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Lula: “Temos que discutir responsabilidade social, não só fiscal”

Lula recebe propostas elaboradas por movimentos populares e afirma: “É preciso parar de dizer não ao povo trabalhador”

Lula defendeu, nesta sexta-feira (27), durante encontro com movimentos populares em São Paulo, um governo que não se preocupe apenas com responsabilidade fiscal, mas que tenha compromisso principalmente com a responsabilidade social.

“É preciso parar de dizer não ao povo trabalhador, ao povo sofrido, aos que querem casa, educação, saúde, saneamento básico, água potável, respeito aos direitos humanos. Ao invés da gente ficar discutindo responsabilidade fiscal para garantir dinheiro a banqueiro, nós temos que discutir responsabilidade social para pagar a dívida com o povo trabalhador”, defendeu.

O ex-presidente acrescentou que, se voltar a governar o Brasil, quer mostrar que o Estado tem sim condições de atender aos direitos da população. “A única razão pela qual temos interesse de disputar a eleição é a gente poder provar que o Estado brasileiro pode atender e tratar vocês com a dignidade que o movimento social e o povo trabalhador precisa.”

A construção desse país mais justo, no entanto, exige muita luta, ressaltou. Por isso, Lula afirmou que os movimentos sociais jamais devem parar de reivindicar, esteja quem estiver no governo.

“O que eu quero com vocês é um compromisso: se a gente voltar a governar este país, nós vamos precisar do apoio de vocês para fazer o que precisa ser feito. Mas o compromisso de vocês não é só com o governo, é com o povo que vocês representam. Não é ceder ao governo e deixar de brigar pelas coisas que vocês acreditam”, defendeu.

Lula lembrou que, quando era presidente, nunca pediu ao movimento sindical para não fazer uma greve. “E quero dizer a vocês: sem vocês reivindicarem, sem vocês escreverem o que vocês desejam, sem vocês aporrinharem a nossa vida, cobrando todo dia, a gente não faz o que precisa ser feito. Então, não se incomodem de cobrar”, disse.

O ex-presidente também convidou a todos os presentes a manifestarem apoio e solidariedade ao candidato a presidente da Colômbia Gustavo Petro, fundador do Movimento Colômbia Humana, que às vésperas das eleições do próximo domingo vem sofrendo constantes ameaças de morte (veja no vídeo abaixo o discurso de Lula logo após todos os presentes gravarem uma mensagem ao povo colombiano).

Movimentos Populares entregam propostas para Lula

União de movimentos, partidos e centrais sindicais

No encontro, Lula recebeu um conjunto de propostas para a recuperação social e econômica do Brasil, elaborado por 87 entidades. Antes do evento, ele se reuniu com Geraldo Alckmin e Fernando Haddad, respectivamente pré-candidatos a vice-presidente e a governador de São Paulo.

Alckmin falou ao público antes de Lula e celebrou a iniciativa e afirmou que é com o diálogo com o povo que se constrói um programa de governo popular e democrático. “Já foi dito que nada segura a ideia a que chegou o seu tempo. Chegou o tempo do emprego, do salário mínimo valorizado, da saúde pública melhor, da esperança. Chegou o tempo de Lula”, disse.

Veja a íntegra do documento com as propostas dos movimentos populares

A presidenta nacional do Phttps://pt.org.br/wp-content/uploads/2022/05/superar-a-crise-e-reconstruir-o-brasil-3.pdfT, Gleisi Hoffmann, celebrou a união dos principais movimentos populares do país em torno da pré-candidatura de Lula e lembrou que unidades semelhantes foram construídas pelas centrais sindicais e pelos partidos de oposição que integram o movimento Vamos Juntos pelo Brasil – PT, PCdoB, PV, PSB, Psol, Rede e Solidariedade, dos quais diversas lideranças estavam presentes.

“Não julgo que este será apenas um processo eleitoral, mas uma luta pela salvação do Brasil, contra a desgraça, contra a destruição que está acontecendo. Este é um grande e forte movimento em defesa do Brasil e do povo brasileiro”, definiu Gleisi.

“Nossa grande tarefa é retomar um projeto nacional de desenvolvimento, de direitos e de soberania”, disse Raimundo Bonfim, coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP), que, junto a Nalu Faria, da Marcha Mundial de Mulheres, entregou o documento com as propostas das entidades a Lula.

No evento, estavam presentes entidades, como a União Nacional por Moradia Popular (UNMP), União Nacional dos Estudantes (UNE), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Associação Nacional das Travestis e Transexuais (Antra), Movimento Negro Unificado (MNU), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e muitas outras, representando trabalhadores, estudantes, negros, mulheres, população LGBTQIA+, indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência, pessoas em situação de rua, povos da floresta e diversos outros segmentos sociais.

