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Professores do Rio querem direitos e governo responde com… a polícia!

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Mais uma vez, nesta quarta-feira (28/5/2014), os professores da rede municipal esperavam para serem recebidos pela Prefeitura há mais de duas horas para conversar, e nada.
Os professores decidiram então se manifestar: queriam ser recebidos para dialogar. E como reagiu o governo? Com a polícia e uma truculência muito maior do que a que pode ser visto neste vídeo. Ao final, muitos feridos e até sangrando.
Este é o governo da cidade do Rio de Janeiro, cujo diálogo se dá prioritariamente por meio da violência, neste caso contra aquele que é o profissional mais importante de todos — o professor!
Todos os trabalhadores têm duas coisas em comum: são detentores dos direitos humanos e, antes de serem o que são, foram formados por PROFESSORES.
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Uma professora foi presa (clique aqui).

O momento da sua soltura:

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Imprensa livre?
O jornal O Dia estampa na capa do online: “GREVE ILEGAL — Docentes que não voltarem às salas de aula nesta quarta terão o ponto cortado”
Dentro, e só dentro, se vê que a decisão, da Justiça, vale apenas para o Estado (e não para os docentes da Prefeitura).
Pior: o tom de ameaça parece ter sido escrito por algum assessor da Prefeitura…
Lamentável essa modalidade de “imprensa livre”.
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Pelo Facebook esta semana

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Enquanto isso, no Rio…
“O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou as quadrilhas lideradas pelo traficante Marcelo Santos das Dores, o Menor P, no Complexo da Maré, e pelo Nem, na Rocinha. Entre os 29 denunciados estão cinco policiais da UPP da Rocinha que seriam informantes da quadrilha de Nem.” (Jornal Extra)
“Pelo menos 28, dos 52 PMs que tinham sido expulsos da corporação no ano passado, acusados de receberem propina do tráfico drogas em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, já conseguiram ser reintegrados à corporação por decisões judiciais. Presos durante a Operação Purificação, realizada em dezembro de 2012, os militares, a maioria à época lotada no 15º BPM (Duque de Caxias), já estão soltos desde julho do ano passado.” (Jornal Extra)
“Um adolescente foi agredido com tapas no rosto, depois de ser detido por militares da Brigada de Infantaria Paraquedista, no Complexo da Maré, no início de maio. A agressão durou pelo menos 57 segundos e foi registrada em um vídeo.” (Jornal Extra)
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São Paulo: Vídeo mostra cenário de guerra provocado pela PM para dispersar protesto na Brasilândia. Manifestantes foram alvo de bombas de gás lacrimogêneo. Comandante da operação é acusado de falta de comando, após quase ser alvejado. (SpressoSP)
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Cooperação internacional nos anos 70: o que uma democracia nos ensinou.
“(…) Documentos e depoimentos obtidos com exclusividade pela BBC revelam um lado pouco conhecido da ditadura militar brasileira – a de que autoridades da Grã-Bretanha colaboraram com generais brasileiros – inclusive ensinando técnicas “avançadas” de interrogação equivalentes a tortura.
(…) “Desta vez, a cela estava limpa e esterilizada, com um cheiro nauseante. O ar condicionado era muito frio. A luz estava permanentemente acesa, então eu não tinha ideia se era dia ou noite. Eles alternavam sons muito altos e depois muito baixos. Eu não conseguia dormir de jeito nenhum.”
Alvaro [Caldas] conta que a sensação avassaladora que sentia era medo. De tempos em tempos, alguns oficiais entravam na cela, o encapuzavam e levavam para interrogações. Ele sentia que o objetivo era desestabilizá-lo, fazendo-o confessar algum crime que não havia cometido.
Isso não era tortura física, mas sim uma pressão psicológica intensa. “Por sorte, só passei uma semana lá. Se tivesse ficado duas semanas ou um mês, teria enlouquecido.” Esta nova técnica de interrogação ficou conhecida como “sistema inglês”.
(…) “Os americanos também ensinam, mas os ingleses é que são os mestres em ensinar como arrancar confissões sob pressão, por tortura, de todas as formas. A Inglaterra é o modelo de democracia. Eles dão cursos aos seus amigos”.
O general Fiuza de Castro disse que os britânicos recomendam deixar os prisioneiros nus antes de interrogá-los, para deixá-los angustiados e deprimidos – um estado que favorece o interrogador.
As técnicas teriam sido criadas nos anos 1960 em territórios britânicos na Ásia e aperfeiçoadas contra militantes na Irlanda do Norte.
O método ficou consagrado em inglês como “Five Techniques”, ou “Cinco Técnicas”:

