLSONARO”!!! com a participação de Frei Gilvander Moreira (da CPT e do CEBI), Pastor Daniel Elias(Frente de Evangélicos/PT), Renata Miranda (Frente de Evangélicos/MG), Sara Suzan (Pastoral da Juventude) e Paulo Amaral, do Movimento Negro e da Organização do Movimento Cristãos também gritam “FORA BOLSONARO!”. O artigo do presidente da CNBB , Dom Walmor de Oliveira Azevedo, intitulado “Delírios de Onipotência”, fazendo uma profunda reflexão sobre o autoritarismo do presidente da república em tempo de pandemia da Covid-19, juntado ao posicionamento da Comissão Brasileira de Justiça e Paz da CNBB (publicados no dia 24/4/2020), explicita a posição da igreja católica pelo afastamento do presidente Jair Bolsonaro. O líder da igreja católica no Brasil e a Comissão Brasileira de Justiça e Paz orientaram que os cristãos devem ter lado: o da verdade, da Justiça social e da vida, e que, não devem calar-se diante do fascismo e do autoritarismo! Estamos num momento de reflexão muito fértil, onde parte dos cristãos que esqueceram a opção de Cristo pelos pobres optando pelo canhão e a arminha do falso “messias” poderão rever seus conceitos. Os documentos da CBJP/CNBB apontam a necessidade do fim do desgoverno Bolsonaro, “para salvar Vidas e a Democracia” no Brasil. O artigo de Dom Walmor nos coloca ainda a refletir o quanto o autoritarismo pode custar a uma nação e à vida do povo em tempos de pandemia. Atendendo ao clamor da Igreja, cristãos engajados nos movimentos sociais propagam e proclamam o “Fora Bolsonaro”!!! Esse grito já ecoa entre Cristãos progressistas de todo o Brasil, entre movimentos populares, partidários, artísticos e sindicais, meios de comunicação alternativos e de massa que se erguem pelo fim desse governo nefasto, genocida e tirano. Os movimentos sociais Indigenistas, dos Negros, Mulheres, Homoafetivos, Atingidos por Barragens, Sem Casa, Sem Terra, Sem Teto e Sem Trabalho juntam suas vozes às dos Cristãos para irem às ruas protestarem contra o racismo, o fascismo, o feminicídio, a misoginia, a homofobia; em favor dos desabrigados e desempregados e sobretudo dos superexplorados. Precisamos dar um basta aos ataques da elite conservadora e perversa, representada por esse governo fascista e entreguista, empoderado por golpes rasteiros e sórdidos à democracia. Queremos o afastamento e o fim desse governo, com a convocação de novas eleições para presidente da República.
TODOS QUEREMOS: FORA BOLSONARO!!!

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Que fazer diante do agravamento da pandemia?

Que fazer diante do agravamento da pandemia? Por frei Gilvander – 24/6/2020

*Texto e filmagem de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs, do CEBI, do SAB e da assessoria de Movimentos Populares.
Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG.

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¿Vida para qué?

¿Vida para qué? ¿Para cumplir papeles? Una canción responde mejor estas preguntas: Para amar, solamente para amar. Me levanto y respiro. Puedo sentir el aire. El canto de los pájaros. El cariño de mi familia.
Cosas que siempre repito y que tienen un sentido concreto y real para mí. Algo, sin embargo, me llama la atención. Vivo para mí. Puedo vivir para mí. Mi propia vida, independientemente de los papeles que soy obligado a desempeñar.
Me libero de los papeles impuestos cuando escribo. Puedo dejar de forzarme, de exigirme tanto. Ayer lo puse en práctica.
Vino un matrimonio a visitarnos y dejé que todo fuera yendo. No me obligué a tener una u otra actitud, ni a sentir o decir o hacer alguna cosa. El resultado fue que disfruté del pasar del tiempo.
Las conversaciones, la ida a la playa. Ver el mar. Antiguamente me preparaba para recibirles. Para apreciar la belleza y la gracia de la joven, y para estar a la defensiva con relación al marido. Tonterías.
No tengo tiempo para eso. Tengo poco tiempo, y ese tiempo es para mí, me tiene a mí como foco. Disfruto de la belleza pero esto no me compromete con el objeto de mi contemplación. Es algo mío, y que hago para mí.

Padre Sandoval Rocha alerta sobre o PL 41262 no Senado PRIVATIZAÇÃO da Água é injustiça

Padre Sandoval Rocha alerta sobre o PL 41262 no Senado PRIVATIZAÇÃO da Água é injustiça. 23/6/2020.

O Senado abriu Consulta Pública para o PL 4162/2019, que privatiza a água e o saneamento: #DigaNÃOaoPL4162 e defenda o direito à água para todos!!! Vote NÃO!!! ❌❌❌ Acesse o link para votar: 👇 https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaomateria?id=140534
#ÁguaNãoÉMercadoria #PrivatizarNÃO #ÁguaÉDireito #FNU – Federação Nacional dos Urbanitários.
Áudio do Padre Sandoval Rocha. Ele fez sua tese doutoral na PUC- Rio sobre a privatização da água em Manaus, AM. Peço o favor que seja divulgado o áudio em forma de vídeo.

