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Mudanças do clima já afetam Brasil, demonstram especialistas

Eventos extremos, como secas e tornados, são agora uma regra no Atlântico Sul, região que viu chegar nos anos 2000 algo que nunca tinha experimentado antes: um furacão.

Do ponto de vista social, a situação é ainda mais grave no Nordeste, onde o aumento da temperatura em algumas áreas chega a 20% em meia década.

Mudanças do clima, provocadas nos últimos 100 anos pela humanidade. Muitos governantes atuais insistem no modelo de desenvolvimento que põe em risco o futuro do planeta, em prol do lucro a partir dos recursos finitos da Natureza.

Com isso, aumenta a pobreza nas cidades, já que os filhos e filhas dos agricultores estão migrando para os grandes centros urbanos para sobreviver.

Além disso, o aquecimento global afeta também a biodiversidade. Estudos mostram que o mundo pode perder mais de um bilhão de espécies, inclusive grandes mamíferos.

No Brasil, 40% das espécies que vivem no cerrado podem desaparecer com o aumento da temperatura.

E o pior: as reduções propostas pelos atuais protocolos da ONU não são suficientes para controlar o clima, afirmam os especialistas.

Ecologia econômica

Por Thiago Romero, da Agência FAPESP

“Economia e ecologia são duas áreas que nunca estiveram tão próximas como nos dias atuais. Apesar da crise nos mercados financeiros, países de todo o mundo jamais observaram um crescimento econômico tão grande como nos últimos 20 anos, acompanhado por um aumento dramático da população mundial, que chegou a mais de 6 bilhões de pessoas.”

As palavras do secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente da Alemanha, Matthias Machnig, ditas durante o Congresso Ecogerma 2009, na semana passada, refletiram a urgência atribuída por cientistas, gestores públicos e empresários à busca de tecnologias e soluções sustentáveis para a redução dos efeitos das mudanças climáticas no mundo. Leia mais clicando aqui.

O evento, que ocorreu em São Paulo, foi promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha. Segundo Machnig, os problemas do mundo contemporâneo convergem para o fato de que a maior parte da população vive em sociedades industrializadas, consumindo altas quantidades de energia de diferentes fontes e esgotando os recursos do solo usado para a produção de alimentos.

“Tudo indica que, depois que a crise passar, o crescimento populacional e econômico mundial continuará. Isso nos faz concluir que a ecologia será a economia do século 21. As tecnologias verdes serão um dos maiores impulsionadores da recuperação econômica dos próximos anos”, disse na conferência Greening the economy: inovação como chave para o desenvolvimento sustentável.

Nesse cenário, Machnig estima que os serviços ecológicos estarão cada vez mais próximos da economia. As emissões anuais de dióxido de carbono, segundo citou, chegaram ao patamar dos 28 bilhões de toneladas e estimativas indicam que, em 2050, serão pelo menos 60 bilhões de toneladas emitidas na atmosfera.

“Uma das metas necessárias para a estabilização climática é a redução de 50% das emissões globais até 2050, mesmo sabendo que até lá a população mundial será maior e, provavelmente, teremos mais indústrias. Por isso, também estamos convencido de que a única saída para atingir as metas ambientais é o início de uma terceira revolução industrial, que garanta a redução drástica do consumo energético nos próximos anos”, disse.

Para Machnig, essa terceira revolução industrial deveria ser subsidiada, em um primeiro momento, pelo investimento maciço em novas tecnologias para redução das emissões de gases poluentes, acompanhada pela aceleração dos esforços mundiais em pesquisa e desenvolvimento para a identificação de inovações na área.

“Dispositivos inteligentes em veículos e edificações, por exemplo, devem não apenas consumir menos energia em curto prazo como também promover a redução das emissões dos gases. As empresas precisam aumentar a competitividade sendo mais amigáveis com o meio ambiente”, alertou.

“Mas essa terceira revolução industrial também só será viável se as empresas conseguirem garantir os empregos, sem deixar de transformar as soluções na área energética em novos problemas sociais. Sairão na frente as empresas que conseguirem ver oportunidades de negócio nessas mudanças de paradigmas ambientais, econômicos e de emprego”, indicou.

