Soneto da saudade

Quando um dia a saudade te lembrar
de nós dois de mãos dadas no passado,
tu verás que a saudade é verbo amar,
pois que vem de um amor em nós guardado.

Muitas vezes, depois que o amor findar,
no futuro em saudade é transformado;
quando as cinzas daquele amor restado
se espalham qual raios de luar.

Posto isto, conclui-se que o amor
nunca morre, pois sempre a renascer,
feito fênix em forma de saudade.

Isto se: for profundo o benquerer,
verdadeiro, sem luxo ou vaidade,
tão feliz que difícil de supor.

Martim Assueros Gomes
20/11/2023

Um comentário em “Soneto da saudade”

  1. Rolando Lazarte – Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de "Max Weber: ciência e valores" (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/
    Rolando Lazarte disse:

    Feliz quem sabe e pode expressar e viver o amor. Reconforta e revigora o que você traz com palavras simples e diretas.

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