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“Todo torcedor do América não é bom da ideia (…) É como uma religião. Tenho muito orgulho de ser América”:

“Todo torcedor do América não é bom da ideia”. E vale a pena? “Entra aquele exército vermelho, eu acho chocante. Acho demais. Muita emoção quando entra em campo”. Tia Ruth: “É como uma religião. Tenho muito orgulho de ser América”.

Eis um belo documentário sobre a paixão pelo primeiro campeão do Estado da Guanabara, “Unido Vencerás” (2002). Dica da amante da cultura popular @alinecarvalho

[ Direção, fotografia, edição e som: Pedro Asbeg. Sinopse: O que há de mais valioso para um clube de futebol? Seus títulos, sua tradição, seus craques? 90 minutos são suficientes para percebermos que, para o América Futebol Clube, sua maior riqueza são os seus torcedores, apaixonados e fiéis. ]

Jogador de futebol também é gente

Mais uma vez um jogador do Flamengo se meteu em confusão nesta semana. Willians, que é titular do time, estava com amigos no restaurante Rei do Bacalhau, na rodovia Washington Luiz, em Duque de Caxias, quando começou um tumulto envolvendo sua noiva.

O jogador foi arrastado para fora do estabelecimento por volta das 4h da madrugada por um segurança, que lhe deu uma gravata. Seus amigos reagiram e começou uma confusão. O volante tentou apartar a briga e pedia calma, em vão. Ninguém ficou ferido e não foi registrada ocorrência policial.

Antes, Adriano (atacante), Bruno (goleiro), Léo Moura (meia) e Vágner Love (atacante) já haviam entrado em polêmicas envolvendo mulheres e amigos suspeitos de fazer parte do tráfico de drogas (o que não era novidade). As investigações devem ser feitas, até porque os jogadores do Flamengo não estão acima (nem abaixo) da lei.

É preciso pensar além dos preconceitos. Contextualizar esta questão.

Fatores culturais

Os jogadores de futebol possuem, quase sempre, duas características socioeconômicas idênticas. Eram pobres e agora são ricos. Estamos falando, portanto, das condições sociais e econômicas. Em termos sociais: moravam em áreas pobres, com pouco acesso a cultura, educação e saúde, por exemplo. Em termos econômicos: eram pobres. Sem grana.

Com isso, sem que a maioria das pessoas perceba, naturaliza-se uma terceira característica: todos ficaram ricos muito rapidamente. Se em suas infâncias viveram em um contexto de violência social, com vinte e poucos anos vivem em uma situação de tranquilidade econômica. Essa passagem é, em si, uma forma de violência cultural.

Como lidar com essa questão? As famílias destes jogadores, se desestruturadas, não puderam dar condições para que o futuro profissional coloque os valores humanistas acima de valores condenáveis pela sociedade.

É o caso do goleiro Bruno, que declarou ser normal, na visão dele, bater em mulher. Bruno é uma referência hoje, daí a reação da imprensa. Mas iguais a Bruno existem milhares de homens, Brasil afora, que nunca tiveram melhor referência e, por isso, fazem tal juízo.

A violência contra as mulheres não é um problema do goleiro do Flamengo: trata-se de um problema nacional. A imprensa popular prefere julgar Bruno, o ser humano, em vez de utilizar sua frase infeliz para ampliar o debate sobre o papel das mulheres na nossa sociedade. É uma opção clara, moralista, que não ajuda em nada. Em nada mesmo.

Nem sequer Patricia Amorim, que é uma mulher forte e segura de si, aceitou o clima dos últimos dias. A presidente do Flamengo afirmou que foi exagerada a reação da imprensa. “Todas as coisas que aconteceram devem ser divulgadas, porque são jogadores, são referência. Mas existe um exagero sem dúvida nenhuma”.

“Não temos como proibir que eles voltem ao lugar de onde vieram”, completa Michel Assef Filho, advogado do clube. “Já perdi muitos amigos na criminalidade, mas nunca usei drogas. Não vou deixar minhas origens e minhas raízes”, reafirmou Vágner Love.

Questão de classe

Aqui encontramos também o preconceito de classe, claro. Esse existe, está vivo e qualquer jornalista sério sabe disso. Ainda persiste a apresentação da favela como um lugar do crime é estampada nos jornais, em descrições racistas como “Morro da Chatuba: refúgio de bandidos expulsos das favelas da Zona Sul” (Veja Rio, mar/2010).

