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JMJ de Lisboa segundo o Papa: feita pela dedicação de muitas pessoas simples

Por Andressa Collet

Mas “lembro também dos pastéis, que são muito bons. Tantas pessoas simples, que ofereceram o seu trabalho, a sua esperança”, acrescentou Francisco ao falar espontaneamente a cerca de 800 pessoas que atuaram diretamente na edição portuguesa da Jornada Mundial da Juventude realizada em agosto. Uma missão compartilhada por “todos, todos, todos”, repetiu o Papa, ao recordar a mensagem dada a milhões de jovens em Lisboa, de que a Igreja é lugar para todos.

A Jornada Mundial da Juventude de Lisboa voltou a ser revivida nesta quinta-feira (30) no Vaticano, quando o Papa Francisco recebeu cerca de 800 pessoas – inclusive de brasileiros – que atuaram diretamente para que a edição portuguesa fosse realizada no início de agosto deste ano. Na Sala Paulo VI, para ouvir o Pontífice, estavam representantes do Comitê e da Fundação JMJ Lisboa 2023, a começar pelo seu presidente, dom Américo Aguiar, “o cardeal Américo que gosta de ser chamado de Padre Américo”, comentou o Papa, ao agradecê-lo “por tudo o que fez: é um cardeal especial, um cardeal um pouco enfant terrible, mas muito bom”, brincou Francisco ao citar o termo em francês para uma pessoa vivaz e cheia de iniciativas.

Ao saudar o grande grupo, o Pontífice logo disse que falaria “em espanhol porque é mais seguro, mais próximo ao português. O italiano é mais distante”. E, assim, primeiramente agradeceu por todo o trabalho desenvolvido em Lisboa para que a JMJ se tornasse “um núcleo de forte evangelização, de alegria, de expressão jovem”. E, em seguida, começou a buscar na memória os momentos saudosos vividos por lá:

“Guardo do encontro de Lisboa uma emoção muito grande, e também uma lembrança: pessoas simples, que fizeram tudo o que podiam. Ainda guardo o terço da senhora de 96 anos. Ela ainda está viva? (Sim, eles lhe respondem). Lembro também daquela garota de 19 anos com uma doença grave, que ofereceu a vida para a Jornada, pensando que morreria. Mas ainda estava viva. Está viva? (Sim, eles respondem). 19 anos. Lembro dos filhos daquela voluntária da Jornada que morreu no trabalho, como tinham ido com alegria e saíram com a tristeza de ter perdido a mãe. E lembro de tantas pessoas simples, tantas. E lembro também dos pastéis, que são muito bons. Tantas pessoas simples, que ofereceram o seu trabalho, a sua esperança.”

O Papa, então, disse que não poderia falar por muito tempo, devido à indisposição que o acometeu nos últimos dias, e mons. Antonio Ferreira da Costa, chefe da seção de Assuntos Gerais da Secretaria de Estado, leu o discurso aos presentes na Sala Paulo VI.

Sonhar juntos, com “todos, todos, todos”

No texto, o agradecimento foi reforçado à delegação de várias partes do mundo que veio ao Vaticano, inclusive do Brasil, e que Francisco a descreveu como formada por “dinamizadores, coordenadores e apoiadores” da JMJ de Portugal. Foi um “um luminoso exemplo de como é possível compartilhar uma missão, sem deixar ninguém de fora”, comentou o Papa, ao recordar e reafirmar a mensagem enfática dada a milhões de jovens em Lisboa, de que a Igreja é lugar para todos, “fazendo-os confluir para um grande sonho comum”:

“Continuem a sonhar juntos, continuem a envolver em ondas sucessivas novos companheiros sonhadores de uma sociedade feita por todos e no respeito de cada um. Vou repetindo e fico contente ao ver que muitos já me fazem eco: «todos, todos, todos!»”

Nada deve ser perdido

Que “nada se perca” do que foi feito em Lisboa, exortou ainda o Papa, ao se referir a Jesus que, como os respigadores “voltam atrás para recolher as espigas de trigo” perdidas nos campos, cumpre a vontade do Pai, que é a da salvação universal. E monsenhor Antonio continuou a leitura do discurso do Papa:

“Meus amigos, não deixem que nada se perca daquela JMJ que nasceu, cresceu, floriu e frutificou nas mãos de vocês, extasiadas com a abundante multiplicação de pedaços de Céu feitos gente, que brotavam de todo o lado e até mesmo de onde não se esperava.”

