Arquivo da tag: ciencia

Jornal PT Brasil recebe Renato Janine e Tereza Campello nesta quinta

Ex-ministro da Educação fala da reunião da SBPC e a situação da ciência no Brasil. Ex-ministra do Combate à Fome analisa ineficiência do Auxílio Brasil. Assista aqui, a partir das 9h

Confira nesta edição:

– A ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Tereza Campello fala da ineficiência do Auxílio Brasil;

– O ex-ministro da Educação e atual presidente da SPBC, Renato Janine, analisa a conjuntura caótica que envolve a educação e a ciência no Brasil;

– Fernando Brasil destaca as perdas salariais;

– Tudo sobre o Comitê Popular Surdes com Lula;

– Notícias do portal, a sua participação e muito mais!

Jornal PT Brasil, de segunda a sexta, normalmente a partir das 9h, sempre na TvPT.

Ouça também na Rádio PT – 24 horas no ar.

Fonte: PT

(27/07/2022)

Ideología, humanidad, realidad

Escribo para vivir.

Esto ya lo saben quienes me leen, y también quienes me apoyan con sus sinceras palabras.

Aquí me veo mejor, veo mejor el mundo, si es que este mundo se deja ver, de tan extraño que es.

Y de esto es que quiero hablar ahora.

¿Qué mundo es este en el que vivimos?

Las redes sociales y la internet han cambiado radicalmente la naturaleza del mundo en que vivimos.

He asistido a una clase virtual de la filósofa Marilena Chauí, de la Universidade de São Paulo, Brasil, sobre “¿Qué es la ideología?” (O que é a ideologia?), en YouTube: https://youtu.be/C3wv_vpRjzk

Confieso que el impacto de lo que ví y sentí al escuchar a esta profesora, me ha traído al mismo tiempo consuelo y un cierto espanto.

Vengo estudiando el tema de la ideología desde mis tiempos de estudiante de sociología en la Universidad Nacional de Cuyo, Mendoza, Argentina.

Hasta el día de hoy, no había visto una actualización tan viva del concepto de ideología tal como fue formulado por Karl Marx.

Marilena Chauí me ayudó a traer la visión del pasado al presente. Cómo es que en los días de hoy, las modernas tecnologías digitales usadas por los regímenes autoritarios y el neoliberalismo, han creado una falsa realidad.

El tiempo y el espacio se han compactado, perdiendo sus cualidades originarias. Parece que estuviéramos viviendo en el mejor de los mundos, cuando en realidad estamos más solitarios/as, aislados/as y desesesperanzados/as que nunca.

No es un panorama pesimista o negativo el que presenta la profesora. Es solamente un llamado de alerta, para la reconstrucción del tejido social que permita que siga existiendo una sociedad que se pueda llamar “humana.”

Lula defende retomada das áreas de educação, ciência e tecnologia

Lula participou de reunião com especialistas nas duas áreas para discutir, na Fundação Perseu Abramo (FPA), a situação difícil por que passam a educação e a ciência e tecnologia no Brasil

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, na manhã desta terça-feira (8), que o Brasil não pode retroceder nas conquistas da área de educação, como tem acontecido no atual governo, que tira recursos da área e promove um desmonte das políticas públicas, como Fies, ENEM e Sisu. Lula participou de reunião para discutir, na Fundação Perseu Abramo (FPA), a situação difícil por que passam a educação e a ciência e tecnologia no Brasil.

“É preciso fazer a sociedade entender o que está acontecendo. O que a gente fez não pode voltar à estaca zero. Fies, Sisu, Enem, investimentos, tudo voltou à estacada zero. Íamos chegar ao décimo degrau e eles voltaram para o segundo. É preciso recuperar o que fizemos e avançar”, disse Lula.

Em formato híbrido, com participação presencial e virtual, o encontro reuniu especialistas e ex-ministros, como Fernando Haddad (Educação) e Sérgio Resende (Ciência e Tecnologia), a presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, o presidente da FPA, Aloizio Mercadante, que foi titular das duas pastas no governo Lula e Dilma.

Também participaram do encontro, o ex-governador do Acre, Binho Marques, o secretário de Educação do Piauí, Ellen Gera, Rosa Neide e Tereza Leitão, coordenadoras do setorial Educação do PT, o ex-secretário executivo do MCTI, Luiz Antonio Elias e o presidente da CNTE, Heleno Araújo, e o coordenador de Educação do NAPP, Carlos Abicalil.

No centro da discussão, os problemas causados pelo descaso do governo federal com as duas áreas, como o abandono do MEC e a redução de recursos para o ensino superior, tanto na graduação como na pós-graduação, o que tem provocado fuga de cérebros do Brasil.