Assista à íntegra do evento:

Fonte: PT

(27/05/2022)

Ipespe: Haddad lidera pesquisa para governador e chega a 38% com apoio de Lula e Alckmin

Ex-prefeito e ex-ministro tem preferência do eleitor em três cenários

O ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) lidera a disputa pelo governo do estado, de acordo com a pesquisa Ipespe divulgada nesta sexta-feira (18). O levantamento mostra que o petista chega a 38% das intenções de voto se sua candidatura for apoiada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido).

No primeiro cenário, a pesquisa mostra o Haddad com 20% das intenções de voto, empatado com Alckmin, que tende a abandonar a corrida ao estado para ser vice de Lula na eleição presidencial. Na sequência, aparecem Márcio França (PSB), com 12%, Guilherme Boulos (Psol), com 10%, e Tarcísio de Freitas e Rodrigo Garcia (PSDB), com 7% cada.

Em simulação de cenário sem Alckmin, mas com o PSB lançando candidato, Haddad aparece com 28%, seguido por França, com 18%. Boulos, com 11%, fica em terceiro, seguido pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (candidato de Bolsonaro), com 10%, e Rodrigo Garcia, com 5%. Mas quando se exclui a candidatura de Márcio França da disputa, Haddad chega a 33% da preferência do eleitor.

 

Influência do apoio de Alckmin maior que a de Lula, segundo a pesquisa Ipespe, favorece tanto Haddad em São Paulo quanto a tese do ex-presidente pela aliança em uma chapa para presidência

Corrida à Presidência

Ainda segunda a pesquisa Ipespe realizada em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera a corrida presidencial com 34% das intenções de voto no estado. O petista tem vantagem contra Jair Bolsonaro (PL), que tem o apoio de 26% dos paulistas. Já o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) conta com a preferência de 11% dos eleitores do estado, e Ciro Gomes (PDT), 7%.

Além disso, em simulações de segundo turno, Lula também vence todos seus adversários no estado. Contra Bolsonaro, a vitória seria por 46% a 34%. Se enfrentasse Moro, ganharia com 46% a 33%. Caso o governador João Doria (PSDB) passasse do primeiro turno, o petista teria a preferência de 47% dos eleitores, ante 26% do tucano.

A pesquisa também questionou o índice de popularidade de Bolsonaro e Doria. O governador de São Paulo possui avaliação positiva de apenas 24% dos paulistas, enquanto 38% consideram sua gestão regular e outros 36%, péssima. Já Bolsonaro, é considerado bom para 24% dos eleitores e ruim para outros 56%. Consideram regular a gestão federal outros 19%.

O levantamento realizado entre segunda e quarta-feira (14 a 16) ouviu mil pessoas por telefone. A pesquisa está registrada nos sistemas do TSE sob o código BR-08006/2022. O nível de confiança é de 95,45%, e a margem de erro estimada é de 3,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Confira íntegra da pesquisa Ipespe para governo de São Paulo

Fonte: Rede Brasil Atual

VOTO NULO É OBRIGATÓRIO NA ELEIÇÃO PAULISTANA

Há posicionamentos díspares no PSOL sobre se os filiados devem votar nulo ou praticar o voto útil neste domingo.

 Como não falo pelo partido nem me considero suficientemente informado sobre o quadro nacional, vou opinar somente sobre o contexto paulistano.

 José Serra iniciou, como governador, a montagem de um embrião de estado policial no Estado e na cidade de São Paulo, transformados num verdadeiro laboratório de testes de fórmulas fascistizantes; votar nele é impensável.

 

Fernando Haddad não se propôs, como candidato, a lutar contra tal escalada autoritária, nem assumiu o compromisso de exonerar imediatamente os 30 subprefeitos (de um total de 31) que são oficiais da reserva da Polícia Militar; votar nele é inútil, pois quem faz  campanha de consumo  governa como  prefeito do sistema, não como prefeito ideologicamente coerente.

O PT hoje é um partido reformista. Quer apenas atenuar os malefícios do capitalismo, tendo abdicado de fazer a revolução.

Então, quem considera que o capitalismo esgotou sua função histórica e se tornará cada vez mais nocivo, desumano e exterminador nesta fase terminal, não tem motivo nenhum para apoiar os que se propõem a prolongar sua agonia, ao invés de dar-lhe um fim.

Os autênticos seguidores de Marx ou Proudhon não podem, portanto, optar nem pelo voto impensável, nem pelo voto inútil. Têm de votar NULO!