No centro da JMJ de Lisboa estava a figura de Maria que, como diz o Evangelho, “se levantou e partiu apressadamente”, acreditando no poder do Senhor. E para os jovens, Maria foi apresentada como exemplo e referência. O Papa, assim, renovou a gratidão àqueles que fizeram com que isso acontecesse, e mons. Antonio concluiu as palavras do Pontífice:

“Obrigado a todos e a todas! Deus pague o bem que fizeram aos jovens e a mim, à cidade de Lisboa e a quantos, de todo o mundo, para lá dirigiram os seus passos e o seu coração. Por favor, continuem a apontar e a impelir-nos para as dimensões universais do coração de Deus!”

Fonte: Vatican News

(30-11-2023)

Ecos de uma Jornada Mundial da Juventude vibrante

Por José Silvonei

O encontro de Lisboa, que terminou neste domingo, foi o ápice de uma longa preparação de anos que envolveu toda a Igreja portuguesa, suas autoridades civis e Dicastérios do Vaticano, em primeira linha o Dicastério para os Leigos, Família e Vida, responsável pelas JMJs.

“Sejam estes dias ecos vibrantes do chamado amoroso de Deus, porque somos preciosos a seus olhos”. Sejam dias em que o seu nome, através de irmãos e irmãs de muitas línguas e nações que o pronunciam com amizade, ressoe como uma notícia única na história, “porque único é o pulsar do coração de Deus por você”.

Dessa maneira o Papa Francisco, no primeiro encontro com os jovens, na cerimônia de acolhida da JMJ na tarde de quinta-feira no Parque Eduardo VII – batizado como a “Colina do encontro” -, deu tom de como seriam os dias seguintes da JMJ de Lisboa.

O encontro de Lisboa, que terminou neste domingo, foi o ápice de uma longa preparação de anos que envolveu toda a Igreja portuguesa, suas autoridades civis e Dicastérios do Vaticano, em primeira linha o Dicastério para os Leigos, Família e Vida, responsável pelas JMJs.

Pudemos sentir e viver nestes dias em Lisboa, com os mais de 500 mil jovens provenientes de todas as partes do mundo que somos todos chamados pelo Senhor, chamados porque amados. No oceano de jovens que invadiu a capital portuguesa, o convite de Francisco a essa multidão era para que “nos chamemos pelo nome e lembremos uns aos outros a beleza de ser amados e preciosos, conscientes de que Deus nos ama como somos, com nossas fraquezas e nossos limites, e de que a Igreja nos acolhe a todos, todos. Esse todos, todos, ressoou nos ouvidos e no coração dos jovens e da Igreja.

Nestes dias em Lisboa pudemos sentir a dimensão festiva das JMJs, a dimensão do encontro, mas também a dimensão da oração com muitos momentos de reflexão e de encontro pessoal.

A Via Sacra na “Colina do encontro” foi um desse momentos, junto com as catequeses – onde os jovens, num silencio que gritou ao mundo a força da fé. Neste caminho, aos olhos de Deus, remarcou o Santo Padre em tantos momentos, somos filhos preciosos de Deus que cada dia nos chama para abraçar e nos encorajar.

Cada um de nós é uma obra-prima única e original, cuja beleza mal conseguimos vislumbrar, disse Francisco olhando nos olhos e nos corações de uma juventude inquieta, que sacudiu Lisboa e Portugal, e porque não dizer, toda a Igreja.

Mas Francisco também exortou os jovens para que estejam atentos a esse mundo que os rodeia, pois muitos lobos se escondem por trás de sorrisos de falsa bondade, dizendo que conhecem quem eles são, mas sem os querer bem, prometendo que eles serão alguém, para depois os deixarem sozinhos, quando já não são mais úteis. Ilusões de uma realidade atual que encontramos no mundo virtual e ao qual os jovens devem estar atentos para não se deixarem enganar, porque – disse o Papa -, muitas realidades que nos atraem e prometem felicidade mostram-se depois pelo que são: “coisas vãs, supérfluas, substitutos que deixam o vazio interior. Jesus, não! Ele tem confiança em você, para Ele você é importante”.

