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Terapia Comunitaria Integrativa em escolas e universidades: extensão e vinculação de cuidado e aprendizado

Por Maria de Oliveira Ferreira Filha*

O marco de inicio das atividades de extensão universitária no Brasil, data de 1931 com a criação de universidades populares, a qual herdou características das universidades europeias, norte americanas e também da Argentina.

Tais características definiam-se respectivamente, por práticas assistencialistas, prestação de serviços e pela busca de consciência crítica para gerar mudanças sociais. A trajetória da extensão universitária brasileira foi e ainda é marcada por essas três características, sendo que a partir  de 1968 com  a criação da União Nacional dos Estudantes e do Movimento da Educação Popular em Saúde, predominaram discussões sobre a extensão enquanto espaço político de práticas e de diálogo com as populações menos favorecidas, culturalmente e economicamente, para criar um campo de discussão sobre as condições materiais de vida e sobre os direitos civis e de cidadania plena.

Em 1970 marcava-se a extensão como um campo de produção do conhecimento indissociável da pesquisa e da extensão. É preciso lembrar que a Terapia Comunitária Integrativa foi criada em 1987, como atividade de extensão do Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, pelo Dr. Professor Adalberto de Paula Barreto. A partir disto, terapeutas docentes passaram a incluir a  TCI, como atividade de ensino, pesquisa e extensão nos seus campos de atuação.

Na Universidade Federal da Paraíba, a TCI foi incluída como atividade de extensão acadêmica a partir de 2004, pelo Departamento de Enfermagem de Saúde Publica e Psiquiatria do Centro de Ciências da Saúde. Coordenada por docentes dos cursos de graduação e pós-graduação a TCI começou como projeto de extensão e logo foi absorvida pelo campo do ensino e da pesquisa, tanto na graduação como na pós-graduação. Crescendo substancialmente, a TCI gerou 4 projetos de extensão, inclusão de conteúdo em duas disciplinas do curso de graduação em enfermagem (Saúde Mental e Saúde da Mulher) e uma na pós-graduação (Práticas integrativas e Complementares). Também ganhou importância no campo acadêmico sendo prioridade de investigação pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental Comunitária com a produção de artigos (20), livros (2) capítulos de livros (15) e publicação de resumos em anais de congressos (17).

A TCI propiciou momentos de aprendizagem coletiva através da escuta ativa e também nos levou a redimensionar o cuidado em saúde mental priorizando os grupos, famílias e comunidades com alta vulnerabilidade social. Descobrimos o quanto os vínculos são imprescindíveis na construção e fortalecimento de redes de apoio psicossocial e que a autoestima e o resiliência são indispensáveis para o empoderamento das pessoas e da comunidade que buscam e lutam por direitos sociais e civis, para conquista de uma cidadania plena. Como diz Paulo Freire, “Educação não transforma o mundo, muda as pessoas que transformam o mundo”.

(Resumo apresentado em mesa redonda pré-Congresso da TCI 2023)

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* Dra. em Enfermagem pela Universidade federal do Ceará. Profa. do Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva. Email: marfilha@yahoo.com.br

Traços da Mãe África: Em busca de nossas raízes VII

No número precedente, ao tecer breves considerações sobre o universo literário africano, aludimos à sua diversidade de gêneros literários e de temas abordados, inclusive o tema da valorização da causa Negra e da luta anticolonialista, que hoje tomamos como alvo dessas linhas, focando elementos do legado de um dos mais reverenciados revolucionários africanos.

Assim como Agostinho Neto, ele é mais conhecido ainda entre os povos africanos vitimas da colonização portuguesa. Estamos aludindo à figura de Amílcar Cabral, a cujas idéias político-educativas – seja-me permitida a analogia, para fins didáticos – muito se afeiçoar Paulo Freire (cf. deste as Cartas à Guiné-Bissau).

