Projetar horizontes humanos. Humanização. Não outros são os eixos deste projeto editorial. Aqui acolhimento. Aqui coexistência. Aqui comunidade. Aqui construção coletiva. A redemocratização do Brasil, o retorno do Brasil abriu um espaço de recuperação da vida. Calçar o dia a dia nas memórias positivas. Memória da vitória. Memória da libertação. O espaço está aberto. Partilhe a sua experiência! A vida e breve. Cada minuto conta. Conte o que fez para seguir em frente. Como é que conseguiu superar o que lhe manteve derrubada ou derrubado.
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Sentido de viver
O que é que me anima? O que é que faz valer a pena ter amanhecido? Respondo para mim mesmo e escuto a resposta. É o prazer. A beleza a que me agarro como o musgo à pedra. Algo tão simples, tão ao alcance. Vê-la e saber disto. Ver a flor e saber disto, sem sombra de dúvida. Ter um projeto, ou mais de um, entrelaçados.
Saber sentindo, que há, na verdade, um único projeto. Ser feliz. Ser quem sou. Mais eu cada vez. Menos o implante que tanto me confundiu tantas vezes! Desta forma começa a jornada. Segunda-feira. Este é o meu trabalho. Juntar e me juntar. Partilhar o que vou vendo e aprendendo. Costurar tempos e me coser nesta juntada.
Sei que não estou só. Há mais mãos nesta empreitada. Somando. Somar. Para o bem. Para o desabrochar daquilo que embeleza a vida. Escuto o galo cantar. Será a revolução? O que é a revolução hoje? Qual é a minha revolução? Voltamos ao começo. O que me faz viver. O que me alegra e anima. O que dá sentido ao meu viver.
Isto aprendo garimpando dentro de mim, constantemente. Desfazendo equívocos. Isto não, isto não. Vai restando apenas uma faísca. Uma luz bem pequenininha ou nem tanto. Por vezes é um clarão, do tamanho e esplendor do sol. Vou por aí. Aí está tudo e isso é tudo. Hoje posso afirmar sem rodeios, que o meu sentido maior é o prazer.
O desfrute das pequenas coisas da vida, essenciais. A respiração. O saber-me parte do todo, tal como as árvores e as estrelas. Sentir que o medo não me paralisa, como não me paralisou no passado. Cresci, frutifiquei. Eis me aqui! Pronto para esta revolução diária em volta do sol. Deixo vir as palavras que vão apontando o caminho e vou por aí.
Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/
Sabedoria
Demasiado conhecimento isola
Demasiada informação idiotiza
Saber demais sem saber o que importa é esterilidade
É ausentar-se da realidade
Ignorar que saímos de um nazifascismo
Minimizar a redemocratização do Brasil
É ser cego por não querer ver
A vida é curta e é o bem mais precioso
São segundos o que importa
Atenção e valorização do essencial
Isto é saber.
Prefiro não saber o que não importa
E saber o que é preciso
Isto é o que me faz ter atenção integrada ao existir
Não perder tempo é isto
Viver cada instante como o que é mais importante
Só se vive um instante.
Tenho visto gente que vomita informações sobre tudo e ignora o essencial
Talvez seja o preço da ignorância
Não temos tempo a perder
Bom dia!
Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/
Foco
O que é contingente muda substancialmente
Nesta interação acontece a vida
Transcorrem os dias
A vida vivida é a substancia da poesia
A realidade como tal
O que é
Este é o objeto e o objetivo do meu existir
Não estou só
Uma vez que presto atenção extremada ao que acontece
Leio e estudo e me leio e me estudo
Investigo e pesquiso
Tento saber e sei
Saboreio o contato profundo com o que me cerca
Sol e lua
Chuva e gente
Paisagens e beleza
Me embelesa.
Propósito
É um convite para a introspecção
Um olhar para dentro e desde dentro
Uma escuta desde o coração
Uma ação integrada
Toda vida é uma intersecção de caminhos
Uma costura de tempos
Um entrelaçamento de lutas e vitórias
Quedas e recomeços
Um espaço para o ser
Um convite para a autenticidade
Escrever e publicar
É uma ponte para a vida
Um agir em comunidade
Um crescer juntos e juntas
A vida cotidiana
A vida vivida
São a matéria da existência
Termos consciência da nossa vida
Consciência do viver
É uma arte
A arte de nos tornarmos quem somos!
