Essas expressões vieram nas e das redes da Terapia Comunitária Integrativa. Um espaço de construção coletiva em que a nossa revista é apreciada.
Venho trabalhando na mirada poética, esse mínimo em que consiste a vida. Aquela eternização que está ao nosso alcance quando nos tornamos acessíveis à beleza. Um lugar de pertencimento essencial. Na altura da vida em que me encontro, tudo vêm convergindo. Já não há mais dissociações, ou as que ainda persistem, tendem a se dissolver numa integração.
Descomprimir. Desexigir. Deixar mais espaço. Ver que há mais espaço. Positivar o esforço resiliente. A construção de vínculos. A potenciação da solidariedade que nos faz ver que sempre há alguém a nosso favor, em qualquer circunstância. Deixar a mania de achar que sabemos mais do que alguém. Abrir a possibilidade da colaboração e da complementação.
A integração de saberes, a ênfase na experiência, recompõem um senso de pertencimento que costura as fendas da coesão social. Ao invés de uma sensação de estranheza e alheamento, passamos a viver com um sentimento mais benigno: a segurança. A confiança que nasce de saber que temos um lugar no convívio social.
Ilustração: “O tecido do universo”
Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/