Lembro hoje, dia pátrio na Argentina, de toda a minha trajetória.
Fiz desta terra o meu país.
Nordestinizado, sem nunca deixar de mendocinar.
Uma terra só. É onde estou.
Lembro hoje, dia pátrio na Argentina, de toda a minha trajetória.
Fiz desta terra o meu país.
Nordestinizado, sem nunca deixar de mendocinar.
Uma terra só. É onde estou.
Saber que no hay amenazas ni agresiones alrededor
No preciso defenderme de quien me ama
Quien me ama no me agrede
El cuerpo no lo sabe
Pero yo sí
Tengo que irme enseñándome con infinita paciencia
La guerra acabó
El engranaje de la violencia puede ser desactivado
No necesito atacar constantemente
La guerra acabó
¿Podré acostumbrarme a esto?
Humildemente lloro y me dispongo a mejorar
Un día por vez
Otra vez y siempre.
Me propuse a ser el que era antes de la dictadura
Antes de la correccional
Antes de la violencia familiar
Antes de todo
Y fui volviendo
Viendo que sigo yo en algún lugar de mí
Algo de mí está sano y salvo
Salvo que de vez en cuando tropiezo
Y empieza todo de nuevo.
Y no tengo más remedio que darme otra vez un voto de confianza
Decirme con infinita paciencia que yo no hice nada
Yo no tuve la culpa
Culpa de nada
Puedo ser amado y soy amado
Soy como soy y esto es bueno
Mi niño lo sabe y me sabe
Me lo hace saber por interpósita persona
Y directamente.
20 años atrás, exactamente
Nacía Mosaico, mi libro de memorias y crónicas
Cantos y cuentos que, les cuento
Man in colors
Un libro amarillo
Un arco-iris en el cielo
Todos los colores
Ahora viene la continuación
La mirada poética
El cielo adentro, no el infierno
Amarillo y rojo.
Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/
Vine a Brasil cuando el nombre de la Argentina estaba en baja. Un golpe de estado en 1976, nos puso en la lista de los países donde el neonazismo hacía de las suyas. Hoy ese mal se enseñorea en Brasil, aparentemente sin demasiada resistencia.
Escribir es una manera de resistir. Decir lo que nos alegra y también lo que nos lastima. La película argentina “El suplente” (2022) recrea aspectos de mi vida como docente, y al mismo tiempo es un alerta y una invitación esperanzadora para docentes en Brasil.
Vea algunas críticas: https://www.filmaffinity.com/es/pro-reviews.php?movie-id=261373
Fuente: Film Affinity – España
Personas desaparecidas
Secuestro, tortura
La mentira como política de estado
No ha pasado
Pasa y vuelve
Volvió
Vuelve todas las noches
Marzo
Juicio y castigo a los culpables
La vida debe ser defendida, debe ser cuidada
No sólo con palabras sino con acciones
El amor es una práctica, no una prédica
Impunidad, inmunidad
No.
Justicia.
No se trata de una militancia
Sino de una cuestión de educación.
Las armas matan
La conciencia es conciencia de vida para la vida
No se mate, no mate
Estudie, trabaje, únase a quienes precisan de cuidados
La solidaridad nos rescata de la deshumanización
¡No hay tiempo que perder!
La vida es muy corta
Exclusión social, alienación, hambre, matan.
Nunca más.
Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/
Paraíso dos ricos, inferno dos pobres
É farsesco o regime democrático
Da maneira exercida no Ocidente
O regime democrático do Ocidente
Cumpre a risca a tirania do capital
O Império não aceita que a China
Se revele a primeira economia
Para além das sanções punindo a Rússia
Grande alvo do Império é mesmo a China
Tribunal sentencia prisão de Putin
Sem que Rússia integre o TPI
Os Estados Unidos, igualmente
Não integram o mesmo Tribunal
É bizarro que o Império venha impondo
Que países implementem a punição
Palavrão não convém à autoridade
Só traz lenha à fogueira do adversário
Palavrão furioso contra ex-juiz
Não anula a excelência da entrevista
Jornalistas do canal 247
Entrevistam Lula, longamente
(https://www.youtube.com/
Reduzir entrevista de hora e meia
A um termo infeliz, é pequenez
Convincente, didático, assertivo
Presidente reitera compromissos
Presidente da FIESP, além de Stiglitz
Lançam crítica pesada a juros altos
Perguntado a respeito, Lula mantém
Dura crítica a Roberto Campos Neto
Reitera, com força, a diferença
Entre gasto e o que é investimento
Não devemos jamais chamar de gastos
O dinheiro investido no bem público
Gastar é cobrar juros estratosféricos
Impedindo o país de investir
Bons países mantém como estratégicas
As empresas que são chave pro bem público
Água, Luz, Energia, até Correios
Nunca saem do controle do Estado
Um escândalo, a venda da Eletrobras
Por um preço muito aquém do seu valor
Não contente, Paulo Guedes ainda agrava:
Concedeu ao privado controle máximo
O Estado participa com quarenta
Mas seu voto só vale dez por cento
Nos revolta a omissão deliberada
Do que Lula falou na entrevista
Da entrevista de mais de meia hora
A Direita extraiu sete segundos
Só assim é possível distorcer
A essência do que diz a própria fonte
Desprezar o contexto é velha tática
Só importa a aparência, não a verdade
Ideal é ouvir toda a entrevista
Pra se ter consciência do conjunto
Jornalista Helena quer saber
De seus dias vividos na prisão
Respondeu dos bons tratos recebidos
Bem assim de perguntas capciosas
Uma delas: quando solto, o que fará?
Provocando revolta no encarcerado
Percebendo malícia da pergunta
Disparou impropério contra Moro
Veio-lhe à tona toda a carga de injustiças
Das quais Moro é peça decisiva
Exigir de um ser tão massacrado
Que se porte friamente, é razoável?
Logo após, vem à tona forte denúncia
A juíza divulga plano iminente
PCC ameaça Sérgio Moro
Nisto, Lula suspeita “armação”
Mas,sem prova,encadeia fortes críticas
Poderia,no caso,se conter
O rentismo sufoca a maioria
Mas a mídia burguesa detona Lula…
Argentinos venceram a ditadura
Inclusive, punindo generais
24 de Março lá é lembrado
Resistir é preciso a qualquer golpe
Bravas Mães da valente praça de maio
Solidárias, clamando por justiça
Pela enésima vez, nós sustentamos:
Sem ter povo na rua,Direita cresce
Petroleiros do Brasil nos dão exemplo:
Sua luta não para,são resistentes.
João Pessoa, 24 de Março de 2023
Em sua fala (leia a íntegra do discurso abaixo), Lula ressaltou que o ataque golpista que depredou os prédios dos Três Poderes é fruto de um projeto autoritário que precisa ser combatido. “Não foi um episódio nascido por geração espontânea, mas cultivado em sucessivas investidas contra o direito e a Constituição, com o objetivo de sustentar um projeto autoritário de poder”, advertiu.
O presidente, então, lembrou a importância do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na defesa da sociedade brasileira contra o arbítrio, por meio de “decisões corajosas e absolutamente necessárias para enfrentar e deter o retrocesso, o negacionismo e a violência política”.
E pregou uma relação harmoniosa entre Executivo, Legislativo e Judiciário: “Tenham a certeza de que, assim como em meus dois mandatos anteriores, a relação entre o Executivo Federal, a Suprema Corte e o Poder Judiciário como um todo terá como alicerce o respeito institucional”.
Segundo o presidente, o povo brasileiro não quer conflitos entre as instituições nem agressões, intimidações ou silêncio dos poderes da República. Afinal, a democracia ainda precisa chegar a todos os brasileiros e há um país a ser reconstruído, cujos reais inimigos são “a fome, a desigualdade, a falta de oportunidades, o extremismo e a violência política, a destruição ambiental e a crise climática”. Para Lula, é com união que se deve enfrentá-los. “Juntos, poderemos superá-los.”
Ao abrir a sessão, a presidenta do STF, Rosa Weber afirmou que o prédio do Supremo pode ter sido danificado, mas o espírito da democracia não foi destruído. “Que os inimigos da liberdade saibam que no solo sagrado deste Tribunal o regime democrático, permanentemente cultuado, permanece inabalável”, discursou.
A ministra assegurou ainda, também a respeito da violência do dia 8, que “os que a conceberam, os que a praticaram, os que a insuflaram e os que a financiaram serão responsabilizados com o rigor da lei nas diferentes esferas”.