Videorreportagem de frei Gilvander Moreira da CPT, das CEBs, do CEBI e do SAB. *Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos. #FreiGilvander #NaLutaPorDireitos #PalavrasDeFéComFreiGilvander #PalavraÉticaComFreiGilvanderMoreira

Papa Francisco: injustiça socioambiental fere a dignidade da vida

Papa Francisco: injustiça socioambiental fere a dignidade da vida. Por Gilvander Moreira[1]

Na perspectiva dos Movimentos Sociais transformadores, são inaceitáveis os discursos e as práticas que afirmam: “precisamos conciliar desenvolvimento com preservação ambiental”, “urge adequar os projetos econômicos mitigando os impactos socioambientais”, “temos que adequar os grandes projetos dentro das normas ambientais”. Isso é uma mentira. Busca-se dourar a pílula, criando uma fachada de preocupação socioambiental para viabilizar a continuidade da máquina de moer vidas que é o sistema do capital. As megaempresas capitalistas são geridas por executivos que, amarrados no mastro do navio, ouvem e se deleitam com o canto da sereia do capital. De outro lado, seguem os trabalhadores amarrados, (em)pregados em seus postos de trabalho, sem ter outra alternativa de vida, sustentando “uma economia que mata” – expressão do papa Francisco -, um sistema que tritura vidas a troco de quase nada. Às vezes, sem saber, imerso na ideologia dominante, o capitalista se torna um opressor como Ulisses amarrado no mastro do navio, conforme o canto XII da Odisseia de Homero: saboreia a sedução do canto das sereias, mas, amarrado no mastro, não pode impedir a engrenagem que o sustenta. Quanto mais o capitalista acumula riquezas, tanto mais é impelido a acumular, gerando consequentemente miséria crescente para a classe trabalhadora e para o campesinato e causando uma imensa devastação ambiental.
Na Encíclica Laudato Si’, o papa Francisco afirma: “A contínua aceleração das mudanças na humanidade e no planeta junta-se, hoje, à intensificação dos ritmos de vida e trabalho” (n. 18). O produtivismo, o trabalho por metas, a intensificação do ritmo de modo a produzir o mais rápido possível, a terceirização e a precarização das condições de trabalho estão desumanizando milhões de pessoas. Aumenta-se assustadoramente o número de adoecimentos por trabalho extenuante. O papa Francisco põe o dedo na ferida: “A poluição afeta a todos, causada pelo transporte, pela fumaça da indústria, pelas descargas de substâncias que contribuem para a acidificação do solo e da água, pelos fertilizantes, inseticidas, fungicidas, pesticidas e agrotóxicos em geral […]. A tecnologia, ligada à finança, é incapaz de ver o mistério das múltiplas reações que existem entre as coisas e, por isso, às vezes resolve um problema criando outros” (Laudato Si’, n. 20).
Não é apenas uma questão de incapacidade. A tecnologia não é neutra. Ela está, salvo exceções, subserviente aos interesses dos grandes conglomerados econômicos. Logo, a raiz reside no capital que usa a tecnologia para superexplorar a dignidade da pessoa humana e toda a biodiversidade. A tecnologia resolve um problema, mas cria outras grades, que prenderão muita gente. Os defensores da “sociedade de mercado” exaltam o crescimento econômico com constante aumento da produção de mercadorias, como se isso fosse o caminho para a felicidade de todos/as. O papa Francisco mostra o que é escondido. Diz ele: “produzem-se anualmente centenas de milhões de toneladas de resíduos altamente tóxicos e radioativos. A Terra, nossa casa única e comum, parece transformar-se cada vez mais em um imenso depósito de lixo” (Laudato Si’ n. 21). Ora, quanto mais o capitalismo se desenvolve, mais concentra riquezas e devasta socioambientalmente o Planeta.
Urge superar a cultura do descartável, construindo uma sociedade sustentável. Francisco alerta que é preciso limitar o uso de bens naturais: “Ainda não se conseguiu adotar um modelo circular de produção que assegure recursos para todos/as e para as gerações futuras e que exige limitar, o mais possível, o uso dos bens não renováveis” (Laudato Si’ n. 22). Precisamos desacelerar o crescimento econômico capitalista, máquina de moer vidas, até paralisá-lo. É hora de admirar e respeitar nossa Casa Comum e todos os seus bens naturais, que não são apenas “recursos naturais”, assim vistos quando reduzidos ao aspecto estritamente econômico.
Com assessoria de cientistas idôneos, o papa Francisco analisa as mudanças climáticas e outras questões conexas. Diz ele: “Estamos perante um preocupante aquecimento do sistema climático […] devido a alta concentração de gases com efeito de estufa (anidrido carbônico, metano, óxido de azoto e outros) (n. 23) […]. O aquecimento influi no ciclo do carbono. Cria um ciclo vicioso que agrava ainda mais a situação e que incidirá sobre a disponibilidade de bens essenciais como a água potável […]. A perda das florestas tropicais piora a situação, pois estas ajudam a mitigar a mudança climática […].  A subida do nível do mar pode criar situações de extrema gravidade, se se considerar que um quarto da população mundial vive à beira-mar” (Laudato Si’ n. 24). Que bom que o papa Francisco ecoe esses alertas que vêm sendo feitos por milhares de cientistas e experimentados por bilhões de pessoas no próprio corpo mundo afora!
Está ocorrendo um aumento assustador não apenas de impactos negativos, mas de devastação ambiental. Os atingidos por grandes projetos de mineração, de barragens e de hidrelétricas não são apenas afetados, mas pisados, violentados e massacrados. Os projetos de energia eólica, considerada como energia limpa, estão causando impactos socioambientais irreversíveis em vários estados do Nordeste brasileiro. Escondendo-se por detrás da capa de “combustível limpo”, as grandes empresas da monocultura de cana-de-açúcar devastam biomas, submetem milhares de pessoas a trabalho exaustivo, dizimam nascentes e agridem a saúde de milhões de pessoas com as nuvens de fumaça e fuligem dos canaviais invadindo as cidades e provocando o aumento e agravamento de doenças respiratórias, entre outras consequências negativas.
Anima-nos muito na luta ver o papa Francisco se posicionar, denunciando a privatização das águas e a restrição do seu acesso aos empobrecidos. Diz em alto em bom tom, Francisco: “Enquanto a qualidade da água disponível piora constantemente, em alguns lugares cresce a tendência para se privatizar esse recurso escasso, tornando-se uma mercadoria sujeita às leis do mercado divinizado. Na realidade, o acesso à água potável e segura é um direito humano essencial, fundamental e universal, porque determina a sobrevivência das pessoas e, portanto, é condição para o exercício dos outros direitos humanos. Este mundo tem uma grave dívida social para com os pobres que não têm acesso à água potável, porque isto é negar-lhes o direito à vida radicado na sua dignidade inalienável” (Laudato Si’ n. 30).
Vários movimentos sociais e ambientais denunciam constantemente a destruição dos nossos biomas: o Cerrado, a Amazônia, o Pantanal, os Pampas, a Caatinga e a Mata Atlântica, com a consequente perda de biodiversidade. Francisco também assume esta causa com vigor: “A perda de florestas e bosques implica simultaneamente a perda de espécies que poderiam constituir, no futuro, recursos extremamente importantes não só para a alimentação, mas também para a cura de doenças e vários serviços” (n. 32). “Anualmente, desaparecem milhares de espécies vegetais e animais” (Laudato Si’ n. 33).
Há um problema que está na luta cotidiana dos movimentos sociais e que o papa abordou com clareza: os estudos de impactos ambientais dos grandes projetos de interesse do capital, realizados pelas empresas, geralmente são “para inglês ver”. Subestimam drasticamente os impactos sociais, econômicos e ambientais negativos que acontecerão e exaltam os pretensos benefícios “sociais”. Os critérios definidos para identificar as comunidades direta e indiretamente afetadas são questionáveis e, normalmente são desconsideradas muitas pessoas atingidas sob a cantilena mentirosa que se repete à exaustão: “geraremos muitos empregos e promoveremos desenvolvimento da região”. Dizem, mas não é assim que acontece. Todos nós somos afetados de alguma maneira pelos impactos socioambientais negativos dos grandes projetos econômicos[2].
23/6/2020.
Obs.: Os vídeos nos links, abaixo, ilustram o assunto tratado acima.
1 – Na Câmara de Vereadores de Ibirité, MG, Dom Vicente e ambientalistas na defesa das águas. Vídeo 10

