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Palestinos, Migrantes e Africanos são as vítimas fatais do capital

Capital xenofóbico de raiz:

Não tolera conviver com os diferentes 

Seu racismo faz sofrer milhões de gentes

Com os humanos sua prática não condiz

Só nos cabe repor pontos nos is

É uma tragédia cruel e desigual

Tradição genocida e grande mal

É urgente pôr fim a este plano

Palestinos, Migrantes, Africanos

São as vítimas fatais do Capital

 

O holocausto inda hoje aterroriza

Palestinos são vítimas incessantes

Do Estado de Israel, cruel gigante

Pro algoz, o Império, manda brisa

Esse crime, o Império avaliza

A Europa nunca deixa o pedestal

Insensível é o Império, até letal

Aos seguidos massacres, desumanos

Palestinos, Migrantes, Africanos

São as vítimas fatais do Capital

 

Décadas faz que o penar dos Palestinos

Desde mil novecentos e quarenta e oito

O Estado d’ Israel irrompe, afoito

A infligir um terror vil demais cretino

Com o aval do Império… que destino!

Palestinos enfrentam um vendaval

Tal postura sionista é abissal

Aguentar tal tragédia, 70 anos

Palestinos, Migrantes, Africanos

São as vítimas fatais do Capital

 

Os migrantes forçados são a prova

Do espírito mesquinho do Ocidente

Que riquezas pilhou impunemente

Saqueando suas gentes velhas, novas

E forjando versões e falsas trovas

A tragédia da África/enorme mal

Expressão do Ocidente Imperial

O Império comporta-se desumano

Palestinos, Migrantes, Africanos

São as vítimas fatais do Capital

 

Nao há chance de mais se pactuar

Com império rentista, genocida

Quem se indigna em favor da humana vida

E também com o Planeta, nosso lar

Do combate vem as armas empunhar

Se opondo, de vez, a todo aval

Há quem lucra com a fome imoral

Movimentos se unam como humanos

Palestinos, Migrantes, Africanos

São as vítimas fatais do Capital

 

Um escândalo a postura dominante

Das potências que à ONU tem atada

Apesar de dezenas de rodadas

De pedidos pra punir o vil Gigante

Sem efeito: tudo segue como D’antes

Privilégio do veto é o grande mal

Maioria absoluta é surreal

E o mundo se torna desumano

Palestinos, Migrantes, Africanos

São as vítimas fatais do Capital.

 

João Pessoa, 21 de fevereiro de 2023

 

Jean Wyllys e Lula: reflexões sobre política externa, a esquerda e um líder ‘tóxico’

Por Vitor Nuzzi
Ex-deputado do Psol apoiou decisão do ex-presidente de não assinar manifesto. Petista fala por que negou entrevista a jornal e critica Moro
Em uma conversa que muitas vezes resvalou mais para o lado pessoal do que político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Jean Wyllys conversaram via Instagram na tarde de ontem (10), a convite do ex-deputado, sobre as transformações no cenário brasileiro. O ex-parlamentar pelo Psol decidiu deixar o país depois de receber ameaças e recear o mesmo destino que a vereadora carioca Marielle Franco, colega de partido, assassinada em 2018. Lula explicou sua decisão de não conceder entrevista ao jornal O Globo e voltou a criticar o ex-juiz e agora também ex-ministro Sergio Moro.
Os dois usaram camisas vermelhas. Lula chamou o ex-deputado de “inovador”, enquanto Jean destacou as transformações que o país teve durante seus governos. “O exercício da democracia está no reconhecimento das diferenças”, disse o ex-presidente.
Boa parte da conversa foi sobre a política externa brasileira no governo Lula, liderada pelo ex-chanceler Celso Amorim. O Brasil construiu “relações internacionais poderosas”, disse Jean, citando os Brics e a imagem sólida consolidada naquele período.