O jovem é importante e pode ser o protagonista da paz. Por isso Francisco foi até ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima na manhã de sábado onde, diante da Capelinha das Aparições rezou o Terço com os jovens doentes e encarcerados no âmbito da Jornada Mundial da Juventude. Um momento de silêncio durante o qual Francisco rezou pela paz.

Francisco recordou que a pequena capela das Aparições é uma bela imagem da Igreja: acolhedora e sem portas… espaço para todos. O Papa então retomou o tema da JMJ: “Maria se levantou e foi apressada”. Nossa Senhora “é a Senhora da pressa”, porque com a pressa ela responde imediatamente às orações. “Ela se apressa para estar perto”, e “sempre nos aponta para Jesus”.

No quarto mistério gozoso a intenção pela Paz. “Rezemos pela paz, para que a Virgem Santa Maria, que em Fátima pediu ‘quero que rezem o terço para alcançarem a paz’, apresente as nossas orações ao Senhor e seja concedido ao mundo um duradouro tempo de paz”.

Depois a noite do sábado da Vigilia, a grande festa dos jovens com o Papa no Campo da Graça, no Parque Tejo em Lisboa, um momento forte de oração, vivido também através da arte, com luzes, cores, cantos, coreografias, testemunhos e Adoração Eucarística.

Francisco falando do tema da JMJ refletiu sobre três palavras: encontrar, levantar e partir. Ao ressaltar que Maria partiu apressadamente, lembrou que ela realiza um gesto não solicitado e sem ser obrigada. Partiu simplesmente porque ama e “quem ama voa, corre feliz”. E o Papa deixou aos jovens a ideia do caminhar, e, se caírem, levantar-se. Caminhar com uma meta. Treinar todos os dias na vida. Na vida, nada é gratuito. Tudo se paga. Só há uma coisa gratuita: o amor de Jesus”.

Enfim a Missa do domingo, a Missa do Envio durante a qual pediu aos jovens que não tenham medo, vão e levem a todos o sorriso luminoso de Deus, sejam testemunhas da alegria, da fé, da esperança que aquece o coração, o amor que colocam em tudo.

Enfim o anúncio da próxima JMJ, Seul, Coréia do Sul, em 2027, com a etapa do jubileu dos jovens em 2025, em Roma.

Os jovens do mundo inteiro já iniciaram o caminho em direção a Seul, com uma parada em Roma. É a JMJ que volta ao continente asiático. Cabe agora à Igreja e aos jovens da Coréia do Sul o longo e difícil trabalho de organização da próxima Jornada. Também ali o sorriso e a alegria dos jovens serão tão contagiantes como foi em Lisboa 2023. Mas essa será uma nova aventura para a “juventude do Papa”.

Fonte: Vatican News

JMJ Lisboa: divulgado programa da Viagem Apostólica do Papa a Portugal

A Jornada Mundial da juventude levará o Papa Francisco a Portugal, onde estará de 2 a 6 de agosto deste ano. Prevista visita ao Santuário de Fátima.

Foi divulgado nesta quarta-feira o programa da Viagem Apostólica do Papa Francisco a Portugal, por ocasião da XXXVII Jornada Mundial da juventude.

Quarta-feira, 2 de agosto de 2023

ROMA – LISBOA

07:50 Partida de avião do Aeroporto Internacional de Roma/Fiumicino para Lisboa (hora italiana)

10:00 Chegada à Base Aérea de Figo Maduro, em Lisboa (hora local)

10:00 RECEÇÃO OFICIAL

10:45 CERIMÓNIA DE BOAS-VINDAS, na entrada principal do Palácio Nacional de Belém

11:15 VISITA DE CORTESIA AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no Palácio Nacional de Belém

12:15 ENCONTRO COM AS AUTORIDADES, A SOCIEDADE CIVIL E O CORPO DIPLOMÁTICO, no Centro Cultural de Belém Discurso do Santo Padre