  • Manter a pessoa de pé contra uma parede por muitas horas
  • Encapuzar
  • Sujeitar a grandes barulhos
  • Impedir o sono
  • Pouca comida e água”

Leia a matéria da BBC clicando aqui.

No Rio, moradores da Vila Autódromo fazem ato contra a remoção em frente à Prefeitura

Do Comitê Popular do Rio

Interesses privados estão por trás da remoção (Crédito: Courtney Crumpler)

Apesar da forte chuva, cerca de 100 moradores e apoiadores da Vila Autódromo se reuniram na tarde desta quinta, em frente à Prefeitura, para defender a permanência da comunidade, localizada na Barra da Tijuca. Eles representavam 256 famílias que não aceitam sair de suas casas e que se reúnem semanalmente em assembleias no local.

A manifestação foi uma resposta a ida de um pequeno grupo de moradores à Prefeitura na semana passada, em “manifestação” amplamente divulgada pela imprensa. Eles teriam solicitado a remoção ao prefeito Eduardo Paes. Há indícios de que a prefeitura tenha forjado esse ato, já que quem quer sair está sendo atendido na própria comunidade.

Os moradores que resistem levaram um abaixo assinado com nomes de 256 famílias que não aceitam ser removidas. Não houve recepção pelo prefeito. Ao contrário da última semana, quando os moradores se aproximaram do prédio da prefeitura, os portões foram trancados.

“Na semana passada, o prefeito até mandou chamar uma comitiva de moradores pra serem ouvidos. Hoje eles trancaram os portões e chamaram a polícia”, disse Jane Nascimento, uma das lideranças da Vila Autódromo.

A polícia agiu com truculência quando os manifestantes fecharam uma pista da avenida Presidente Vargas. Os policiais chegaram a tomar a faixa de um morador e prenderam um manifestante por desobediência e resistência. Ele foi levado para a 6ª DP mas já foi liberado, já que imagens gravadas em vídeo provam sua inocência.

Veja mais fotos do ato clicando aqui.

Leia também: Prefeitura do Rio força manifestação de moradores para remover Vila Autódromo

Comunidade Vila Autódromo, em Jacarepaguá (RJ), faz apelo contra remoções da Prefeitura

Chamada para sexta-feira (28/10/2011) e sábado (29/10/2011), a partir das 9h. Atividade de corpo-a-corpo e mutirão comunitário de apoio à resistência da favela Vila Autódromo, na Baixada de Jacarepaguá. Contra as remoções de favelas no Rio de Janeiro! Pela regularização fundiária e urbanização das favelas!

“A Vila Autódromo é uma das comunidades mais conhecidas no Rio de Janeiro e internacionalmente no movimento social de luta por moradia, contando com um respeitável e combativo histórico de resistência popular contra despejos forçados, que data desde a primeira tentativa de remoção por parte do Estado no período da Eco 92, durante a gestão municipal do canalha do César Maia.

A mais significativa ação de resistência e insurgência popular ocorrida na Vila Autódromo foi durante a gestão de Eduardo Paes na Sub-prefeitura da Barra e Jacarepaguá, no início da década de 2000, quando o então sub-prefeito subiu no lombo do trator incitando guardas municipais, PMs e operários contratados pela sub-prefeitura para demolir as moradias de famílias de trabalhadores/moradores desta favela.