A ligação de jogadores de futebol com o tráfico deve ser investigada, reafirmo. Muitas vezes, pode até ser legal (frequentavam o mesmo espaço, por exemplo), mas os jogadores precisam entender que não fortalece suas comunidades. Não é por meio da liderança do tráfico de drogas que o Rio de Janeiro se tornará menos violento, isso está claro.

A grande hipocrisia, no entanto, está em sugerir que são os jogadores de futebol (e, principalmente, do Flamengo) os maiores incentivadores do tráfico no Rio, como está parecendo pela leitura das revistas semanais. Conforme apontou Renato Prata Biar, em artigo recente, os atores Marcelo Anthony e Fábio Assunção também se envolveram com drogas e com traficantes de drogas. “No entanto, o tratamento que receberam foi do tipo que é dispensado às pessoas doentes, com problemas psicológicos, que precisavam de ajuda, carinho e compreensão”, anota o articulista. Vagner Love, Adriano e os demais jogadores do Flamengo nunca foram pegos usando drogas, é bom destacar. E também são humanos.

Além disso, todos sabem muito bem que a Zona Sul está repleta de “drogados”, pessoas que fazem uso de drogas ilícitas, abastecendo amplamente as redes de narcotráfico na cidade. Recomendo fortemente a leitura do artigo de Renato Prata Biar, na edição online do Fazendo Media (clique aqui).

O que falta, na verdade – para os atores da Globo, por exemplo, mas principalmente para os jovens jogadores – é orientação. De fato, na falta da família, é urgente que o clube, que na maior parte das vezes pega o garoto com 12, 13 anos, se responsabilize pelo crescimento intelectual do jogador, de seu aperfeiçoamento cultural e de aconselhamento financeiro. Registrando que, evidentemente, este é um problema que começa com a ausência deste diálogo no próprio ensino fundamental.

Exatamente por não serem heróis, os profissionais do mais importante esporte nacional precisam desse apoio, sem o qual continuarão a serem explorados de modo irresponsável pela imprensa.

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GOLAÇO DO CORINTHIANS

No início da semana, a diretoria do Corinthians assina acordo de cooperação com o programa “Começar de Novo”. O projeto, do Poder Judiciário, capacitará detentos e egressos do sistema penitenciário para inserção no mercado de trabalho.

No Parque São Jorge, adolescentes em conflito com a lei, detentos e egressos poderão usar as dependências alvinegras para a prática esportiva. O acordo foi selado em parceria com o Conselho Nacional de Justiça, com o Tribunal de Justiça de São Paulo e com a Fundação Casa.

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WOODS, ASTRO DO… PÔQUER?

Veja que curioso: o jogador de golfe Tiger Woods, astro mundial recentemente envolvido em problemas pessoais por conta de um caso de infidelidade conjugal, recusou uma oferta de US$ 75 milhões (R$ 134 milhões) por cinco anos para se tornar jogador profissional de pôquer.

Woods não aceitou a oferta para se tornar garoto-propaganda do site Paddy Power, de acordo com o jornal espanhol Marca. É bom lembrar que, após os problemas acima descritos, Woods perdeu grande parte de seus patrocinadores.

A empresa de telecomunicações norte-americana AT&T, antiga patrocinadora, não irá mais estampar sua marca na bolsa de golfe do desportista, quando este voltar ao Masters. Ele poderia usar a logomarca da Nike, sua fornecedora de material esportivo, mas estampará apenas a sigla TW, em alusão ao seu nome. A empresa de consultoria tecnológica Accenture e a Procter & Gamble, fabricante da Gillette, também deram fim ao contrato com o golfista.

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FÓRMULA 1: CURIOSIDADE ÁRABE

Fernando Alonso foi o grande vencedor do GP de Bahrein, com o tempo de 01h39. Felipe Massa ficou em segundo, a 16s, e Lewis Hamilton chegou em terceiro, a 23s. A próxima etapa será em Melbourne, dia 28.

Bahrein é um pequeno estado insular do Golfo Pérsico, com fronteiras marítimas com o Irã (nordeste), Qatar (leste) e Arábia Saudita (sudoeste). Antiga colônia inglesa, sua capital é Manama.

