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Livros e televisão

A televisão ajuda a manter o hábito da leitura. Se houvesse mais programas interessantes, a boa leitura tenderia a ocupar um lugar menor nas nossas vidas, me parece.

Hoje, por exemplo, vi um programa chamado Diálogos Impertinentes, na TV SESC, onde literatos e filósofos discutiam a literatura como jogo. Muito bom. Programas assim valem a pena.

O escritor, dizia um dos painelistas, segundo Kant –ele citava—faz parte de um jogo, o jogo da vida, que envolve cognição e imaginação. Lembrava o poema Xadrez, de Borges: somos jogadores, quem é o jogador que joga conosco, as peças, são movidas por quem?

O pica-pau, Silvio Santos, a novela das 8, das 6, das 3, se é eu existe esta novela das 3, devem ser jogos, também. Um jogo é esta vida, jogo. Jogas. A criança joga e todos jogamos. Muitas vezes ando com um livro de Cronin de cá pra lá, no carro ou em casa, de um lugar para outro.

Lembro das viagens em motocicleta do protagonista de mais de uma das histórias do escritor que escrevera mais de 40 romances depois de encerrada sua carreira como médico. A figueira de Judas, o nome do romance que estou lendo, de Cronin. Umas descrições mestras.

Moray, o estudante de medicina, divisa Mary Douglas, o amor da sua vida, pelo reflexo dela no espelho. Borges, espelhos, jogo. De noite, gosto de ler o salmo 119, me ajuda a me alinhar com Deus. Ao menos, trato.

Tem-me feito bem conviver com o grupo de formação ecumênica na Universidade. Alimentamo-nos uns aos outros. Agora, vens chegando em João Pessoa, Mary. E o neném. E o dia que termina. 31 de julho de 2009