Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/
Projeto da Regional do Gama propõe política de saúde integrativa e envolve educadores e terapeutas
Alguns meses depois da realização do curso de prática em Terapia Comunitária Integrativa (240h), em parceria com a Secretaria de Saúde (SES-DF) e a Universidade de Brasília (UnB), professores do primeiro grupo de docentes da Coordenação Regional de Ensino (CRE) do Gama formados na prática integrativa de saúde se reuniram esta semana para o primeiro encontro da turma apelidada de Florescer. Na segunda (15), o Centro Educacional (CED) Gesner Teixeira do Gama foi palco de uma sessão de TCI.
Na roda de conversa, houve espaço para falas importantes, mas também para momentos de descontração com música. Tudo isso para proporcionar um ambiente acolhedor para os educadores cuidarem da saúde mental de maneira coletiva, e também para discutirem a aplicação das práticas terapêuticas juntamente à comunidade escolar como um todo.
O encontro aconteceu dentro da escola, conhecido como Espaço ComVida, que existe desde 2018. O local é um marco representativo no avanço do desenvolvimento de políticas e de espaços de acolhimento para educadores e para a comunidade escolar, sendo o primeiro espaço na articulação do projeto de implementação das TCIs.
As sessões são adoradas por toda a comunidade do CED Gesner Teixeira, que se orgulha da conquista dessa possibilidade terapêutica coletiva. “A terapia comunitária é uma ferramenta importante na construção da cultura de paz dentro de nossas escolas, pois permite a escuta e a fala. É um lugar onde as dores e alegrias são partilhadas”, afirma Leila Cunha de Albuquerque, uma das idealizadoras do espaço ComVida.
Uma das idealizadoras do espaço ComVida, Leila Cunha de Albuquerque (meio), destaca a TCI como ferramenta para promover a cultura de paz | Foto: Felipe de Noronha, Ascom/SEEDF.
A sessão foi realizada entre muitos terapeutas e ao final foi aberta uma discussão sobre ampliação, melhorias e desafios da prática terapêutica. Os terapeutas-educadores atuam há dois anos em 10 escolas e, quando necessário, contribuem com outras unidades escolares da Regional do Gama.
Ao todo, 26 professores e orientadores formados em Terapia Comunitária Integrativa fizeram um curso de 240 horas e se formaram no final do ano passado. Um deles é o professor e terapeuta comunitário Jairo Mendonça. “A importância das TCIs é acolher e abrir um espaço de escuta sensível aos alunos. A partir do compartilhamento dos problemas, é possível buscar soluções”, comenta.
Terapia Comunitária
O professor e terapeuta comunitário Jairo Mendonça toca violão em um dos momentos da sessão da TCI | Foto: Felipe de Noronha, Ascom/SEEDF.
Entendida como prática integrativa em saúde, a TCI é uma metodologia inovadora que atua na melhoria sistemática da saúde dos encolvidos promovendo um ambiente acolhedor de partilha de angústias e alegrias. É um momento regado a muita cultura e, para além do diálogo, propõe uma abordagem cultural onde há espaço para música, cânticos populares e danças.
A prática integrativa de saúde é reconhecida pelo Ministério da Saúde como uma estratégia psicossocial. Em espaço democrático de expressão e de respeito, a metodologia propõe quatro pilares fundamentais, que funcionam como regras:
1º regra: Sempre falar na primeira pessoa. É importante preservar o aspecto narrativo e se incluir como personagem vivo das discussões.
2º regra: Silêncio. Além da fala, é fundamental a escuta.
3º regra: Não julgar ou dar conselhos. Cada experiência e relato deve ser respeitado.
4º regra: Sempre envolver na roda música e cultura.
Fonte: Secretaria de Educação do Distrito Federal. Assessoria de Comunicação.
Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/
Difícil não ceder à tentação de celebrar esta longa trajetória de construção coletiva que é esta revista
Posso ver na tela da minha mente com nitidez e detalhe lugares onde estive e desde os quais, fosse em atividades familiares ou comunitárias, frequentemente entrelaçadas,
Trocava umas palavras com este meu já velho amigo Gustavo Barreto, criador de Consciência
Fazendo juntos, somando, ganhando fôlego, não desistindo
Calçando sob os pés um grãozinho de esperança que permitisse prosseguir mais um pouco, mais um passo
Daí nesta tarde, neste exato momento, me permitir agradecer a persistência e integridade que nos guiam
Bem como apostar ainda mais num horizonte libertador que continue e nos animar na direção do mais alto!
Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/
Ao todo, serão investidos nos próximos anos US$ 10 bilhões para a conclusão de cinco rotas de integração e desenvolvimento, conectando não só os países-membros (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Venezuela e Bolívia), mas outras nações do continente, como Chile, Peru, Guiana e Guiana Francesa.
Essas rotas serão constituídas de estradas, ferrovias, pontes, hidrovias e aeroportos que tornarão muito mais veloz e eficaz o deslocamento de pessoas e produtos, fortalecendo o agronegócio, a indústria e o setor de turismo de toda a região.
As obras que serão responsabilidade do Brasil serão executadas dentro de um projeto batizado de Novo PAC Integração.
Lula: “Juntos somos mais fortes”
“Estamos nos aproximando de realizar o sonho da integração Atlântico-Pacífico”, resumiu Lula, ao se reunir, um pouco antes do anúncio, no Museu do Amanhã (Rio de Janeiro), com os demais presidentes do Mercosul.
O encontro marcou tanto a transmissão da presidência, que estava com o Brasil, para o Paraguai quanto a adesão da Bolívia, que participou de seu primeiro encontro como membro, o que foi saudado por Lula.
