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17º Curso do NPC discute comunicação num mundo em ebulição

O curso acontece de 16 a 20 de novembro, no Rio de Janeiro, e as inscrições estão abertas.

Já estão abertas as inscrições para o 17º Curso Anual de Comunicação do NPC, que neste ano ocorrerá de 16 a 20 de novembro no Clube de Engenharia, Centro do Rio de Janeiro. O curso é referência para sindicalistas, jornalistas, militantes sociais, professores e estudantes de comunicação do país inteiro, interessados em pensar a força da mídia e seu papel central na disputa de hegemonia na sociedade.

“Além de promover uma ampla discussão sobre os diversos temas propostos, o objetivo deste curso também é estimular e dar ferramentas para que os comunicadores possam se fortalecer na disputa diária por hegemonia e na luta por um mundo justo e solidário”, explica o coordenador do NPC, Vito Giannotti. Professores, profissionais veteranos e jovens das áreas de cultura e comunicação e militantes ministrarão palestras e oficinas, proporcionando uma rica troca de conhecimento e experiências com os participantes. Clique aqui e confira o folder com a programação completa.

Mesas

A mesa “Século XXI: mídia e ebulição do mundo latino, árabe e europeu” contará com a presença do jornalista e sociólogo espanhol Ignacio Ramonet, ex-editor do Le Monde Diplomatique, do também espanhol Pascual Serrano, jornalista e autor do livro “Desinformação: como os meios de comunicação ocultam o mundo” e do professor do Departamento de Estudos Culturais e Mídia da UFF, Dênis de Moraes, autor de “A Batalha da Mídia na América Latina” e de “Vozes abertas da América Latina: Estado, políticas públicas e democratização da comunicação”.

Os professores Virgínia Fontes, Adelaide Gonçalves e Mauro Iasi falarão dos 140 anos da Comuna de Paris, primeira experiência em que, nas palavras de Karl Marx, “os trabalhadores tomaram o céu de assalto”. Na discussão sobre arte e política na batalha de hegemonia, o cineasta Jefferson D, morador da periferia de São Paulo e diretor do filme “Bróder” dividirá a mesa com Sílvio Tendler e outros artistas. A mesa “Do jornal à internet: hegemonia e luta de classes” contará com a participação do jornalista Altamiro Borges, do Centro de Estudos Barão de Itararé, de Beto Almeida, jornalista e Membro da Junta Diretiva da Telesur, Renato Rovai, editor da Revista Fórum e de Silvio Mieli, jornalista e professor da PUC de São Paulo.

Os ataques da direita, através da mídia, ao Plano Nacional de Direitos Humanos serão debatidos pelo ex-secretário Nacional de Direitos Humanos, Paulo Vanuchi, pelo dirigente do MST, João Pedro Stedile, pelo cientista político, Venício Lima e pelo jornalista e professor Gilberto Maringoni. Desafios para manter jornais sindicais de qualidade # Experiências atuais de comunicação alternativa # Arte e política na batalha de hegemonia # Uso da internet, do rádio e da televisão # Megaeventos e movimentos sociais # Relação da mídia com temas tabus como aborto, homofobia, machismo, racismo e favela também serão assuntos tratados neste 17º Curso Anual de Comunicação do NPC.

Oficinas e filme

Além das mesas haverá também seis oficinas. Uma delas será uma conversa sobre Comunicação e Educação com o professor Gaudêncio Frigotto, da Faculdade Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF). Vito Giannotti dará uma oficina sobre diagramação de jornais, revistas e cartilhas. Haverá também oficinas sobre redes sociais na internet, rádio comunitária e linguagem.

Após a exibição do premiado documentário Cidadão Boilesen, de Chaim Litewski, sobre a participação das empresas na implantação da ditadura civil-militar no Brasil, o jornalista de O Globo, Chico Otávio, participará do debate e falará da sua série de reportagens sobre o atentado do Riocentro. O jornalista e escritor Alípio Freire e o professor da Unicamp, Reginaldo Moraes, também participam deste debate.

