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Consciência a gente vê por aqui

No meio a um mundo em que prevalece frequentemente a aceitação acrítica de visões disseminadas pelos setores de poder

Prosseguimos numa tarefa miúda de voltar o olhar, a atenção, a ação e o sentimento, para a responsabilidade pessoal pela vida e pelas consequências dos nossos atos

A compreensão é libertadora, e esse é o nosso foco

“Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho ou sozinha. As pessoas se libertam umas às outras em comunidade, mediadas pelo mundo” (Paulo Freire)

Poucas palavras. Atenção ao sentimento. Foco nas emoções, naquilo que nos une como humanidade.

Discursos frequentemente escondem o afã de dominação. A visão se restabelece na brevidade de uma palavra, uma imagem, um som, uma canção, um abraço, um aperto de mão, um olhar.

Poesia é a preferência, por ir direto ao ponto

Criar mais do que consumir

Estes são alguns dos nossos valores norteadores

Aqui é um lugar para respirar.

Somos criaturas efêmeras. Que valha cada instante, cada segundo, todos os momentos!

Encadernemos a nossa vida no dia a dia, ano após ano, até nos apossarmos da totalidade da nossa experiência!

Restabelecer a humanidade

Pode ser restabelecida a humanidade?

A democracia foi restabelecida.

Foi um passo importante.

Restabelecer a humanidade é o passo seguinte

Será tão difícil assim?

Nada é impossível quando percebemos que somos uma unidade.

Humanidade

Human idade

É tarefa para o dia a dia.

Hora de trabalhar

Cantar

Criar

Construir

Abraçar

Confiar

Acreditar

Mas acreditar de verdade

Oração

Ação

Arte e cultura

Educação

Justiça

Segue a lista.

Há mais dores na terra entre os mortais do que estrelas brilhando no firmamento

Há mais dores na terra entre os mortais do que estrelas brilhando no firmamento

 

Nos humanos a dor bate demais

Alternando, vez por outra, com prazer

Multiformes, as dores, parecem ser

Outros seres, porém, padecem mais

Nossos rios, florestas e animais

Pavoroso é saber que os seres vivos

Por humanos transformam-se em cativos

Sofrimento evitável e revoltante

Essa marcha insana que segue adiante

Atenção: esta nave não tem crivo

 

João Pessoa, 02 de maio de 2022,

Elaborado em 30 de abril de 2022, 17hrs30

Setembro

Setembro, mês da primavera

Sinto?

Permito-me sentir?

Sinto os pássaros a cantar?

O vento a assoviar?

 

Gostaria de partilhar aqui algumas das boas e belas lembranças desta semana:

  • Ray Bradbury, no seu livro Zen en el arte de escribir, nos recorda algumas das razões pelas quais escrevemos: “Se a arte não nos salva, como desejaríamos, das guerras, das privações, da inveja, da cobiça, da velhice nem da morte, pode em troca nos revitalizar em meio a tudo”. (p. 10)

Escrever é uma forma de sobrevivência. Lembramos de que estamos vivos, e ganhamos o direito de viver.

Zen en el arte de escribir (Barcelona: Minotauro, 1995)

É uma boa razão para escrever.

  • Diáspora (Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown, Marisa Monte)

Escutei vi este vídeo como parte das atividades on line da Terapia Comunitária Integrativa:

https://www.youtube.com/watch?v=neR2vTRrs4M

Ajuda a olhar para nós mesmos, nós mesmas.

Convidamos os leitoras e leitores a partilharem as suas experiências. O que fizeram para sobreviver? Como conseguiram chegar até aqui? Como geraram força resiliente a partir das adversidades?