Pontos de Cultura que possuam telecentros ou desenvolvam ações de cultura digital têm até o dia 14 de outubro para se inscrever no edital da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro. Serão selecionadas 15 propostas, que receberão trinta mil reais, cada, para o desenvolvimento de ações por, no mínimo, 6 (seis) meses. O edital contemplará quatro categorias de projetos: Comunicação, Formação, Expressões artísticas/culturais e Metareciclagem.
Mais do que trabalhar com tecnologias digitais, o projeto deve valorizar a participação ativa da comunidade local, não só como aluna, mas como parceira na construção das ações. Todo material produzido deverá ser disponibilizado gratuitamente na Internet, com licenças flexíveis. A opção por programas de código-aberto (softwares livres) também é parte fundamental do edital de cultura digital, pois permite que qualquer pessoa tenha acesso aos programas utilizados, podendo, inclusive, modificá-los.
A inscrição no Edital de Cultura Digital é gratuita e aberta a pessoas físicas e jurídicas, com ou sem fins lucrativos, residentes ou sediadas no Estado do Rio de Janeiro, e pode ser feita através do preenchimento dos formulários de inscrição disponíveis no sítio da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro (www.cultura.rj.gov.br). Em caso de dúvidas sobre o edital, basta entrar em contato através dos telefones: (21) 2333-1403 ou através do e-mail: diversidade@cultura.rj.gov.br
Através do Escritório de Apoio à Produção Cultural, a Secretaria também auxilia os possíveis interessados na elaboração e enquadramento de seus projetos, além de fornecer orientações sobre o uso de programas livres em projetos culturais. Para entrar em contato com o Escritório, basta telefonar para: (21) 2333.4107 ou 2333.4108.
A segunda fase da Residência Toscolab, de Glerm e Lucida, inicia-se com o encontro ConSerto Cobaia: Utopias Toscolabs, nesse sábado, 7 de maio, às 15h30, na sala do Pontão da ECO. Veja aqui como chegar.
Apareça para sonhar e planejar encontros em grupo de estudos para o mês de maio no Rio de Janeiro. Construir instrumentos musicais e novas mídias, computabilidade da vertigem, psicoalgoritmos e Utopias de Laboratórios Livres de patentes e utilitarismo cego, circuitos interdependentes construindo a nova ciência de bairro. Bem-vindos ao Movimento dos Sem Satélite (MSST).
A Escola de Comunicação da UFRJ, junto com o Pontão da ECO, abre vagas para integrantes dos Pontos de Cultura e movimentos sociais nas seguintes disciplinas de graduação:
Linguagem Audiovisual I
Teoria e crítica do cinema. Diferentes linguagens cinematográficas. Gêneros do Cinema. Cinema e novas tecnologias. Vídeo-arte.
Roteiro e Redação de Audiovisual
O roteiro e os processos de produção audiovisual. Funções e usos do texto no audiovisual. O processo de criação e os elementos do roteiro. O drama. Formas de apresentação do roteiro. Diálogos e narração. Adaptação de obras literárias.
Cinegrafia
Características plásticas da iluminação e dos recursos técnicos de registro de imagens em movimento. Aspectos formais das imagens cinematográfica e videográfica. Segmentação da narrativa audiovisual. Análise estética da imagem. Decupagem.
Linguagem Gráfica
Uso de elementos gráficos, com características nos projetos de planejamento visual, layout, arte final, composição e seleção de tipologia. Estética da forma. Cores, medidas, aplicações. Comunicação Visual.
Fotografia
História da Fotografia. Teoria das cores. Luz e sombra. Usos da fotografia.
Gravação e Mixagem de Áudio
Tipos de microfones e sua utilização. Técnicas de gravação e mixagem de som. Operação em estúdio, operação em externa. Edição de som. Análise comparativa de gravações. O som no rádio, na televisão, no cinema, no teatro, no disco e no show ao vivo.
