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Pertencimento

A celebração do aniversário de Consciência me trouxe as vozes e o afeto, a proximidade e o reconhecimento, a sensação de pertencimento. Tudo de que preciso para seguir em frente, mais contente e confiante.

Essas expressões vieram nas e das redes da Terapia Comunitária Integrativa. Um espaço de construção coletiva em que a nossa revista é apreciada.

Venho trabalhando na mirada poética, esse mínimo em que consiste a vida. Aquela eternização que está ao nosso alcance quando nos tornamos acessíveis à beleza. Um lugar de pertencimento essencial. Na altura da vida em que me encontro, tudo vêm convergindo. Já não há mais dissociações, ou as que ainda persistem, tendem a se dissolver numa integração.

Descomprimir. Desexigir. Deixar mais espaço. Ver que há mais espaço. Positivar o esforço resiliente. A construção de vínculos. A potenciação da solidariedade que nos faz ver que sempre há alguém a nosso favor, em qualquer circunstância. Deixar a mania de achar que sabemos mais do que alguém. Abrir a possibilidade da colaboração e da complementação.

A integração de saberes, a ênfase na experiência, recompõem um senso de pertencimento que costura as fendas da coesão social. Ao invés de uma sensação de estranheza e alheamento, passamos a viver com um sentimento mais benigno: a segurança. A confiança que nasce de saber que temos um lugar no convívio social.

Ilustração: “O tecido do universo”

Entrelazamiento

Pocas veces tuve tanto la oportunidad de constatar el entrelazamiento minucioso de tareas, actos y personas, cuanto en estos últimos días del mes de marzo, en que tuve que cuidar de las tareas de construcción de un muro y electrificación de mi casa, como medidas de protección, de seguridad. Habitualmente dedicado a tareas mentales o filosóficas, sean científicas o de otro carácter, tuve que tratar con metalúrgicos y albañiles, electricistas y personal de construcción, empleados de depósitos de cemento y arena, vendedores de material eléctrico y de desagües, cajas de electricidad, medidores de agua, fleteros que transportaban las cosas a casa o yo mismo lo hacía. En fin, unos trabajando en casa para protegerla, haciéndola más segura, otros, yo mismo muchas veces, andando por la ciudad para traer lo necesario a la continuidad de estas obras. Todo en esa fina trama de la vida, ese encaje complementario y de mutua solidaridad entre actividades, personas, hechos, tiempos, para dar como resultado cosas que hacen bien a los demás y a uno mismo.