A conjuntura atual é bem diferente da verificada nos tempos dos governos petistas, que tiveram a educação como um dos pilares, o que favoreceu aumento de investimentos e de infraestrutura, com novas universidades, institutos federais e escolas técnicas, e democratização de acesso, com políticas inclusivas que mudou a configuração do ensino superior no Brasil.

Fonte: PT

(08/02/2022)

Começar de novo

A entrevista de Lula a veículos da mídia progressista ontem, teve a virtude de passar as coisas a limpo, mais uma vez. Em um cenário político e social marcado pela ambivalência ou a descarada falsidade, vimos sinceridade.

As palavras são para dizer o que as coisas são, e Lula disse. Precisamos voltar ao regime democrático abolido pelo golpe de estado de 2016. Voltar para uma economia e sociedade pautadas pela pessoa como objetivo e finalidade.

O mercado, o dinheiro, o lucro, não podem e não devem prevalecer por sobre a vida humana. Precisamos voltar mais uma vez para a felicidade. Comer todo dia e de maneira adequada e saudável.

Ter direito a um salário e a uma aposentadoria digna. Ter direito a existir, não importa qual seja a cor da pele ou a opção sexual. Sair de uma vez do abestalhamento que tomou conta de boa parte da população brasileira, que optou pela burrice e pela ignorância, e não pela educação, a cultura, a ciência e a consciência.

UNESCO: muitos laureados com o Prêmio Nobel são migrantes

UNESCO chama atenção para as múltiplas vezes em que o Prêmio Nobel — honraria máxima dos campos da química, física, literatura, paz e fisiologia ou medicina — foi entregue a pessoas que vivem em países diferentes daqueles em que nasceram.

A cientista Marie Curie é um exemplo de como migração e inovação por vezes estão relacionadas.

Nascida em Varsóvia, na Polônia, estabeleceu-se em Paris como pesquisadora, onde ganhou o Prêmio Nobel de física em 1903 e de química em 1911 pelas pesquisas pioneiras sobre radioatividade, tornando-se a primeira mulher a ganhar a honraria e a primeira pessoa a ganhá-la duas vezes.

Desde que foi estabelecida, em 1895, a honraria foi destinada quase exclusivamente a instituições sediadas em países desenvolvidos. No entanto, com frequência os cientistas por trás das pesquisas são expatriados originários de todas as partes do mundo.

(Foto: ©  Bettmann/Getty Images)

Desde 1969, os Prêmios Nobel foram quase exclusivamente para instituições sediadas em países desenvolvidos. No entanto, com muita frequência, os cientistas por trás das pesquisas de ponta são expatriados originários de todas as partes do mundo. Divulgadas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), as informações são da Fundação do Prêmio Nobel, e chamam atenção para as múltiplas vezes em que a honraria máxima dos campos da química, física, literatura, paz e fisiologia ou medicina foram entregues a pessoas que vivem em países diferentes daqueles em que nasceram.

A cientista Marie Curie (1867-1934) é um exemplo de como a migração e a inovação por vezes estão relacionadas. Nascida em Varsóvia, no que era então o Reino da Polônia, parte do Império Russo, ela estudou na clandestina Universidade Volante de Varsóvia e iniciou o treinamento científico na mesma cidade. Em 1891, aos 24 anos, seguiu a irmã mais velha, Bronisława, para estudar em Paris, onde se estabeleceu como pesquisadora.

Curie ganhou o Prêmio Nobel de física em 1903 e de química em 1911 pelas pesquisas pioneiras sobre radioatividade. Ela foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel, sendo também a primeira pessoa e a única mulher a ganhá-lo duas vezes, além de ser a única pessoa a ser premiada em dois campos científicos diferentes.

Pioneira em múltiplas frentes, Curie também foi a primeira mulher a se tornar professora na Universidade de Paris e, em 1995, e se tornou a primeira mulher a ser sepultada por seus próprios méritos no Panteão de Paris.

Tendência global – A tendência também pode ser observada em outros países. Desde 1969, 15 dos 45 laureados que representam instituições do Reino Unido nasceram no exterior. O maior número de laureados estrangeiros pode ser encontrado na Suíça, com 8 laureados nascidos no exterior para 7 laureados nascidos no próprio país. Os países cujas instituições chegaram aos dez primeiros lugares sem a ajuda de cientistas imigrantes são o Japão, com 15 laureados locais, e a Suécia, com 8.