As aulas acontecem na Escola de Comunicação da UFRJ (www.pontaodaeco.org/como-chegar), começam dia 22 de março e irão até o dia 24 de julho de 2010.
Rolou nos dias 23 e 24 de janeiro o Encontro Livre dos Pontões de Cultura Digital, com a presença de cerca de 50 representantes da área de cultura e tecnologia livre de quase todos os Estados brasileiros. O evento foi apoiado pelo Ministério da Cultura e executado pelo Pontão da Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ. Mais infos no Wiki do evento [clica aqui] e no grupo [aqui]. O primeiro momento contou com mais de 40 pessoas, num espaço confortável do Coletivo Digital, na Vila Madalena, em São Paulo. Outras 20, 30, chegaram mais tarde.
A galera se apresentou, como de costume, e começou o debate sobre programação, metodologia, nossa participação na Campus Party, momentos diversos. Josiane (do MinC), diversos articuladores nacionais, Adriano Belisário, Giuliano Djahjah, Uirá Porã (CE), Thiago Novaes (agora no Rio), Ivana Bentes, a galera do Coletivo Digital, uma galera boa que falou sobre cultura digital nos temas Formação, Desenvolvimento/Suporte, Comunidades Tradicionais, Sustentabilidade e Comunicação.
Já estão em andamento propostas de oficinas de ferramentas mais eficientes e padrões (mas “padrão” não pode falar, substituíram por outra palavra, acho que é referência ;), metodologias e tal.
Previstos para a tarde do primeiro dia os Grupos de Trabalho, logo depois do almoço, que tem opções para vegetarianos e para carnívoros destruidores da camada de ozônio 😉
Na tarde do primeiro dia (23) do Encontrão Livre de Cultura Digital dos Pontões (cada vez eu uso um nome diferente), os Grupos de Trabalho produziram bastante, nos seguintes eixos: Formação, Desenvolvimento e Suporte, Comunidades Tradicionais, Sustentabilidade e Comunicação.
Eu participei deste último. A gente ouviu um relato do encontro anterior, de Belo Horizonte, e falou sobre oficinas de comunicação, formas de participação e envolvimento na área e ação nas áreas de webrádio e webTV. O Pontão Minuano vai oferecer a plataforma que já dá suporte para a Rádio Software Livre, e vamos criar uma rádioweb dos Pontos, já com várias parcerias criadas, como uma intenção de mobilizar o Ceará por meio do Pontão Rede Boca no Trombone.
Vamos nos reunir na Teia Brasil 2010, que será em março de 2010 (vai ser no Ceará? Sim! Acabei de ver).
Manhã do segundo dia
Na manhã do domingo (24), rolou um papo sobre software livre que foi muito importante, esclarecedor, instigante e outras palavras bonitas.
“Não adianta você ensinar o cara a usar o software livre para ele ganhar 500 reais como assistente administrativo. Software livre é mais do que isso”, disse Lincoln de Sousa Primo, do Pontão Mapas da Rede, que fez uma apresentação muito boa sobre o tema.
“Se o Google cair…” [risos]. Lincoln alerta que a dependência a um código fechado e uma ferramenta proprietária, que não podem ser compartilhados e modificados. A informação descentralizada acaba por minar a liberdade da rede e de quem nela está. As pessoas têm que poder estudar a ferramenta, modificá-la e devem também compartilhar este conhecimento, pois este é um dos principais valores do software livre. Inclusão digital apenas para “formar” para o “mercado” é uma enganação, um retrocesso.
Outro tema importante abordado foi a questão legal e política da lei do direito autoral e suas implicações no dia-a-dia da cidadão, no que diz respeito à Internet, à música e outras formas de comunicação.
Claro que a discussão foi muito mais além do que isso, praticamente todos os participantes colocaram questões e fizeram relatos interessantes (procura no culturadigital.br que você encontra mais relatos).