Trata-se de uma monarquia absolutista, com um primeiro-ministro e um gabinete integralmente apontados pelo Monarca. O atual primeiro-ministro (que é o mesmo desde 1971), bem como a totalidade do gabinete, são da família real.

Da Venezuela, onde há eleições reconhecidas pela União Europeia e referendos consultivos, a imprensa adora falar mal, chamar de ditadura, essas coisas. Já no Bahrein pode.

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BRASIL NO SUL-AMERICANO

Do Globo.com: Juliana Veloso comandou o Brasil no primeiro dia dos saltos ornamentais dos Jogos Sul-Americanos de Medellín. Ela conquistou a prata no trampolim de 1m, e Milena Canto ficou com o bronze na prova. O Brasil levou outras duas medalhas, com Ian Matos no trampolim de 3m, e com ele e Rui Marinho no de 3m sincronizado.

Esta coluna dá os parabéns pela conquista.

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Pela Taça Rio, o Vasco perdeu para o tradicional Olaria e deu chances para que o América chegue ao segundo lugar do grupo B. Apenas dois se classificam para as semifinais da Taça Rio.

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Olimpíada dos Infernos 2016

Foram fortes as chuvas neste sábado, no Rio de Janeiro, deixando cinco pessoas mortas.

Infelizmente, a conta não deve ir só para a chuva. Uma cidade que pretende abrigar Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas (2016) não pode se dar ao luxo de não oferecer o básico em infraestrutura para sua população. Eu mesmo, por exemplo, fiquei preso por 2 horas na enchente, dentro do 433, enquanto tocava “a noite vai ser boa/de tudo vai rolar” no rádio. Pior: o motorista balançando o ônibus e gritando: “Olha a onda! Olha a onda!”

Se Deus existe, Ele é um fanfarrão.

Com isso inauguramos as modalidades de nado sincronizado, natação (100 metros) e tiro ao alvo.

Com grande ineditismo, no entanto, surgiram cinco novas provas: natação 2 mil metros (pra chegar em casa), remo de rua, engarrafamento aquático, esqui no esgoto e tiro no escuro.

Parabéns ao prefeito e ao governador! Viva o Rio!

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FOFOCA POUCA É BOBAGEM

A imprensa brasileira precisa começar a conviver com técnicos e jogadores que não se rendem, por qualquer troco, às lentes. Dessa vez foi o goleiro Bruno que se irritou com o assédio da imprensa, no caso da briga entre o atacante Adriano e sua namorada. “Atleta de futebol é atleta, e não artista. Quer notícia? Corre atrás de artista. Tem vários deles fazendo algo por trás… Tem de haver respeito maior de vocês pelos jogadores”, desabafou.

Em 2009, uma mulher disse que estava grávida de Bruno e, até agora, nada foi comprovado. E se não estiver? Um crime contra a vida dele. Adriano teve problemas pessoais, que dizem respeito apenas a ele. Problemas amorosos interferem em campo? Claro que poderiam, mas o Flamengo venceu por 4 a 0 o Resende, sem dificuldades. Dentro de campo.

Além disso, o técnico Dunga também se demonstra constantemente incomodado com o assédio. Depois do título da Copa das Confederações, em junho de 2009 na África do Sul, ele disparou: “Nunca vi uma seleção ficar 30 dias e não ter problemas, vocês [repórteres] sem poder escrever nada”.

A imprensa esportiva, atuando desta forma, apenas reforça o senso comum ao sugerir que o jornalista é nada mais do que um fofoqueiro diplomado. Não é incomum ver matérias em grandes portais sobre o que alguém “teria dito” que alguém “teria feito” em um evento que “teria acontecido”.

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Ótima a entrevista do Leonardo, grande ex-lateral do Flamengo e campeão mundial, sobre Ronaldinho Gaúcho. Hoje como dirigente do Milan, Leonardo desponta como um dos principais e mais profissionais dirigentes desportivos do mundo. Defendeu, de certa forma, a volta de Gaúcho para a seleção. “Ele decidiu voltar e entrar com tudo”.

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Hoje teremos o primeiro “clássico vovô”. Se o jogo for chato, dá até pra dar aquela dormidinha no sofá.