A alta porcentagem de imigrantes e expatriados vencedores do Prêmio Nobel pode ser atribuída, principalmente, às instituições de pesquisa dos países mais desenvolvidos, que atraem cientistas de todo o mundo. De acordo com o Relatório de Ciências da UNESCO de 2021, os países do G20 representam quase 89% da população mundial de pesquisadores, indicando a importância do financiamento.

As maiores participações são encontradas na União Europeia (23,5%), na China (21,1%) e nos EUA (16,2%). Em alguns casos, a população de pesquisadores cresceu mais rápido do que os gastos com pesquisa, o que resulta em dificuldades para o financiamento de projetos. O cenário pode levar a uma fuga de cérebros, alerta a UNESCO.

Fonte: Nações Unidas – Brasil

(13-01-2022)

Nota em defesa da saúde nas Instituições de Ensino Superior

As associações signatárias reafirmam a autonomia das Instituições de Ensino Superior, especialmente as federais, para protegerem as respectivas comunidades da pandemia que já custou mais de 600 mil vidas ao Brasil, assim tomando – sempre que a seu ver for necessário – as medidas recomendadas pelos cientistas, a saber: distanciamento físico, porte de máscara, higienização constante das pessoas e dos espaços e, finalmente, a exigência de comprovante de vacinação completa.

A Constituição garante às universidades autonomia e, perante a ameaça que volta a recrudescer, com a nova variante da Covid-19 se espalhando rapidamente pelo mundo, esta autonomia necessariamente inclui o direito de adotar os cuidados exigidos pela preservação do bem maior que é a vida.

Portanto, consideramos que o despacho do Sr. Ministro da Educação, nesta data, além de desrespeitar a autonomia constitucional das instituições de ensino superior, está errado no mérito, por impossibilitar – verbo que emprega o ato ministerial – a adoção de medidas indispensáveis para garantir o direito, também constitucional, à vida.

ABC – Academia Brasileira de Ciências
ABRASCO – Associação Brasileira de Saúde Coletiva
Abem – Associação Brasileira de Educação Médica
Aben – Associação Brasileira de Enfermagem
ABRUC – Associação Brasileira das Universidades Comunitárias
ASFOC -SN
ANDES – Sindicato Nacional
ANM – Academia Nacional de Medicina
ANPG – Associação Nacional de Pós-Graduandos
Cebes – Centro Brasileiro de Estudos da Saúde
CONFAP – Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa –
CONFIES – Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica
CONIF – Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educ. Prof., Cient. e Tecnológica
CRUB – Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras
FASUBRA
FENAFAR – Federação Nacional dos Farmacêuticos
Frente Pela Vida
IBRA – CHICS
ICTP.BR
Observatório do Conhecimento
PROIFES
Rede Unida
Sinasefe
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC
Sou Ciência
SBB – Sociedade Brasileira de Bioética
SBMFC – Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade
União Brasileira de Estudantes Secundaristas – UBES
União Nacional de Estudantes – UNE

Fonte: ABRASCO

(30-12-2021)

Lula recebe o prêmio Azucena Villaflor em Buenos Aires pela luta por direitos humanos e contra o Lawfare

O ex-presidente Lula (PT) recebeu no final da tarde desta sexta-feira (10) na Argentina o Prêmio Azucena Villaflor, por sua luta pelos direitos humanos e contra o lawfare. Participaram do evento, além do petista, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, a vice-presidente, Cristina Kirchner, e o ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica.*

Veja na íntegra: https://fb.watch/9PxKa2fBAi/

O video que partilhamos aqui é de extrema importância. Tanto quanto no Brasil, na Argentina também houve e há quem negue que houve uma ditadura. Também na Argentina, os meios de comunicação exerceram e continuam a exercer um papel importantíssimo para a sustentação da dominação político-social. O monopólio dos meios de comunicação debe ser quebrado, para que a cidadania tenha a possibilidade de saber o quê é que esta a acontecer no seu próprio país e no mundo.

Os países que foram colonizados perpetuam a cultura da dominação e da exclusão, como bem podemos ler no livro de Darcy Ribeiro, O povo brasileiro. A formação e o sentido do Brasil O Povo Brasileiro e a formação e o sentido do Brasil – Darcy Ribeiro) Lula combateu e axclusão social, trazendo para dentro da sociedade brasileira, mais de 45 milhões de pessoas. Atualmente, a fome e o desemprego, a miséria e o descaso com os Direitos Humanos, novamente voltaram a assolar o Brasil.