Fórum Social x Davos

Lula lembrou que, em janeiro de 2003, no início de seu primeiro mandato, discursou tanto no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, como no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), blocos antagônicos. “Eu conversava com o Celso Amorim que nós tínhamos de mudar a geografia política do mundo. Não era possível as Nações Unidas terem a mesma estrutura em 2003 (em relação à criação da ONU, em 1945, após a 2ª Guerra Mundial).
“Eu achava que era possível mudar isso”, prosseguiu Lula. “Primeiro, fortalecer o Mercosul e mandar a Alca embora. Criar uma instituição multilateral na América do Sul (Unasul), na América Latina (Celac). Eu não desrespeitava os Estados Unidos. Um chefe de Estado não tem que gostar das pessoas, tem que lidar com outro chefe de Estado, pensando numa relação que seja boa para os dois países. (O Unasul) não era um bloco anti-americano, era pró América do Sul.”
O ex-presidente cita um exemplo de comércio internacional. Segundo ele, quando assumiu, as transações com a Argentina somavam US$ 7 bilhões. Ao deixar o governo, US$ 39 bilhões. Lula lamentou a postura do atual governo de manter uma relação de animosidade com o país vizinho. “Tem muita ignorância nessa decisão”, afirmou.

Israel e Palestina

Jean Wyllys observou que os dois têm posição semelhante em relação ao Oriente Médio. “Defendemos a existência de Estados autônomos, que se respeitem”, disse, referindo-se a Israel e Palestina e lembrando que ambos abominam o antissemitismo. Mas, apesar disso, sentiu tratamento diferente dentro do próprio campo progressista.
“Eu fui duramente atacado pela esquerda, cara, por ter essa postura”, queixou-se Jean, lembrando do fato de ser homossexual. “Setores da esquerda fizeram uma campanha difamatória contra mim, por fazer palestra em Israel, na Universidade Hebraica. Acho que você foi poupado das críticas por ser homem heterossexual”, disse a Lula, que apontou a existência de “incompreensão em vários setores da esquerda”.
O ex-presidente observou que seu governo defendia a existência tanto de ambos os estados, judeu e palestino. “Fui na Palestina inaugurar uma rua chamada Brasil, fui no parlamento de Israel fazer discurso em defesa do Estado da Palestina e pela paz no Oriente Médio. Se você não coloca todos os que têm adversidade numa mesa de negociação, você não quer a paz. Por isso, trabalhamos muito para mudar o Conselho de Segurança da ONU”, afirmou.

Racismo estrutural

Jean lamenta que a Presidência seja ocupada atualmente por um “sujeito tóxico, racista, que tem postura de vassalagem em relação ao Trump”. Citou o levante nos Estados Unidos, após a morte de George Floyd por um policial, um movimento que para ele remete à luta pelos direitos civis. E observou que, apesar de políticas de promoção da igualdade feitas no governo Lula, o Brasil segue tendo um racismo “estrutural, sistêmico”. “E me parece que há uma dificuldade da esquerda de colocar o racismo como elemento central da desigualdade”, aponta.
Lula lembrou da tentativa de mudar o currículo educacional. “Tentamos incluir um currículo oficial na educação básica, a obrigatoriedade de história e cultura afro-brasileira. A gente só vai mudar isso (racismo) quando começar a ensinar a história africana na escola brasileira.”
Ambos lembraram ainda, da escolha de Joaquim Barbosa para o Supremo Tribunal Federal, primeiro ministro negro no STF. O ex-presidente citou dado do IBGE segundo o qual pela primeira vez pretos e pardos (classificação usada pelo instituto) se tornaram maioria no ensino superior público. E identificou represálias por causa dessas políticas inclusivas.

“Golpe social”