16:45 ENCONTRO COM O PRIMEIRO-MINISTRO, na Nunciatura Apostólica

17:30 VÉSPERAS COM OS BISPOS, SACERDOTES, DIÁCONOS, CONSAGRADOS E CONSAGRADAS, SEMINARISTAS E AGENTES PASTORAIS, no Mosteiro dos Jerónimos

Homilia do Santo Padre

Quinta-feira, 3 de agosto de 2023

LISBOA – CASCAIS – LISBOA

09:00 ENCONTRO COM OS JOVENS UNIVERSITÁRIOS, na Universidade Católica Portuguesa Discurso do Santo Padre

10:40 ENCONTRO COM OS JOVENS DE SCHOLAS OCCURRENTES, na sede de Scholas Occurentes de Cascais Saudação do Santo Padre

17:45 CERIMÓNIA DE ACOLHIMENTO, no Parque Eduardo VII Discurso do Santo Padre

 

Sexta-feira, 4 de agosto de 2023

LISBOA

09:00 CONFISSÃO DE ALGUNS JOVENS DA JMJ, na Praça do Império

09:45 ENCONTRO COM OS REPRESENTANTES DE ALGUNS CENTROS DE ASSISTÊNCIA SOCIO-CARITATIVA, no Centro Paroquial de Serafina Discurso do Santo Padre

12:00 ALMOÇO COM OS JOVENS, na Nunciatura Apostólica

18:00 VIA-SACRA COM OS JOVENS, no Parque Eduardo VII Discurso do Santo Padre

Sábado, 5 de agosto de 2023

LISBOA – FÁTIMA – LISBOA

08:00 Partida de helicóptero da Base Aérea de Figo Maduro, em Lisboa, para Fátima

08:50 Chegada ao Estádio de Fátima

09:30 RECITAÇÃO DO TERÇO COM OS JOVENS DOENTES, na Capelinha das Aparições do Santuário de Nossa Senhora de Fátima Discurso do Santo Padre

Oração

11:00 Partida de helicóptero, do Estádio de Fátima, para Lisboa

11:50 Chegada à Base Aérea de Figo Maduro, em Lisboa

18:00 ENCONTRO PRIVADO COM OS MEMBROS DA COMPANHIA DE JESUS, no Colégio de S. João de Brito

20:45 VIGÍLIA COM OS JOVENS, no Parque Tejo Discurso do Santo Padre

Domingo, 6 de agosto de 2023

LISBOA – ROMA

09:00 SANTA MISSA PARA O DIA MUNDIAL DA JUVENTUDE, no Parque Tejo Homilia do Santo Padre

Angelus

16:30 ENCONTRO COM OS VOLUNTÁRIOS DA JMJ, no Passeio Marítimo de Algés Discurso do Santo Padre

17:50 CERIMÓNIA DE DESPEDIDA, na Base Aérea de Figo Maduro, em Lisboa

18:15 Partida de avião da Base Aérea de Figo Maduro, em Lisboa, para Roma

22:15 Chegada ao Aeroporto Internacional de Roma/Fiumicino

Fonte: Vatican News

Francisco aos jovens: participem da JMJ em Lisboa

Em uma mensagem de vídeo dirigida àqueles que participarão do evento programado para os dias 1º a 6 de agosto, o Papa os incentiva a olhar esses dias com esperança, “porque se cresce muito em uma Jornada como essa”, e sugere, para que se preparem bem, que conversem com os idosos, porque eles oferecerão sabedoria

Por Irmã Grazielle Rigotti

Aproxima-se o dia da Jornada Mundial da Juventude! A contagem regressiva está agora em três meses. Lisboa de 1º a 6 de agosto, receberá milhares de jovens de todo o mundo, e para incentivar e motivar esta preparação, o Papa Francisco enviou uma breve mensagem em vídeo especial para os jovens que partirão para Portugal. O vídeo foi gravado na Casa Santa Marta por Dom Américo Manuel Alves Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa, no último dia 27 de abril.

Na mensagem o Papa imagina a organização e o trabalho que deve estar ocupando a mente e o coração dos jovens por estes meses: “como fazer, como pedir licença do trabalho, dos estudos, como arranjar dinheiro para a viagem, tantas preocupações”, porém, sempre olhando para um horizonte de encontro com entusiasmo.

