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Rio: Um dia de caos sobre trilhos

O Dia online

Passageiros de trens e metrô viveram o caos ontem. Problemas operacionais paralisaram a circulação na Central do Brasil, causando transtornos em diversas estações nos dois sistemas e trancando usuários num calor infernal — ontem, no Rio, a máxima foi de 40,5 graus. Na SuperVia, falha na sinalização parou os trens por uma hora. Minutos depois, defeito no sistema de ar comprimido de composição do metrô interrompeu o tráfego em parte da Linha 1 por 30 minutos.

O problema no metrô ocorreu por volta das 19h. Trem que ia no sentido Pavuna apresentou defeito e ficou parado na Central por 30 minutos. Passageiros desceram dos vagões e as plataformas, já quentes, ficaram superlotadas. A circulação em parte da Linha 1 foi interrompida, causando tumulto em Estácio, Presidente Vargas, Uruguaiana, Carioca, Cinelândia e Botafogo. Em algumas estações, roletas foram travadas.

“A plataforma ficou lotada e eu comecei a sentir falta de ar. Fazia muito calor. Quase desmaiei, foi terrível”, contou Ane Batista Barbosa, 21, grávida de sete meses, que estava com o marido na Central. “Ficamos 50 minutos na plataforma”, diz Almir de Souza, 28.

Mais cedo, o problema foi no sistema ferroviário. Por volta das 15h, usuários que estavam em trem que ia para Santa Cruz foram surpreendidos com parada brusca a 50 metros da Central. Eles ficaram trancados no trem sem ar por 10 minutos e depois caminham pelos trilhos.

Houve tumulto na cobrança pelo ressarcimento da passagem. PMs foram chamados e usaram spray de pimenta e cassetetes para dispersar a multidão. A saída de todos os ramais foi interrompida. Superlotada, a Central foi fechada por 20 minutos. “Não apareceu ninguém para ajudar”, queixou-se Marcelo Romano Alves, 27.

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Ferroviários deflagram greve no Rio de Janeiro

Da Agência Petroleira de Notícias

Começou à zero hora dessa segunda, 13 de abril, a greve dos trabalhadores dos trens do Rio de Janeiro. Todos os veículos estão parados. Os grevistas reivindicam a melhoria da segurança do transporte ferroviário do estado.

Os maquinistas alertam que os trens e as vias férreas encontram-se em péssimas condições de conservação, ameaçando a vida das pessoas. Ainda alegam que os funcionários estão em número insuficiente para a realização de um serviço adequado. Leia mais clicando aqui.

“Estamos deflagrando um movimento pela segurança dos trabalhadores e usuários. Transportamos vidas e não números. Não fomos e não seremos cúmplices de acidentes na malha ferroviária”, garante em ‘Carta aberta à população’ a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona da Central do Brasil.

Hoje, 13, às 18h, em Deodoro, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, acontece nova assembléia dos ferroviários para debater os próximos passos do movimento. A princípio, há uma caminhada marcada para essa terça, 14 de abril, da Central do Brasil até a Assembléia Legislativa, na Praça XV.

Rio adere ao Dia Mundial Sem Carro

Do Em Dia Com A Cidadania

Incentivar o uso de transportes públicos e bicicletas é o objetivo do Dia Mundial sem Carro, no próximo sábado (22/9). A iniciativa tem adesão de pelo menos três mil cidades em todo o mundo. No Brasil, além de São Paulo, o Rio de Janeiro já confirmou sua participação, com apoio da Prefeitura.

A pista junto à orla de Copacabana será fechada ao tráfego de veículos motorizados e liberada para os pedestres, como sempre ocorre aos domingos e feriados. A sociedade civil e de diversos órgãos da Prefeitura estarão no canteiro central da praia, entre as ruas Figueiredo Magalhães e Santa Clara, onde vão acontecer atividades lúdicas e educativas tendo como temas trânsito, mobilidade por bicicleta, meio ambiente, saúde e cidadania.

Ainda no sábado, está programado um grande passeio de bicicletas com saída no final da avenida Delfim Moreira, no Leblon, em frente à rua Gerônimo Monteiro, às 10h. Os ciclistas vão encerrar o passeio na rua Prado Júnior.