E, por fim, somou-se aos que desejam ver um país mais justo: “Um Brasil inclusivo e igualitário, de ordem, progresso — está na nossa bandeira — e de paz, uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia e comprometida com a solução pacífica das controvérsias, como orienta o preâmbulo da Constituição Cidadã de 1988, é o que almejamos”.
Fazendo coro a Lula e Weber, o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, também condenou o ataque ao patrimônio de todos os brasileiros. “O autoritarismo de uma minoria inconformada e hostil buscou nos ameaçar e tomar de assalto a democracia. Não conseguiram. Os Poderes da República resistiram”, constatou.
“Estarmos aqui reunidos é a expressão do Estado Democrático de Direito, que sai ainda mais forte, após esse episódio reprovável, que será superado, mas jamais esquecido, e produzirá consequências certamente severas a todos os seus responsáveis”, completou.
Senhoras ministras, senhores ministros,
Quando tive a honra de participar da solenidade de abertura do ano judiciário de 2010, a última de meu segundo mandato, afirmei que nossa geração de governantes e de magistrados tinha uma nobre missão: deixar, para os que estão por vir, um ambiente democrático ainda mais sólido do que aquele que encontramos quando ingressamos em nossas funções.
Naquele momento, nem eu, nem as senhoras e os senhores, poderíamos imaginar a escalada de ataques às instituições e à democracia nos anos recentes; escalada que culminou com o bárbaro atentado às sedes dos três Poderes. Naquele dia 8 de janeiro, a violência e ódio mostraram sua face mais absurda: o terror. Não foi um episódio nascido por geração espontânea, mas cultivado em sucessivas investidas contra o direito e a Constituição, com o objetivo de sustentar um projeto autoritário de poder.
Ao fim desse período que marcou, certamente, o mais duro teste da democracia brasileira desde a Constituição de 1988, é nosso dever registrar o papel decisivo do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral na defesa da sociedade brasileira contra o arbítrio. Daqui desta sala, contra a qual se voltou o mais concentrado ódio dos agressores, partiram decisões corajosas e absolutamente necessárias para enfrentar e deter o retrocesso, o negacionismo e a violência política.
Em defesa da Constituição e dos direitos, esta Corte atuou durante a pandemia para tirar da inação um governo que se recusava a atender as necessidades básicas da população. Atuou para enfrentar a indústria de mentiras no submundo das redes sociais e para coibir os mais notórios propagadores do ódio político. Atuou, por meio de seus representantes na Justiça Eleitoral, para garantir nosso avançado processo eletrônico de votação e a própria realização das eleições do último ano.
Esta Corte atuou e continua atuando para identificar e responsabilizar por seus crimes aqueles que atentaram, de maneira selvagem, contra a vontade das urnas.
A história há de registrar e reconhecer esta página heroica do Judiciário brasileiro.
Senhoras ministras, senhores ministros,
Assim como qualquer pessoa que preza a Constituição e a democracia, me senti profundamente indignado ao visitar esta Casa, ao lado de governadores de todo o Brasil, logo na noite seguinte aos ataques terroristas. Sei que levarei essa indignação para o resto da minha vida. E sei que ela me fez redobrar a disposição de defender a democracia, conquistada a duras penas pelo povo brasileiro.
É, portanto, com renovada esperança e, sobretudo, com profunda confiança nas instituições garantidoras do processo democrático, que me dirijo hoje às senhoras e aos senhores.
Mais do que um plenário reconstruído, o que vejo aqui é o destemor de ministras e ministros na defesa de nossa Carta Magna. Vejo a disposição inabalável de trabalhar dia e noite para assegurar que não haja um milímetro de recuo em nossa democracia.
Tenham a certeza de que, assim como em meus dois mandatos anteriores, a relação entre o Executivo Federal, a Suprema Corte e o Poder Judiciário como um todo terá como alicerce o respeito institucional.
O povo brasileiro não quer conflitos entre as instituições. Não quer agressões, intimidações nem o silêncio dos poderes constituídos. O povo brasileiro quer e precisa, isso sim, de muito trabalho, dedicação e esforços dos Três Poderes no sentido de reconstruir o Brasil.
