A mensagem incluía várias situações deste tipo. Não pode ter sido por acaso, que estas palavras me tocaram tanto. Estava passando por uma situação de cuidados em saúde na família, o que me deixava bastante vulnerável. E, não tenho por que esconder, também algo queixoso, face a restrições necessárias impostas por estas situações.
As palavras da mensagem enviada pelo Pe. Reale, tiveram (e tem) a virtude de me devolver para uma sensação de realidade com relação ao mundo em que vivo. Se não posso comer uma determinada comida, penso nos que não tem comida alguma para pôr na boca. Isto me repõe num patamar de inclusão com relação aos meus semelhantes. Saio de algum tipo de distanciamento em que possa ter caído.
Penso como algumas palavras oportunas que nos chegam podem nos fazer muito bem, por nos devolver um senso de realidade, uma sensação de integração ao mundo em volta. Acredito muito em palavras breves e simples, sobre tudo simples, que por não serem discursivas nem terem uma intenção de convencer ou doutrinar, fluem como o vento, vem e vão sem tentar impor comportamentos.
Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/