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Viver no amor

Hoje à tarde estava relendo um livro do Pe. José Comblin, O caminho, ensaio sobre o seguimento de Jesus. Lembrei de uma frase de Comblin, acerca do fato de que cada um de nós é único, que não somos uma generalidade, e sim uma particularidade. Esta não é uma novidade, mas nunca tinha pensado nas consequências desta verdade. Se cada um de nós é único, e se cada um de nós é, portanto, irrepetível, tudo é único para cada um de nós. Ou seja: não poso querer copiar o que é bom para outras pessoas, tenho que descobrir, ou, melhor, devo criar o que seja bom para mim.

Pensava isto a respeito do amor, de viver no amor, ser amor. A convivência muitas vezes nos põe pela frente situações em que temos que nos ver com dificuldades de aceitação de pessoas muito próximas. Eu não posso tentar copiar as soluções que outras pessoas encontraram para estas dificuldades, nem posso tentar repetir mecanicamente fórmulas genéricas pronunciadas e repetidas ad nauseam, que são inúteis na prática.

Posso tentar viver no amor, se me situo no que seja o principal na minha vida. Se tento constantemente viver centrado no amor. Se procuro com insistência tirar daí as forças que necessito para viver cada dia.