Nascido em Bafatá, em Guiné-Bissau, em 12 de setembro de 1924, Amilcar Cabral passaria parte de sua infância em Cabo Verde, em condições bastante favoráveis (graças a uma herança por parte da tia), tomando-se em conta a situação típica das crianças locais. Desde cedo, mostrou-se interessado em conhecer as condições sócio-históricas do processo de colonização, bem como as condições de vida do povo. Seus poemas de juventude Ilha (“os sonhos dos teus filhos/ a clamar aos ventos que passam, / e às aves que voam, livres, / as tuas ânsias!”) e Segue o teu rumo irmão refletem bem essas inquietações.

Concluído o ensino médio, muito se empenhou em dar prosseguimento aos seus estudos. Não havendo ensino superior nas colônias, seguiu para Portugal, onde cursou Agronomia. De volta às suas Gentes, e já como agrônomo, revelava uma rara sensibilidade em relação à realidade social, da qual demonstrava ter um olhar aguçado, graças à observação direta que exercitava das relações sociais entre dominadores e dominados. Esse olhar aguçado, Amilcar Cabral devia expressamente aos seus contatos diretos e frequentes com os camponeses de Guiné-Bissau e de Angolas, entendendo que toda concepção teórica de emancipação nacional deveria fincar raízes na própria realidade do país.

É justamente isto que vê consubstanciar as palavras de uma figura que o conheceu de perto: “Essas vivências – diria mais tarde a viúva Ana Cabral, em discurso comemorativo do 20º aniversário da independência de Cabo Verde – darão a Cabral os fundamentos culturais e políticos que lhe permitiram, no momento oportuno, mobilizar com lucidez e sucesso o povo para a luta de libertação nacional.” (cf. http://www.umassd.edu/programs/caboverde/acaddressp.html).

No plano político específicamente, quais as idéias-forç das atividades de líder revolucionárionário de Amilcar Cabral? Tomando como referência, por exemplo, algumas de suas palavras de ordem, é possível recolher preciosos fragmentos do seu pensamento. Contentemo-nos com esses dois fragmentos?

  • “Aprender na vida, aprender nos livros e aprender com a experiência dos outros. Aprender sempre!”

  • “Sermos cada vez mais capazes de pensar muitos os nossos problemas para podermos agir bem, e agir muito, muito, para podermos pensar melhor.”

Idéias-força que são reafirmadas pelo próprio Amilcar Cabral, de modo indireto, ou seja por de suas palavras em homenagem a Eduardo Mollane, primeiro presidente da FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), assassinado em 1969 “O seu grande mérito não foi a sua decisão de lutar pelo seu povo, mas sim o ter sabido integrar-se na realidade do seu país. Identificar-se com seu povo”>

Mário de Andrade, intelectual angolano e profundo conhecer das obras de Amilcar Cabral, também reafirma “o seu permanente contacto com a realidade, a forma como se apoderava desta realidade, para voltar a ela, ajustá-la e imprimir-lhe novos contornos.”

Por essas breves notas, é possível entender a reverência cultivada por Amilcar Cabral, não apenas por parte das terras e das Gentes d’África, como também pelo mundo afora. Não é em vão o número de referências diretas e indiretas feitas a Cabral por Paulo Freire, especialmente em suas Cartas à Guiné-Bissau. E não se tratava de um mero recuso didático – por ser Amilcar Cabral venerado pelo seu povo. Também tinha a ver com outras razões, inclusive a de estar convencido do potencial epistemológico inspirado pela práxis de Cabral, que se empenhava em conhecer a realidade de seu povo, não por ouvir dizer, mas pela imersão de vida, pelo seu compromisso com a causa do seu povo. Pela experiência do vivido!

Pertenecimiento

Me alegró cuando fue elegido, una cita de una entrevista suya en que se comparaba a un arroyo de montaña, ahora remansando, con la edad. Sigue vigente, sigue entero. Justicia sigue siendo el centro. Historia, memoria. Identidad. Pertenecimiento.