Inscrições

Para fazer sua inscrição, solicite a ficha pelo e-mail npiratininga@uol.com.br. Há dois tipos de inscrição: Com estadia (R$ 990,00) e sem estadia (R$ 550,00). A hospedagem é em apartamento duplo no Hotel Itajubá e Hotel OK (ambos na Cinelândia), das 12h do dia 16/11 e às 12h do dia 20/11. Estudantes de comunicação têm 40% de desconto em inscrições sem hospedagem. Todas as inscrições dão direito a almoço e ao material do curso (pasta, apostila e bloco). Nos dias 17, 18 e 19/11 haverá lanche. O jantar não está incluído.

Contato

Núcleo Piratininga de Comunicação – NPC

Falar com Augusto, Marina, Vito ou Claudia.

Telefones: (21) 2220-5618 e 2220-4895

E-mail: npiratininga@uol.com.br

Site: www.piratininga.org.br

Twitter: @NPC_

Facebook: http://www.facebook.com/nucleopiratininga

Movimento sindical acorda para a comunicação

Há anos, no Brasil, em São Paulo, homens de nome Raimundo, Julio, Vito, Bernardo, como Quixotes urbanos, sempre de lança em punho, combatiam moinhos pela comunicação. Uma comunicação alternativa, sindical, política, de esquerda, comprometida com os interesses dos trabalhadores. Enfatizavam a importância da comunicação para a disputa da sociedade a ser construída. Suas ideias foram absorvidas por outros desbravadores: Klebers, Rosângelas, Laus, Najlas, Biras, Kátias.

Ventos sopraram forte nos últimos anos contra os direitos dos trabalhadores, as economias e as culturas locais. Mas estes não são eternos. Ao Sul da fronteira do México, outros ventos despertaram vontades de resistência e mudança. Assim tem sido em Venezuela, Uruguai, Bolívia, Argentina, Equador e Brasil. Mudanças acompanhadas por outras na estrutura arcaica da comunicação.

Aqui já falei do Encontro dos Blogueiros, da TV dos Trabalhadores e, agora, convido aos quixotes que me leem, que venham ao Rio, onde de 24 a 28/11, no 16º Curso Anual do NPC, a centralidade da mídia na disputa de mundo estará em debate.

Para cá vão convergir sindicalistas de todo o País, dispostos a compreender as mudanças que ocorrem na comunicação e no mundo e a melhorar aquela que fala com o trabalhador em seu local de trabalho: a comunicação sindical. Estarão no Curso personalidades com o escritor paquistanês Tariq Ali, o jornalista espanhol Ignacio Ramonet e intelectuais brasileiros do porte de Teotônio dos Santos, Vânia Bambirra e José Arbex Jr, além de especialistas em comunicação como Venício Lima, Dênis de Moraes, Hamilton de Souza dentre outros tantos.

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(*) Claudia Santiago coordena o Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC).

16º Curso Anual do NPC reúne principais nomes da comunicação popular, comunitária e alternativa

O 16 º Curso do Núcleo Piratininga de Comunicação vai acontecer de 24 a 28 de novembro de 2010, no auditório do Conjunto Cultural da Caixa Econômica, no Centro do Rio de Janeiro.

Serão cinco dias de muito trabalho e discussão sobre a comunicação em suas diferentes formas.

A homenagem desta edição será pelos 100 anos da Revolta da Chibata, com um ato cultural na noite do dia 25, quinta-feira.

Para se inscrever no curso, clique aqui, copie a ficha de inscrição, preencha e envie para npiratininga@uol.com.br juntamente com comprovante de depósito. Todas as instruções estão na ficha de inscrição. Em caso de dúvidas, ligue para (21) 2220-5618 ou (21) 2220-4895.

Clique aqui para ver a programação do evento (em PDF).