Nossos reais inimigos são outros: a fome, a desigualdade, a falta de oportunidades, o extremismo e a violência política, a destruição ambiental e a crise climática. Tenho a certeza de que juntos vamos enfrentá-los. E de que juntos poderemos superá-los.
Senhoras ministras, senhores ministros,
Numa nação historicamente marcada pelas desigualdades, a tarefa de superá-las tem de ser compartilhada entre todas as pessoas e instituições com responsabilidade pelos destinos do país.
A Constituição democrática de 1988 assegurou amplos direitos individuais, sociais e coletivos que apontam caminhos para grandes transformações. Cabe a nós tirar do papel este conjunto de direitos, assegurando a todos o acesso a uma vida digna, à educação e saúde, à renda, trabalho e oportunidades, à liberdade e ao desenvolvimento sustentável. Só assim a democracia será sempre defendida por aqueles que dela necessitam: a imensa maioria da população.
Uma democracia para poucos jamais será uma verdadeira democracia.
O Supremo Tribunal Federal, guardião da Constituição e dos direitos fundamentais, é também guardião da dignidade de cada brasileira e de cada brasileiro, e um ator fundamental na luta contra as desigualdades, onde quer que elas se manifestem.
Para citar apenas exemplos do nosso tempo, foi neste sentido que a Corte decidiu pela constitucionalidade da Lei de Cotas no acesso às universidades, da titulação das terras de comunidades quilombolas, da união estável entre pessoas homoafetivas, da pesquisa com células-tronco e da homologação da Terra Indígena Raposa-Serra do Sol.
Nenhuma daquelas decisões foi tomada sem debates profundos e muitas vezes acalorados na sociedade e no próprio colegiado; cobrando muitas vezes de ministras e ministros o preço da incompreensão, do preconceito e da contrariedade de interesses econômicos e políticos. No entanto, é esta a essência de sua missão, que seguiremos respeitando, em nome da democracia e do restabelecimento da harmonia entre as instituições.
Quero, por fim, afirmar que o Poder Executivo estará à disposição do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça para o diálogo e a construção de uma agenda institucional que aprimore a garantia e a materialização de direitos neste país, pois onde houver um só cidadão injustiçado não haverá verdadeira Justiça.
Renovando mais uma vez nosso compromisso com a democracia, tenho a mais absoluta certeza de que conseguiremos cumprir nossa missão.
Muito obrigado.
Fonte: PT
(01/02/2023)
Do lado de quem age por uma humanidade que seja respeitada e respeitadora da dignidade da vida.
Do outro lado, escondidas e escondidos sob máscaras ora “liberais” ora qualquer outro rótulo indefinível, estão as que odeiam a humanidade e trabalham pela destruição.
A vida é muito curta. Não tenho tempo de combater quem está do lado da morte. Polícia e justiça. Educação. Isto deve ser suficiente para encurralar e conter essa manada.
Depois de seis anos de fascismo no Brasil, o que restou é um suspiro. Uma esperança que renasce do que restou de um projeto assassino e canalha, covarde e vil.
Devem ser julgados e punidos os crimes do fascismo.
Nesta revista temos como lema uma frase de Simón Bolívar que diz assim: “Um povo ignorante é instrumento cego da sua própria destruição”. Conhecer história é preciso. Precisamos saber que o mundo é um lugar que já existia antes da nossa chegada. Quando ignoramos tudo sobre todas as coisas, levam-nos para qualquer lugar. Por isso é que todo governo antidemocrático, terrorista e oligárquico, investe pesado na ignorância.
Desinformação, abestalhamento. Os vários nomes da idiotice gerada, mantida e promovida para melhor dominar o rebanho. Todo regime neonazista ataca a educação, a ciência e a cultura. A universidade abre caminhos. Não apenas no campo profissional e científico, no mercado de trabalho, mas ainda mais, humaniza. Ou poderia vir a humanizar. Na universidade você aprende que tudo poderia ser diferente. Você conhece pessoas de distintas partes do país, que pensam e agem diferente de você. Você cresce e aparece.