“Acho que essas coisas motivaram uma raiva contra a Dilma. Desde aquela época (do impeachment), antes de ser preso, eu tinha noção de que aquele processo era para mim. Acho que foi um golpe social contra a inclusão do povo negro e do povo pobre. Eu não tinha noção da perversidade da elite brasileira.” Em seguida, ressaltou a “dignidade e decência” do então deputado Jean Wyllys em seu discurso contra o impeachment, em 2016.
Logo em seguida, Lula comentou a decisão de negar pedido de entrevista feito pelo jornal O Globo. “Não posso dar entrevista enquanto as Organizações Globo não pedirem desculpas pela mentiras que contaram a meu respeito. Não posso fingir que não aconteceu nada comigo (…) Tentaram destruir a minha biografia. E não vão conseguir. Não tenho raiva, tenho caráter.”
O ex-deputado do Psol defendeu o direito de Lula não assinar manifesto de frente ampla “que ignora os trabalhadores e as políticas neoliberais que estão atacando os direitos dos trabalhadores e vulnerabilizando as pessoas”. Em relação à imprensa, mesmo manifestando respeito ao veículo, afirmou que muitas vezes as Organizações Globo “trabalharam no limite da fake news contra você e contra o PT”.
Lula disse que não queria “polemizar” a respeito do manifesto, que segundo ele não trazia críticas diretas a Bolsonaro e nem fazia menção ao impeachment. Procurou não se estender sobre o assunto, concentrando-se sobre o comportamento da imprensa tradicional, que teria ignorado as denúncias da chamada Vaza Jato, feitas pelo Intercept, mas sempre garantiu espaço ao ex-juiz da Operação Lava Jato. “O Moro nunca se comportou como juiz do meu caso, mas como canalha, mentiroso, algoz. Como é que eu posso respeitar um homem desse? As pessoas me ofendem, invadem a casa do meu filho (…) Pra mim, não passou.”
Ele encerrou sua participação falando de direitos humanos. Lembrou que conversava com o jurista Hélio Bicudo, então no PT, que o tema não poderia ser visto apenas como uma questão de presos políticos, por exemplo. Deveria incluir temas como a fome e a educação. “Não tem maior violência aos direitos humanos do que uma pessoa não ter o que comer, o que estudar.”

“Três vidas negras”

Jean Wyllys dedicou a live a João Pedro Matos Pinto, de 14 anos, garoto morto recentemente no Rio de Janeiro, Miguel Otávio Silva, de 5 anos, que morreu ao cair do nono andar de um prédio em Recife, e Gabriel Rodrigues, ativista de 19 anos que morreu há dois dias. “Três vidas negras que se foram cedo.”
Edição: Helder Lima
Fonte: Rede Brasil Atual
(11-06-2020)