Conhecer para transformar
Para transformarmos as estruturas perversas de nossa sociedade, inclusive a partir de nós mesmos, mostra-se fundamental nosso esforço cotidiano (pessoal e coletivo) de irmos conhecendo, cada vez melhor, a realidade social, econômica, política e cultural. Isto só se torna possível, a medida que nos dispomos a um aprendizado contínuo do que nela se passa, seja em âmbito local, regional, nacional, internacional.
Trata-se de um compromisso pessoal e coletivo com o processo de libertação, sempre na busca de construção de uma nova sociedade economicamente, politicamente participativa, culturalmente diversa.
Tarefa desafiante a ser assumida cotidianamente por cada uma, cada um, e principalmente por nossas organizações de base.
Neste sentido, alegra-me poder associar-me a quantos e quantas assumir esta tarefa dia a dia. Eis a razão pela qual, nas linhas que seguem, cuido de “dar razão à nossa esperança”.
Restrinjo-me, com efeito, a compartilhar os aprendizados mais recentes que fiz utilizando a via dos “podcast”. Um primeiro é o podcast “os crimes da ditadura”, produzido de forma competente e bem documentada, ele vem sendo elaborado e apresentado por quatro pessoas, duas Maranhenses, Gisele Amaral e Ed Edson, e duas Cearenses, Alan Nascimento e Jubs Berbare, já tendo até aqui sido produzidos 51 episódios, relatando, de modo sistemático centenas de crimes perpetrados contra a sociedade brasileira, pelos responsáveis da Ditadura empresarial-militar, no período compreendido entre 1964 e 1985. Fiz questão de acompanhar atentamente todos os episódios até aqui relatados, razão por que o recomendo fortemente, inclusive pelas preciosas sugestões bibliográficas apresentadas ao final de cada episódio.
Entendo de grande importância, especialmente para as novas gerações o esforço de acompanhar todos esses relatos, como um exercício contínuo da memória histórica dos oprimidos. Recomendo, portanto, o acesso ao link https://open.spotify.com/show/
Outro podcast que acompanhei, com igual interesse, foi o denominado “Projeto Querino”, protagonizado por uma equipe de 40 profissionais de atuação interdisciplinar, cujo objetivo principal é o de nos convidar a uma leitura crítica da história do Brasil, a partir do olhar dos “de baixo” – dos Africanos aqui escravizados, dos povos originários, dos camponeses, dos operários… O projeto Querino toma esse nome, em homenagem a Manuel Querino, um dos intérpretes de nossa formação histórica. Ao mesmo tempo, os protagonistas do Projeto Querino se inspiraram em outro projeto similar, “Projeto 1619”, protagonizado pela jornalista Nikole Hannah-Jones, aludindo aos inícios da escravidão nos EUA, com o tráfico dos primeiros africanos de Angola para a Virginia.
Ambos os projetos se empenham em fornecer uma leitura crítica alternativa à que é feita pelos principais intérpretes da formação histórica desses países. Recomendo igualmente que se confira este podcast, acessando o link https://projetoquerino.com.br/
Um outro podcast que também acompanhei com igual interesse, intitula-se “História Preta”, narrando, em diversos episódios, histórias de figuras de referência do Povo Negro brasileiro, principalmente recuperando a biografia de Carolina Maria de Jesus, cuja trajetória de lutas e sofrimentos não a impediu de tornar-se uma brilhante escritora, cujo livro principal “Quarto de despejo” alcançou fama inédita, em 1960, quando foi lançado, chegando a concorrer com conhecidos best-sellers, inclusive Jorge Amado.