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‘CORRIGE PRIMEIRO PARÁGRAFO’

Informação útil da semana (basquete americano): “Bobcats vence Warriors e se aproxima do Miami na classificação”. A informação era tão importante que, apesar de ter entrado no site da UOL às 01h40 do domingo, mais de 10 horas depois ainda continha a seguinte frase, logo no início da matéria: “(corrige 1º parágrafo)”.

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Salada sérvia

O jogador Dejan Petkovic, cuja origem eu não me atrevo a dizer antes de uma boa pesquisa, deu uma bela entrevista na Ana Maria Braga. Destaca-se, entre outras declarações, o “desmentido” à apresentadora, que sugeriu que seu país passava por dificuldades quando Pet estava por lá (leia aqui artigo de Altamiro Borges). Reproduzo o diálogo sem edição de fala:

Ana Maria Braga:

– Como é que é ter nascido num país com tantas dificuldades? Você saiu de lá com que idade?

Petkovic:

– Quando eu nasci não tinha dificuldade nenhuma. Era um país maravilha, “né”. A gente vivia um regime socialista, “né”. Todo mundo bem, todo mundo trabalhando, tem trabalho, tem salário. Mas esse é um… problemas aconteceram depois dos anos 80.”

Uma pessoa identificada por “robertum” fez, no entanto, uma observação muito atenta nos comentários do vídeo anterior: “A Globo tirou o mapa que aparece no início de algum livro didático das desafortunadas crianças e adolescentes que estudam na escola pública paulista, do grande “jestor” Serra. Croácia e Bósnia estão trocadas. Uma aula de geografia. Bizarro.”

E ninguém percebeu! Mas o portal G1, também da Globo, fez o dever de casa:

Confira alguns gols do craque sérvio. Em plena Croácia! (ou será Montenegro? Ou Iugoslávia??)

A história da região é confusa, envolvendo guerras e separatismos, então comece devagar, pela Sérvia por exemplo!

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QUEBRANDO O GELO EM VANCOUVER

Está rolando em Vancouver, no Canadá, os curiosos Jogos Olímpicos de Inverno. Outro dia estive na Cidade Universitária da UFRJ, aqui no Rio, e o termômetro marcava 45 graus no asfalto. O Rio é de fato uma cidade ótima para os próximos “Jogos Olímpicos do Inferno”.

Um breve histórico: a primeira competição se daria em 1916, em Berlim, mas alguns governantes decidiram competir sem esse negócio de regras, dois anos antes. Ressurgiu em 1924 na França. Em 2010, estão previstos 5.500 atletas, representando 80 países em 86 eventos de 15 modalidades, de sete esportes. (ufa!)

Os jogos são (acho eu) os seguintes (entre parêntesis, o ano em que começou a ser disputado): Biatlo (1960), Bobsleigh (1924), Combinado nórdico (cross-country + salto de esqui, 1924), Curling (1924, depois só em 1998), Esqui alpino (1936), Esqui cross-country (1924), Esqui estilo livre (1992), Hóquei no gelo (1920), Luge (Trenó) (1964), Patinação artística (1924), Patinação de velocidade (1924), Patinação de velocidade em pista curta (1992), Salto de esqui (1924), Skeleton (1948, e desde 2002) e Snowboard (1998).

É até difícil explicar o que é cada um. O biatlo, por exemplo, é aquele que tem um movimento meio obsceno, pra frente e pra trás, para deixar a neve (e os adversários) para trás. O bobsleigh é uma espécie de corrida de carrinho fechado de rolimã no gelo, em que várias pessoas suicidas seguem espremidas, sempre de quatro em quatro, sempre umas contra as outras.

O curling é aquele em que uma bolinha bem pequena é disputada com tacos pra lá e pra cá. Temos o esqui, que todos conhecem (principalmente quem mora em Bangu), além do luge e do skeleton, que são os esportes iniciados por Papai Noel com seu trenó, quando este ainda estava em forma. Há modalidades de patinação, de salto de esqui e o famoso snowboard, que é uma espécie de surf no gelo – incluindo a cara de surfista dos competidores, como Shaun White (foto ao lado).

E, por fim, temos o hóquei no gelo, que é uma modalidade da luta livre, só que bem mais violenta.

Uma brasileira, Jaqueline Mourão, fez a alegria do povo brasileiro e terminou a prova do esqui cross-country de 10km na 67.ª posição (apenas a 6 minutos da primeira colocada).