¡Tod@s somos Palestina! No es una guerra, es un genocidio

Desde hace dos semanas*, el Estado de Israel está llevando a cabo una nueva ofensiva militar sobre la Franja de Gaza. Es la cuarta que realiza desde el año 2006 sobre este territorio bloqueado, aislado y totalmente controlado por las fuerzas israelíes. ¡Y siempre con la colaboración, auspicio o empuje de los EEUU!
Una vez más Israel está cometiendo crímenes de guerra y crímenes de lesa humanidad sobre la población indefensa de Gaza, que no tiene ni tuvo nunca ejército, ni refugios, ni lugar adonde huir, debido al bloqueo. Este último fin de semana fue particularmente sangriento: el bombardeo y destrucción del barrio de Shayaíah terminó en la noche del sábado con la vida de unas 80 personas (de ellas, 25 niñas y niños y 15 mujeres) y dejó a unas 400 heridas, muchas de gravedad. La cifra de personas muertas en dos semanas, que aumenta cada hora, está superando las 530, y hay más de 3400 personas heridas.
Gaza es una diminuta franja de tierra de 350 km cuadrados donde viven hacinadas 1.700.000 personas, la mitad tienen menos de 18 años. Es una de las zonas más densamente pobladas del mundo.
Desde hace 7 años Gaza está sometida a un férreo e inhumano bloqueo por tierra, mar y aire por parte de Israel, que controla hasta cuántas calorías diarias ingieren los habitantes de Gaza. La situación humanitaria es dramática, y el 80% de la población sobrevive por la ayuda externa. Israel no permite siquiera la entrada de materiales para reconstruir los edificios e infraestructuras de agua, electricidad y vialidad destruidas en cada nueva agresión. Desde que Egipto clausuró los túneles hace un año, la situación humanitaria se agravó. Con la crisis actual, se habla ya de una verdadera catástrofe humanitaria de grandes proporciones.
Para justificar esta nueva ofensiva criminal, Israel argumenta que “tiene derecho a defenderse” de los cohetes caseros lanzados desde Gaza por la resistencia palestina. Esta afirmación es falsa:
1. La ‘provocación’ no vino de Gaza (de hecho Hamas llevaba casi dos años respetando el alto al fuego alcanzado en 2012): cuando el primer cohete de Hamas cayó en territorio israelí, hacía un mes que Israel estaba llevando a cabo una brutal operación de castigo colectivo en Cisjordania en la que mató a decenas de personas y arrestó a más de 800 (en su mayoría de Hamas), destrozó decenas de casas, invadió pueblos y allanó más de 2000 hogares. El pretexto fueron los tres colonos secuestrados y asesinados (todavía no se sabe por quién); el objetivo real fue golpear a Hamas, destruir su base de apoyo y romper el acuerdo de unidad alcanzado por Hamas y Fatah y el flamante gobierno de unidad nacional palestino.
2. Tanto Hamás como las demás organizaciones políticas (armadas y no armadas) son parte integral de la sociedad palestina que resiste un régimen de ocupación y colonización desde hace ya 66 años. Esa resistencia está amparada en resoluciones de las Naciones Unidas que afirman el derecho legítimo del pueblo palestino a recuperar su territorio y construir en él su Estado, y el derecho de todo pueblo bajo dominación colonial y extranjera o bajo un régimen racista a luchar por todos los medios por su autodeterminación.
Hamas es sólo el último pretexto de Israel. El verdadero objetivo del sionismo ha sido desde sus comienzos borrar al pueblo árabe nativo de su tierra y destruir el proyecto de liberación nacional palestino. Se trata de una campaña de limpieza étnica gradual cuyo objetivo final es vaciar el territorio de población palestina y ocuparlo total y definitivamente por población judía traída de todas partes del mundo.
Por eso en Palestina no hay un “conflicto” ni una “guerra”: hay una ocupación colonial encarnada en el Estado de Israel, que cuenta con el cuarto ejército más poderoso del mundo (incluido el armamento nuclear) y que recibe anualmente de EE.UU. 3000 millones de dólares sólo en ayuda militar. Esa potencia ocupante aplica un régimen de apartheid y de terrorismo de Estado sobre la población palestina, desconociendo sistemáticamente todas las resoluciones de la ONU que le obligan a retirarse de Palestina, y todos los tratados de Derecho Internacional Humanitario y de los Derechos Humanos que garantizan los derechos del pueblo palestino a vivir y a permanecer en su tierra, y de sus millones de refugiados a regresar a ella.
La hipocresía e inoperancia de la comunidad internacional ha permitido que esto continúe durante siete décadas y que periódicamente Israel cometa crímenes de guerra y de lesa humanidad con total impunidad y con la complicidad de los gobiernos, principalmente el de EE.UU, y los medios masivos de Occidente. Como digna excepción, cabe señalar la posición de la Organización de Unidad Africana y la de países latinoamericanos como Bolivia, Venezuela, Nicaragua, Ecuador, en condenar esta nueva violación del Derecho Internacional y exigir sanciones a Israel.
Ante esta complicidad hipócrita, los pueblos de todo el mundo están respondiendo al llamado de la sociedad civil palestina y sumándose al movimiento global de Boicot, Desinversión y Sanciones a Israel para obligarlo a respetar el derecho internacional y las numerosas resoluciones de Naciones Unidas que está violando. Esa campaña global está ganando aliados y éxitos impresionantes y acelerados en todo el mundo, dándole visibilidad a la lucha palestina por la libertad, la justicia, la igualdad y la autodeterminación, y haciendo que Israel esté cada vez más aislado y deslegitimado ante la opinión pública mundial.
Como Redes Cristianas nos unimos a los pueblos del mundo apoyando el movimiento palestino e internacional de Boicot, Desinversión y Sanciones como herramienta para hacer efectiva nuestra solidaridad.
NB. Agradecemos a la Coordinación de Solidaridad con Palestina de Uruguay por sus aportes para este editorial.
Fuente: Redes Cristianas
http://www.redescristianas.net/2014/07/23/tods-somos-palestina-no-es-una-guerra-es-un-genocidio/ *(27/07)

Israel bombardeia hospitais, escolas, a ONU e nega cessar-fogo até mesmo para os EUA