“A Igreja tem a força dos jovens”

“Participar da Jornada é uma coisa linda e quando se tem consciência disso, você fica animado para participar. Preparem-se para este momento entusiasmante, ponham lá a vossa esperança, porque se cresce muito numa Jornada como esta. Não nos damos conta, mas as coisas ficam dentro de nós, os valores ficam, as relações construídas com os jovens de outros países, os encontros, tudo fica dentro de nós e sobretudo ver a força juvenil, a Igreja tem a força dos jovens.”

Por fim, Francisco partilha um “segredo” para se preparar bem para a Jornada Mundial da Juventude: “Olhem para as suas raízes, procurem encontrar os idosos”. E exorta aqueles que têm avós a dialogar com eles, perguntar se no seu tempo existia a jornada – mesmo sabendo que não – e pedir conselhos sobre como viver esse evento: “Falem um pouco com seus os avós, porque eles lhes dão sabedoria, mas sigam sempre em frente. Espero vocês em Lisboa. Tchau!”

Fonte: Vatican News

JMJ 2023: confessionários da Jornada de Lisboa vão ser construídos por reclusos

Por Rui Saraiva

A Fundação Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 e a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais assinaram um protocolo para a construção de 150 confessionários.

Na sexta-feira dia 17 de fevereiro a Fundação Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 e a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais assinaram um protocolo para a construção de 150 confessionários. Estes serão feitos por reclusos dos Estabelecimentos Prisionais de Coimbra, Paços de Ferreira e Porto, informa Agência Ecclesia.

“Para nós, para quem reflete e vive a questão da reconciliação e do perdão e do sacramento, ganha um significado muito especial que estas peças tenham as mãos e o coração de homens que estão limitados na sua liberdade”, disse o presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, após a assinatura do protocolo.

O bispo auxiliar de Lisboa acrescentou que o facto de serem reclusos a desenvolverem este trabalho ““particularmente importante e tem um peso especial”. Recordou que isto já aconteceu em edições anteriores da JMJ.

O diretor-geral da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais explicou que “uma das grandes estratégias do chamado tratamento penitenciário é o trabalho”, assinalando que este tipo de trabalho “tem muito a ver” com aquilo que se deve entender que é a reinserção social, que visa também “preparar o regresso destas pessoas à vida em liberdade”.

“Independentemente de quem professa ou não professa uma determinada religião, de quem seja crente ou não seja crente, participar na construção destas estruturas é um momento que pode levar a alguma reflexão interna”, assinalou Rui Abrunhosa.

O secretário de Estado Adjunto e da Justiça, Jorge Albino Costa, também esteve na sede da JMJ Lisboa 2023, nesta ocasião afirmando a importância da recuperação dos reclusos e da sua inserção na vida em sociedade.

“O recluso é uma pessoa com direitos, e só deve ser limitado nos seus direitos na estrita medida do necessário para o cumprimento da pena”, declarou o responsável governamental.

Fonte: Vatican News

Papa compartilha a alegria de reencontrar jovens na JMJ de Lisboa em 2023

Por Andresa Collet

O desejo veio durante a Audiência Geral e justamente na saudação aos peregrinos de língua portuguesa: “a alegria de nos encontrarmos e a vontade de estar juntos são sinais fundamentais para o mundo de hoje, dilacerado por confrontos e guerras. Que Nossa Senhora guarde o nosso desejo de comunhão e de paz”. O Papa também recordou do Dia Mundial da Juventude em nível diocesano celebrado no último domingo (20).

A exatamente 250 dias da Jornada Mundial da Juventude que acontece no início de agosto de 2023, o Papa Francisco compartilhou a alegria do reencontro no evento mundial em Lisboa, em Portugual. Ao saudar os peregrinos de língua portuguesa na Audiência Geral desta quarta-feira (23), especialmente os provenientes de Chapecó, do Estado de Santa Catarina, e também de Portugal, o Pontífice afirmou:

“No domingo passado foi celebrado nas dioceses o Dia Mundial da Juventude, com o pensamento dirigido para o encontro de jovens que se realizará no próximo ano em Lisboa. A alegria de nos encontrarmos e a vontade de estar juntos são sinais fundamentais para o mundo de hoje, dilacerado por confrontos e guerras. Que Nossa Senhora guarde o nosso desejo de comunhão e de paz. Deus vos abençoe.”