Trabalha em conjunto. Supera o individualismo, ou pode vir a superá-lo. Os governos de Lula investiram pesadamente na educação universitária. Interiorizaram a universidade. Enraizaram as pessoas na sua região de origem. Isto têm um significado e impacto profundo. A pessoa não se via obrigada a sair do seu lugar para ir para uma cidade grande ou distante. Por que os ataques à democracia brasileira, que está tentando se recuperar? Por que os ataques aos prédios que simbolizam os três poderes da República?
Um pouco de história, outra vez. Há algo que quer destruir a república, e o vem fazendo. São as pessoas e grupos que vivem apenas do dinheiro e para o dinheiro. Dinheiro todo mundo precisa. Mas há algo que não pode e não deve ser comprado nem vendido. Dignidade. Decência. Respeito. Isto se consegue trabalhando. Lula e Alckmin representam todo um pais, um povo em movimento. Isto não vai ser detido. Ao contrário, estes ataques de domingo passado, consolidam ainda mais a certeza de que educar é preciso. Em todos os níveis. Em casa e na rua.
Imagem: Pensador/Pinterest
Nada tan bueno como vivir la propia vida. El corazón contento lleno de alegría. La belleza que llama a disfrutar nuevamente de la jornada. Aprendiendo a vivir en relación sin rendirme. Lo supe desde siempre. Es que ahora es más consciente.
Junto mis tiempos cuando escribo. Imposible no conectar la alegría que siento, con el momento que se vive en Brasil. La diversidad en movimiento. La inclusión social y la integración social como pauta del gobierno de Lula. Es volver en el tiempo. Mis tiempos de estudiante.
No dejo de tener los mismos no sé si llamar de defectos, ya que trato de no juzgarme ni condenarme, pero sí características. Sea como sea que yo soy, es así como me quiero, y esto es ahora algo concreto, pleno y lleno de significado. Dudas, inseguridad, incerteza. Forman parte de la vida.
Más bien veo que mi eje principal sigue siendo lo bello. Lo que anima. Lo que mueve y le da sentido a la vida. Un día comienza y es una especie de preludio de las alegrías que vendrán. Mi foco es cada vez más lo que está siendo. Lo que está aquí.
He ido construyendo y sigo construyendo el mundo en que vivo. Aprendo que existen otras personas además de mí. O además de yo. Yo y las demás personas. Esto que parece una banalidad, está muy lejos de serlo.
Definir y comprender las propias fronteras, discernir los contornos de los límites dentro de los cuales existo, es toda una ciencia. ¡Está lleno de gente que desconoce esto tan fundamental y simple! Antes me dedicaba a enfrentarles y condenarles.
Ahora más bien trato de defenderme de los eventuales inconvenientes que puedan llegar a derivar de la proximidad o contacto con tales seres. No me confundo más, o no me confundo tanto. Sé que tengo un tiempo determinado de vida, que espero esté bien distante.
Sin embargo, mantengo a la vista y a la mano, los recursos que aprendí a descubrir y usar en esta ya larga jornada. Esto me junta conmigo mismo. Disminuye o se extingue la guerra interna. No me disocio más, o casi no más.
Al ser uno, unificado en todos mis tiempos, más bien fluyo con cierta tranquilidad, en un mundo aparentemente tan diferente del que viví, pero sin embargo tan esencialmente igual a cualquier tiempo anterior. Ya no me siento un exilado en el tiempo.
Miro a la gente con sus hábitos y características, y no me siento tan distante de lo que veo. Un trayecto breve entre dos eternidades. Mucha más perplejidad que certezas. Y no sé si por eso mismo, más sorpresa a cada instante.
Y una seguridad que brota de este ir mapeando mi estar aquí, lejos de las rotulaciones que pretenden decir mucho sin decir nada o casi nada. El haber juntado mis tiempos en este ejercicio diario del vivir, me reconcilió conmigo mismo.
Sé que soy el mismo que empezó este camino hace ya tanto tiempo, allá en mi Mendoza querida. Una Argentina que aprendí a amar trabajando para que todas y todos tuvieran derecho de vivir y estudiar. Este sueño mío se viene realizando en el Brasil de Lula.
Y me veo reflejado en la alegría de este pueblo que ahora vuelve a ser feliz. La maldad y la perversión capitalista no son un invento de la izquierda. ¡Son una afrenta a Dios y a la humanidad! Me alegra estar participando otra vez de un renacer que es personal y colectivo, comunitario, al mismo tiempo.
Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/