Na Argentina não foi diferente. O ex-presidente Macri, que se permitiu agredir a memória e a história, duvidava que tivesse havido 30.000 pessoas desaparecidas na Argentina, durante a ditadura cívico-militar-eclesiástico-empresarial. Essas pessoas eram gente comum, que aos olhos do bando exterminador encabeçado por Videla, foram marcadas para morrer. Isto é comprovado pelo informe da OPS-OMS, La salud mental en el mundo (Washington: 1997)

A delinquência institucionalizada continua a matar jovens das periferias, negros e pobres, tanto na Argentina quanto no Brasil. Os movimentos de Direitos Humanos, como pode ser visto neste video do ato realizado no dia internacional dos Direitos Humanos, continuam atentos e vigilantes para denunciar e combater o genocídio da juventude. Lula é um símbolo de que é possível acabar com isso.

Basta de tortura, assassinatos e perseguições! Basta de racismo, homofobia e feminicídio. Basta de negacionismo. Basta de destruição da educação, a ciência e a cultura. Basta de genocídio no Brasil. As eleições vêm aí, e se você ama este país, tem a chance de devolver o que lhe foi roubado pelo golpe de estado de 2016 e pelas eleições fraudulentas de 2018. Pense. Reflita. Aja com consciência!

*Fonte: Brasil 247

 

Morre professora emérita Lourdes Bandeira aos 72 anos

Por Thaise Torres

Referência em pesquisas sobre gênero, docente contribuiu para estruturação do Departamento de Sociologia e foi atuante na gestão pública

Destaque por suas pesquisas, publicações e atuação em temas como gênero, feminismo, violência de gênero e políticas públicas, a professora Lourdes Maria Bandeira morreu no domingo (12), por consequência de embolia pulmonar e acidente vascular cerebral. O velório aconteceu nesta segunda-feira (13), no Cemitério e Crematório Jardim Metropolitano, em Valparaíso de Goiás.

Lourdes Bandeira foi fundamental na reestruturação do Departamento de Sociologia (SOL) da UnB, do qual era professora titular desde 2005. Foi editora-chefe da revista Sociedade e Estado, publicação do SOL, por uma década.

Além da trajetória científica, a carreira da professora foi fortemente marcada por sua presença nos espaços de poder e de formulação de políticas. Suas pesquisas influenciaram no debate sobre diversas políticas públicas sociais no país, em especial aquelas ligadas ao combate ao feminicídio, e subsidiaram discussões do Congresso sobre equidade de gênero e ações de combate a violência à mulher e a idosas, por exemplo.

Em uma entrevista para a Secretaria de Comunicação da UnB, em 2018, a professora revelou que seu engajamento com a causa feminista veio enquanto estava em João Pessoa (PB) e participava de movimentos em defesa dos direitos humanos. Nesse momento, começou a notar que as notícias de mortes de mulheres eram diárias, tendo perdido, inclusive, duas alunas.

Volnei Garrafa, também professor emérito da UnB, conheceu Lourdes Bandeira ainda na década de 1960, quando foram contemporâneos na graduação, mas em cursos diferentes. Anos depois, reencontraram-se na UnB, quando ela veio fazer o mestrado na instituição. “Ela sempre foi muito inquieta, brilhante”, lembra.

Ele conta que Lourdes contribuiu nos primeiros anos do Programa de Pós-Graduação em Bioética da Universidade, ao dar disciplinas relacionando seus temas de pesquisa à bioética. “Foi uma pessoa que tinha muito respeito pela qualidade, uma acadêmica em essência. Prezava o rigor, mas era muito generosa”, acrescenta o docente. Ele destaca, ainda, o impacto da passagem de Lourdes pela Secretaria de Planejamento e Gestão da Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República, onde esteve como gestora entre 2008 e 2011 e foi secretária adjunta entre 2012 e 2015. Segundo o docente, Lourdes Bandeira teve um papel fundamental nas reflexões sobre a Lei Maria da Penha.

Ela Wiecko, professora da Faculdade de Direito da UnB, recorda dos momentos compartilhados com a emérita nas atividades do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher (Nepem), do qual Lourdes foi coordenadora. Para ela, esta é uma grande perda. “A morte de Lourdes me causou um sentimento de orfandade. Lourdes era ‘a’ professora Lourdes, porque distribuía generosamente seu conhecimento e experiência, porque sabia como conduzir uma pesquisa científica, porque seu pensamento feminista estava atento ao contexto brasileiro e à diversidade das mulheres”, salienta. Ela Wiecko pontua que o legado da docente permanecerá: “As sementes que lançou ao longo da vida germinaram e se desenvolverão em frondosas árvores”.

A reitora Márcia Abrahão e o vice-reitor Enrique Huelva também lamentaram o falecimento. “A professora Lourdes Bandeira deixa um legado científico e político brilhante. Uma mulher corajosa, que inspirou muitas gerações de estudantes. É uma grande perda, não apenas para a UnB, mas para o Brasil”, disse Huelva.

