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Crise e eleições

Os tucanos diziam que Lula tinha “sorte”, e que nunca fora testado numa crise. Veio 2008, e a crise mais séria desde a Segunda Guerra estourou no colo de Lula. Pergunta: Lula, Mantega e Dilma tiveram sorte? Ou souberam enfrentar a crise? Em vez de fazer “lição de casa”, e tirar os sapatos para os EUA, Lula preparou o Brasil para crescer e enfrentar crises. Tudo isso poderá ser exposto na campanha. Didaticamente. Serra vai dizer que Lula foi só “continuidade”. O povo vai acreditar?

Artigo de Rodrigo Vianna no seu blog.

Maracutaia na Casa Civil: dados acadêmicos de Dilma Rousseff eram um embuste

O que a gente faz em um país em que que a ministra-chefe da Casa Civil e candidatíssima à Presidência da República, mente sobre suas credenciais acadêmicas e ainda coloca isto no seu currículo oficial ( a verdade, é que ela abandonou os dois cursos). Há punições aplicadas pelo CNPq ( Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico),órgào de excelência, onde ela começou a dourar sua pílula acadêmica, e falsidade ideológica é crime passível de punição no Código Penal, com pena de 1 a 5 anos.

Até a maracutaia ser descoberta, Dilma se identificava como mestre em teoria econômica pela Universidade de Campinas (Unicamp) e doutoranda em economia financeira pela mesma universidade, sem nunca ter tido esses títulos.

Em que mais ela mente?

O Sistema Lattes é um conceituadíssimo banco de dados acadêmicos e é atualizado pelo próprio cadastrado, que se responsabiliza pelas informações e só pode fazer atualizações ou inclusões, aceitando o termo de compromisso, que fala no Código Penal. Cada usuário tem uma senha e digita também seu CPF.

Desta vez não vai dar pra dizer que foi o contador, embora a Casa Civil, depois de corrigir o embuste, informe não saber quem incluiu as informações erradas no CNPq.

Mãe! não foi você, não, né?

PS: Não posso me esquecer de brindar , finalmente, a morte do arquiteto do maio genocídio pos-guerra, a Guerra do Vietnam, Robert McNamara, aos 93 anos. Francamente, eespero que a terra lhe seja bem pesada. O peso de todos os vietcongs e vietnamitas mortos naquela guerra.

MARACUTAIA NA CASA CIVIL: DADOS ACADÊMICOS DE DILMA ROUSSEFF ERAM UM EMBUSTE4119
07.07.2009 – 07:50 · deixe seu comentário · ler comentários (0)

Lis. Flickr. 2007

O que a gente faz em um país em que que a ministra-chefe da Casa Civil e candidatíssima à Presidência da República, mente sobre suas credenciais acadêmicas e ainda coloca isto no seu currículo oficial ( a verdade, é que ela abandonou os dois cursos). Há punições aplicadas pelo CNPq ( Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico),órgào de excelência, onde ela começou a dourar sua pílula acadêmica, e falsidade ideológica é crime passível de punição no Código Penal, com pena de 1 a 5 anos.

Até a maracutaia ser descoberta, Dilma se identificava como mestre em teoria econômica pela Universidade de Campinas (Unicamp) e doutoranda em economia financeira pela mesma universidade, sem nunca ter tido esses títulos.

Em que mais ela mente?

O Sistema Lattes é um conceituadíssimo banco de dados acadêmicos e é atualizado pelo próprio cadastrado, que se responsabiliza pelas informações e só pode fazer atualizações ou inclusões, aceitando o termo de compromisso, que fala no Código Penal. Cada usuário tem uma senha e digita também seu CPF.

Desta vez não vai dar pra dizer que foi o contador, embora a Casa Civil, depois de corrigir o embuste, informe não saber quem incluiu as informações erradas no CNPq.

Mãe! não foi você, não, né?

PS: Não posso me esquecer de brindar , finalmente, a morte do arquiteto do maio genocídio pos-guerra, a Guerra do Vietnam, Robert McNamara, aos 93 anos. Francamente, eespero que a terra lhe seja bem pesada. O peso de todos os vietcongs e vietnamitas mortos naquela guerra.

Lis. Flickr. 2007

Ficha falsa da Dilma: ombudsman critica negaceios da “Folha”

Carlos Eduardo Lins da Silva é um excelente jornalista, que sempre desempenhou com dignidade os papéis que assumiu: repórter, chefe de redação, professor universitário, sindicalista, líder comunitário.

Então, foi por suas qualidades que a Folha de S. Paulo o escolheu para substituir Mário Magalhães, quando o oitavo ombudsman do jornal saiu brigado com a direção, conforme deixou bem claro na sua coluna de despedida, em 06/04/2008:

“…o meu mandato se encerrou anteontem. Embora o estatuto autorize a renovação por mais dois períodos, não houve acordo com a direção do jornal para a continuidade.