No último final de semana, o Papa esteve na região italiana do Piemonte, de onde presidiu à missa no domingo, 20 de novembro, Solenidade de Cristo Rei, data em que também se celebra a Jornada Mundial da Juventude em nível diocesano. A partir da Catedral de Asti, o Pontífice deixou uma palavra especial aos jovens presentes na celebração e aos jovens de todo o mundo:

“Desde o ano passado, a Jornada Mundial da Juventude é celebrada nas Igrejas particulares precisamente na Solenidade de Cristo Rei. O tema, o mesmo da próxima JMJ, em Lisboa, para a qual renovo o convite para participarem, é ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’ (Lc 1,39).”

Francisco reforçou que “o segredo para permanecer jovem” está precisamente nestes dois verbos – levantar e partir. Dirigindo-se aos jovens, pediu para que “não fiquem parados pensando em si mesmos, desperdiçando a sua vida em busca de conforto ou da última moda”, mas que “se façam à estrada, saiam dos seus medos para estender a mão a quem precisa.”

“Hoje precisamos de jovens que sejam verdadeiramente transgressores. Não conformistas. Que não sejam escravos dos celulares, mas mudem o mundo como Maria, levando Jesus aos outros, tratando dos outros, construindo comunidades fraternas com os outros, realizando sonhos de paz”, afirmou o Papa.

Fonte: Vatican News

Atualização

O discurso de Lula em 30 de outubro, quando foi conhecido o resultado oficial das eleições presidenciais, me tocou profundamente. Depois de muito tempo escutei até o fim, alguém que é o que diz. É o que é. É o que está lá, à vista. Isso tem um efeito sanador.

Ele não era alguém tentando convencer, tentando provar algo, ou se exibir. Era o que eu estava ouvindo. Enquanto eu ouvia Lula, algo em mim estava se juntando, estava se reunindo. E estou certo de que continuará a se juntar e reunir.

Acompanho a trajetória de Lula desde o início da luta pela democratização do Brasil. E o Lula que vi e ouvi é um florescimento, o resultado consistente e coerente, impactante, de um processo de crescimento. Confesso que tenho dificuldades em acompanhar alguém tão singular. Foge do padrão.

Nisso nos parecemos. E em muitas outras coisas. O que mais me tocou, o que mais me toca nesse nordestino, nesse pernambucano, nesse brasileiro de coração sem limites, é sua capacidade de não se trair, de não se curvar, de não ser o que não é. A força do ser é imparável. E foi isso que Lula demonstrou nestas eleições. Está tão inteiro como nunca.

Para um garoto como eu, que amava a Argentina como Lula ama o Brasil, é uma grande lição. Se pode. Sim, é possível. Obrigado, Lula, por me lembrar que é possível. É possível ter um sonho do tamanho de um país. Eu tive esse sonho na Argentina dos anos 1960 e 1970, e ainda o tenho. Agora num país ampliado.

Lula me lembrou vivamente disso, e isso me traz de volta sensações juvenis que continuarão a me acompanhar. A palavra é mais do que um meio. É o que somos. A morte não é a derrota. Derrota é o falseamento, o autoengano, a simulação, a mentira, a força bruta.

Tudo que foi derrotado pelo povo brasileiro em 30 de outubro de 2022. O que não devia prevalecer foi enterrado. Lula renasceu cada vez que tentaram destruí-lo, e ele voltou melhorado. Isso é o que euacho que ninguém devia esquecer. Eu não esqueço.

Não preciso citar Paulo Freire, exibir algumas frases desse outro pernambucano que iluminou minhas tentativas por uma Argentina sem fome, sem violência nem dominação. O que brilha com luz própria não precisa de artifício. Brilha e ponto.

Paulo Freire e Lula. Brasil. Eu sou o que eu faço. Eu sou essas palavras que vão adiante iluminando meu caminho. Faço parte dessa vasta humanidade que não se dobrou, não se quebrou, não se perdeu. Uma semente me servirá, lemos nas Escrituras. Agora eu sei que é verdade. Adiante!