Da redação
Uma trégua humanitária esta semana de 12 horas em Gaza foi o suficiente para que os palestinos encontrassem dezenas de corpos sob escombros – já passam de 1.100 os mortos do massacre promovido por Israel.
Segundo a ONU, 1/8 da população de Gaza – 200 mil dos 1,6 milhão de habitantes – estão abrigados em suas instalações.
Cessar-fogo? Até mesmo uma proposta dos EUA o governo de Israel rejeita. Se nem seus aliados – os únicos que votaram contra a investigação de crimes de guerra e contra a humanidade em Genebra – servem, quem é que segurará o terrorismo israelense? Nem a imprensa nem a ONU estão livres.
Eis um dos principais motivos – comum a qualquer regime de apartheid:

E, no final das contas, nem sequer foi o Hamas o responsável pela morte dos 3 jovens israelenses, como havia dito o primeiro-ministro do Estado sionista de Israel.
O que alguns poucos líderes fazem hoje no cenário internacional envergonham toda a comunidade internacional – que não é composto por estes poucos “líderes” e nunca será.
A comunidade internacional são os trabalhadores humanitários, as organizações não governamentais, os movimentos sociais internacionalistas, os viajantes, os culturalistas. Todos estes somos comunidade internacional.
O poder, este é muito parecido em todo o canto e nos enoja nesse momento, incapaz que é de salvar vidas por conta de interesses econômicos e bélicos.
Os direitos humanos só vão conseguir avançar quando formos maioria, quando as pessoas que acharem que nenhum ser humano é ilegal ou menor que qualquer outro estiverem em maior número. Infelizmente, como vemos pelas redes sociais, não podemos afirmar com certeza que isso é uma realidade.
Há muitas pessoas que menosprezam o outro pela sua cor, raça, etnia, origem, nacionalidade etc. E os genocidas, os “anões diplomáticos” do século 21, contam com esse apoio para prosperarem.

* * *
“Na votação no Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre a intervenção militar israelense em Gaza, no dia 22 de julho, os Estados Unidos fizeram o que sempre fazem e os países europeus também – só que de forma envergonhada. Se esqueceram do que todos sabem: que quem se ‘abstém’ em casos como este está obviamente apoiando a opressão”, diz a professora da UFRJ Vanessa Batista Berner.
Nos anos 1980, sabe qual foi o penúltimo país que abandonou o regime racista sul-africano do apartheid? Estados Unidos. Sabe qual foi o último, só no finalzinho mesmo, já nos anos 1990, quando Mandela já era um consenso mundial? Israel.
A Assembleia Geral da ONU tinha uma seção só pra discutir a relação do governo de Israel com os racistas do apartheid, mesmo após insistentes embargos internacionais. São dados históricos, compilados aqui.
Apartheid rima com apartheid. E é por isso que Desmond Tutu classificou o regime adotado por Israel na Palestina pelo seu nome correto: regime de apartheid, com práticas como sequestro de crianças e separação de seus pais no meio da noite, destruição de casas, construção de um muro vergonhoso, roubo de terras e assassinato de milhares de palestinos. Tudo em relatos minuciosos, registrados em documentos de órgãos internacionais.
Espero que pelo menos os jovens pensem muito antes de chamar os EUA de “terra da liberdade” e Israel de “única democracia do Oriente Médio”.
Muitos líderes palestinos podem estar equivocados em alguns aspectos, como na falta de união que sempre os caracterizou – mas numa coisa estão corretíssimos, e há muito tempo: não adiante cessar-fogo pra retomar a maior prisão a céu aberto do mundo que é Gaza, com seus 1,6 milhão de prisioneiros.
Sem dois Estados – que com este governo sionista israelense nunca vai acontecer – não há saída para a paz.
Métodos da barbárie