Numa inesquecível demonstração de unidade de ação de resistênica popular, mais de 500 moradores, entre homens, mulheres, idosos e crianças, fizeram barricadas e se colocaram à frente do trator e conseguiram impedir a demolição das casas.

São 19 anos de luta por regularização fundiária e urbanização, com periódicas investidas de remoção por parte da prefeitura, sempre em momentos de expansão do capital e de entrada de maciços investimentos no Brasil, igual ao momento que atualmente vivemos para a preparação da cidade do RJ para sediar eventos esportivos internacionais. Agora, o antigo sub-prefeito da região da Barra e Jacarepaguá, o atual prefeito Eduardo Paes, depois de ter aprendido a lição com o seu mestre César Maia, coloca em toda a cidade o seu plano de remoções de favelas, bastante praticado na região da Barra e de Jacarepaguá.

Recentemente, no dia 16 de outubro, o atual secretário municipal de habitação, o petista Jorge Bittar, esteve na Vila Autódromo para dissuadir os moradores da luta de resistência, e tentou convencer o moradores a trocarem suas moradias e a posse de suas terras para se mudarem para um outro local. Os moradores da Vila Autódromo não vão manchar todo uma história de luta popular. Os moradores tem o direito histórico de permanecerem no local onde vivem ha mais de 30 anos! É o lugar onde constituíram família, fizeram amigos, criaram filhos, viveram suas vidas, portanto possuem mais do que ligações físicas com a comunidade. Possuem ligações imateriais com a favela.

A remoção da Vila Autódromo é uma ação orientada por interesses do capital internacional e das elites locais do Rio de Janeiro e não contempla os interesses dos moradores da própria comunidade. A luta dos moradores da favela Vila Autódromo é por regularização fundiária e urbanização e contra as remoções em geral! Os moradores da Vila Autódromo atuam há mais de uma década na Baixada de Jacarepaguá e no Rio de Janeiro apoiando lutas populares de várias favelas pela regularização fundiária e pela resistência contra as remoções. Estiveram no ano passado e este ano apoiando os moradores da favela do Campinho, Vila Restinga, Vila Harmonia, Recreio 2, Metrô-Mangueira, Vila das Torres e Vila Taboinha em suas lutas.

A favela da Vila Autódromo, ciente de sua experiência histórica de luta e trajetória de combatividade, novamente vem solicitar o apoio político dos setores mais combativos do movimento social do Rio de Janeiro para esta atividade de mutirão comunitário. Movimento estudantil, movimento sindical, movimento de sem-teto, movimento de desempregados, movimentos comunitários de bairro e de associação de moradores e de todos que compreendem a importância da autonomia entre movimento social e organização política são bem-vindos.

É preciso fortalecer as lutas de resistência popular, e já disse um guerreiro nativo latinoamericano: um povo forte não precisa de líderes! Os moradores da Vila Autódromo entendem que a situação não está definida nem pela saída dos moradores, nem pela permanência! Só uma cosia está dada: o momento é de luta popular!!! Os moradores da Vila Autódromo já acumularam bastante experiência de luta na comunidade durante estes 19 anos de investidas de remoção!

Apelo da Comunidade Vila Autódromo – Jacarepaguá

Chamada para sexta-feira: dia 28/10/2011 e sábado dia 29/10/2011 a partir das 9h00

A Comunidade de Moradores e Pescadores da Vila Autódromo, na Av. Embx. Abelardo Bueno nº 977 (saltar no portão 10 de Autódromo de Jacarepaguá), junto à Associação de Moradores – tel. 2421-3376, em tempos de luta e resistência popular pelo Direito à terra e a Cidade, apela a todos e a todas apoiador@s do Movimento Social para sexta-feira e sábado se reunirem com os moradores para um corpo-a-corpo com fins de esclarecimentos, mediação, resistência, diálogo e propostas diante dos últimos acontecimentos equivocados e de assédio por parte da Prefeitura do RJ e Secretária de Habitação. Saudações Comunitárias e Solidárias. Vila Autódromo