Ayuda a comprender ciertas características del tiempo actual, aparentemente tan inmediato. La esperanza se fortalece al ver que la integridad sigue siendo una fuerza política y personal. Argentina es una memoria. Una historia viva.

Brasil se lee también en este panorama. La justicia usada indebidamente como mecanismo de persecución contra Lula. El periodismo deformando más que informando. Viejas historias.

A contramano, la atención y la intención de promover lo mejor en el ser humano. Aquí estamos.

En esta entrevista, Jorge Mario Bergoglio, el papa Francisco, responde sobre temas como abuso sexual en la iglesia, lawfare, y homosexualidad, entre muchos otros.

 

Fuente: Vatican News, 01-04-2023

Seguir em frente

Manter uma revista no ar

Um esforço coletivo

Dia a dia a vida vai e vem

O que é que importa partilhar?

Esperança, esforço coletivo, construção comunitária

Fe em si mesmo, em si mesma

Arte, literatura, poesia, pintura, desenho

Meditação, oração, amizade, família

Potenciar a força resiliente

Seguir em frente

Um horizonte se abriu novamente

Vamos juntos e juntas!

MST lança campanha nacional “Compartilhe Literatura, Cultive Imaginação”

Movimento promove campanha solidária de doação de livros de literatura para escolas e espaços formativos nas áreas de Reforma Agrária

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra acaba de lançar a campanha nacional “Compartilhe Literatura, Cultive Imaginação”, com o objetivo de construir espaços de solidariedade entre a cidade e o campo, fomentando o acesso à literatura.

A campanha integra as atividades do 1º Festival Literário do MST: Escrevivências Sem Terra, Luta e Construção, lançado entre a programação celebrativa do Movimento rumo aos seus 40 anos.

Com isso, o Movimento abre convocatória mobilizando o público para doar livros de literatura nas sedes dos Armazéns do Campo, distribuídos em diversas cidades do Brasil. Abrindo as portas dos espaços de comercialização de alimentos agroecológicos também para receber doações de livros literários que irão chegar para a base social dos Sem Terra, com o objetivo de garantir o direito à literatura.

“Então, o objetivo é mesmo garantir esse direito, que é um direito do ser humano. Nas palavras do Antonio Candido, ao acesso à literatura e, com ela, com acesso ao livro literário, a conhecer, experimentar e cultivar de fato a imaginação”, anuncia Luana Oliveira, que integra a coordenação da campanha.

A coordenadora explica ainda que o apoio de todos e todas, amigos e amigas do MST, é fundamental para fortalecer o processo do direito à literatura para o povo Sem Terra, bem como os espaços dos Armazéns do Campo, como um espaço de referência da arte, da literatura e da cultura geral.

Campanha recebe doação de livros de literatura em todo o país. Foto: Juliana Adriano

“A literatura é um direito inalienável. E é por isso que nós estamos construindo coletivamente a superação da cerca que nos impede de ler e escrever o mundo”, destacou Júlia Iara Araújo, dirigente nacional do Movimento e integrante da Frente de Literatura Palavras Rebeldes do MST.

Os livros doados serão destinados para as escolas do campo, centros de formação, bibliotecas e vão compor também as ações formativas do Movimento.

Para conferir o local mais próximo para realizar as doações, acesse o site dos Armazéns do Campo.

*Editado por Gustavo Marinho

Fonte: MST

(14/06/2023)

Propósito

Uma revista com formato de diário

É um convite para a introspecção

Um olhar para dentro e desde dentro

Uma escuta desde o coração

Uma ação integrada

Toda vida é uma intersecção de caminhos

Uma costura de tempos

Um entrelaçamento de lutas e vitórias

Quedas e recomeços

Um espaço para o ser

Um convite para a autenticidade

Escrever e publicar

É uma ponte para a vida

Um agir em comunidade

Um crescer juntos e juntas

A vida cotidiana

A vida vivida

São a matéria da existência

Termos consciência da nossa vida

Consciência do viver

É uma arte

A arte de nos tornarmos quem somos!