Por que eu voto em Lula-Alckmin?

Por Henriqueta Camarotti*

Queridos e queridas, Terapeutas Comunitários e simpatizantes da causa: Por que eu voto em Lula-Alckmin?

Vivemos um momento singularmente difícil em nosso país. Como Terapeutas Comunitários, creio que temos responsabilidades especiais neste caso, um tanto diferentes daquelas que assumimos quando coordenamos grupos de TCI. Refiro-me à necessidade de nos posicionarmos, como cidadãos, frente ao momento atual. Assim eu, Henriqueta Camarotti, acima de tudo cidadã, mas também médica e Terapeuta Comunitária não poderia deixar de me manifestar neste momento tão importante para o destino do povo brasileiro. Assim, vejamos alguns fatos atuais, não meras opiniões minhas ou de alguma outra pessoa, que demonstram, sem sombra de dúvida, que nosso país vem caminhando, nos últimos quatro anos, literalmente para o fundo do poço, em todos os setores, mas principalmente naqueles dos quais dependem a segurança, a saúde, a educação e o bem-estar de nossa gente.

1- Na saúde, ocorreu abandono total e irresponsabilidade por parte do governo federal e seus aliados com a pandemia de Covid, acarretando não só catastróficas centenas de milhares mortes, como também atraso e cancelamento de cirurgias, tratamentos de câncer, controle de doenças crônicas, cuidados a crianças em estado de risco, além de desmobilização social nas vacinações, precarização da atenção em saúde mental, gerando um estado de  autêntico caos na saúde pública e forte desinvestimento no SUS, como nunca visto até então.

2- Na educação, ausência de projetos de melhoria e intenso corte de verbas, levando ao sucateamento de escolas, queda da oferta de vagas para crianças e jovens, abandono por parte de jovens estudantes, desestímulo aos professores, além de militarização das escolas, com a atenção em tempo integral abandonada como projeto de governo, em troca da militarização e do incentivo ao desacreditado home-schooling, fazendo com que, na prática, as crianças fiquem na rua ou entregues aos programas sensacionalistas ou violentos de TV, enquanto os pais estão trabalhando para ganhar minimamente para seu sustento.

3- Na área social, volta da fome, retornando o país a uma situação de décadas atrás, com favelamento, aumento de moradores de rua e precarização cada vez maior da vida nas cidades e no campo.

4- Na segurança individual e pública, índices de criminalidade crescentes, com o crescimento do fenômeno das milícias, das execuções sumárias, da arbitrariedade e da violência policial, além do terror gerado por indivíduos fora da lei nas comunidades mais pobres.  Aumento da violência com mulheres e crianças e crescente aumento da violência nas ruas.

5- Nos costumes e relações sociais, manifestações e incentivos, por parte de certas autoridades, a atitudes de preconceito, ódio, desrespeito às mulheres e aos diferentes em termos religiosos, raciais, étnicos, regionais e de classe social.

Por estas e outras razões, que são hoje de conhecimento amplo da sociedade e que só não vê quem ficou cego e surdo aos anseios da sociedade, é que comunico aos meus amigos e amigas, em especial à valorosa turma de propagadores da Terapia Comunitária Integrativa, venho de público MANIFESTAR MEU VOTO, NO DIA 30 PRÓXIMO EM  LULA e ALCKMIN, porque vejo nisso a única forma de evitar ou pelo menos atenuar a verdadeira interrupção e mesmo destruição de um processo civilizatório, que mesmo com dificuldades diversas, vinha sendo empreendido no nosso país.

Chega de mentiras, de violência, de desrespeito aos diferentes, de truculência, de fazer com que nós brasileiros continuemos a passar vergonha perante outros povos.

*Neuropsiquiatra , homeopata, gestalt terapeuta e terapeuta comunitária. Criadora da abordagem Terapia Transessencial.