A quarta sugestão de leitura que ouso compartilhar tem a ver com o rico debate proporcionado pela Editora Boitempo, quando do recente lançamento do livro “Colonialismo Digital”, de autoria de Deivison Faustino e Walter Lippold com a apresentação de Sérgio Amadeu. A sessão de lançamento contou ainda com a participação de Karina Menezes e de Tarcízio Silva, com mediação de Marcela Magalhães. Livro instigante e desafiador que se debruçar criticamente nos meandros das tecnologias digitais,de modo a desmascarar sua presença neutralidade, demonstrando seu enorme potencial ideológico de dominação,ao tempo em que desafiam a Esquerda a entender e a lidar com essas ferramentas digitais, na perspectiva crítica e transformadora da barbárie capitalista.
Eis apenas algumas sugestões,dentre tantas do gênero, que compartilho,com intuito de contribuir, ainda que modestamente, com o nosso processo formativo e lutas pela construção de uma nova sociedade.
João Pessoa, 18 de Maio de 2023
Governo Lula reajusta bolsas de pesquisa, congeladas desde 2013
O presidente anunciou também um reajuste, a partir de março, do valor pago aos estudantes e pesquisadores, que subirá entre 25% e 200% (veja tabela). Fazia 10 anos que as bolsas não eram atualizadas.
“É importante vocês saberem que a gente vai fortalecer outra vez a educação, da creche à universidade. E que está proibido, neste governo, tratar como gasto o dinheiro que vai para a educação, que vai para as bolsas, que vai para a saúde. Neste governo, tudo que formos fazer para atender as necessidades do povo brasileiro vai se chamar investimento”, disse Lula para a plateia, que reunia estudantes, pesquisadores, cientistas e membros do governo.
Serão beneficiados pelo reajuste todos aqueles que ganham bolsas de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado pagas por instituições como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Veja o aumento dado em cada bolsa:
– Iniciação científica no ensino médio: de R$ 100 para R$ 300 (200%)
– Iniciação científica na graduação: R$ 400 para R$ 700 (75%)
– Mestrado: de R$ 1.500 para R$ 2.100 (40%)
– Doutorado: de R$ 2.200 para R$ 3.100 (40%)
– Pós-doutorado: de R$ 4.100 para R$ 5.200 (25%)
Haverá reajuste também da Bolsa Permanência, criada para reduzir o abandono da graduação por estudantes quilombolas, indígenas, integrantes do Prouni e em situação de vulnerabilidade socioeconômica, e da bolsa para formação de professores da educação básica. Somadas, essas ações representam investimento de R$ 2,38 bilhões.
Ciência volta a ser respeitada
Com essa medida, o governo federal volta a investir na pesquisa brasileira, que foi fortemente atacada durante o governo Bolsonaro. O corte de recursos para universidades e instituições de pesquisa fizeram com que muitas instituições ficassem a ponto de fechar e que Capes e CNPq tivessem dificuldade de pagar seus bolsistas, mesmo com valores tão defasados.
“Nós vivemos nos últimos anos um período obscuro, em que o governo tratou com descaso o que há de mais importante no patrimônio do seu país, que é a educação de seu povo”, ressaltou o ministro da Educação, Camilo Santana.
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Reindustrialização para por inovação
Segundo a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, o fortalecimento das bolsas ajuda também o Brasil a manter aqui seus talentos, o que é fundamental para uma nação que quer se reindustrializar. Afinal, é das universidades que saem inovações tecnológicas que podem impulsionar a indústria.
“A bolsas são ferramentas essenciais para o desenvolvimento científico e a geração de inovação. Ao permitir a dedicação exclusiva às atividades de pesquisa, o benefício assegura a qualificação, a duração e a permanência do pesquisador e da pesquisadora no Brasil, evitando a evasão de talentos para o exterior, que é tão preocupante para o futuro da nossa nação”, disse.
Lula reforçou a fala da ministra: “Este país não quer ser exportador só de minério de ferro, de soja e milho. Este país quer ser exportador de conhecimento, de alta tecnologia. E para isso nós temos que investir na educação, em pesquisa. Se a gente não tivesse pesquisado, a gente não tinha encontrado o pré-sal”, ressaltou o presidente.
Fonte: PT, com Palácio do Planalto