2 – Em marcha por justiça social, agrária e ambiental/XXI Romaria/Águas/Terra/MG/Lagoa da Prata/16/9/18

3 – Farsa do licenciamento ambiental da empresa ECOVITAL em Sarzedo, MG. Basta de poluição. Vídeo 8 – 09/7/2019.

4 – Profa. Dra. Andréa Zhouri, da UFMG: “Rompimento de barragens acontece por falha da governança ambiental.” 26/1/2019.

5 – “Licenciamento ambiental decente é necessário”/Professor Dr. Klemens/UFMG/ Vídeo 2 – 26/1/2019.

6 – Crime ambiental na Fazenda Casa Grande/Esmeraldas/MG: Denúncia do MST de Carlos Lamarca. 26/11/2012

7 – Apocalipse ambiental com Araci Cachoeira na XVI Romaria das águas e da terra de Minas – 10/06/2102

[1] Frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma, Itália; assessor da CPT, CEBI, SAB e Ocupações Urbanas; prof. de “Movimentos Sociais Populares e Direitos Humanos” no IDH, em Belo Horizonte, MG. E-mail: gilvanderlm@gmail.com – www.gilvander.org.br – www.freigilvander.blogspot.com.br      –       www.twitter.com/gilvanderluis        –     Facebook: Gilvander Moreira III
[2] Gratidão à Carmem Imaculada de Brito, doutora em Sociologia Política pela UENF, que fez a revisão deste texto.