“A trajetória da professora Lourdes Bandeira enche de orgulho as mulheres e a Universidade de Brasília. Sua capacidade intelectual e sua generosidade farão muita falta”, acrescenta Márcia Abrahão.

 

HONRARIA – A outorga de seu título de Professora Emérita foi aprovada em reunião do Conselho Universitário (Consuni) em junho deste ano, no entanto, a docente faleceu antes da entrega. A homenagem passa a valer a partir de sua aprovação.

A honraria é concedida àqueles que alcançaram posição iminente em atividades universitárias. O parecer apresentado pelo Instituto de Ciências Sociais (ICS), responsável pela indicação, destaca a importância da docente nas áreas de metodologia e da sociologia das relações de gênero e raça. Também indica que a docente se manteve efetiva e contribuindo para o Departamento de Sociologia, especialmente na oferta de disciplinas da pós-graduação e como membra de bancas de seleção.

No texto que levou à aprovação de seu título por aclamação, a relatora Neuma Brilhante, do Instituto de Ciências Humanas (ICH), ressalta sua trajetória dentro da UnB, incluindo seus períodos como chefe do SOL e diretora do ICS. Neuma lembra, ainda, que ela atuou como membro de diversos coros editoriais de revistas.

 

VIDA – Natural de Ijuí, no Rio Grande do Sul, Lourdes Maria Bandeira fez sua graduação em Ciências Sociais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na década de 1970.

Durante o mestrado em Sociologia, iniciado em 1975 na UnB, Lourdes Bandeira era representante estudantil. Quando houve a invasão pelos militares, foi ameaçada de expulsão da instituição e mudou-se para João Pessoa, onde atuou como professora colaboradora na Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Em 1978, completou seu mestrado na UnB e, em 1984, obteve o título de doutora em Antropologia pela Université de Paris V René Descartes, na França, onde teve aula com Pierre Bourdieu, importante pesquisador das ciências sociais. Seus estágios pós-doutorais foram na École des Hautes Études en Sciences Sociales, também na França, e na Universidade do Porto, em Portugal. Foi ainda professora visitante na Université du Quebec, no Canadá.

Segundo a nota de falecimento publicada pela família, que também destaca o espaço aberto por Lourdes Bandeira para a discussão sobre a opressão de mulheres, ela deixa filhos, netos e sobrinhos “e um país melhor do que encontrou e, principalmente, menos injusto com as mulheres”.

 

*Matéria atualizada em 15 de setembro, para acréscimo de informações.

ATENÇÃO – As informações, as fotos e os textos podem ser usados e reproduzidos, integral ou parcialmente, desde que a fonte seja devidamente citada e que não haja alteração de sentido em seus conteúdos. Crédito para textos: nome do repórter/Secom UnB ou Secom UnB. Crédito para fotos: nome do fotógrafo/Secom UnB.

Fonte: UnB Notícias

(13-09-2021)

Aprendiendo a resistir

Son tiempos realmente admirables. Intentar orientarse y seguir adelante en los días actuales es tarea de gigantes. Ha sido así también en otros tiempos.

La continuidad de los esfuerzos personales y colectivos en el sentido de la construcción de una sociedad más humana, nos da una sensación de poder.

Se puede actuar según valores supremos, y no de acuerdo a lo que nos tratan de imponer desde los medios de dominación.

Los lazos de amistad y los vínculos familiares son el eje alrededor del cual se organiza la vida.

Mantener en este espacio, así como en la esfera comunitaria, una conducta abierta al aprendizaje contínuo, es una salvaguarda que nos protege y fortalece.

Ahondar en la existencia, valorizar cada segundo, poner el sentimiento más noble en cada pequeña cosa.

Hay gente a la que nada le importa. Vayamos en la dirección contraria. Tendremos en nuestro auxilio aquella fuerza que sostiene al mundo.

La noción de nuestro propio valor personal, surgido en el enfrentamiento de las adversidades a lo largo del camino, debe darnos la seguridad necesaria para proseguir con confianza.

Pasan las dictaduras, pasan los regímenes ilegales, pasa toda forma de opresión. Y lo que descubrimos finalmente es que nuestra lucha se fortaleció gracias a nuestra integridad.

No tengamos miedo. Esto ya pasó y seguirá pasando mientras permanezca el sistema alienante y atroz en el que vivimos.

Arte, educación, ciencia, trabajo honesto, son otros tantos antídotos que nos potencian para una vida plena, justa y feliz.

Convidamos a que nuestras lectoras y lectores nos hagan llegar sus experiencias.