Você pode acompanhar outros detalhes sobre o Curso no blog www.blogdonpc.wordpress.com ou na página www.piratininga.org.br

NPC em 2010: novos cursos

Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC)

Há 15 anos o Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) se constituiu como grupo de apoio e incentivo à comunicação dos trabalhadores visando a disputa de hegemonia na sociedade. Uma disputa que pressupõe o incentivo a valores baseados na solidariedade, na liberdade, nos direitos humanos e na justiça. Em 2010 esta aposta será reforçada com a realização de novos cursos. Confira abaixo:

“Anticurso de Jornalismo” da Caros Amigos

Em abril, o NPC promove juntamente com a revista Caros Amigos, o “Anticurso de Jornalismo”. Este curso, com 16 horas de duração no total, já foi promovido em São Paulo. A idéia de fazê-lo no Rio é propiciar a participação de estudantes de comunicação e jornalistas do Rio, Espírito Santo e Minas Gerais.

O objetivo é a troca de idéias entre os palestrantes e os participantes, promovendo discussões democráticas sobre assuntos polêmicos, como a exigência de diploma, os manuais de redação, a imparcialidade e a relação com as fontes.

Novas Mídias e rádio comunitária

Arthur William, Luisa Santiago e Gustavo Barreto vão ministrar curso de novas mídias para jornalistas da imprensa sindical. Este curso será fechado para sindicatos visando atender às especificidades deste segmento.

Belas letras e literatura africana

Claudia Santiago e Sheila Jacob serão as responsáveis por este curso que vai atender pessoas que tenham cursado, no máximo até a nona série do ensino regular. Será realizado em maio. Terão prioridade na inscrição, moradores de ocupações urbanas e rurais.

História, geografia e economia: sem este trio não dá para fazer comunicação

Há muitos anos, o NPC bate na mesma tecla. Jornalistas precisam estudar história, geografia e economia. Em setembro de 2009, profissionais destas áreas, conhecidos nacionalmente, estarão no Rio para ministrar cursos simultâneos para turmas pequenas de estudantes de comunicação, jornalistas e comunicadores populares. Márcio Pochmann já confirmou presença no curso de economia.

Os cursos que continuam em 2010

Os outros cursos do NPC estão todos mantidos. Comunicação Sindical, História das Lutas dos Trabalhadores, Novas Mídias, Oratória e Redação.

Comunicação popular: um jeito diferente de explicar o mundo

Começa, em 4 de janeiro, a pré-inscrição para a quinta turma do Curso de Comunicação Popular do NPC, realizado anualmente com apoio da Fundação Rosa Luxemburgo. O curso começa em junho e tem de quatro a seis meses de duração. Terão prioridade na inscrição os candidatos que cumprirem os seguintes requisitos: ser aluno de pré-vestibular comunitário, ter comprovadamente baixa-renda, morar em favelas ou ocupações, atuar em comunicação comunitária e ser indicado por alunos que já fizeram o curso em anos anteriores.

Oratória para trabalhadores

Ainda sem data marcada, confirmamos a realização, em 2010, do Curso de Oratória para trabalhadores, no Rio de janeiro, com o coordenador do NPC, Vito Giannotti.

Informações completas em www.piratininga.org.br

Carta de princípios da Rede Nacional de Jornalistas Populares

Rio de Janeiro, julho de 2005

A RENAJORP – Rede Nacional dos Jornalistas Populares – é uma articulação de jornalistas descentralizada, sem hierarquia, articulada em nível nacional e organizada de forma horizontal. Tem como objetivos:

  • Dar suporte técnico na área da comunicação aos movimentos sociais em observação ao código de ética dos jornalistas e à legislação vigente.
  • Fortalecer a imprensa alternativa, popular e aquela produzida pelos movimentos sociais. Esta é a imprensa que cobre os temas que dizem respeito aos trabalhadores e que são de interesse de sua classe.
  • Apoiar os comunicadores populares e as atividades por estes desenvolvidas.
  • Ser parte atuante da luta geral destes movimentos por mudanças políticas e econômicas no nosso país que gerem mudanças na trágica qualidade de vida do trabalhador brasileiro.