Papa ao Movimento Equipes de Nossa Senhora: sejam jovens com asas e raízes

Por Jane Nogara

“Jovens com asas para voar, sonhar, criar, e com raízes para receber dos mais idosos a sabedoria que eles dão”. No encontro o Papa refletiu sobre as três palavras que compõem o nome do grupo: Nossa Senhora e jovens. O encontro foi realizado neste sábado, 6 de agosto no Vaticano

Na manhã deste sábado (06) o Papa Francisco recebeu as jovens do Movimento Católico “Equipes de Nossa Senhora” em audiência no Vaticano. O Papa iniciou afirmando: “Vocês queriam ouvir, dos meus lábios, que a santa Mãe Igreja ama e conta com cada um de vocês. E assim é! A Igreja ama o que Jesus amou”. E disse que gostaria de refletir um pouco sobre as três palavras que compõem o nome do grupo: equipe, Nossa Senhora e jovens.

Equipe

“Vocês vivem a experiência de equipe, de grupo – disse o Pontífice -. Isto é um dom, não é um dado adquirido! Fazer parte de uma comunidade, de uma família de famílias que transmite uma fé vivida é um grande dom! Ninguém pode dizer: ‘Salvo-me sozinho’. Estamos todos em relação, para aprender a fazer equipe. Deus quis entrar nesta dinâmica de relações e atrai-nos a si em comunidade, dando à nossa vida um sentido pleno de identidade e de pertença”.

“Não tenham medo de se abrir, de correr riscos; e não tenham medo dos outros”

O Papa recordou que embora existam abusos, mentiras e traições, o problema não é se defender dos outros, mas a preocupação deve ser a de defender as vítimas. “Neste tempo do virtual e da consequente solidão em que se deixam cair muitos dos seus coetâneos, vocês escolheram crescer em equipe. Sigam em frente, construam pontes, joguem em equipe!”

Nossa Senhora

O segundo componente é Nossa Senhora. “Como se lê no Preâmbulo dos Estatutos,  – afirmou – vocês são jovens que ‘se caracterizam por uma forte devoção a Nossa Senhora, com o consequente desejo de, ao seguir o seu exemplo e colocando-se sob a sua maternal proteção, compreenderem o lugar privilegiado de Maria, no Mistério de Cristo e da Salvação’. E assim é!”.

“Quando se acolhe Maria, a Mãe, na própria vida, nunca se perde o centro, que é o Senhor. Porque Maria nunca aponta para si mesma, mas para Jesus e para os irmãos”

“Encorajo todos vocês a viver numa consagração diária à Virgem Maria e Ela ajudará a crescer em equipe, partilhando os dons recebidos em espírito de diálogo e mútuo acolhimento”.  Recordando a Jornada Mundial da Juventude de 2023, o Papa disse:

“Aqui, entre vocês, há vários jovens portugueses! Levantar-se para servir, sair para cuidar dos outros e da criação: estes são valores típicos dos jovens. Exorto todos a praticá-los enquanto se preparam para a JMJ de Lisboa”.

Os Jovens

Em seguida ao falar sobre a terceira palavra: os jovens Francisco afirmou:

“O futuro é dos jovens. Mas – atenção! – jovens com duas qualidades: jovens com asas e jovens com raízes. Jovens com asas para voar, sonhar, criar, e com raízes para receber dos mais idosos a sabedoria que eles dão”

Francisco recordou a todos para que se perguntem: “como estão as minhas asas? O meu olhar volta-se para baixo, dobra-se sobre mim mesmo, ou sei olhar para o alto, para o horizonte? No meu coração abundam sonhos, projetos, grandes desejos, ou abundam lamentações, pensamentos negativos, julgamentos e preconceitos?” E se referindo às raízes: “como estão as minhas raízes? Penso que o mundo começa comigo ou sinto-me parte de um grande rio que percorreu um longo caminho? Se tenho a felicidade de ainda ter avós, como me relaciono com eles? Falo com eles? Sei ouvi-los? Peço-lhes, por vezes, que me contem algo de importante sobre a sua vida? Valorizo a sua sabedoria?”.

Por fim o Santo Padre saudou os adultos, casais e sacerdotes assistentes que estavam presentes:

“Para os jovens presentes vocês são testemunhas, com humildade e simplicidade. Testemunhas do amor a Cristo e à Igreja, testemunhas da escuta e do diálogo, testemunhas do serviço desinteressado e generoso, testemunhas da oração”.

Fonte: Vatican News

(06/08/2022)