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Pesquisa com animais não é mais necessária na era do genoma, diz associação

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O uso de animais como cobaias em pesquisas não é mais necessário na chamada era do genoma, afirma a presidente da Sociedade União Internacional Protetora dos Animais (Suipa), Izabel Crsitina Nacimento. Segundo ela, é preciso que o Brasil, sobretudo, invista em métodos alternativos, como estudos in vitro e com células.

Ontem (29), o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, informou que vai dar início no próximo mês ao cadastro de todas as pesquisas que usam animais.

Em entrevista à Agência Brasil, Izabel afirmou que o uso de animais como cobaias é “paradoxal”, uma vez que os bichos são usados por se tratarem de organismos próximos ao ser humano, mas, ao mesmo tempo, são vistos como seres sem direito de escolha em relação ao sofrimento a que são submetidos durante os experimentos.

“Se eu quiser ser uma cobaia humana, tenho que assinar um compromisso, mas podem fazer estudos com o animal porque ele é inferior?”, questionou.

Izabel lembrou que a própria Lei de Crimes Ambientais prevê punição para o abusos e os maus-tratos a animais. Ela destacou ainda que a legislação brasileira só permite o udos de animais como cobaias quando não há possibilidade de outros métodos. “Mas os pesquisadores acham que são deuses”, criticou.

A Suipa considera antiquada a Lei Arouca, que traz as normas para o uso das cobaias em experimentos. Criado há pelo menos 20 anos, o texto foi sancionado apenas em 2008 e prevê que os animais podem ser usados como cobaias somente após o experimento em células. Em seguida, humanos estão liberados para participar dos testes.

“O animal tem sentimento, está mais do que comprovado. Eles sentem medo, angústia, tristeza, depressão”, afirmou. Izabel citou o exemplo do medicamento Talidomida, responsável por deformações em fetos humanos mesmo depois de ter sido testado em cães e gatos. “A experimentação científica está muito atrasada no Brasil”, completou.

De acordo com a Suipa, países europeus, além do Canadá e dos Estados Unidos, conseguiram reduzir de forma considerável o uso de animais como cobaias. Outro avanço, segundo Izabel, é que, nesses países, medicamentos e produtos feitos em laboratório informam o rótulo se foram testados em animais.

“Lá eles dão a opção de não usar aquilo, mas o brasileiro não tem noção, falta cultura, conhecimento”, concluiu.

Doenças Negligenciadas ainda matam 1 milhão por ano no mundo

Foi publicada na Revista da FINEP de Junho/Julho uma reportagem sobre doenças negligencidas. Além da matéria falar de cada uma das quatro doenças trabalhadas pela DNDi (leishmaniose, malária, doença de Chagas e doença do sono), também é dada uma atenção especial a doença de Chagas, e por fim uma explicação sobre o que é a DNDi.

Link da matéria completa: www.finep.gov.br/imprensa/revista/edicao6/inovacao_em_pauta_6_doencas_negl.pdf

(Registro por Flávio Pontes, do DNDi)

Praga que vira energia

O inajá (Maximiliana maripa), uma palmeira abundante na região amazônica, é considerada uma praga por muitos habitantes locais. Traz prejuízos à pecuária, pois suas sementes são dispersas facilmente por diversos animais, e a planta, que atinge até 20 metros, resiste ao fogo, brotando novamente onde são feitas queimadas para preparação de pastagens.

As mesmas características que tornam o inajá um problema para os pecuaristas poderão transformá-la numa solução para comunidades agrícolas isoladas, gerando energia e renda. Leia a matéria de Fábio de Castro na Agência Fapesp.

Bolsista do CNPq conquista prêmio internacional

Flávia Moreira ganhou o prêmio “Achievement in Biosciences”, oferecido pela Oxford University Press, por sua tese de doutorado em Biologia e Produtividade de Plantas Cultivadas do Centro de Ciências Agrárias de Milão

A pesquisadora Flávia Moreira ganhou o prêmio “Achievement in Biosciences”, oferecido pela Oxford University Press, por sua tese de doutorado em Biologia e Produtividade de Plantas Cultivadas do Centro de Ciências Agrárias de Milão. Os estudos foram feitos no Instituto Agrário de San Michele all’Adige, na Itália, com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT).

Bióloga formada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Flávia Moreira obteve o titulo de doutor em junho de 2006. No trabalho de tese, a pesquisadora identificou regiões do genoma da videira que dão uma boa resistência aos principais patógenos fúngicos da planta: o mildio e o oidio. Popularmente chamados de “podridão dos cachos”, recebem, em inglês, os nomes de downy mildew e powdery mildew, e são causados pelos patógenos Plasmopara viticola e Uncinula necator, respectivamente.

Os resultados surgiram a partir da combinação das observaçoes conduzidas por 3 anos em aproximadamente 100 plantas submetidas a infecções naturais em campo com o perfil do DNA de cada planta de videira. Destes resultados, podem ser desenvolvidos tanto indicadores úteis para a seleção precoce de plantas resistentes nos programas de cruzamento, quanto novos conhecimentos sobre as bases genéticas da autodefesa da planta. (Assessoria de Comunicação Social do CNPq)

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Saiba mais: http://www.cnpq.br/

I Simpósio Brasileiro de Mudanças Ambientais Globais

A Academia Brasileira de Ciências, o Programa Internacional da Geosfera-Biosfera (IGBP) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) convidam os Acadêmicos e demais interessados a participar do I Simpósio Brasileiro de Mudanças Ambientais Globais, que será realizado no auditório da Academia Brasileira de Ciências, no Rio de Janeiro, nos dias 11 e 12 de março de 2007. Informações em breve em http://www.abc.org.br/