“A entrada da Bolívia é uma conquista muito importante para o Mercosul, que passa a contar com 283 milhões de pessoas e o PIB de US$ 4,8 trilhões. Por isso, temos sempre de ter a ideia, independentemente de quem estiver na Presidência dos nossos países, de que juntos somos mais fortes”, disse o presidente.
O financiamento para a conclusão das cinco rotas virá do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento), do CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina) e do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que assegurarão U$ 3 bilhões cada um. Já o Banco de Desenvolvimento (Fonplata) disponibilizará US$ 1 bilhão.
Mercadante: “Mais comércio, turismo, emprego e renda”
Coube ao presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, explicar a importância do projeto. Ele começou lembrando que, para o Brasil, o mercado sul-americano é hoje mais importante que o dos Estados Unidos. E o latino-americano tem mais relevância que o da União Europeia.
Isso porque, enquanto o país exporta US$ 35,8 bilhões para os países do continente, as vendas para os Estados Unidos somam US$ 28,7 bilhões. Quando se considera toda a América Latina, as exportações brasileiras alcançam US$ 45,4 bilhões, valor superior aos US$ 42,1 bilhões comprados pela União Europeia.
“Portanto, faz todo o sentido fazermos esse investimento”, argumentou Mercadante. “Se tivermos mais logística, com mais estradas, mais ferrovias, mais pontes, mais integração energética, mais fibra ótica conectando a região, teremos mais serviços, mais comércio, mais turismo, mais emprego, mais renda para toda a região”, completou.
Tebet: agronegócio ganhará muito
O Ministério do Planejamento deve fazer uma apresentação detalhada das cinco rotas de integração nesta sexta-feira (8). Mas a ministra Simone Tebet já antecipou alguns dos benefícios que esse projeto trará para a economia brasileira, em particular para o agronegócio.
Uma das rotas, por exemplo, que ligará Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraguai e Chile, fará com que a produção agrícola de diversos estados brasileiros leve 20 dias a menos para chegar até o Oceano Pacífico, de onde segue para o mundo. “Isso é aumentar nossa competitividade”, comemorou a ministra.
A Comissão Nacional do G20 é coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores em conjunto com o Ministério da Fazenda e o Banco Central (BC). Cabe ao colegiado, entre outras atribuições, organizar e facilitar as atividades dos 15 grupos de trabalho que discutirão os mais variados temas de relevância internacional.
A reunião no Planalto contou com a participação de ministros do governo, do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Missão
Na presidência do G20, o Brasil será responsável, entre outras ações, por preparar a cúpula de líderes que vai acontecer no Rio de Janeiro em novembro do próximo ano. Segundo Lula, “possivelmente o mais importante evento internacional que o Brasil vai assumir a responsabilidade de coordenar”.
“Uma reunião que eu espero que ela possa tratar dos assuntos que são os assuntos que nós precisamos parar de fugir e tentar resolver os problemas”, disse Lula, ao citar as prioridades do mandato brasileiro no G20: inclusão social e combate à fome e à pobreza; transição energética e desenvolvimento sustentável; e reforma da governança global. “Não é mais humanamente explicável, em um mundo tão rico, com tanto dinheiro, a gente ter tanta gente ainda passando fome”, lamentou o presidente.
A respeito da transição energética, necessária para o enfrentamento da crise climática, Lula reafirmou que o Brasil está na vanguarda mundial, o que dá ao país grandes oportunidades de atrair investimentos.
“Essa transição energética se apresenta para o Brasil como a oportunidade que nós não tivemos no século XX e temos no século XXI, de mostrarmos ao mundo que quem quiser utilizar energia verde para produzir aquilo que é necessário à humanidade, o Brasil é o porto seguro para que as pessoas possam vir aqui fazer os seus investimentos e fazer com que esse país se transforme num país definitivamente desenvolvido”, ressaltou.
Sobre a necessidade de reforma da governança global, o presidente voltou a criticar instituições como o Banco Mundial (Bird) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
“Não é possível que as instituições de Bretton Woods, o Banco Mundial, FMI e tantas outras instituições financeiras continuem funcionando como se nada estivesse acontecendo no mundo, como se estivesse tudo resolvido. Muitas vezes, instituições emprestam dinheiro não com o objetivo de salvar o país que está tomando o dinheiro emprestado, mas para receber o pagamento da dívida, não para produzir um ativo produtivo, uma demonstração de que não há contribuição para salvar a vida dos países”, afirmou.
“Nós estamos vendo o que aconteceu na Argentina, nós estamos vendo o continente africano com 800 bilhões de dólares de dívida e que, se não houver uma rediscussão de como fazer financiamento para os países pobres, a gente não vai ter solução. Os ricos vão continuar ricos, os pobres vão continuar pobres, e quem está com fome vai continuar com fome. Então nós queremos aproveitar o [mandato do] Brasil e fazer essa grande discussão”, prosseguiu Lula.
Outras novidades anunciadas pelo presidente são o lançamento de uma iniciativa voltada à bioeconomia e a instalação de um grupo de trabalho sobre empoderamento das mulheres, para a implementação das decisões adotadas na cúpula de líderes de Nova Delhi.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ressaltou que a presidência brasileira do G20 será uma ocasião ímpar para projetar uma imagem renovada do Brasil e apresentar uma visão de liderança em termos de cooperação internacional e no debate das grandes questões econômicas e sociais.
Segundo ele, será uma das principais prioridades da política externa brasileira ao longo dos próximos 12 meses. “Se o ano de 2023 marcou o retorno do Brasil ao mundo, o ano de 2024 será o ano em que o mundo voltará ao Brasil”, afirmou o chanceler.
Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/