Pesquisa aponta pecuária de MT como causadora do aquecimento global

Do Portal Amazônia

“A pecuária e o desmatamento na Amazônia na era das mudanças climáticas” é o nome da pesquisa onde revela que mais de 50% das emissões de gases causadores do aquecimento global são causados pela abertura de áreas usadas para a criação de gado. E Mato Grosso responde pela maior parte dessas emissões. Leia mais clicando aqui.

Os pecuaristas rebatem dizendo a produção de carne bovina no Estado é modelo para todo o país. O pesquisador Paulo Barrato disse que mais de 75% das áreas desmatadas são alocadas para a pecuária. “Como em geral, desmatar uma nova área é mais barato, a tendência é que as pessoas continuem desmatando”, afirmou o pesquisador.

O superintendente da Acrimat Luciano Vacari enfatizou que toda a atividade produtiva contribui para a emissão de gases efeito estufa. “Precisamos saber a quantidade de produção desses animais e saber se o número é muito grande ou não”, explicou.

Leia a reportagem completa do Portal Amazônia clicando no título.

Mundo pode banir energia fóssil em 2090

Da Reuters, via Folha de S. Paulo – O mundo poderia eliminar os combustíveis fósseis em 2090, poupando US$ 18 trilhões e criando uma indústria de energia limpa de US$ 360 bilhões. A conclusão é de um relatório do Conselho Europeu de Energias Renováveis e da ONG Greenpeace. O estudo detalha como mudar a matriz energética para estabilizar o clima. Segundo ele, seria necessário investir US$ 14 trilhões em renováveis até 2030. Nesse período, só o custo do carvão mineral seria de US$ 15,9 trilhões.

Clima afetará mais agricultura dos pobres

PrimaPagina – Os países em desenvolvimento devem perder 9% da capacidade de produção agrícola até 2080 se as mudanças climáticas não forem controladas, estima o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) 2007/2008, do PNUD, a partir de diversas projeções sobre a evolução do clima do planeta. Um estudo citado no texto aponta que a América Latina está entre as regiões em que a agricultura mais sofrerá: o potencial produtivo deve cair 13%, proporção só menor que a da África (17%), maior que a da Ásia (9%) e do Oriente Médio (9%).

Nos países desenvolvidos, a tendência é oposta: deve haver crescimento de 8%. Esses efeitos significam que serão mais atingidos os países mais pobres e, neles, as pessoas mais pobres. A produção agrícola será afetada pela elevação das temperaturas das áreas tropicais e subtropicais, que incluem a maioria dos países em desenvolvimento, como o Brasil. Previsões do IPCC (sigla em inglês para Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) mencionadas no relatório apontam que o aquecimento global provocará chuvas irregulares, desertificação, derretimento de geleiras e períodos mais longos de estiagem em rios e lagos. Leia reportagem de Rafael Sampaio no PrimaPagina.

Reunião em busca de acordo entre países deve avançar na madrugada

Agência Brasil – Depois de um dia de indefinição e reuniões a portas fechadas, o resultado das negociações da 13ª Conferência das Partes (COP) sobre o Clima ainda não está definido. São quase 22 horas em Bali, e a reunião, que tinha término previsto para hoje (14), deve avançar pela madrugada. “Não podemos sair daqui sem acordo. Só não se sabe quando será alcançado”, avaliou o secretário executivo da Convenção-Quadro da Organização das Nações Unidas sobre Mudança Climática, Yvo de Boer.

Segundo o embaixador Everton Vargas, subsecretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, a perspectiva é que um documento seja levado aos ministros até meia-noite e que a plenária para aprovação do texto final da conferência seja convocada para o período da manhã. O impasse principal está na inclusão de uma referência ao estabelecimento de novas metas de redução de emissões para os países desenvolvidos no chamado Mapa do Caminho. A União Européia lidera uma pressão para que o texto mencione cortes de 25% a 40% até 2020. Leia mais na Agência Brasil.

Petição global será entregue na Casa Branca por jovens ambientalistas na próxima segunda (5)

Nesta segunda-feira, 5 de novembro, mais de 5 mil jovens ambientalistas se reunirão em Washington para pressionar o governo americano a agir contra as mudanças climáticas. “Com menos de um mês do encontro de mudanças climáticas da ONU em Bali, esta é uma oportunidade crítica para pressionar o país que é o maior poluidor da história”, diz um chamado do grupo ativista Avaaz.org, que recolhe assinaturas. Assine a petição clicando aqui.