Jornalistas contra todas as violências

Particularmente, queremos atuar na denúncia e combate a toda manifestação de violência contra as classes populares, da violência em família (crianças, mulheres e idosos) à violência da exploração no trabalho, da violência policial-repressiva à violência de todas as manifestações de continuidade da relação entre a ‘Casa Grande’ e a ‘Senzala’. Da violência da segregação étnica, aos preconceitos de orientação sexual. Da violência da apropriação de bens públicos para vantagens privadas incluindo a ação das multinacionais no Brasil, que contribuem para isso com destaque, à exclusão por toda forma de miséria.

Esta experiência nasceu com a necessidade de agregarmos e aglutinarmos profissionais da comunicação comprometidos com os movimentos sociais, com os direitos humanos e com a luta dos trabalhadores por emprego, salário, terra, moradia e outros direitos inalienáveis aos seres humanos.

Os jornalistas reunidos na Renajorp entendem que a comunicação tanto pode ser libertadora quanto manipuladora. Unem-se aqueles que a colocam como peça fundamental na disputa de hegemonia que permeia a sociedade entre os que querem transformá-la e os querem manter os privilégios da elite subserviente e predatória que domina o Brasil há 500 anos. A Renajorp apresenta-se, portanto, a serviço da tarefa de acabar com a escravidão no Brasil que, sob formas diferentes, ainda continua depois de 500 anos de ocupação/invasão portuguesa.

Hoje, esta escravidão é fruto da subserviência do Brasil enquanto nação sul-americana ao imperialismo econômico e cultural. Somos escravos de uma dívida eterna que não nos permite crescer enquanto nação soberana. O pagamento desta dívida é responsável pela falta de emprego, renda, saúde, educação, seguridade, saneamento, transporte urbano, terra e outros direitos sociais.

Pequeno histórico

A proposta de criação de uma Rede de Jornalista a serviço dos movimentos populares surgiu a partir das necessidades cotidianas desses movimentos que vinham sendo apresentadas a jornalistas a eles ligados direta ou indiretamente. Foi apresentada pela primeira em dezembro de 2004 em um encontro, no Rio de Janeiro, com a presença de jornalistas de várias cidades do País. No final de maio deste ano, a proposta foi apresentada novamente durante um debate, também no Rio de Janeiro, que teve como tema “A Comunicação e a Violência”.

Os fundadores da rede são os jornalistas e estudantes de comunicação que estavam presentes neste debate. A primeira reunião da Renajorp ocorreu no dia 15 de maio de 2005, no Sindicato dos Engenheiros do Rio de Janeiro, com a participação de sete jornalistas e um estudante de comunicação. Na ocasião foi discutida a formação da rede.

Proposta de funcionamento

  • A Renajorp reunirá quinzenalmente seus integrantes para debater as questões políticas da região e o relacionamento da Rede com as coordenações políticas dos movimentos sociais.
  • A Renajorp terá contatos de referência responsáveis pela convocarão e organização das reuniões e que servirão como ligação entre os movimentos e a Rede.
  • A Renajorp promoverá atividades de formação de seus integrantes (seminário, grupos de estudo, etc).
  • A Renajorp trabalha na organização de um banco de dados com informações sobre os principais movimentos sociais de cada estado que artigos, entrevistas, reportagens sobre temas que dizem respeito à proposta da Rede.
  • A Renajorp se encontrará anualmente em um fórum nacional de debate sobre a conjuntura política do país e o balanço de sua atuação. Será uma oportunidade para a troca de experiências e aprofundamento do relacionamento entre os integrantes da rede em todo o País.

Rio de Janeiro, julho de 2005
Rede Nacional de Jornalistas Populares