O presidente Lula certamente deveria quebrar logo o gelo, tirar esses atletas da geladeira, fazer mais piadas utilizando expressões com duplo sentido e apoiar mais os esportes de inverno!

Site oficial do evento: www.vancouver2010.com

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VASCO VERSUS BOTAFOGO

A galera reclama que hoje em dia o jogo demora para começar, por conta dos penetras, mas pelo menos ele termina logo! No dia 20 de setembro de 1928, pelo Campeonato Carioca, um jogo entre as duas equipes que disputarão a final da Taça Guanabara de 2010 começou dia 17 de junho em São Januário, com o Botafogo até então vencendo por um a zero. Por intervenção possivelmente do bisavô do Eurico Miranda, foi concluído apenas dia 20 de setembro, na Rua Paysandu, com o placar final em um a um.

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SAUDOSISMO. O primeiro confronto entre Botafogo e Vasco ocorreu em 22 de abril de 1923, em General Severiano, pelo Campeonato Carioca. A partida terminou 3 x 1 para o Vasco, com gols de Mingote (grande Migote!), Paschoal (que saudade!) e Cecy (esse eu não gostava não). Nilo fez para o Botafogo (não se fazem mais jogadores como o grande Nilo!).

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HOMENAGENS. Simultaneamente às semifinais e final da Taça Guanabara, os clubes classificados em 3º e 4º lugares disputam desde 2009 o Troféu Moisés Mathias de Andrade. Na Taça Rio, se dá o mesmo, só que o nome do homenageado muda: Troféu João Ellis Filho. Ano passado foram campeões, respectivamente, Americano e Friburguense.

O prêmio? 25 mil reais, um título do “Torneio de Consolação” (apelido carinhoso) e a bela oportunidade de não ficar parado! A desclassificação no “mata-mata” esse ano, por exemplo, valeu a cabeça do técnico Bebeto no América. Olaria e Boavista disputam o troféu em 2010, tendo vencido respectivamente América e Madureira nas semi-finais.

Moisés Mathias de Andrade era um zagueiro de jogo viril e às vezes ríspido, conhecido como “Xerife” pelos seus admiradores e como “Moisés Paulada” pelos adversários (conforme o seu perfil no Wikipédia). Ficou conhecido por sua frase “Zagueiro que se preza não pode ganhar o Belfort Duarte”, ironizando o prêmio que era dado aos jogadores mais disciplinados. Apesar disso, foi expulso poucas vezes em toda a sua carreira. Ganhou títulos no Botafogo, Vasco, Corinthians e chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira e jogar no francês Paris Saint-German. Terminou a carreira de jogador no Bangu, em 1983, onde se tornou técnico e conquistou os inéditos vice-campeonatos carioca e brasileiro em 1985. Faleceu em 2008.

João Abraão Ellis Filho é ex-presidente do Campo Grande Atlético Clube, falecido em 2008. Foi com ele no comando que o “Galo da Zona Oeste” conquistou pela primeira vez o acesso à elite do futebol do Rio de Janeiro, em 1961. Ainda segundo o site FutRio: “João Ellis Filho era peça importante do alvinegro também em 1982, ano da mais importante conquista da história do clube: a Taça de Prata, que garantiu acesso ao Brasileirão do ano seguinte.” A última grande conquista foi o vice-campeonato da terceira divisão do Campeonato Carioca de 2008. O atual presidente do clube é João Ellis Neto, filho de João Abraão Ellis Filho.

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Esporte é cultura

“Esporte é cultura” é o tema de flashes que darei todo domingo, na Rádio Bandeirantes AM 1360 Khz (Rio de Janeiro), das 13h às 15h, durante o programa Debates Culturais. Serão notas especiais de 1 a 5 minutos sobre a interface entre os esportes praticados em todo o mundo e as culturas locais, regionais e globais. Um dos primeiros comentários será sobre o frescobol, esporte criado no Rio de Janeiro.

Começa no próximo dia 21 de fevereiro. O programa é apresentado por Alessandro Lyra Braga, que garante a qualidade dos temas. Conta com 4 a 5 convidados de alto nível, toda semana.

Confira também o site do programa (onde minha coluna também estará disponível): www.debatesculturais.com.br