Movimento pelo Passe Livre volta às ruas do Rio

Passeata no mês passado sofreu dura repressão do Estado e várias pessoas ficaram feridas. Por Por Gilka Resende, Marcos de Vasconcellos e Luiz Fernandes, do Fazendo Media

Parece que não adianta gritar, parar o trânsito, nem apanhar da polícia. O direito de utilizar o transporte público ainda é apenas para quem pode pagar tarifas abusivas. Apesar de ser obrigação do Estado garantir educação a todos e todas, o transporte dos estudantes ainda não voltou a ser subsidiado. Quase um mês depois da manifestação que lotou a Avenida Rio Branco, o Movimento Passe Livre segue na resistência e convocou a população para estar no último dia 26 de abril na Candelária, em mais um ato público no Centro do Rio.

Em dezembro de 2006, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro considerou inconstitucional a lei que concede a gratuidade das passagens em transportes coletivos. Tal decisão foi justificada pelo próprio Tribunal com o fato de que a legislação não especifica de onde vem o custeio que subsidia o transporte gratuito. Segundo o Governo do Estado, as empresas de transporte deveriam arcar com tais despesas. Para as empresas, fornecer transporte aos estudantes seria responsabilidade do governo estadual. Nesse impasse, os estudantes foram às ruas do Centro, no dia 28 de março, lutar pelo Passe Livre. Leia a matéria completa no Fazendo Media.

O valor de uma vida no trânsito

Por Paula Batista, da redação Consciência.Net

Quanto custa uma vítima de trânsito? Dificilmente alguém pára e faz essa pergunta, até mesmo as pessoas envolvidas em um acidente não sabem quanto custa aos cofres públicos as ocorrências nas estradas. A primeira coisa que um envolvido em um acidente de trânsito – quando todos saem ilesos -, que saber, é quanto custará ao bolso o conserto dos veículos. Os custos dos acidentes de trânsito nas rodovias do país, apesar de altos, não são superiores ao valor de uma vida.

Recentemente fui envolvida em um acidente de trânsito. Envolvida porque um motociclista decidiu furar o sinal vermelho bater no meu carro, voar e cair no capô de um veículo na terceira pista. Cena de cinema, às 17h20. Não quis nem avaliar os custos da frente do meu carro, até o momento.

Mas a curiosidade é maior, e a pergunta: “Quanto custa um acidente de trânsito?”, foi respondida pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e a Agência Nacional dos Transportes Públicos, que divulgaram o resultado de uma pesquisa em dezembro de 2006, realizada com base nos anos de 2004/2005.

O caso é um problema de saúde pública. Segundo a pesquisa o custo médio da imprudência é de R$ 1.040 ,00 para as pessoas que saem ilesas. O nosso caso. Uma vítima ferida – no caso, o motociclista – representa um custo de R$ 36.305,00. Uma vítima fatal resulta em R$ 270.165,00.

A pesquisa foi desenvolvida com base em questões como: cuidados com a saúde, pré-hospitalar, hospitalar e pós-hospitalar, remoção, translado; pessoas incluem custos de perda de produção; danos materiais ao veículo, perda da carga; atendimento da polícia rodoviária e danos à propriedade pública e privada.

No estudo foi levantado que os atropelamentos ocupam o segundo lugar no ranking de mortalidade por acidente, sendo que, a cada 34 atropelamentos, 10 vítimas morrem.

São aproximadamente quatro mil atropelamentos por ano, resultando em um a cada duas horas. Os líderes dos acidentes são Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Paraná, com 54% das mortes de pedestres. Doze rodovias federais geram 75,3% das ocorrências envolvendo pedestres, entre as primeiras estão a BR-116, BR-101 e BR-040, que respondem por 50% dos registros de mortes.

Outro ponto destacado pela pesquisa é que a maioria dos acidentes, que envolvem pedestres, ocorre à noite, entre 18h e 20h e a principal causa, nas rodovias federais, são as travessias dos pedestres. As motocicletas também são um “pesadelo” para as rodovias, representam 10,8% de todos os acidentes registrados e resultando 15,2% de todas as mortes.

O estudo completo do Ipea pode ser conferido no sítio da entidade: http://www.ipea.gov.br e a intenção é que esses indicativos sirvam para a formulação de políticas públicas e programas que auxiliem para a redução do número e a gravidade dos acidentes de trânsito.