Ps. Confirmar se possível por e-mail ou telefone para a organização do almoço;
Associação: 2421-337
Altair : 3411-7784 e 7592-5365
Jane : 9847-5876 e 3936-5876
Vera : 8691-9255 e 3411-7450
Inalva : 9445-3341 e 3411-7470

Marcelo Freixo é indicado pelo PSOL como pré-candidato à Prefeitura do Rio

O deputado estadual Marcelo Freixo, em seu segundo mandato após ser o segundo mais votado com mais de 177 mil votos, foi indicado pelo seu partido, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), para concorrer à Prefeitura do Rio em 2012.

O deputado Marcelo Freixo presidiu a CPI das Milícias e atualmente é presidente da CPI das Armas na Assembleia Legislativa. Foto: ALERJ/divulgação.

A nota da Executiva do PSOL do Rio de Janeiro, assinada por seu atual presidente Jefferson Moura, sugere que Freixo é o “nome o que reúne as melhores condições para nos projetar, como Partido, numa real disputa de hegemonia”. Leia na íntegra, abaixo:

“A Executiva do PSOL/RJ, dando sequência aos debates iniciados no último Diretório Regional, indica para discussão ao conjunto do Partido e sua militância, o nome do companheiro Marcelo Freixo, como pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro.

Esta sugestão decorre da avaliação da importância da disputa municipal da capital de nosso Estado no processo político nacional. E, neste contexto, tendo em vista a crescente importância do nome do companheiro na atual conjuntura, para além de seu efetivo protagonismo nos principais eventos e processos gerados pelas sucessivas crises sociais e econômicas em nossa cidade, acreditamos ser seu nome o que reúne as melhores condições para nos projetar, como Partido, numa real disputa de hegemonia.

Evidentemente, o Partido, mesmo considerando essa prioridade política, não pode se desmobilizar das demais disputas, como em Niterói e outros polos prioritários. O processo eleitoral não só é capítulo de disputa de hegemonia, mas também, de construção partidária. Temos convicção que a direção e a militância saberão compatibilizar a disputa da capital com as demais de que participaremos no Estado.

Jefferson Moura – presidente PSOL/RJ”

Sobre o desaparecimento de um bairro, destruído pelo prefeito Eduardo Paes

“Esse é o relato do desaparecimento de um bairro, destruído pelo prefeito Eduardo Paes em nome das remoções em área não de risco, mas de rico. Áreas visadas pelo setor da construção há muito tempo.

O bairro é apagado, mas não só em nome da especulação imobiliária, mas também porque lá, como em várias favelas do Rio, se vive de forma coletiva. Cada casa nos Tabajaras foi construída por seus moradores, um ajudando o outro.

Divulguem para o maior numero possível de pessoas em 24 horas. Essa é a Operação Enxame, a favor da vida criativa, contra a vida uniformizada, em guerra contra as remoções!”

Leia aqui a matéria de Sindia Santos.

Sobre o desaparecimento de um bairro, destruído pelo prefeito Eduardo Paes

“Esse é o relato do desaparecimento de um bairro, destruído pelo prefeito Eduardo Paes em nome das remoções em área não de risco, mas de rico. Áreas visadas pelo setor da construção há muito tempo.

O bairro é apagado, mas não só em nome da especulação imobiliária, mas também porque lá, como em várias favelas do Rio, se vive de forma coletiva. Cada casa nos Tabajaras foi construída por seus moradores, um ajudando o outro.

Divulguem para o maior numero possível de pessoas em 24 horas. Essa é a Operação Enxame, a favor da vida criativa, contra a vida uniformizada, em guerra contra as remoções!”

Leia aqui matéria de Sindia Santos.