Imagem: Anas F via Jamal Dajani
“(…) Soldado – Como você está? Tudo bem? O Exército de Israel precisa bombardear um prédio perto de onde você está. Nós queremos ter certeza de que não há civis na vizinhança antes de atingirmos o nosso alvo. Certifique-se e avise a todo mundo, porque em cinco minutos vamos bombardear essa área” (leia nesta reportagem)
Matéria vergonhosa no Jornal Nacional
Que vergonha do Jornal Nacional (acesse aqui). Quanta mediocridade. Quem assiste a esta reportagem tem certeza que a “culpa” (que para civis inocentes pouco importa de quem é) é dos palestinos. Estão sendo mortos porque querem.
As imagens desta reportagem, no entanto, circunstanciadas por informações reais, da internet, mostram um cenário de barbárie, de um regime grotesco de apartheid promovido pela liderança, pelo governo de um povo que há pouco mais de 70 anos passava pelo mesmo processo de opressão.
Fala o JN em mortos “palestinos” – omitindo que 1/3 são crianças, mulheres, 70 a 80% civis.
Mortos “israelenses” (obviamente muito menos), omitindo que dos 36, dois ou três eram civis — o resto estava na guerra, matando tantos outros palestinos.
Se informados sobre isso, talvez os telespectadores chamariam de massacre, tentativa de genocídio, e não “conflito” de “dois lados”.
O final da reportagem é vergonhoso. Sugere que o pedido de Abbas, o presidente palestino, por resistência é que tem provocado insegurança.
O governo de Israel bombardeou incessantemente Gaza, matando mais de 800 pessoas, e Abbas pedindo que os palestinos não morram calados é o culpado.
Todo regime de apartheid precisa, e muito, de aliados para seus crimes.

Muro de Israel na Palestina: 10 anos de ilegalidade


Na semana passada o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, enviou uma declaração para a reunião especial do Comitê das Nações Unidas sobre o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino, na ocasião do 10° aniversário do Parecer Consultivo da Corte Internacional de Justiça (CIJ) sobre as consequências legais da construção de um muro no território palestino ocupado.
Em 9 de julho de 2004, o Parecer Consultivo da CIJ afirmou que a construção do muro e o seu regime associado são contrários ao direito internacional e apelou a Israel para que cessasse a construção do muro, destruísse o que já havia sido construído e parasse com as severas restrições à liberdade de movimento dos palestinos que vivem na Cisjordânia.
Assista neste vídeo especial, produzido pela UNRWA, e saiba mais em http://bit.ly/1mkt8yf

Genocídio dos palestinos: Israel 'adverte' 100 mil moradores a abandonarem suas casas em Gaza

A maior parte das pessoas assassinadas pelo governo de Israel desde o dia 7 de julho são crianças e mulheres.

Médicos palestinos no Hospital Al-Shifa confortam um menino ferido em um ataque aéreo do governo de Israel em Gaza no dia 9 de julho. Foto: UNICEF/Eyad El Baba

O Exército israelense advertiu nesta quarta (16) que cerca de 100 mil moradores devem “abandonar” suas casas no Norte da Faixa de Gaza, informaram fontes militares. Moradores do bairro Zeitun e de outras áreas também relataram ter recebido gravações de voz e mensagens de texto pelo telefones celulares instando-os a saírem de casa.
Novos ataques israelenses sobre a Faixa de Gaza durante a noite causaram a morte de pelo menos sete pessoas, elevando para 204 o número de vítimas da operação iniciada na semana passada, de acordo com os serviços médicos palestinos.
A maior parte das pessoas assassinadas pelo governo de Israel, que promove uma matança indiscriminada de palestinos em Gaza desde o dia 7 de julho, são crianças e mulheres.
Em um dos incidentes, um carro israelense na fronteira perto de Khan Younès abriu fogo, provocando a morte de duas pessoas.
Segundo as Nações Unidas, mais de 1.200 construções já foram destruídas ou danificadas em Gaza, incluindo hospitais e escolas. A própria ONU teve pelo menos 50 escolas atingidas pelas forças de Israel, informou a agência da ONU que apoia os refugiados da Palestina.
(Da redação, com Agência Lusa e Agência Brasil)

Estimativa de assassinatos de Israel em Gaza

Estimativa de assassinatos de Israel na Faixa de Gaza, de acordo com a imprensa internacional:
Já são 172 mortos, com mais de 1.230 pessoas feridas; 869 casas palestinas foram destruídas ou danificadas.
A infraestrutura (saúde, educação, energia) está severamente comprometida; Número de israelenses mortos: 01 (um), de ataque do coração.
Os dados são dessa segunda-feira (14).