“A Folha condicionou minha permanência ao fim da circulação na internet das críticas diárias do ombudsman. (…) Não concordei. Diante do impasse, deixo o posto. (…) Sou o primeiro a ter como exigência, para renovar, o retrocesso na transparência do seu trabalho.

“A partir de agora, os comentários produzidos pelo ombudsman durante a semana só poderão ser conhecidos por audiência restrita, de funcionários do jornal e da empresa, que os recebe por correio eletrônico. Os leitores perdem o direito.”

Mário Magalhães saiu atirando, o que lhe valeu a solidariedade de jornalistas e leitores. A Folha, tentando desfazer a má impressão, tratou de substituí-lo por um profissional íntegro e respeitado. Mas, houve quem concluísse, apressadamente, que teriam pinçado alguém mais dócil às imposições patronais.

Então, desavisados chegaram a especular que seu substituto, já cinquentão, teria sido escolhido porque a idade o faria mais cauteloso, evitando agastar-se com o  reizinho  para não ser demitido quando acabasse seu mandato de ombudsman.

É como são vistos os profissionais veteranos: supõe-se que, na ânsia de preservar um emprego que pode ser o último, disponham-se a quaisquer indignidades.

Mas, às vezes, acontece o contrário: por terem uma longa e digna carreira, não aceitam as propostas indecentes que surgem no seu caminho.

Venho há muito tempo encontrando as portas da Folha parcial ou totalmente fechadas, cada vez que tento exercer meu legítimo direito de resposta e de apresentar o outro lado. Isto me pôs em contato com vários profissionais que exerceram o papel de ombudsman. De todos, Carlos Eduardo foi o que me deixou melhor impressão.

Houve quem defendesse, fingindo acreditar, os erros e abusos cometidos pelo jornal. Houve quem tentasse enrolar-me, prometendo providências que nunca eram tomadas.

Carlos Eduardo abriu o jogo: concordava com alguma das minhas queixas, iria comunicá-las à redação e defendê-las, mas não tinha como impor a publicação das versões retificadoras que lhe mandara. Sua autoridade não chegava a tanto.

Apesar dos maus precedentes, acreditei nele desde o primeiro momento. Senti que estava sendo sincero e não, como poderia ser o caso, tentando ficar bem com os dois lados.

O caso da ficha falsa de Dilma Rousseff confirmou plenamente minha avaliação. Carlos Eduardo teve comportamento exemplar, discordando publicamente das desculpas esfarrapadas da redação.

Ou seja, ficou comprovado que ele adota a posição correta, mas seu parecer não é levado em conta.

Na coluna deste domingo (05/07) ele novamente puxa a orelha dos editores, não lhes deixando nenhuma margem de manobra para continuarem esquivando-se ao que há muito se impõe:  um pedido público de desculpas a Dilma Rousseff.

É com satisfação que reproduzo na íntegra a argumentação do ombudsman:

“Pela quarta vez, volto ao tema da reportagem de 5 de abril em que reprodução de suposta ficha criminal da ministra Dilma Rousseff dos tempos da ditadura foi publicada.

“Depois de a ministra ter contestado que a ficha fosse autêntica, o jornal reconheceu não ter comprovado sua veracidade. Considerei insuficientes as justificativas para os erros cometidos e sugeri uma comissão independente para apurá-los e propor alterações de procedimentos para evitar repetição.

“A Redação, no entanto, considerou a averiguação encerrada. Na semana retrasada, a ministra me enviou laudos por ela contratados que atestam a falsidade do documento.

“Ao noticiar a existência dos laudos no domingo, o jornal, em termos tortuosos, sugeriu que ainda há dúvida sobre a fidedignidade do documento porque o original cuja reprodução ele publicara não foi examinado.

“Se a Folha quer mesmo esclarecer o assunto, é simples: deve identificar a fonte que lhe enviou eletronicamente a ficha (assim, o público avaliará sua credibilidade) e instá-la a fornecer o documento original para exame de peritos isentos e pagos pelo jornal.

“Só isso elucidará o caso, embora para leitores especializados em artes gráficas, nem seja necessário. Alguns me mandaram material convincente para comprovar a fraude.

“Um deles, André Borges Lopes, diz que ‘trata-se de falsificação tão grosseira que qualquer técnico do departamento de arte do jornal poderia detectar os indícios de fraude em cinco minutos de análise’.”

De quebra, a coluna dominical de Carlos Eduardo traz também uma análise primorosa sobre a adesão oportunista da Folha ao culto a ídolos, defendendo a posição de que o jornalismo impresso deveria ser, isto sim, um “contraponto de civilidade à obsessão da mídia eletrônica por celebridades”. Recomendo com entusiasmo (os assinantes da Folha e do Uol podem acessar aqui).

Orgulho-me de tê-lo como colega de profissão; é um dos poucos a quem ainda faço tal elogio.