Brasil: Movimentos Sociais desafiados a protagonizarem mudanças

Grave retrocesso, a decisão majoritária dos Deputados contra nossos povos originários, ao imporem o iníquo “ Marco Temporal”, que a ministra  Sonia Guajajara chama, a justo título, de “Genocidio legislado“. Não bastassem as barbáries bolsonaristas, cometidas no seu Desgoverno, eis que a maioria dos membros da Câmara Federal, ignorando que o Brasil elegeu um novo Presidente, teima em proceder como se continuássemos na barbárie bolsonarista.

Estamos diante de um grave risco para a nossa Democracia: os herdeiros da Casa Grande continuam insistindo no retorno à escravidao, aliados que seguem ao Agronegócio, aos interesses rentista, aos grileiros de terras indígenas e quilombolas, às grandes empresas de mineração, aos garimpos ilegais, aos madeireiros, entre outras forças plutocráticas.

Ao contemplar os impasses  da atual conjuntura, sinto-me remetido à figura de José Honório Rodrigues – para mencionar apenas uma de nossas referências historiográficas – , para quem não têm sido nada  frutíferas as reiteradas frentes amplas, a exemplo da que vem caracterizando o Governo Lula. Nelas, a classe dominante quase sempre impõe reveses contra as aspirações e os projetos populares.

Após cinco meses de governança, a tal Frente ampla, ainda que costurada pela experiente liderança do Presidente Lula, segue sendo hegemonizada pelos setores mais perversos da classe dominante, de modo a infringirem graves derrotas aos interesses populares / povos originários, comunidades quilombolas,  camponeses, operários e, principalmente, contra a Mãe Natureza.

Desde os preparativos do golpe contra Dilma, iniciados já em sua segunda disputa eleitoral e aprofundados no primeiro ano do seu segundo mandato, culminando no Golpe de 2016, a Direita bolsonarista, à qual se alinham os  segmentos da classe dominante (os rentistas, o agronegócio, as igrejas neopentecostais, inclusive no segmento Católico), diversas forças Militares, entre outras, todas direta ou indiretamente apoiadas pelo Governo dos Estados Unidos), sem esquecermos a ação nefanda da mídia corporativa e das redes bolsonaristas. Em um ritmo crescente, temos observado a fúria ideologizante da mídia corporativa, seja em seus principais jornais (ver a contundência dos editoriais de jornais como O Globo, O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, entre outros), seja em seus canais de televisão ( abertos e pagos ), seja pela sua extensa rede de rádios, seja ainda por meio de podcast e outras redes sociais.

Esta mesma classe dominante segue investindo, de múltiplas formas, contra os direitos mais elementares da Classe Trabalhadora, seja no Governo Temer, seja no Governo Bolsonaro.

Desde então, todo um conjunto de políticas econômicas e sociais vêm sendo implementadas: desmonte dos direitos trabalhistas e sindicais, ante reforma da Previdência, crescentes ataques aos povos originários, as comunidades quilombolas, aos direitos das Mulheres, dos camponeses, dos operários, da Comunidade LGBTQIA+, ataques aos quais se deve acrescentar as agressões constantes contra a Mãe Natureza.

Nas últimas semanas, novas derrotas, ainda que mitigadas por alguma vitória nas votaçoes,  vêm sendo acrescentadas, especialmente graças à ampla hegemonia, nas duas Casas legislativas do Congresso Nacional, das forças mais retrógradas da sociedade brasileira, ao representarem os interesses do Agronegócio, dos setores rentistas, dos segmentos Militares e religiosos mais atrasados, herança do Bolsonarismo, constituindo o que há de pior do legado escravista.

Diante deste cenário pavoroso, cabe aos Movimentos Populares assumirem sua tarefa histórica de resistência e de ações propositivas, na perspectiva de profundas mudanças, que correspondam aos mais legítimos direitos dos “ de baixos”.