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“Artes” de Gustavo Barreto via Gimp, no Ubuntu 9.10. Texto modificado do original no blog culturaldigital.br/gblog
Jornalista, 41, com mestrado (2011) e doutorado (2015) em Comunicação e Cultura pela UFRJ. É autor de três livros: o primeiro sobre cidadania, direitos humanos e internet, e os dois demais sobre a história da imigração na imprensa brasileira (todos disponíveis em https://amzn.to/3ce8Y6h). Acesse o currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0384762289295308.
O Pontão da ECO começará o semestre com uma semana inteira de programação. De 17 a 23 de agosto, debates, oficinas e festas sobre cultura digital e temas afins tomarão conta da Praia Vermelha, na capital fluminense. O Semanão funcionará como um lançamento do Pontão, uma parceria entre a Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Ministério da Cultura para o desenvolvimento de ações com tecnologias livres sobre mídias colaborativas e arte digital, além do fortalecimento da rede dos Pontos de Cultura do estado e sua interação com o ambiente universitário.
Trata-se de um projeto piloto com sede na Central de Produções Multimídias do campus da Praia Vermelha da UFRJ, localizada na Avenida Pasteur, 250. Desde o final do ano passado, foram realizados diversos eventos, como o Fórum Livre de Direito Autoral, o lançamento do livro ‘Futuros Imaginários’ de Richard Barbrooks e oficinas intinerantes em Pontos de Cultura sobre criação audiovisual, software livre e transmissão online de vídeos. O Semanão marca a inauguração da sala e o início dos seis cursos que serão oferecidos neste semestre.
Jornalista, 41, com mestrado (2011) e doutorado (2015) em Comunicação e Cultura pela UFRJ. É autor de três livros: o primeiro sobre cidadania, direitos humanos e internet, e os dois demais sobre a história da imigração na imprensa brasileira (todos disponíveis em https://amzn.to/3ce8Y6h). Acesse o currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0384762289295308.
Convidado especial: Eurico Zimbres, Professor da Faculdade de Geologia da UERJ e fundador do Linuerj (Movimento pela Implantação do Software Livre na UERJ). Mostra de filmes, confraternização, conversas e afins (leia mais abaixo).
Será na Escola de Comunicação da UFRJ (Av. Pasteur, 250), no prédio da CPM (Central de Produção Multimídia), nesta quinta 28. A partir das 18h, e noite adentro, na sala do Pontão de Cultura Digital da ECO/UFRJ.
Mostra de Filmes
Elepnhats Dream
INproprietário
Big Buck Bunny
Pós-debate cONfraternizAção+música (DJ livre: traga seu mp3) + imagenaparede
Software e Conhecimentos Livres em debate
Eurico Zimbres abordará as mudanças na forma de produção e troca dos vários tipos do conhecimento, superando as antigas, tanto em quantidade como qualidade, e como os mecanismos de apropriação dos direitos sobre os mesmos, anteriormente aceitos como normais, passaram a ser um freio à sua livre e contínua expansão.
Com o desenvolvimento do transistor, tudo (ou quase tudo) que poderia ser transformado em bits o foi: escritas, fotografias, desenhos, mapas, softwares e sons.
A força produtiva da humanidade foi potencializada numa escala nunca antes vista. Mesmo o aumento obtido na Revolução Industrial é uma ninharia quando comparado ao que vem ocorrendo. O trabalho de centenas de trabalhadores concentrando-se em um, apoiado por máquinas robóticas. Centenas de profissões sumiram e outras centenas foram criadas num piscar de olhos.
A digitalização do conhecimento humano criou as condições para que surgissem novos meios e vias onde este pudesse ser armazenado e trocado, em quantidade e velocidade nunca antes imaginável: conhecimento equivalente a milhares de bibliotecas foram concentrados em espaços de poucos centímetros quadrados e, com a Internet, esta imensidade de conhecimento passou a circular com a velocidade da luz por todo o planeta, fazendo das antigas fronteiras nacionais linhas imaginárias a serem solenemente ignoradas.