Por outro lado, não desconhecemos certa retração destas forças populares, mesmo reconhecendo significativas ações de resistência e de enfrentamento por algumas delas, a exemplo do MST, alvo preferido de ataques dos setores dominante,tal como sucede na escandalosa ação  na CPMI sob a direção de figuras como a do Deputado Ricardo Salles, ex -Ministro de Bolsonaro cujo legado foi a devastação socioambiental.

Os fatos de alta tensão que marcaram a agenda congressual desta semana – com votações alternando derrotas e alguma vitória nas votações  – assinalam enfaticamente a fragilidade das lutas institucionais descoladas do protagonismo de nossas organizações de base. Ontem como hoje, somos instados a priorizar nosso compromisso organizativo, formativo e de lutas sociais, no campo e na cidade, sem o que nos tornaremos omissos ou cúmplices ante os retrocessos que as forças nazifacistas, irmanadas com as forças do capital, tentam impor ao nosso País.

João pessoa 02 de junho de 2023

Sentido de Consciência

Mês da comemoração do aniversário de Consciência. Sinto necessidade de partilhar alguns sentimentos que me acompanham quase desde o nascer desta revista.

Creio já ter dito alguma vez, que serei eternamente grato a Gustavo Barreto pelo espaço que deu aos meus escritos, desde o começo. Eu lutava então contra uma depressão e outras mazelas.

Ver o meu nome na revista me alegrava. Alimentava uma esperança. Algumas pessoas comentavam. Uma chegou a encadernar meus escritos e mos mandou por correio.

Assim nasceu meu livro Resurrección, em 2009. Assim eu ia vendo a luz de novo. Saindo e saindo e saindo mais uma vez.

Agora as revistas parecem não ter um lugar tão importante para algumas pessoas. Para aqueles e aquelas que nos aninhamos aqui, sim. Continuamos a fazer aqui a nossa casa. Uma casa aberta. Um espaço plural. Acolhedor.

Caminhando juntos

Desde os meus tempos de estudante, pude comprovar que quando fazíamos juntos e juntas, tudo estava bem. Não havia disputas a ver quem estava mais certo ou errado.

O tempo passou e agora novamente me encontro participando de coletivos em que todos e todas temos algo a fazer.

Nessas horas, o outro ou a outra, são vistos como colaboradores, colaboradoras. Quando a atividade fica nas costas de umas poucas pessoas, a tendência pode ser a de desanimar ou decair.

Confesso que já tanto me habituei ao fazer juntos e juntas, que tendo a ir constantemente nessa direção. Ao invés de salvadores ou salvadoras da pátria, co-responsáveis.

O fazer juntos pode ser mais lento do que quando se age individualmente apenas. Mas o fato de termos que ir ao compasso de diversos ritmos e maneiras de fazer, cria uma liga.

Solidariedade se faz fazendo. Saímos das abstrações e da solidão, e sentimos a força do coletivo. No momento da vida em que me encontro, fica uma sensação de segurança quando me vejo no meio desta marcha coletiva.

Sei que tenho um lugar, bem como as demais pessoas ao meu lado. A esperança se fortalece. A confiança se reforça. Inclusive quando se trata de questões pessoais, o campo emocional.

Sei que posso contar com o acolhimento comunitário. Uma rede firme e sólida. O horizonte então ganha de novo um tom atraente.

Estas reflexões pretendem animar ainda mais o espírito construtivo da ação cidadã. Na Terapia Comunitária Integrativa, focalizamos a ação que une, que reforça os laços positivos, potenciando a solidariedade.

Quando me fecho em mim mesmo, tende a prevalecer o que falta, o que não há, o que está errado. Ao me abrir humildemente para dar um passo, recebo de volta o melhor de mim e da comunidade. Refaço o meu senso de viver. Nasço e renasço cada vez. A autoestima cresce e aparece.

Ilustração: “Nascendo.”